Navio de Teseu: diferenças entre revisões

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==Dúvida de Hobbes==
[[Thomas Hobbes]], em [[De Corpore]]<ref>[http://www.archive.org/details/englishworkstho21hobbgoog The English text] de ''De Corpore'', de "Molesworth's edition" dos trabalhos de Hobbes -[http://www.archive.org/stream/thomhobbesmalme03molegoog#page/n120/mode/2up Latin version]</ref>, acrescenta aà discussão filosoficafilosófica acima, que alguns atenienses, mais preocupados com o autêntico, do que com aquilo que deve permanecer, foram recolhendo num armazém, ao longo dos anos, as peças velhas que já não serviam o lustro de estreia do navio restaurado. Um dia, chegou a [[Atenas]] um forasteiro que, entusiasmado pelos relatos da vida do herói, quis visitar a suprema relíquia do seu ídolo. Ao saber da história da lenta renovação do navio, o visitante pediu aos atenienses que o conduzissem até ao “barco de Teseu”.
 
Foi então que surgiu a dúvida: afinal, qual deles era “o barco de Teseu”? O monumento luminoso que Atenas expunha aos olhos deslumbrados do mundo, ou os destroços de peças desgarradas que se acumulavam a um canto do armazém? A unidade proposta a partir de cópias do que já lá estava, ou o apagamento progressivo dos elementos originais? Se a resposta fosse afirmativa para ambos os casos, como é que o autêntico barco de Teseu se transformou em dois? Dois = um? O que vale mais, a unidade aparente do aparentemente imutável (o navio no museu), ou a decomposição da unidade sob a pressão do tempo? Como se pode, nesse caso, fixar o significado de “permanecer”, ou de “mudar”? Como é que o barco do museu permanece como “o” barco de Teseu” a partir das escamas novas que se lhe vão adicionando? Como é que o monte de destroços permanece como “o” barco de Teseu, se já não é obviamente o navio de Teseu?
 
Depois da saída desanimada do forasteiro, os atenienses depararam-se, inquietos, com a impossibilidade de uma resposta para todas estas questões e nem [[Plutarco]] nem Hobbes relatariam a sua decisão final. <ref>http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/Biographies/Hobbes.html</ref><ref>Stephen J. Finn, ''Thomas Hobbes and the Politics of Natural Philosophy'' (2006), pp. 42-5.</ref>