Terras do Sem-Fim: diferenças entre revisões

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Era nos começos destedo Século[[século XX]], no Sulsul da [[Bahia]], por ocasião do desbravamento das matas para plantio de cacau nas regiões próximas ao povoado de Tabocas, então município de Ilhéus, sob o domínio político do fazendeiro coronel Sinhô Badaró que, visando apropriar-se as ubérrimas terras devolutas do Sequeiro Grande, manda o jagunço Damião assassinar o recalcitrante pequeno fazendeiro, Firmo, cujo sítio ficava de permeio. Fracassa o atentado, e é deflagrada a sangrenta luta pela posse daquelas terras, igualmente disputadas por outro rico latifundiário vizinho, o oposicionista coronel Horácio da Silveira, que revida as tocaias a rifle pelas estradas, mas também promove demanda judicial através do hábil advogado Virgílio Cabral, enquanto se sucedem os atos de violência de parte a parte, com tropelias, plantações destruídas, incêndios e mortes.
 
Com a reviravolta política ocorrida no Estado, a situação local passa a ser comandada por Horário, que alicia os pequenos fazendeiros circunvizinhos para as suas hostes e leva de roldão os redutos de sinhô, ferido nos combates em que é derrotado e bravamente substituído pela filha, Don'Ana Badaró. Paralelamente, desenvolve-se às ocultas romântico amor entre Virgílio Cabral e a esposa de Horário; Ester, nesse entretempo vitimada de febre tifóide quando afinal as cartas reveladoras do adultério caem nas mãos do viúvo que não vacila em mandar um cabra matar Virgílio a tiro, nos ermos da estrada, à noite. Apesar de todos os terríveis acontecimentos, trazendo a civilização para aquelas paragens onde, das árvores pejadas de nobres frutos dourados, manava a riqueza do solo fértil, "a melhor terra do mundo para o plantio do cacau, aquela terra adubada de sangue".