Bira (futebolista): diferenças entre revisões

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Bira começou em uma equipe do [[Trem (Macapá)|bairro macapaense do Trem]], chamada de “Reminho”, disputando partidas no campo adjacente à Paróquia da Nossa Senhora da Conceição, onde a presença na missa era a condição para poder jogar. Com doze anos de idade, já era utilizado no time principal, conforme as necessidades pontuais, chegando a atuar até como goleiro. Aos 15 anos, passou ao [[Esporte Clube Macapá|Macapá]], inicialmente na tarefa de roupeiro até ingressar aos 16 no time juvenil dos azulinos. Em [[1972]], foi campeão invicto do campeonato de aspirantes amapaense e no mesmo ano foi promovido ao time principal.<ref name = “amapa”/>
 
Ainda com 17 anos, ele foi protagonista involuntário da final do [[Campeonato Amapaense de Futebol de 1973]], ao perder o pênalti que relegaria o Macapá ao vice-campeonato para o [[Amapá Clube|Amapá]]. Isso não impediu que em 1974 ele fosse testado pela [[Tuna Luso Brasileira|Tuna Luso]], mas sua contratação terminou não aprovada pelo treinador tunante Miguel Cecim.<ref name = "gigantes">DA COSTA, Ferreira (2013). '''Bira - Artilheiro máximo do Parazão: 32 gols - 1979'''. ''Gigantes do futebol paraense''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 69-71</ref> Seu grande momento com o Macapá, atuando ao lado do irmão [[Aldo Silva do Espírito Santo|Aldo]], deu-se no primeiro [[Torneio Integração da Amazônia]],<ref name = “amapa”/> marcando a melhor geração que o “Leão da FAB” teve – a ponto de a decadência azulina nos quarenta anos da conquista ser bastante lamentada pelo próprio Bira, em 2015: “o time já era o maior do Amapá e tinha tudo para ser um dos grandes do Norte, mas o Macapá parou no tempo, o futebol evoluiu e a equipe não. No estado só joguei no Macapá, cheguei a ser roupeiro antes de ser jogador e hoje sou um dos sócios do clube, mas não sei qual é a real situação do meu time. O presidente Wilson não deixa ninguém ajudar, quer fazer tudo sozinho e isso não está certo. Ainda tenho esperança que um dia o Macapá volte a ser o que era”.<ref>{{citar web|url=http://globoesporte.globo.com/ap/futebol/times/macapa/noticia/2015/07/apos-40-anos-do-copao-macapa-para-no-tempo-e-vive-de-glorias-passadas.html |titulo=Após 40 anos do Copão, Macapá para no tempo e vive de glórias passadas |autor=MOREIRA, Rafael|publicado=Globo Esporte|data=21/07/2015|acessodata=14/09/2020}}</ref>
 
Em 2003, o Macapá já se encontrava fora da primeira divisão estadual, sendo o único clube amapaense nesta condição incluído em lista de 500 clubes brasileiros elaborada em edição especial da revista ‘’[[Revista Placar|Placar]]’’. O perfil dedicado ao Leão destacou Bira e Aldo como “os maiores do Macapá”.<ref>’’’Macapá’’’ (out 2003). [[Revista Placar|Placar]] n. 1263-A, p. 14</ref> O título de 1975 referendou uma transferência dos irmãos ao [[Paysandu Sport Club|Paysandu]]. Bira explicaria que “o [[Amapá]] era um celeiro. Como nós não tínhamos profissionais, tínhamos que ir para [[Belém do Pará|Belém]] desenvolver o nosso futebol”. <ref name = “amapa”/> Inicialmente, apenas Bira veio ao Paysandu, que trouxe do Macapá também o zagueiro Albano.<ref name = "gigantes"/>
 
O Paysandu conseguiu encerrar no [[Campeonato Paraense de Futebol de 1976]] uma série de títulos do rival [[Clube do Remo|Remo]], no que também foi a única conquista estadual do “Papão” entre 1971 e 1980.<ref name = "trivela1"/> Na campanha, Bira foicontribuiu com dois gols,<ref name = "gigantes"/> sendo uma espécie de 12º jogador, pois a grande referência ofensiva bicolor era [[Roberto Bacuri]]. Ainda assim, interessou ao Remo; o Paysandu aceitou negocia-lo mediante o reconhecimento do rival pelo [[Campeonato Paraense de Futebol de 1971|título estadual de 1971]], ainda questionado judicialmente pelos remistas. Assim foi feito, em incomum troca de um jogador por um campeonato.<ref name = "trivela1"/> A negociação também envolveu o valor de 50 mil [[Cruzeiro (1970–1986)|cruzeiros]], sendo intermediada pelo próprio presidente da [[Federação Paraense de Futebol]] e acertada em [[31 de maio]] de [[1977]].<ref name = "gigantes"/>
 
===Remo===
 
Bira chegou ao [[Clube do Remo|Remo]] com a missão de suprir a lacuna deixada por [[Alcino Neves dos Santos Filho|Alcino]],<ref name = "g1">{{citar web|url=https://globoesporte.globo.com/pa/futebol/times/remo/noticia/remo-lamenta-a-morte-de-bira-um-dos-maiores-idolos-da-historia-do-clube-paraense.ghtml|titulo=Remo lamenta a morte de Bira, um dos maiores ídolos da história do clube paraense |autor= |publicado=Globo Esporte|data=14/09/2015|acessodata=14/09/2020}}</ref> considerado o maior ídolo remista e cuja saída em 1976 para o [[Grêmio FBPA|Grêmio]] era vista como decisiva para propiciar o título do rival após o atacante ter simbolizado um tricampeonato azulino entre 1972 e 1975. <ref name = "trivela1"/>
 
Inicialmente, Bira permaneceu na reserva também no [[estádio Evandro Almeida]], tardando alguns meses para consolidar-se sob o técnico Joubert Meira.<ref name = "g1"/> Mas já em 1977 destacou-se na [[Campeonato Paraense de Futebol de 1977|reconquista estadual azulina naquele ano]], na qual o Remo foi derrotado uma única vez em 23 jogos.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1977 - Clube do Remo é campeão com somente uma derrota em 23 partidas'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 188-193</ref> SobreveioBira ummarcou dez gols e se consolidaria de vez no [[Campeonato ParaenseBrasileiro de Futebol de 19781977|bicampeonatoBrasileirão seguidode em 19781977]], onde foi o amapaenseartilheiro chegoudo aelenco marcarazulino, oitocom onze gols em- umtrês deles jogo,em naum vitória de 104-01 sobre o [[AtléticoEsporte LiberatoClube de CastroCruzeiro|Liberato de CastroCruzeiro]]. <ref>DAe COSTA,outros Ferreiradois (2013). '''1978 - Remo festejasobre o bicampeonato já no gramado do "Mangueirão"'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 194-197</ref> Naquele mesmo ano, pelogoleiro [[CampeonatoEmerson Brasileiro de Futebol de 1978Leão|BrasileirãoLeão]], Biraem destacou-seum sobretudo ao marcar os cinco gols da vitória paraense de 53-10 sobre o futuro campeão do torneio, ono [[GuaraniSociedade FutebolEsportiva ClubePalmeiras|GuaraniPalmeiras]]. O duelo, já pela segunda fase do torneio, serviu como alerta aos campineiros antes do embalo destes rumo ao título.<ref>{{citar web|url=https://trivela.com.br/ha-40-anos-uma-facanha-o-guarani-foi-uma-surpresa-que-gastou-a-bola-para-ser-campeao-em-1978/|titulo=Háname 40 anos, uma façanha: O Guarani foi uma surpresa que gastou a bola para ser campeão em 1978|autor=STEIN, Leandro|publicado=Trivela.com|data=13"gigantes"/08/2018|acessodata=14/09/2020}}</ref>
 
O Brasileirão de 1977 foi encerrado já no ano seguinte e na sequência começou um novo Brasileirão; já pelo [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1978|edição de 1978]], Bira destacou-se sobretudo ao marcar os cinco gols da vitória paraense de 5-1 sobre o futuro campeão do torneio, o [[Guarani Futebol Clube|Guarani]]. O duelo, já pela segunda fase do torneio, serviu como alerta aos campineiros antes do embalo destes rumo ao título.<ref>{{citar web|url=https://trivela.com.br/ha-40-anos-uma-facanha-o-guarani-foi-uma-surpresa-que-gastou-a-bola-para-ser-campeao-em-1978/|titulo=Há 40 anos, uma façanha: O Guarani foi uma surpresa que gastou a bola para ser campeão em 1978|autor=STEIN, Leandro|publicado=Trivela.com|data=13/08/2018|acessodata=14/09/2020}}</ref> No segundo semestre de 1978, sobreveio um [[Campeonato Paraense de Futebol de 1978|bicampeonato estadual seguido]], onde o amapaense chegou a marcar oito gols em um só jogo, na vitória de 10-0 sobre o [[Atlético Liberato de Castro|Liberato de Castro]],<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1978 - Remo festeja o bicampeonato já no gramado do "Mangueirão"'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 194-197</ref> terminando também na artilharia do certame, com 25 gols.<ref name = "gigantes"/>
No [[Campeonato Paraense de Futebol de 1979]], Bira manteve a fase artilheira. Marcou no [[Re-Pa]] que decidiu o primeiro turno o gol do título. A reação do rival foi trazer o astro [[Dadá Maravilha]], que não impediu que o Remo também vencesse o segundo turno – marcado por um [[Re-Pa]] onde ambos marcaram os gols de empate em 1-1, no qual Bira, após inaugurar o placar em um cabeceio já no terceiro minuto de jogo, surpreendeu a todos ao comemorar abraçando o concorrente. Embalado por Dario, o [[Paysandu Sport Club|Paysandu]] venceu os dois turnos seguintes, derrotando o rival nos dois [[Re-Pa]]s seguintes, superou-se com uma vitória de virada. A concorrência entre Dario e Bira fez o torneio ganhar repercussão nacional inédita.<ref name = "trivela1"/>
 
No [[Campeonato Paraense de Futebol de 1979]], Bira manteve a fase artilheira. Marcou no [[Re-Pa]] que decidiu o primeiro turno o gol do título. A reação do rival foi trazer o astro [[Dadá Maravilha]], que não impediu que o Remo também vencesse o segundo turno – marcado por um [[Re-Pa]] onde ambos marcaram os gols de empate em 1-1, no qual Bira, após inaugurar o placar em um cabeceio já no terceiro minuto de jogo, surpreendeu a todos ao comemorar abraçando o concorrente. Embalado por Dario, o [[Paysandu Sport Club|Paysandu]] venceu os dois turnos seguintes, derrotando o rival nos dois [[Re-Pa]]s seguintes, superou-se com uma vitória de virada. A concorrência entre Dario e Bira fez o torneio paraense ganhar repercussão nacional inédita.<ref name = "trivela1"/>
 
Estimulado pela concorrência com Dario, Bira, que também chegou a marcar quatro gols em um 8-0 no Liberato de Castro, estabeleceria um recorde individual de 32 gols para uma única edição do torneio – a segunda melhor marca individual fora do próprio Dario (26). Durante a campanha, o amapaense foi especulado por [[Santos Futebol Clube|Santos]] e [[CR Flamengo|Flamengo]] e o negócio desfeito com os cariocas teria inclusive contribuído para um declínio momentâneo do atacante remista enquanto o Paysandu vencia os dois turnos finais. O campeonato terminou definido em um quadrangular final, com cada título de turno rendendo um ponto extra. A dupla Re-Pa juntou-se à [[Tuna Luso Brasileira|Tuna Luso]] e ao [[Sport Club Belém|Sport Belém]].<ref name = "trivela1"/>
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==Após parar==
 
Bira começou em [[1989]] uma carreira de treinador, inicialmente no [[Vila Nova Esporte Clube|Vila Nova de Castanhal]].,<ref>{{citar web|url=https://www.diarioonline.com.br/esporte/esporte-para/606336/clubes-jogadores-e-amigos-lamentam-a-morte-de-bira|titulo=Clubes, jogadores e amigos lamentam a morte de Bira |autor=DIAS, Tati|publicado=Diário Online|data=14/09/2020|acessodata=14/09/2020}}</ref> Passariaassumindo aindao porcargo [[Pinheirense Esporte Clube|Pinheirense]] no [[Campeonato Paraense de Futebol de 1991]] <ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1991 - Remo trazcom o técnico Waldemar Carabina, que comanda a conquista do Tricampeonato'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 256-260</ref> e foi [[Campeonato Paraense de Futebol de 19941989|vice-campeãocampeonato estadualparaense dedaquele 1994ano]] comem o [[Paysandu Sport Club|Paysandu]].<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1994 - Remo investe alto, forma um grande time e se sagra bicampeão'''. ''Parazão Centenário''. Teresinaandamento: Halleyno S.A.primeiro Gráfica e Editoraturno, pp.ainda 271-275</ref>era Nojogador anosob deo 1995,comando foido treinador daJosé [[TunaMaria Luso Brasileira|Tuna Luso]].<ref>DA COSTACunha, Ferreiraao (2013). '''1995 - Remo traz Luis Mullerpasso que desequilibrano esegundo conquista ocomandava tricampeonatoos paraense'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 276ex-278</ref> No [[Campeonato Paraense de Futebol de 1999|campeonato paraense de 1999]], treinou o [[Castanhal Esporte Clube|Castanhal]]colegas.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''19991989 - UmaRemo lutainicia titânica,trajetória mas, no final, Ailton anotouque o gollevaria doa títulomais doum Remotricampeonato'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 293246-297250</ref>
 
Passaria ainda por [[Pinheirense Esporte Clube|Pinheirense]] no [[Campeonato Paraense de Futebol de 1991]];<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1991 - Remo traz o técnico Waldemar Carabina, que comanda a conquista do Tricampeonato'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 256-260</ref> pelo [[Sport Club Belém|Sport Belém]] no [[Campeonato Paraense de Futebol de 1992|de 1992]];<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1992 - Com 4 vitórias seguidas de 1 a 0 sobre o Remo, Papão assegurou a faixa de campeão'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 261-266</ref> novamente no Pinheirense no primeiro turno [[Campeonato Paraense de Futebol de 1992|de 1993]], chegando a alcançar um empate em 2-2 com o campeão [[Clube do Remo|Remo]];<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1993 - Remo contrata Cacaio, artilheiro, e se torna campeão invicto'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 261-266</ref> no segundo semestre, assumiu a [[Tuna Luso Brasileira|Tuna Luso]] para a [[Campeonato Brasileiro de Futebol - Série B|Série B do Brasileirão daquele ano]], que marcava a reestreia cruzmaltina na segunda divisão nacional.<ref name = "tuna">DA COSTA, Ferreira (2013). '''1993 - Segunda Divisão'''. ''Memorial Cruzmaltino''. Belém: ArtGráfica, pp. 186-187</ref>
 
Embora a "Águia" tenha vencido a [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1992 - Série C|Série C do ano anterior]], contudo, atravessava severa crise econômica que colocara em risco a subsistência do próprio departamento de futebol.<ref>{{citar web|URL=http://trivela.uol.com.br/como-uma-derrota-por-oito-gols-indiretamente-levou-giovanni-ao-santos/|título=Como uma derrota por oito gols, indiretamente, levou Giovanni ao Santos|autor=BRANDÃO, Caio|data=22 de setembro de 2017|publicado=Trivela|acessodata=10 de maio de 2018}}</ref> Sob Bira, os cruzmaltinos terminaram eliminados na primeira fase, fazendo o suficiente para não serem rebaixados.<ref name = "tuna"/> O ex-atacante veio a assumir o [[Paysandu Sport Club|Paysandu]] no decorrer do segundo turno do [[Campeonato Paraense de Futebol de 1994|estadual de 1994]], substituindo [[João Avelino Gomes|João Avelino]], sem impedir novo título remista após uma série de [[Re-Pa]]s: 1-1 e 2-2 no segundo turno e 1-1 e derrota de 2-0 na decisão.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1994 - Remo investe alto, forma um grande time e se sagra bicampeão'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 271-275</ref>
 
No ano de 1995, Bira treinou o [[Bragantino Clube do Pará|Bragantino]] no [[Campeonato Paraense de Futebol de 1995|campeonato paraense daquele ano]], logrando um empate em 1-1 e uma derrota econômica de 1-0 contra o Remo, novamente o time campeão.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1995 - Remo traz Luis Muller que desequilibra e conquista o tricampeonato paraense'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 276-278</ref> No segundo semestre, voltou à Tuna para a disputa da [[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1995 - Série B|Série B do Brasileirão de 1995]], substituindo Nélio Pereira a partir da terceira partida. Conseguindo avançar até a segunda fase de grupos, chegando a vencer duas vezes por 2-0 o [[clássico Re-Tu|clássico com o Remo]] na primeira fase.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1995 - Segunda Divisão'''. ''Memorial Cruzmaltino''. Belém: ArtGráfica, pp. 193-196</ref> Bira voltou ao Bragantino para o segundo turno do [[Campeonato Paraense de Futebol de 1996|estadual de 1996]], substituindo [[François Thijm]].<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1996 - Remo consegue trazer Waldemar Carabina e levanta o Tetracampeonato'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 279 - 283</ref>
 
Em 1998, Bira voltou ao Sport Belém para o [[Campeonato Paraense de Futebol de 1998|campeonato paraense daquele ano]].<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1998 - Ricardo Rezende comanda a recuperação do Paysandu, campeão invicto'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 289-292</ref> No [[Campeonato Paraense de Futebol de 1999|estadual de 1999]], treinou o [[Castanhal Esporte Clube|Castanhal]].<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''1999 - Uma luta titânica, mas, no final, Ailton anotou o gol do título do Remo'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 293-297</ref> No [[Campeonato Paraense de Futebol de 2000|de 2000]], voltou à Tuna, levando-a às fases finais do segundo turno, onde conseguiu um 1-1 no [[clássico Pa-Tu|clássico com o Paysandu]]; porém, o rival terminaria decidindo o campeonato justamente contra o Castanhal.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''2000 - Paysandu torna-se o último clube campeão do século XX'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 298-304</ref>
 
Em 2002, o ex-atacante voltou ao Remo, agora como treinador, substituindo Júlio Espinosa após o insucesso do trabalho deste na [[Copa Norte de Futebol de 2002|Copa Norte daquele ano]], vencida pelo rival Paysandu. No [[Campeonato Paraense de Futebol de 2002|estadual de 2002]], contudo, Bira não ficou até o fim do segundo turno, com a diretoria azulina contratando [[José Luiz Carbone]] para completar a campanha insatisfatória para a torcida,<ref>DA COSTA, Ferreira (2015). '''2002'''. ''Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária''. Belém: Valmik Câmara, pp. 190-191</ref> que viu os rivais Paysandu e Tuna decidirem o torneio.<ref>DA COSTA, Ferreira (2013). '''2002 - Paysandu fez 18 jogos e conquistou outro tri, invicto'''. ''Parazão Centenário''. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 309-311</ref>
 
Bira posteriormenteconcluiu regressouque não teria como técnico o mesmo êxito como jogador e optou por finalizar a nova carreeira.<ref name = "gigantes"/> Regressou ao [[Amapá]], trabalhando ora como comentarista esportivo, gestor público ou diretor de clubes em [[Macapá]]. Em [[2020]], com apoio de clubes pelo qual passara, lutava contra o [[câncer de fígado]], descoberto em janeiro. Faleceu por complicações da doença em [[14 de setembro]], sendo velado no plenário [[Assembleia Legislativa do Amapá]].<ref name = "g1"/>
 
{{referências}}