Reator nuclear: diferenças entre revisões

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==== Controle de reatividade ====
A taxa de fissão dentro de um núcleo de reator pode ser ajustada ao se controlar a quantidade de nêutrons que são capazes de induzir outros eventos de fissão posteriores. Reatores nucleares tipicamente usam vários métodos de controle de nêutrons para ajustar a potência do reator. Alguns desses métodos vindo naturalmente da física de decaimento radioativo e são simplesmente considerados durante a operação do reator, enquanto outros mecanismos são inseridos no projeto do reator para um propósito distinto.
 
[[Imagem:Control rods schematic.svg|thumb|270px|direita|{{Col-begin}} {{Col-2}}Com as hastes de controle abaixadas, a reação é subcrítica: muitos nêutrons são absorvidos para <br />que ocorra uma reação em cadeia. {{Col-2}}Elevar as hastes torna o reator crítico e as barras de combustível começam a produzir calor.{{Col-end}}]]
 
O método mais rápido para ajustar os níveis de nêutrons que induzem a fissão é pelo movimento de [[hastes de controle]]. Hastes de controle são feitas de materiais absorvedores de nêutrons e portanto tendem a absorve-los. Quando uma haste de controle é inserida profundamente no reator, ela absorve mais nêutrons do que o moderador. Essa ação resulta em menos nêutrons disponíveis para causar fissões e reduz a potência do reator. Inversamente, ao se extrair a haste de controle do reator vai resultar em um aumento das taxas de fissão, logo, um aumento na potência.
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=== Reatores nucleares naturais ===
[[Imagem:Gabon Geology Oklo.svg|thumb|[[Reator nuclear natural de Oklo]]: <br />1. Área onde ocorreram reações de fissão. <br />2. Arenito. <br />3. Minério de urânio. <br />4. Granito.]]
Ainda que os reatores nucleares sejam frequentemente associados como um produto da tecnologia moderna, os primeiros reatores nucleares de fissão já estavam de fato funcionando. Um [[reator de fissão nuclear natural]] pode ocorrer sobre determinadas circunstâncias que reproduzem as condições de um reator construído. Quinze reatores de fissão nuclear naturais foram identificados até agora em três depósitos de minerais separados na mina de urânio [[Oklo]], no [[Gabão]].
Primeiramente descoberto pelo físico francês [[Francis Perrin]], eles são coletivamente conhecidos como [[reatores fósseis Oklo]]. As reações nucleares autossustentadas começaram a ocorrer nesses reatores a aproximadamente 1.5&nbsp;bilhão de anos atrás, com potência média de 100&nbsp;kW durante esse período.<ref>Meshik, Alex P. (November 2005) [http://www.scientificamerican.com/article/ancient-nuclear-reactor/ "The Workings of an Ancient Nuclear Reactor."] ''Scientific American.'' p. 82.</ref> O conceito de um reator nuclear natural foi teorizado pela primeira vez tão cedo quanto 1956 por [[Paul Kuroda]] na [[Universidade dedo Arkansas]].<ref name="OCRWM">{{citar web|título=Oklo: Natural Nuclear Reactors |obra=Office of Civilian Radioactive Waste Management |url=http://www.ocrwm.doe.gov/factsheets/doeymp0010.shtml |acessodata=28 de junho de 2006 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060316101947/http://www.ocrwm.doe.gov/factsheets/doeymp0010.shtml |arquivodata=16 de março de 2006 }}</ref><ref name="ANS1">{{citar web|título=Oklo's Natural Fission Reactors |obra=[[American Nuclear Society]] |url= http://www.ans.org/pi/np/oklo |acessodata=28 de junho de 2006}}</ref>
 
Tais reatores não podem mais se formaram no período geológico atual da Terra, pois o decaimento radioativo do urânio-235 nesse período de centenas de milhões de anos reduziu a proporção desse isótopo físsil natural abaixo da quantidade necessária para sustentar uma reação em cadeia. Os reatores nucleares naturais se formaram quando depósitos minerais ricos em urânio inundados com água subterrânea (que passou a agir como moderador de nêutrons) criaram as condições para uma reação em cadeia autossustentada.
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'''[[Confinamento magnético]]:''' Consiste em manter o material que irá fundir num [[campo magnético]] enquanto se tenta alcançar a temperatura e pressão necessárias. Uma forte corrente eléctrica passa através do hidrogénio para o aquecer e formar um plasma, enquanto um campo magnético comprime o plasma e o impede de tocar nas paredes. Mesmo que toque no recipiente, não existe perigo, já que só são aquecidas quantidades muito pequenas de hidrogénio; as paredes arrefecem simplesmente o plasma mais do que o plasma aquece as paredes.
 
Na [[natureza]] existe o confinamento [[Gravidade|gravitacional]], forma que as [[estrela]]s (como o [[Sol]]) confinam seu [[plasma]] mas, que é impraticável na [[Terra]].<ref>''Conhecer 2000, Volume 1: Tecnologia.'' Editora [[Nova Cultural]], 1995, págs. 121-122. Adicionado em 5 de outubro de 2020.</ref>
 
Os primeiros modelos magnéticos, [[Estadounidense|americanos]], conhecidos como [[Stellarator]]s geravam o campo diretamente num reator [[toroidal]], com o problema da infiltração do plasma entre as linhas do campo.