Drusila (irmã de Calígula): diferenças entre revisões
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== História ==
Drusila nasceu em [[Abitárvio]] ([[Coblença]], na [[Alemanha]]). Depois da morte do pai, ela e seus irmãos foram levados de volta para [[Roma]] pela mãe e criados com a ajuda da avó paterna, [[Antônia Menor]]. Em 33, Drusila foi casada com [[Lúcio Cássio Longino (marido de Drusila)|Lúcio Cássio Longino]], um amigo do imperador Tibério.<ref>{{citar livro| autor = [[Suetônio]]| título = [[Vidas dos Doze Césares]]| subtítulo = Vida de Calígula| capítulo = 21| língua = inglês| acessodata = 14/08/2013}}</ref>
== Reputação ==
[[Ficheiro:Caligula RIC 0033 tails.png|thumb|esquerda|180px|As três irmãs de Calígula, [[Agripina Menor]], Drusila e [[Júlia Lívila]].]]
Drusila era, segundo os relatos, a [[favorito|favorita]] de Calígula. Havia rumores já na época de que ela seria também a sua amante e que assim ela teria conseguido tanta influência sobre o irmão. Ainda que as atividades dos dois possam ter parecido [[incesto|incestuosas]] na época, não se sabe se os dois de fato eram ou não amantes. A própria Drusila tinha uma má reputação por conta da relação próxima e chegou a ser comparada a uma [[prostituta]] por acadêmicos posteriores, que tentavam desacreditar Calígula.<ref name="diva">Susan Wood, ''Diva Drusilla Panthea and the Sisters of Caligula'', American Journal of Archaeology, Vol. 99, No. 3 (July , 1995), pp. 457-482</ref>
Alguns historiadores sugerem que Calígula teria outras motivações além do [[desejo]] ou do [[amor]] ao perseguir essas relações com as irmãs. É possível que ele estivesse deliberadamente copiando o padrão dos monarcas [[helenismo|helênicos]] da [[Dinastia ptolemaica]] do [[Egito Antigo]], na qual os casamentos entre irmãos que reinavam conjuntamente eram uma tradição e não um [[escândalo sexual]]. Esta explicação já foi também utilizada para explicar por que seu [[despotismo]] era aparentemente mais evidente para seus contemporâneos do que o de Augusto ou Tibério.
A fonte de muitos dos rumores sobre Calígula e Drusila podem ser derivados dos hábitos relativos aos jantares formais dos romanos.<ref name="diva"/>
Outra explicação possível é que a acusação de incesto era frequentemente lançada contra tiranos, geralmente envolvendo a mãe. No caso de Calígula, como ela não estava disponível para isso, a irmã terminou envolvida.
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Drusila morreu em [[10 de junho]] de [[38]], provavelmente de uma "febre" que grassava em Roma na época. Diz-se que Calígula não saiu do seu lado e, depois que ela morreu, não deixou que ninguém levasse o corpo.
O imperador ficou muito abalado com a perda da irmã. Ele enterrou Drusila com honras de ''[[augusta (honorífico)|augusta]]'', se portou como um viúvo e fez com o [[Senado romano|senado]] a [[culto imperial|deificasse]] como uma representação da [[deuses romanos|deusa romana]] [[Vênus (mitologia)|Vênus]] (a grega [[Afrodite]]). Drusila foi também consagrada como ''"Panthea"'' ("deusa de tudo"), provavelmente no aniversário de nascimento de [[Augusto]].<ref name="diva"/>
Um ano depois, Calígula batizou sua única filha conhecida, [[Júlia Drusila (filha de Calígula)|Júlia]], em homenagem a sua irmã favorita. Enquanto isso, o marido viúvo de Drusila, [[Marco Emílio Lépido (executado em 39)|Marco Emílio Lépido]], teria, segundo relatos, se tornado amante das irmãs dela, Júlia Lívila e Agripina, numa tentativa de conseguir o apoio delas na sucessão de Calígula. A conspiração foi descoberta pelo imperador no outono, quando ele estava na [[Germânia Superior]]. Lépido foi rapidamente executado e Lívila e Agripina foram exiladas para as [[ilhas Pontinas]].
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