Joseph Stiglitz: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 37.189.88.70, com Reversão e avisos
m
Linha 13:
'''Joseph Eugene Stiglitz''' ([[Gary (Indiana)|Gary]], [[9 de fevereiro]] de [[1943]]) é um [[Economia|economista]] [[internacionalista]]<ref>[https://www.theguardian.com/commentisfree/2009/jun/12/america-corporate-banking-welfare America's socialism for the rich]</ref><ref>[https://www.counterpunch.org/2016/02/23/race-gender-and-class-politics-in-the-us-primaries/ Race, Gender, and Class Politics in the US Primaries]</ref> [[Povo dos Estados Unidos|estadunidense]].
 
Foi presidente do Conselho de Assessores Econômicos (''Council of Economic Advisers'') <ref name=COUNCILECAD>[http://www.whitehouse.gov/cea/ Council of Economic Advisers]</ref> no governo do Presidente [[Bill Clinton]] ([[1995]]-[[1997]]), Vice-Presidente Sênior para Políticas de Desenvolvimento do [[Banco Mundial]], onde se tornou o seu [[economista]] chefe. Recebeu, juntamente com A. Michael Spence e George A. Akerlof, o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel]], também designado por ''"Prémio Nobel de Economia"''<ref name=NOBEL1>[http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-autobio.html''Joseph E. Stiglitz: The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2001'']</ref> em [[2001]] ''"por criar os fundamentos da teoria dos mercados com informações assimétricas"''.
 
Stiglitz formou-se no [[Amherst College]] (B.A., 1964), em Amherst, Massachusetts, e no [[Massachusetts Institute of Technology]] (Ph.D., 1967), em Cambridge, Massachusets. O estilo acadêmico característico do [[MIT]] - modelos simples e concretos, que objectivam responder questões econômicas relevantes - agradou a Stiglitz e muito contribuiu para o desenvolvimento do seu trabalho posterior.<ref name="NOBEL1"/> Foi agraciado pela Fullbright Comission com uma bolsa de estudos para [[Cambridge]], onde estudou de 1965 a 1966. Stiglitz lecionou em várias importantes universidades americanas, dentre elas [[Universidade Yale|Yale]], [[Harvard]] e [[Stanford]]. Em 2001 Stiglitz tornou-se professor de economia, administração de empresas e negócios internacionais na [[Columbia University]] em Nova York.
Linha 27:
Economics, no. 90.</ref> e um modesto economista, Joseph E. Stiglitz, juntamente com dois colegas ganhadores do prêmio Nobel de Economia, [[George Akerlof]] e [[Michael Spence]] deram a lancetada fatal em seu coração durante a 'Aula Magna' <ref name=PRIZELECT>[http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-lecture.html STIGLITZ, Joseph E. '''''Aula Magna a Informação e a mudança no paradigma da Economia.''''' <small>]</ref> de aceitação do prêmio, em Estocolmo (8/12/2001).<ref name="HOUSEMAN"/>
 
Stiglitz é considerado um economista [[neokeynesianismo|neokeynesiano]], tem-se dedicado a analisar o desenvolvimento econômico no mundo e seus estudos <ref name=PRIZELECT>[http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-lecture.html STIGLITZ, Joseph E. '''''Prize Lecture: Information and the Change in the Paradigm in Economics.''''' <small>Joseph E. Stiglitz proferiu sua aula de aceitação do Prêmio Nobel em 8 de dezembro de 2001, na Aula Magna, Universidade de Estocolmo. Foi apresentado por Lars E.O. Svensson Chairman of the Prize Committee.</small>]</ref> contribuíram para o surgimento de uma corrente de pensamento que se denominou <ref name=PRIZELECT>[http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-lecture.html STIGLITZ, Joseph E. '''''Prize Lecture: Information and the Change in the Paradigm in Economics.''''' <small>Joseph E. Stiglitz proferiu sua aula de aceitação do Prêmio Nobel em 8 de dezembro de 2001, na Aula Magna, Universidade de Estocolmo. Foi apresentado por Lars E.O. Svensson Chairman of the Prize Committee.</small>]</ref> [[Desenvolvimentismo|"novos desenvolvimentistas"]].<ref name="NOVOSDES">RENAULT, Michel; PAULA, Luiz Fernando e SICSU, João (organizadores).''Novo-Desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com equidade social''. São Paulo: Editora Manole/Fundação Konrad Adenauer, 2005. ISBN 8598416045</ref>
 
{{Quote| O mercado neoliberal fundamentalista foi sempre uma doutrina política a serviço de certos interesses. Nunca recebeu o apoio da teoria econômica. Nem, agora fica claro, recebeu o endosso da experiência histórica. Aprender essa lição pode ser a nesga de sol nas nuvens que hoje pairam sobre a economia global.|JOSEPH E. STIGLITZ}}<ref name=FIMliberal>[http://arquivoetc.blogspot.com/2008/07/o-fim-do-neoliberalismo-joseph-e_16.html ''STGLITZ, Joseph E. ''O fim do neoliberalismo?'' O Globo, 16 de julho 16, 2008]</ref>
Linha 54:
 
=== O exemplo de Stigltz ===
: "Suponha que durante uma aula, como por milagre, 100 notas de 50 reais caíssem do forro, cada uma exatamente no pé esquerdo de cada aluno. Evidentemente os alunos poderiam esperar a aula terminar para apanhar o dinheiro a seus pés. Essa espera não alteraria em nada seus benefícios. Mas isso não seria um [[John Forbes Nash|"equilíbrio de Nash"]]: se todos os alunos fizessem isso, poderia ser beneficiado qualquer "espertinho" se agachasse imediatamente e apanhasse todas as notas que conseguisse do chão. Cada aluno individualmente, percebendo essa possibilidade, se abaixa para apanhar as notas ao mesmo tempo. O equilíbrio assim obtido não coloca nenhum dos alunos, nem a classe toda, em uma situação melhor do que se tivesemtivessem todos aguardado o fim da aula para apanhar o dinheiro - mas criou um "custo social imenso"; nesse exemplo, representado pela interrupção da aula. Existem potencialmente muitas outras ineficiências geradas pela aquisição da informação." <small> Stiglitz, "Aula Magna"</small> <ref name=PRIZELECT>[http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-lecture.html STIGLITZ, Joseph E. '''''Aula Magna A Informação e a mudança no paradigma da Economia.''''' <small>]</ref>
 
Stilglitz descreveu, em seus primeiros trabalhos, como a existência de "assimetrias de informação" (i.é, uns saberem mais do que outros) pode destruir os mercados. Estes estudos preliminares provaram que quando os mercados estão ausentes, ou são imperfeitos, o equlíbrioequilíbrio de mercado pode ser "forçosamente Pareto ineficiente", o que equivale a dizer que, nessas circunstâncias, se não houvesse um "mercado", todos os participantes da economia seriam beneficiados.<ref name=OPTIMALITY>STIGLITZ, Joseph E. On the Optimality of the Stock Market Allocation of Investment, Quarterly Journal of Economics, 86(1), February 1972a: pp. 25–60.</ref><ref name=STOCKMKTIN>STIGLITZ, Joseph E. The Inefficiency of the Stock Market Equilibrium, Review of Economic Studies, XLIX, April 1982b: pp. 241–261.</ref><ref name=MKTEQLBRM>NEWBERY, David and STIGLITZ, Joseph E.,The Choice of Techniques and the Optimality of Market Equilibrium with Rational Expectations, Journal of Political Economy, 90(2), April 1982, pp. 223–246 and Pareto Inferior Trade, Review of Economic Studies, 51(1), January 1984, pp. 1–12.</ref>
 
=== Possíveis aplicações práticas dos teoremas de Stiglitz ===