Andrew Watson: diferenças entre revisões

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Quinze anos depois de seu falecimento, Watson foi eleito para a melhor seleção escocesa da história, no posto de zagueiro pela esquerda.<ref name = "glasgow"/> Desde a [[década de 1910]], enquanto ainda vivia, negros e mestiços já figuravam nas principais seleções sul-americanas, notoriamente com os casos de [[Isabelino Gradín]] pelo [[Seleção Uruguaia de Futebol|Uruguai]], [[Arthur Friedenreich]] pelo [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]] e [[José Durand Laguna]] pela [[Seleção Argentina de Futebol|Argentina]].<ref>{{citar web|url=http://www.futebolportenho.com.br/2012/11/20/afro-argentinos-no-futebol/|titulo=Afro-argentinos no futebol|autor=BRANDÃO, Caio|publicado=Futebol Portenho|data=20/11/2012|acessodata=20/02/2020}}</ref> Porém, as nações europeias ainda tardariam cerca de meio século após as partidas de Watson pela Escócia a também utilizarem não-brancos - começando por [[Vahap Özaltay]] pela [[Seleção Turca de Futebol|Turquia]] em 1927; [[Eddie Parris]] pelo [[Seleção Galesa de Futebol|País de Gales]] e [[Raoul Diagne]] pela [[Seleção Francesa de Futebol|França]], ambos em 1931 (Diagne, curiosamente, também veio das [[Guianas]], nascido [[Guiana Francesa|na francesa]]); e [[Guilherme Espírito Santo]] por [[Seleção Portuguesa de Futebol|Portugal]] em [[1937]].<ref name = "rsssf1"/> Falecido ainda em 1921, Watson já não vivia para acompanhar nenhuma dessas estreias.<ref name = "glasgow"/>
 
Apesar da gradual adoção de não-brancos pelas seleções da Europa a partir daquela virada da [[década de 1920]] para [[década de 1930|a de 1930]], apenas no fim [[década de 1970|da de 1970]] é que as vizinhas [[Seleção Inglesa de Futebol|Inglaterra]] e [[Seleção Irlandesa de Futebol|Irlanda]] adotaram seus pioneiros nesse sentido ([[Viv Anderson]] e [[Chris Hughton]], respectivamente). Se o vizinho Gales promovera seu primeiro negro ainda em 1931,<ref name = "rsssf1"/> o primeiro utilizado pela [[Seleção Norte-Irlandesa de Futebol|Irlanda do Norte]], [[Jeff Whitley]], estreou por ela apenas em 1997.<ref>{{cite web|url=https://www.chroniclelive.co.uk/sport/football/football-news/jeffs-irish-ambition-1605270|title=Jeff's Irish ambition|publicado=Chronicle Live|autor=|date=01/02/2004|accessdate=09/09/2020|idioma=inglês}}</ref> A despeito do pioneirismo com Watson, a Escócia só voltaria a adotar um não-branco por volta dessa mesma época - primeiramente, com [[Paul Wilson (futebolista)|Paul Wilson]], de parcial origem [[Estado da Índia|luso-indiana]], em 1975. E um segundo negro, por sua vez, somente veio a aparecer mais de 120 anos depois de Watson, com [[Nigel Quashie]] estreando em 2004 pelo ''Tartan Army'',<ref name = "glasgow"/> seguido por [[Chris Iwelumo]] em 2008.<ref>{{citar web|url=https://www.standard.co.uk/sport/scots-go-for-iwelumo-6904637.html|titulo=Scots go for Iwelumo|autor=|publicado=Evening Standard|data=02/10/2008|acessodata=03/07/2020}}</ref> Antes da estreia destes dois, à altura da [[Copa do Mundo FIFA de 1998]], precisamente a última com participação dos escoceses, a absoluta homogeneidade de brancos na seleção deles chegou a ser ironizada pelo [[humor]]ista [[brasil]]eiro [[Bussunda]]: "no primeiro jogo, descobri porque é que não tem negro no time da Escócia. Iam ter que aumentar o tamanho da [[kilt|saia]]...".<ref>[[Bussunda|BUSSUNDA]] (jul. 1998). '''Um paparazzo na França'''. [[Revista Placar|Placar]] n. 1141. São Paulo: [[Editora Abril]], pp. 112-113</ref>
 
Em 2011, Watson foi selecionado para o Hall da Fama do futebol escocês.<ref name = "glasgow"/>