António I do Congo: diferenças entre revisões
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{{Info/Nobre
| imagem = Dom_Antonio_I_Kongo.jpg
| nome = António I do Congo
| título =
| reinado = 23 de janeiro de 1660 - 29 de outubro de 1665▼
| antecessor = [[Garcia II do Congo|Garcia II]]
▲| reinado = 1660 - 1665
| sucessor = [[Afonso II do Congo|Afonso II]] (Nkondo)<br>[[Sebastião I do Congo|Sebastião]] (Kibangu)<br>[[Álvaro VII do Congo|Álvaro VII]] (São Salvador)<br>[[Manuel de Vuzi da Nóbrega]] (Mbamba-Lovata)<br>[[Pedro III do Congo|Pedro III]] (Mbula)
|
| nome completo = António Nvita para Nkanga
| data de nascimento = 1637
|
| morte = [[29 de outubro]] de [[1665]]
| morte_local = [[Ambuíla]]
| religião = [[Catolicismo]]
| filhos = Francisco
| pai = António, marquês de Kiva
| brasão = Coat_of_arms_of_Kongo.svg
}}
'''Dom António I''' '''(António Nvita
== Primeiros anos ==
António nasceu em 1637, sendo filho de [[Dom António, marquês de Kiva]]. Ele foi declarado herdeiro em meados da [[década de 1650]] por seu tio, [[Garcia II do Congo|Dom Garcia II]] que na mesma época havia arrumado rivalidades com os portugueses, principalmente em relação ás montanhas do reino que supostamente teriam prata. Após a morte de Garcia, ele ascendeu ao trono. <ref>{{Citar periódico|data=1987-02|titulo=Anne Hilton. <italic>The Kingdom of Kongo</italic>. (Oxford Studies in African Affairs.) New York: Clarendon Press of Oxford University Press. 1985. Pp. xiii, 319. $45.00|url=http://dx.doi.org/10.1086/ahr/92.1.186|jornal=The American Historical Review|doi=10.1086/ahr/92.1.186|issn=1937-5239}}</ref>
== Reinado ==
António chegou ao trono em 23 de janeiro de 1660, impondo uma política impetuosamente contra a influência portuguesa. Por isso foi considerado um herói pelo povo e pela nobreza do Congo.
Em 1661 o governador de [[Luanda]], Dom [[André Vidal de Negreiros]] se enviou uma carta ao rei para negociar as explorações nas montanhas congolesas de [[cobre]] e [[prata]]. António nega rotundamente á existência de metais preciosos nas montanhas congolesas. Além disso afirmou que não devia nada ao rei de Portugal, provocando a ira dos colonizadores de Luanda. O governador envia a declaração em carta do rei do Congo ao rei de Portugal, Dom [[Afonso VI de Portugal|Afonso VI]] que ordena o governador declarar guerra ao Congo.
André Vidal de Negreiros preparou um exercito com o objetivo de ocupar as montanhas de Embo, comandadas por [[Luís Lopes de Sequeira|Luís Lopes de Siqueira]]. Os soldados portugueses marcham pelo [[Rio Dande]] e recrutam alguns guerreiros nativos, principalmente [[Jagas]], que eram contra o rei do Congo. O exercito congolês se armou com mais de 20 mil homens armados com mosquetes, além de um pequeno grupo de mestiços liderados por Pedro Dias de Cabral. Conta-se que tenham sido mais de 100 mil homens, mas é apenas uma sugestão. O exercito português no entanto tinha pouco mais de 300 homens, mas obtinha a ajuda de mais de 7 mil nativos negros, entre [[Escravidão|escravos]] e jagas.
== Batalha de Ambuíla ==
O confronto mais mortal da guerra luso-congolesa foi em [[29 de outubro]] de [[1665]], com a Batalha de Ambuíla. Na ocasião uma vanguarda de 10 mil congoleses liderados pelo Duque de Mbamba se encontram em [[Ambuíla]] com os portugueses, aliados com vários jagas armados com [[Mosquete|mosquetes]] e forças de artilharia. O som das armas assustam muitos congoleses do exercíto que fogem, cerca de 4 mil fogem do campo de batalha. A vanguarda congolesa é quebrada neste momento António lidera uma nova ofensiva aos portugueses acompanhados de muitos guerreiros, mas é atingido por uma bala perdida que o faz cair no chão. Neste momento o exercito congolês restante é massacrado pelos portugueses e um soldado português identifica o rei e o decapita com uma espada. A cabeça de António e posta numa lança e exibida aos poucos soldados congoleses que restavam, gerando suas decepções e dasanimos, fazendo com que os portugueses invadam e destruam a cidade de [[M'Banza Kongo|São Salvador]].
Após o fim da batalha, apenas 12 homens foram mortos, com 25 nativos e mais de 250 feridos apenas. Já no lado do Congo morreram mais de 5 mil homens, incluindo nobres e familiares do rei. Entre os mortos,o padre Manuel Rodrigues, confessor do rei e padre Francisco S. Salvador, capelão mulato e o capelão-chefe Manuel Medeiros é feito prisioneiro. O filho do rei, Francisco de apenas um ano e alguns irmãos de António são capturados. As esposas de António foram executadas por crime de adultério. Além disso muitos tesouros como a coroa real e muitas pedras e metais preciosos foram saqueados pelos portugueses.
Os portugueses não tinham no momento força bélica o suficiente para ocupar o país de vez, por isso se retiraram alguns dias depois.
== Crise Sucessória ==
Após a morte de António, muitos nobres parentes seus souberam dos saques e dos massacres em [[M'Banza Kongo|São Salvador]]. Assim sendo muitos deles se declararam os novos reis do Congo, gerando uma crise sucessória que seria o estopim para a Segunda Guerra Civil do Reino do Congo. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Mendelson|primeiro=E. M.|data=1955-04|titulo=Les Religions de l'Afrique Noire. Par Hubert Deschamps. Collection ‘Que sais-je?’ No. 632. Paris: Presses Universitaires de France, 1954. Pp. 162, cartes.|url=http://dx.doi.org/10.2307/1156081|jornal=Africa|volume=25|numero=2|paginas=200–201|doi=10.2307/1156081|issn=0001-9720}}</ref>
O pequeno filho de António, Dom Francisco foi criado em [[Luanda]] e quando completou 20 anos visitou São Salvador, mas foi considerado "ocidentalizado" demais para realizar qualquer papel político. {{Referências}}
==Bibliografia==
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