Golpe de Estado no Paquistão em 1999: diferenças entre revisões
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O '''golpe de Estado paquistanês de 1999''' foi um [[golpe de Estado]] sem derramamento de sangue no qual o [[Exército do Paquistão]] e, em seguida, chefe do Estado-Maior, o General [[Pervez Musharraf]], derrubou o primeiro-ministro eleito [[Nawaz Sharif]] e seu governo eleito existente, em [[12 de outubro]] de [[1999]].<ref>[http://www.nytimes.com/1999/10/14/world/pakistan-calm-after-coup-leading-general-gives-no-clue-about-how-he-will-rule.html ''Pakistan Calm After Coup; Leading General Gives No Clue About How He Will Rule''], ''[[The New York Times]]''. </ref> Dois dias depois, em [[14 de outubro]] de 1999, Musharraf declarou [[estado de emergência]] e emitiu uma ordem constitucional provisória.
Musharraf foi o instigador do [[golpe militar]] contra o governo democrático de Nawaz Sharif, logo após o [[conflito de Kargil]], em uma situação tensa entre o poder civil e os militares e ao mesmo tempo que Nawaz Sharif tentava substituir Pervez Musharraf como chefe de Estado Maior do Exército pelo Diretor Geral da poderosa [[Inter-Services Intelligence]], [[Ziauddin Butt]], enquanto Musharraf viajava para o [[Sri Lanka]].
Porém, todo o alto comando militar se recusou a seguir as ordens do recém-nomeado Ziauddin Butt. Quando Musharraf voava de volta do Sri Lanka, o comandante do Corpo decidiu defender Musharraf, e lançou um golpe para antecipar-se a Butt e tomar o controle do exército. O ritmo do golpe, assustou os observadores: dentro de 17 horas, da tentativa de despedir Pervez Musharraf por Nawaz Sharif, os comandantes do Corpo assumiram todos os edifícios-chave do Estado em todo o país, colocaram todo o gabinete, incluindo o primeiro-ministro e seu poderoso irmão sob [[prisão domiciliar]], assumiram a emissora estatal e toda a
A [[Suprema Corte do Paquistão]] declarou o golpe como sendo legal, mas ordenou que o domínio do exército fosse limitado a três anos. Consequentemente, Musharraf realizou um referendo nacional sobre a permissão de continuar no governo, em [[30 de abril]] de [[2002]]. O referendo, que Musharraf venceu com quase 98% dos votos a seu favor, foi alegado por muitos, inclusive pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, como fraudulento.
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