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{{Sem-mais fontes|data=novembro de 2010}}
O '''estamento''' constitui uma forma de [[estratificação social]] com camadas mais fechadas do que as [[classes sociais]], e mais abertas do que as [[castas]], ou seja, possui maior mobilidade social que no sistema de [[castas]], e menor mobilidade social do que no sistema de classes sociais. É um tipo de estratificação ainda presente em algumas sociedades. Nessas sociedades, do presente ou do passado, o indivíduo desde o nascimento está obrigado a seguir um estilo de vida predeterminado, reconhecidas por lei e geralmente ligadas ao conceito de [[honra]], embora exista alguma [[mobilidade social]]. O rei [[Luís XVIII de França]] foi o primeiro a introduzir este tipo de estratificação social na França.<ref>{{citar web|url= https://d-nb.info/gnd/4182787-9|título= Estamento|obra= [[Biblioteca Nacional da Alemanha]]|língua= de|acessodata= 26-08-2020}}</ref>
 
Historicamente, os estamentos caracterizaram a sociedade feudal durante a [[Idade Média]].
 
Na obra de [[Max Weber]], o conceito de ''estamento'' é ampliado. Passa a significar não propriamente um corpo homogêneo estratificado, mas sim uma certa teia de relacionamentos que constitui um determinado poder e influi em determinado campo de atividade.
 
Podemos afirmar que, no estamento, cada estrato deve obedecer leis diferenciadas. Por exemplo, na [[feudalismo|sociedade feudal]] os direitos e deveres de um [[nobre]] eram diferentes dos direitos e deveres de um [[Servidão|servo]]. E, embora a lei não preveja a mudança de [[status social]], ela também não a torna impossível, como na casta. Por exemplo, um servo pode se tornar um pequeno comerciante ou um membro do [[clero]]. Isso dá ao sistema de estamentos uma mobilidade social maior do que nas castas, mas não tão alta quanto nas [[classes sociais]], onde todos, em teoria, são iguais perante a lei.
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Nas palavras de [[Raimundo Faoro]]: "O estamento burocrático comanda o ramo civil e militar da administração e, dessa base, com aparelhamento próprio, invade e dirige a esfera econômica, política e financeira. No campo econômico, as medidas postas em prática, que ultrapassam a regulamentação formal da ideologia liberal, alcançam desde as prescrições financeiras e monetárias até a gestão direta das empresas, passando pelo regime das concessões estatais e das ordenações sobre o trabalho. Atuar diretamente ou mediante incentivos serão técnicas desenvolvidas dentro de um só escopo. Nas suas relações com a sociedade, o estamento diretor provê acerca das oportunidades de ascensão política, ora dispensando prestígio, ora reprimindo transtornos sediciosos, que buscam romper o esquema de controle."
 
{{Referências}}
== Bibliografia ==
{{Refbegin}}
[[Raimundo Faoro|Faoro, Raimundo]], ''Os donos do poder'': formação do patronato político brasileiro, vol. I e II. Ed. Globo, Publifolha, Coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro, ed. 10, 2000, p. &nbsp;740.
{{Refend}}
 
== Ver também ==
* [[Burocracia]]
{{Controle de autoridade}}
 
[[Categoria:Sociologia]]