Batalha da Roliça: diferenças entre revisões
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→Forças britânicas e Portuguesas: Coerência: se um adjectivo leva maiúscula, então ambos levam maiúscula... a propósito, o AO não prevê maiúscula obrigatória em adjectivos respeitantes a proveniência geográfica, incluindo nacionalidades. |
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Dia após dia crescia o descontentamento e, quando eclodiu a revolta em Espanha (2 de Maio de 1808), a posição de Junot tornou-se difícil de sustentar porque nas tropas espanholas que o tinham acompanhado surgiam indícios de simpatia pela revolta. As revoltas surgiram em Portugal em Junho e Julho de 1808 e conduziram à decisão de enviar um contingente britânico. Após terem sido coordenados os apoios necessários com a [[Junta Provisional do Governo Supremo do Reino]], que se formara no Porto, uma força expedicionária britânica iniciou o seu desembarque em [[Lavos]], imediatamente a Sul da Figueira da Foz, no dia 1 de Agosto. O desembarque durou até ao dia 5 desse mês. O comando da força era, então, da responsabilidade do Tenente-general Sir Arthur Wellesley.
De Lavos, Wellesley dirigiu-se para Montemor-o-Velho, onde se reuniu com [[Bernardim Freire de Andrade]], que comandava um corpo de forças portuguesas que vinha do Norte em direcção à península de Lisboa a fim de se juntar à força britânica. Foram trocadas informações e os Portugueses receberam armamento dos Britânicos, mas os dois oficiais não chegaram a acordo sobre a estratégia a adoptar. Wellesley decidiu marchar para Lisboa por um itinerário perto da costa para conservar o contacto com a esquadra britânica. Bernardim Freire acompanhou-o com as suas forças até Leiria para depois seguir por Santarém. Das forças portuguesas seguiram com os Britânicos 2.592 homens que formaram o Destacamento Português sob o comando do Tenente-Coronel [[Nicholas Trant]].
Informado do desembarque, Junot enviou o General Delaborde, no dia 6 de Agosto, com uma força relativamente pequena, com a missão de observar e, se possível, impedir o avanço inimigo. Deviam juntar-se-lhe as forças do General [[Louis Henri Loison]] que se encontravam em Tomar. No dia 13 de Agosto a força anglo-lusa
==O campo de batalha==
[[Ficheiro:Local da Batalha da Roliça, 1808.png|thumb|left|O campo de batalha da Roliça, fotografado em 2017]]
O campo de batalha da [[Roliça]] situa-se na
==As forças em presença==
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A '''cavalaria britânica''' formava um corpo sob o comando do Tenente-coronel C. D. Taylor e era formada por forças do 20º Regimento de Dragões Ligeiros (20th Light Dragons) com um efectivo de 180 homens.
A '''
As forças portuguesas – infantaria e cavalaria – estavam agrupadas num único corpo, o destacamento português, sob comando do Tenente-coronel N. Trant. Estas forças eram constituídas por efectivos das seguintes unidades:
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'''Cavalaria''': uma força do 26.º Regimento de Caçadores a Cavalo (
'''Artilharia''': Uma bateria com cinco bocas de fogo, o que correspondia a um efectivo de 100 homens.
==A
Wellesley dividiu a sua força em três colunas. A coluna da direita era comandada pelo tenente-coronel Trant e era constituída por cerca de 1.200 homens da infantaria portuguesa e 50 cavaleiros; tinha como missão tornear a esquerda do dispositivo francês. A coluna da esquerda, sob comando do tenente-general Roland Ferguson, era constituída pela 4ª Brigada (Bowes) reforçada com três
As tropas de Delaborde posicionaram-se nos terrenos mais elevados da região da Roliça por forma a
O ataque foi lançado cedo, no dia 17 de Agosto. As forças de Wellesley avançaram com as alas mais adiantadas que a coluna do centro. Delaborde, com poucas forças, manteve o seu dispositivo até os aliados se encontrarem a curta distância e quase conseguirem envolver os Franceses. Vendo que não conseguia manter a posição, mandou retirar as suas tropas para o terreno mais elevado perto do lugar da Columbeira, mais difícil de tornear. A retirada deu-se em boa ordem, registando-se algumas escaramuças
Wellesley manteve o dispositivo inicial – as forças do tenente–coronel Trant à direita, as do tenente-general Ferguson à esquerda e as restantes na coluna central: a 1ª Brigada (Hill) à direita, a 3ª Brigada (Nightingall) ao centro, a 6ª Brigada (Fane) à esquerda, e a 5ª Brigada (Craufurd) juntamente com os Caçadores do Porto formava a reserva. Atrás seguia a cavalaria - metade portuguesa, metade britânica – e a artilharia<ref>CHARTRAND, René, Vimeiro 1808, Wellesley’s first victory in the Peninsular War, Osprey Campaign 090, pág. 53</ref>.<br />
Quando as forças britânicas começaram a subir em direcção às posições francesas tiveram de o fazer através das ravinas que estavam bem defendidas. Os homens do 29th Foot (3ª Brigada) avançaram e, sem se aperceberem, estavam quase a ultrapassar o 70.º Regimento de Linha dos
O 1/9th Foot juntou-se às restantes forças do 29th e atacaram, obrigando os Franceses a
A retirada francesa processou-se inicialmente com calma mas, quando atingiram uma passagem estreita que os obrigou a avançar mais lentamente, houve alguma confusão que fez com que abandonassem três das suas bocas de fogo de artilharia e alguns dos prisioneiros
Os Franceses perderam neste encontro cerca de 600 homens. Os aliados tiveram 479 baixas: 70 mortos, 335 feridos e 74 desaparecidos. O 29th Foot foi a unidade que mais sofreu, com 190 baixas incluindo prisioneiros. O corpo de tropas portuguesas não comunicou baixas mas, quatro dias mais tarde, registaram a falta de 7 homens.
== O significado
Sendo o primeiro combate terrestre entre britânicos e franceses da Guerra Peninsular, este combate foi também o primeiro da carreira europeia de Wellesley; o sucesso obtido aqui e no [[Batalha do Vimeiro|Vimeiro]]
A Roliça significou, não só para Wellesley mas todos os soldados e políticos britânicos, a confirmação de que, apesar da fama de Napoleão e da reputação dos seus exércitos, era possível bater os franceses em terra.
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