Igreja de Nossa Senhora do Cabo (Sesimbra): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 9:
No interior da igreja salienta-se o teto, em [[trompe-l'oeil]], da autoria de [[Lourenço da Cunha (pintor)|Lourenço da Cunha]], datado de 1740. Trata-se de «um dos melhores trabalhos de [[Trompe-l'oeil|ilusionismo perspético]] que subsiste do Portugal [[João V de Portugal|Joanino]]», sendo o único deste artista em todo o País (os restantes não sobreviveram ao [[Sismo de Lisboa de 1755|terremoto de 1755]]).<ref>Serrão, Vítor. ''História da Arte em Portugal : o Barroco''. Lisboa: Editorial Presença, 2003. {{ISBN|972-23-3017-9}}, pág. 256.</ref>
 
O [[retábulo]] da [[capela-mor]], em [[Retábulo nacional português|estilo nacional]], acolhe a imagem de [[Maria (mãe de Jesus)|Nossa Senhora do Cabo]], cuja descoberta no promontório (presumivelmente em 1410) terá estado na base de um culto popular que se estendeu a ambas as margens do Tejo. Este culto encontra-se, no entanto, documentalmente registado desde data anterior, 1366, numa carta régia de [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]]).<ref name="DGPC" /><ref name="Diocese">{{citar web|URL=https://diocese-setubal.pt/santuario-de-nossa-senhora-do-cabo-espichel/|título=Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel|autor=|data=|publicado=Diocese de Setúbal|acessodata=11-08-2020}}</ref>
 
A fachada principal é ladeada por torres, abrindo-se ao exterior através de três portais a que correspondem, ao nível do coro, outras tantas janelas (de características [[Estilo Chão|tardo-maneiristas]]), sendo encimada por [[frontão]] triangular com elementos barrocos e uma imagem da [[orago|padroeira]] no [[Nicho (arquitetura)|nicho]] central. O interior, de uma só nave coberta por [[Abóbada de berço|abóbada de canhão]], parece confirmar a hipótese de ser João Antunes o autor da traça da igreja, «pela utilização de mármores brancos e negros» que enquadram 10 altares de talha vulgar (1718-1722), acima dos quais se dispõem pinturas anónimas relativas a episódios da Vida da Virgem. A tribuna real é já uma obra de 1770 e, na [[sacristia]], assinalem-se pinturas do denominado [[Mestre da Lourinhã]].<ref name="DGPC" />