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[[Imagem:Francisco Alexandre Lobo.jpg|thumb|250px|D. Francisco Alexandre Lobo (gravura de [[António Joaquim de Santa Bárbara]]).]]
'''D. Francisco Alexandre Lobo''' ([[Beja]], [[14 de Setembro]] de [[1763]] — ?[[Viseu]], Dezembro de [[1844]]), [[bispo de Viseu]], foi um clérigo e [[político]] português, historiador e homem de letras erudito, que, entre outras funções, exerceu o cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, então equivalente a Primeiro-Ministro de Portugal, no governoexecutivo vintistapró-miguelista que governou entre [[16 de Dezembro]] de [[1826]] e [[1 de Maio]] de [[1827]]. Após a vitória liberal teve de exilar-se. Foi membro da [[Academia Real das Ciências de Lisboa]]. Faleceu deixando inédita parte importante da sua obra.
==Biografia==
Francisco Alexandre Lobo era filho de Manuel Lobo da Silva e de Antónia Maria Lobo. Seguiu carreira eclesiástica, sendo [[beneditino]]. Foi professor no Seminário do Algarve, vindo a doutorar-se em Teologia pela [[Universidade de Coimbra]], integrando posteriormente o corpo docente da Faculdade de Teologia daquela universidade.
 
Foi nomeado bispo de Viseu e exerceu diversos cargos públicos, entre os quais Secretário de Estado dos Negócios do Reino, ministro e [[par do reino]]. Conservador, considerado um ''apostólico moderado'', era próximo de D. [[Miguel I de Portugal|Miguel I]], por quem foi escolhido para conselheiro de Estado e encarregado de fazer a reforma geral dos estudos. Foi Ministro e Secretário de Estado dos negócios Eclesiásticos e da Justiça, interino, de 16 a 19 de Dezembro de 1826.
Francisco Alexandre Lobo era filho de Manuel Lobo da Silva e de Antónia Maria Lobo.
 
Escritor brilhante e erudito, revelou-se um historiador de mérito, sendo admitido como sócio da [[Academia Real das Ciências de Lisboa]] a [[21 de Novembro]] de [[1804]].
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Com a vitória do liberalismo teve de exilar-se, abandonando Portugal em [[1834]]. Escreveu um diário desde o momento em que saiu da sua diocese, perante a ameaça dos liberais que se aproximavam da cidade, até à chegada ao exílio em Inglaterra<ref>O diário está publicado em: ''D. Miguel e o fim da Guerra Civil - Testemunhos'', Caleidoscópio e Centro de História da Universidade de Lisboa, Lisboa, 2006, 160 pp. (ISBN 989-8010-12-6).</ref>.
 
Em 1848-1853, foram publicados três volumes das ''Obras Completas'' deste historiador, embora o plano de edição constasse de dez volumes, permanecendo inédita parte da sua obra.
 
O seu retrato, por [[António Joaquim de Santa Bárbara]], foi feito a partir da ''máscara que se tirou do rosto venerando do Prelado que nunca em sua vida consentiu ser retratado''.
==Obras publicadas==
D. Francisco Alexandre Lobo foi autor de múltiplas obras, demonstrando uma cultura e erudição notáveis. Entre essas obras destacam-se:
*''Memoria historica e critica acerca de Luiz de Camões e das suas obras'', Typ. da Academia, Lisboa, 1820.
*''Discurso Histórico'', Lisboa, 1823.
*''Resumida Notícia dos Bispos de Viseu nos Séculos XVI, XVII, XVIII'', Coimbra, 1855.
*''Discurso Histórico e Crítico acerca do Padre António Vieira e das suas Obras'', Coimbra, Imprensa da Universidade, 1897.
*''Obras completas'', 3 volumes, Typ. José Baptista Morando, Lisboa, 1848-1853.
==Referências==
*José Maria de Lima e Lemos, ''Oração funebre recitada nas exequias do Ex.mo e R.mo Sr. D. Francisco Alexandre Lobo, bispo de Vizeu...'', Imprensa de Trovão, Coimbra, 1845.
==Notas==
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[[Categoria:Políticos de Portugal]]