Marxismo-leninismo: diferenças entre revisões

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A resistência em Donbass, Andrey Kotchetov - youtube.com/watch?v=mZkuWRjl53w
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=== Época Pós-Guerra Fria (1992-presente) ===
Desde a queda dos regimes marxistas-leninistas da Europa de Leste, da [[União Soviética]], e de uma variedade de regimes marxistas-leninistas africanos, apenas alguns partidos marxistas-leninistas permaneceram no poder. Isto inclui a [[China]], [[Cuba]], [[Laos]] e [[Vietnã|Vietname]]. A maioria dos partidos comunistas marxistas-leninistas fora destas nações tem tido um desempenho relativamente fraco nas eleições, embora outros partidos tenham permanecido ou se tornado numa potência [[Lista dos partidos anti-capitalistas e comunistas com representação parlamentar nacional|relativamente forte]]. Isto inclui a [[Rússia]], onde o [[Partido Comunista da Federação Russa]] permaneceu uma força política significativa, tendo ganho as [[Eleições legislativas na Rússia em 1995|eleições legislativas de 1995]], quase vencendo as [[Eleições presidenciais da Rússia em 1996|eleições presidenciais de 1996]] e permanecendo geralmente o segundo partido mais popular e o único de oposição. Na [[Ucrânia]], o [[Partido Comunista da Ucrânia]] também exerceu influência e governou o país após as eleições parlamentares de 1994, e novamente após as eleições parlamentares de 2006. Contudo, nas [[Eleições parlamentares na Ucrânia em 2014|eleições parlamentares de 2014]], após a [[Euromaidan]] resultando na [[Intervenção militar da Rússia na Ucrânia (2014–presente)|invasãointervenção russa da Ucrânia]] e a [[Anexação da Crimeia à Federação Russa|anexação da Crimeia]] a pedido da população local de maioria russa, o presidente [[Vladimir Putin]] deslocou militares da antiga base russa em [[Sebastopol]], estes fatos resultaram na perda dos seus 32 membros e na ausência de representação parlamentar, e posteriormente, em 2015, foi banido. Embora, no leste da Ucrânia surgiu [[Guerra Civil no Leste da Ucrânia#Referendo e governo popular|movimentos de inspiração soviética]] e a criação de [[República popular|repúblicas populares]] de [[República Popular de Donetsk|Donetsk]] e [[República Popular de Lugansk|Lugansk]].<ref>[https://en.interfax.com.ua/news/general/233404.html "People's Front 0.33% ahead of Poroshenko Bloc with all ballots counted in Ukraine elections - CEC".] [https://web.archive.org/web/20141112013057/http://en.interfax.com.ua/news/general/233404.html Archived] 12 November 2014 at the [[Internet Archive|Wayback Machine]]. Interfax-Ukraine. 8 November 2014. Retrieved 6 December 2019.</ref><ref>{{citar web |url=https://www.unian.info/society/1214377-court-rules-complete-ban-of-communist-party-of-ukraine.html |titulo=Court rules complete ban of Communist Party of Ukraine |data=2015 |publicado=Unian (Inglês)}}</ref>.
 
Na Europa, vários partidos marxistas-leninistas continuam fortes. No [[Chipre]], [[Dimítris Christófias|Dimitris Christofias]] do [[Partido Progressista do Povo Trabalhador|AKEL]] ganhou as [[Eleições presidenciais de 2008 no Chipre|eleições presidenciais de 2008]]. [[Akel|AKEL]] tem sido consistentemente o primeiro e terceiro partido mais popular, ganhando as eleições legislativas de 1970, 1981, 2001 e 2006. Na [[Chéquia|República Checa]] e em [[Portugal]], o [[Partido Comunista da Boêmia e Morávia|Partido Comunista da Boémia e Morávia]] e o [[Partido Comunista Português]] têm sido ambos os quartos partidos mais populares, tendo o primeiro caído para 5º lugar nas [[Eleições legislativas na Chéquia em 2017|eleições legislativas de 2017]]. Desde 2017, o [[Partido Comunista da Boêmia e Morávia|Partido Comunista da Boémia e Morávia]] apoia o governo da minoria [[ANO 2011]]-[[Partido Social-Democrata Tcheco|ČSSD]], enquanto que o [[Partido Comunista Português]] tem prestado [[confiança e fornecimento]], juntamente com o [[Partido Ecologista "Os Verdes"]] e o [[Bloco de Esquerda]], ao [[Eleições legislativas portuguesas de 2015|governo da minoria]] [[Partido Socialista (Portugal)|socialista]] de 2015 a 2019. Na Grécia, o [[Partido Comunista da Grécia]] liderou um governo de provisório e posteriormente de unidade nacional entre 1989 e 1990, permanecendo constantemente o terceiro ou quarto partido mais popular. Na [[Moldávia]], o [[Partido dos Comunistas da República da Moldávia]] ganhou as eleições parlamentares de 2001, 2005 e Abril de [[Eleições parlamentares na Moldávia em abril de 2009|2009]]. No entanto, os resultados das [[Eleições parlamentares na Moldávia em abril de 2009|eleições moldavas de Abril de 2009]] foram protestados e [[Eleições parlamentares na Moldávia em julho de 2009|outra volta realizou-se em Julho]], resultando na formação da Aliança para a Integração Europeia. Na incapacidade de eleger o presidente, foram realizadas novas [[Eleições parlamentares de 2010 na Moldávia|eleições parlamentares em Novembro de 2010]], que resultaram aproximadamente na mesma representação no parlamento. De acordo com Ion Marandici, um cientista político moldavo, o Partido dos Comunistas difere dos de outros países porque conseguiu apelar às minorias étnicas e aos romenos anti-moldavos. Após ter traçado a estratégia de adaptação do partido, encontrou cinco dos factores que contribuíram para o seu sucesso eleitoral, já mencionados na literatura teórica sobre os antigos partidos marxistas-leninistas, nomeadamente a situação económica, a fraqueza dos opositores, as leis eleitorais, a fragmentação do espectro político e o legado do antigo regime. Contudo, Marandici identificou sete factores explanatórios adicionais em jogo no caso moldavo, nomeadamente o apoio estrangeiro a certos partidos políticos, o separatismo, o apelo às minorias étnicas, a capacidade de construção de alianças, a dependência da noção soviética da identidade moldava, o processo de construção do Estado e o controlo sobre uma parte significativa dos meios de comunicação social. É devido a estes sete factores adicionais que o partido conseguiu consolidar e expandir a sua circunscrição eleitoral. Nos [[Ex-repúblicas soviéticas|estados pós-soviéticos]], o Partido dos Comunistas é o único que esteve no poder durante tanto tempo e não mudou o nome do partido.<ref>Marandici, Ion (23 April 2010). [https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1809029 "The Factors Leading to the Electoral Success, Consolidation and Decline of the Moldovan Communists' Party During the Transition Period"]. Presented at the Midwestern Political Science Association Convention. SSRN.</ref>