História de Castelo Branco: diferenças entre revisões

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==O Foral==
 
Em 1213 ''Moncache'', que em quatro anos floresceuflorescera beneficiando da presença templária,<ref>[[António Lopes Pires Nunes]], ''Castelo Branco - das origens à actualidade'', ed. Almondina, 2015</ref> confirmou o seu potencial e recebeu [[foral]] de Pedro Alvito, mestre Templário.{{nota de rodapé|nota="Castelo Branco fundou-se numa '''herdade''' cujo nome antigo era ''Vila Franca da Cardosa"''"<ref name="AAAO,">{{Citar livro|título=Memórias para a história eclesiástica do bispado da Guarda, voI|primeiro=Manuel Pereira da Silva|último=Leal|ano=1729}}</ref>|grupo=nota}}
 
O Foral de Castelo Branco encerra um enigma do qual deram conta os investigadores do passado que a ele se dedicaram e que, inclusivamente, os fez duvidar da autenticidade da data (1213): é que o foral de Castelo Branco remete para o foral de Elvas{{nota de rodapé|nota=''"Eu, mestre de milícia do templo, Pedro Alvito, com todo o convento de Portugal queremos restaurar e povoar Castel-Branco, '''concedendo-vos o foro e costumes de Elvas''', tanto presentes como futuros"'', in Foral de Pedro Alvito|grupo=nota}} e Elvas só foi definitivamente conquistada aos muculmanos em 1229.
 
{{quote|1=''”O que parece, em relação a muitos forais, é que a redução dos diplomas a escrito foi posterior à constituíção do concelho. Mas essa circunstância está longe de ser prova contra a espontaniedade da doação, podendo essa circunstância explicar-se plausivelmente ou pelo facto, já demonstrado, da '''existência de concelhos que não tinham foral [escrito] ou porque um foral mais antigo, que não chegou até nós, havia já legalizado a fundação do concelho ou finalmente porque a redução a escrito, posterior a essa fundação, não excluia a possibilidade de que a anuência do Senhor a tivesse precedido"'''''<ref>[[Henrique da Gama Barros]], ''História da Administração Pública em Portugal'', tomo I, p. 48, Lisboa, 1885</ref>|2=[[Henrique da Gama Barros]]}}
 
Como se referiu anteriormente, D. Afonso Henriques levou a Reconquista Cristã até ao Algarve e em 1190 os muçulmanos, numa contra-ofensiva, fizeram regredir a fronteira de Portugal até ao rio Tejo. Pegando nas palavras de Gama Barros podemos admitir que D. Afonso Henriques teria concedido um primeiro (e deconhecido) foral a Elvas e, depois da conquista definitiva, D. Sancho II teria concedido um segundo foral (ou ter-se-ia limitado a confirmar e passar a escrito o foral de Rei Conquistador. Seria esse foral, de D. Afonso Henriques, a que se refere o foral de Castelo Branco).<ref>[[António Lopes Pires Nunes]], ''Castelo Branco – das Origens à actualidade'', ed. Almondina, 2015</ref> {{nota de rodapé|nota=''"O foral concedido por D. Sancho II a [[Elvas]] é do mesmo tipo do que foi concedido por D. Afonso Henriques, em 1166, a [[Évora]], seguindo modelo do desaparecido foral da castelhana Ávila e um dos dois únicos que este monarca concedeu a sul do Tejo (Elvas e Canha são as duas povoações mais ao Sul que receberam foral de D. Sancho II. Vide Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal, vol 1. 4º ed., ed. Verbo, 1990, pp. 126-127'')"<ref>Fernando Branco Correia, ''Elvas na Idade Média'',ed. Colidbi/Universidade de Évora</ref>. Este facto parece corroborar a hipótese avançada por [[António Lopes Pires Nunes|Pires Nunes]]. Note-se que Évora e Elvas foram conquistadas por D. Afonso Henriques, em 1166.|grupo=nota}}