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[[File:Jean Baptiste Debret - Oficial da corte, 1822.jpg|thumb|Um oficial da Corte brasileira e sua escrava retratados por [[Debret]].]]
 
No [[Reino de Portugal]] havia uma classe de nobreza cívica que tinha algumas semelhanças com a nobreza burguesa do centro da Europa mas era mais ampla, heterogênea, móvel e indefinida, sendo composta de doutores em medicina, direito (civil e canônico), teologia, filosofia e matemática, advogados, corretores das praças de comércio e comerciantes de grosso trato, beneméritos da Igreja, provedores de Santas Casas, oficiais da Corte, vereadores, deputados, juízes, ministros e outros magistrados, servidores públicos de várias categorias e oficiais militares. Sua regulamentação jurídica era pouco consistente, e dependia para seu reconhecimento muito mais dos costumes sociais e da tradição política. Geralmente era um estatuto individual e não hereditário, e podia ser ainda apenas temporário, estando muitas vezes ligadona aodependência do desempenho de alguma função pública, podendoe serera perdido se após ou durante a carreira ou mandato o nobilitado desempenhasse [[ofício mecânico]] ou levasse vida indecorosa. Esta forma de nobreza foi reproduzida no [[Brasil colonial]] e se perpetuou ao longo do [[Nobreza do Império do Brasil|Império]].<ref>Rosolen, Solange Montanher. ''Educação e Processo Civilizador: A presença de alunos brasileiros na reforma do ensino jurídico da Universidade de Coimbra (1772-1827)''. Doutorado. Universidade Estadual de Maringá, 2017, pp. 96-98</ref><ref>Bicalho, Maria Fernanda Baptista. "Conquista, Mercês e Poder Local: a nobreza da terra na América portuguesa e a cultura política do Antigo Regime". In: ''Revista Eletrônica Almanack Braziliense'', 2005 (2)</ref><ref>Passiani, Enio. "Não existe pecado abaixo do Equador? Algumas considerações sobre o processo de formação da sociedade de corte no Brasil (1808-1889)". In: ''Sociedade e Estado'', 2012; 27 (3)</ref><ref>Comissoli, Adriano. "A dupla face de Jano: magistrados, famílias de elite e mediação no extremo sul do Brasil entre 1808 e 1831". In: ''História Unisino''s, 2012; 16 (2)</ref>
 
==Do Renascimento aos tempos recentes==