Sílvia Serafim Thibau: diferenças entre revisões

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==O crime==
Filha de Augusto Serafim, auxiliar de [[Oswaldo Cruz]], casada com o [[médico]] João Thibau Júnior, e mãe de dois filhos, Sílvia foi acusada pelo jornal [[Rio de Janeiro (cidade)|carioca]] ''[[A Crítica]]'' de ter traído o marido, mantendo um caso com o também médico [[Manuel Dias de Abreu]], mais tarde inventor da [[abreugrafia]].<ref>[http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/paixao_e_morte_na_virada_do_seculo Paixão e morte na virada do século]. Observatório da Imprensa, 10 de maio de 2005</ref>. Irritada, ela tentou cometer suicídio, mas foi impedida pela família, e então disse que ia dar uma volta para desanuviar a cabeça, e foi até a loja Espingarda Mineira, onde comprou uma arma,<ref name="glamourama"/> e foi à redação do jornal armada, para matar o editor, [[Mário Rodrigues]], no dia [[26 de dezembro]] de [[1929]].<ref>BARBOSA, Marialva. [http://books.google.com.br/books?id=hrfdMgW9_twC&dq História cultural da imprensa Brasil - 1900-2000]. Mauad Editora, 2007. Págs. 68-71</ref>.
Como Mário não estava no jornal, Sílvia acabou atirando no filho dele, o também jornalista Roberto. No local, assistindo ao crime, estava o irmão da vítima, [[Nelson Rodrigues]], então com 17 anos.<ref>[http://almanaquebrasil.com.br/personalidades-imprensa/8069-nelson-rodrigues.html Nelson Rodrigues]. Almanaque Brasil</ref><ref name="glamourama">{{Citar web |url=https://glamurama.uol.com.br/paixao-e-morte-na-tragedia-que-marcou-a-familia-de-nelson-rodrigues/ |título=Paixão e morte na tragédia que marcou a família de Nelson Rodrigues |língua= |autor= |obra=Glamourama |data= |acessodata=23 de outubro de 2020}}</ref>
 
O processo criminal foi acompanhado por uma feroz campanha promovida pelo jornal, que chamava a ré de "literata do [[Canal do Mangue|Mangue]]" e "cadela das pernas felpudas". Seu julgamento foi o primeiro no Brasil a ser transmitido ao vivo pelo [[Rádio (telecomunicações)|rádio]]. O [[advogado]] de defesa, Clóvis Dunshee de Abranches, alegou que Sílvia havia se descontrolado por ter sido [[calúnia|caluniada]].<ref>[http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-237676,00.html memória Globo] - Rede Globo</ref>.
 
Sylvia foi absolvida. Suicidou-se em 1936, depois de abandonada por um tenente-aviador por quem havia se apaixonado.<ref>[http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/paixao_e_morte_na_virada_do_seculo Paixão e morte na virada do século]. Observatório da Imprensa, 10 de maio de 2005</ref>.
 
==Representações==
O crime de Silvia Thibau foi encenado como um episódio do programa ''[[Linha Direta]]'', da [[Rede Globo]], exibido em 7 de junho de [[2007]]. [[Letícia Spiller]] fez o papel da jornalista, com [[Eriberto Leão]] representando Roberto Rodrigues.<ref>[http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-237676,00.html memória Globo] - Rede Globo</ref>.
 
A tragédia foi contada também na [[teatro|peça]] ''A vida como ela é'', espetáculo sobre a vida e obra de Nelson Rodrigues encenado em [[2010]]<ref>[http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1034457 A Vida Como Ela É volta ao cartaz]. Gazeta do Povo - Caderno G, 11 de agosto de 2010</ref> e serviu ainda de inspiração para o romance ''Sylvia não sabe dançar'' ([[2012]]), de Cristiane Lisbôa.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/839922-filha-em-situacoes-libertinosas-com-o-proprio-paiate-que-ponto-vai-uma-caricia.shtml Filha em situações libertinosas com o próprio pai...até que ponto vai uma carícia?] - Livraria da Folha</ref>.
 
==Obras publicadas==