Albino José de Siqueira: diferenças entre revisões

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Era filho do negociante e fazendeiro Antonio José de Siqueira e de Maria Rosa da Encarnação, ambos de famílias de pequenos proprietários rurais de [[Suruí (Magé)|Suruí]] e começou a vida profissional no depósito de madeiras do pai na [[rua da Prainha]], no Rio de Janeiro. A família era proprietária da fazenda [[Fragoso (Magé)|Fragoso]] na raiz da serra da Estrela e Albino foi contratado para agenciar trabalhadores para as obras de construção da [[Indústria de Material Bélico do Brasil|Real Fábrica de Pólvora da Estrela]] naquele local em 1824. A partir da experiência e relacionamentos adquiridos nesse primeiro trabalho foi contratado pela província do Rio de Janeiro para várias outras obras na atual baixada fluminense. Em 1835 foi contratado pelo major [[Júlio Frederico Koeler]] que chefiava a seção de obras públicas para fazer a manutenção de toda a [[Caminho do Proença|estrada da Estrela]] desde o porto até a divisa com a província de [[Minas Gerais]]. Arrematou o contrato de construção e manutenção, inclusive com a operação de um pedágio, da nova Estrada Normal da Estrela em 1842. Arrematou várias das obras de construção da nova cidade de Petrópolis e ocupou o cargo de tesoureiro das obras da colônia.<ref>{{citar periódico |url=https://cmp.rj.gov.br.provisorio.ws/attachments/article/27/Hist%C3%B3ria%20da%20C%C3%A2mara.pdf |titulo=Recuperação da Memória Histórica do Legislativo Petropolitano |data=2013 |acessodata=19 de outubro de 2020 |publicado=Câmara Municipal de Petrópolis |ultimo=Sá Earp |primeiro=Arthur Leonardo de}}</ref>
 
Operava uma linha de gôndolas entre o [[porto da Estrela]] e o Fragoso e dali até o [[Alto da Serra|alto da serra]] e foi sócio da [[Imperial Empresa de Transportes]] que fez o transporte em diligências desde a estação final da [[Estrada de Ferro Mauá]] em Raiz da Serra até Petrópolis. A estação do Fragoso e parte da linha férrea foram construídas em suas terras e foi ele quem, junto com [[Irineu Evangelista de Sousa|Irineu Evangelista de Souza]], supervisionou a cerimônia em que o Imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]] deu início às obras e construção da estrada de ferro. Foi coronel comandante da [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]] da comarca da Estrela, vereador e presidente da [[Câmara municipal|Câmara Municipal]] da vila da Estrela e foi eleito para integrar a primeira Câmara Municipal de Petrópolis, assumindo como primeiro presidente da Câmara por ser o vereador mais votado<ref>{{citar periódico |url=https://www.diariodepetropolis.com.br/integra/frederico-amaro-haack-176790 |titulo=O Paço Municipal |data= |acessodata=19 de outubro de 2020 |publicado=Diário de Petrópolis |ultimo=Haak |primeiro=Frederico Amaro}}</ref>. Ao menos metade da Câmara e quase todos os cargos de nomeação local como os [[Juiz de paz|juízes de paz]], [[subdelegados de polícia]] e oficiais da Guarda Nacional foram ocupada por primos e sobrinhos durante as primeiras legislaturas da cidade e teve imensa influência sobre a política petropolitana até sua morte. Era o proprietário do terreno que ocupava todo o primeiro quilômetro da [[rua Teresa]], comprado à viúva do major Koeler, em que se ergueram os armazéns da Estrada de Ferro Mauá e, mais tarde, as oficinas da [[Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará]].<ref>{{citar periódico |url=https://books.google.com.br/books?id=19l1nxwwTpEC&lpg=PP1&d |titulo=A Formação das Estradas de Ferro no Rio de Janeiro: O Resgate da sua Memória |data=2004 |acessodata=19 de outubro de 2020 |publicado=Sociedade de Pesquisa para a Memória do Trem |ultimo=Rodrigues |primeiro=Hélio Suêvo}}</ref>
 
Pelos serviços prestados durante a construção de Petrópolis foi agraciado com o grau de Oficial da [[Imperial Ordem da Rosa]] em 7 de setembro de 1847 e pela cessão da fazenda do Fragoso para construção de um hospital de campanha durante a epidemia de [[cólera]] de 1855 recebeu o grau de Comendador da mesma Ordem em 14 de março de 1855. Uma das principais ruas do bairro Alto da Serra em Petrópolis recebeu o nome de rua Coronel Albino de Siqueira em sua homenagem em 1908 e alguns de seus objetos pessoais fazem parte do acervo do [[Museu Imperial|Museu Imperial de Petrópolis]].