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=== Dificuldades para a realização ===
[[Ficheiro:AC_Milan_-_Gre-No-Li.jpg|miniaturadaimagem|O trio Gre-No-Li em sua ordem: [[Gunnar Gren]], [[Gunnar Nordahl]] e [[Nils Liedholm]]. Foi a impossibilidade de contar com estes jogadores após a Copa Latina a suposta razão para o então campeão italiano Milan ter declinado o convite para participar da Copa Rio de 1951 e ter cedido sua vaga ao Juventus, campeão anterior da Itália.<ref name="trivela.com.br" />]]
Se por um lado é fato comprovado, pelos jornais da época, que a Copa Rio foi criada com o intuito de ser o Campeonato Mundial de Clubes, por outro lado os mesmos jornais atestam que, já na própria época, a sensação era que a qualidade dos participantes ficou abaixo das intenções iniciais. O planejamento inicial da CBD era ter, na Copa Rio, os campeões de Rio de Janeiro e São Paulo como representantes do Brasil e os clubes campeões de seis países (Itália, Inglaterra, Portugal, Espanha, Uruguai, Escócia),<ref name=":20" /> mas em 1951 apenas três vagas (a metade) foram preenchidas por clubes destes países (Itália, Uruguai, Portugal), sendo que apenas em dois casos (Uruguai, Portugal) os clubes representantes era os vigentes campeões dos seus países. Isso, pois em 1951 o campeão italiano Milan preferiu a Copa Latina e cedeu sua vaga na Copa Rio ao Juventus;{{Carece de fontes|data=data=outubro de 2020}} a alegação era que, por força contratual, os jogadores estrangeiros do Milan tinham direito a férias após a Copa Latina e o Milan não queria participar da Copa Rio desfalcado.<ref>{{Citar web |url=https://www.goal.com/br/news/10692/futebol-paulista/2016/07/21/25801642/65-anos-da-copa-rio-de-1951-lembre-14-fatos-e-curiosidades |titulo=65 anos da Copa Rio de 1951: lembre 14 fatos e curiosidades do Mundial do Palmeiras |data=2016/7/21 |acessodata=2020-08-20 |website=Goal.com}}</ref> No caso dos clubes espanhóis, Ottorino Barassi disse à época que a Federação Espanhola de Futebol teria ficado receosa após a derrota de 6-1 para o Brasil na Copa do Mundo de 1950, e após a derrota do [[Atlético de Madrid]] para a [[Portuguesa de Desportos]], por isso achando que seus campeões (Atlético de Madrid, da Liga, ou Barcelona, da Taça) não seriam páreo para os clubes brasileiros. O campeão escocês alegou que já tinha compromissos assentados há um ano para a mesma época do torneio.{{Carece de fontes}} Tudo considerado, quatro entre os oito clubes participantes, a metade (Juventus, Estrela Vermelha, Nice, Austria Viena), só foram convidados após a recusa dos convidados originais (Milan, Hibernian, Barcelona, Tottenham).<ref name="dlib.coninet.it" /><ref name="trivela.com.br" /> A própria CBD não seguiu à risca o critério que ela própria formulara para a Copa Rio, convidar prioritariamente as equipes campeãs dos seus países, pois quando, mediante as recusas iniciais, decidiu-se convidar um clube austríaco, o convidado foi o Austria Viena (que havia terminado o Campeonato Austríaco em 3.º lugar), não o campeão austríaco Rapid de Viena;<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Rapid%20Viena%22&pasta=ano%20195&pagfis=39358 |titulo=O Austria de Viena entre os convidados prováveis |data=10/5/2001 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |jornal=Jornal dos Sports |pagina=8 |edicao=6656}}</ref> isso, pois o Rapid Viena não havia agradado em excursão feita anteriormente ao Brasil.<ref name="dlib.coninet.it" /> Ao comentar o projeto da competição, Jules Rimet havia afirmado que seria um "verdadeiro milagre" se os brasileiros conseguissem levar a cabo um torneio tão importante em tão poucos dias, pois o campeão dos países europeus é conhecido em maio, às vezes em junho, além de haver outras dificuldades e tradições europeias a contornar.<ref name=":5" />
 
Dado os participantes terem ficado abaixo das expectativas iniciais, houve críticas: por exemplo, em 24 junho de 1951, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que, com aqueles participantes, o torneio deveria deixar de ser chamado de Mundial dos Campeões, pois não mereceria ser chamado nem de Mundial nem de Torneio dos Campeões.<ref name="S. Paulo 1951">{{citar web |url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19510724-23372-nac-0001-999-1-not |título=Acervo Estadão 3 |data=24/7/1951 |website=O Estado de S. Paulo |formato=requer pagamento}}</ref> Mesmo com a presença de um clube da Itália, o jornal italiano Corriere dello Sport comentou que, após as recusas dos campeões de Espanha, Inglaterra e Escócia a participar, a competição se tornou um "torneio a convites".<ref name="dlib.coninet.it" /> Após a final da Copa Rio de 1951, o italiano [[Vittorio Pozzo]] afirmou que a competição não teve maior êxito técnico por não terem participado representantes de Escócia, Inglaterra e Argentina, ao que o Jornal dos Sports respondeu que as Copas do Mundo de 1934 e 1938 vencidas pela Itália também foram marcadas por ausências de Escócia, Inglaterra e Uruguai, mas não tiveram sua legitimidade de mundiais contestada, e que Pozzo fez estas críticas apenas após a derrota do seu clube compatriota Juventus na final da Copa Rio.<ref name=":9">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22pozzo%22&pasta=ano%20195&pagfis=40501 |titulo=Quando a Itália venceu dois campeonatos mundiais não houve quadros ausentes? |data=6/9/1951 |pagina=5 |edicao=6758 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref>
 
Criticou-se também o fato do Brasil contar com dois representantes (campeões de RJ e SP) nas Copas Rio enquanto todos os demais países contavam com um (chegou-se a propor já em 1951 a criação da [[Taça Brasil de Futebol|Taça Brasil]] para que pudesse haver na Copa Rio apenas um clube representativo de todo o Brasil),<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Rimet%22&pasta=ano%201951\edicao%2006634&pagfis=39117 |titulo=Já que se pergunta "E os outros?", vamos para a Taça Brasil |data=13/4/1951 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |edicao=6634 |pagina=5 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref> crítica do Jornal dos Sports que foi reforçada quando na Copa Rivadavia de 1953 o Brasil passou a contar com quatro representantes e os demais países com apenas um.<ref name=":29">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pagfis=44283 |titulo=A culpa não é da Copa Rio nem da Copa das Nações |data=2/10/1952 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |pagina=5 |edicao=7086 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref>
 
=== Copa Rio de 1952 ===