Ângelo de Sousa: diferenças entre revisões

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Nos anos seguintes utiliza fitas de aço inoxidável flexível com as quais invade a totalidade do espaço através de "''linhas-objetos dispostas nas paredes e no chão ou suspensas no teto''" <ref>Rodrigues, António – ''Ângelo de Sousa''. Fascículo anexo à revista ''Arte Ibérica'' nº12, pág. 5.</ref> (como na sua exposição na [[Sociedade Nacional de Belas Artes|SNBA]], 1972), e cria obras onde os mesmos jogos de tensão, distensão, torção, se conjugam em poderosos efeitos cinéticos (veja-se Sem título, 1968). Ao longo da década de 1970 realiza, paralelamente, filmes experimentais onde capta "''grandes planos de chão'' […] ''em andamento e em extensão, neste caso, espacial e temporal''"; e produz séries fotográficas, nomeadamente de autorretratos, em que "''o arrastamento e a desfocagem lhe infligem a disformidade, a anamorfose, a desintegração''"<ref>Nazaré, Leonor – ''Ângelo de Sousa''. In: A.A.V.V. – '''Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão: roteiro da coleção'''. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, p. 218. ISBN 972-635-155-3</ref>.
 
Nas últimas décadas "''a simplicidade dos meios técnicos do pintor torna-se então radical'' […]''. Estas pinturas'' […] ''são um elogio à pintura e à sua memória, no seu fazer lento e requintado de camadas sobre camadas,'' […] ''no seu efeito orgânico de superfícies saturadas nas variações de distribuições e de direções dos múltiplos pigmentos expressivos, onde as linhas geométricas, sugerindo perspetivas, planos, horizontes ou zonamentos instáveis, introduzem acelerações na oscilação espacial''". Entre as cores vibráteis de umas telas e as cores atenuadas de outras, "''o espaço é aqui dotado de uma mobilidade vital e de uma indeterminação tranquila''" (veja-se, por exemplo, ''Pintura 83-5-15G'', 1983).<ref>Rodrigues, António – ''Ângelo de Sousa''. Fascículo anexo à revista ''Arte Ibérica'' nº12, pág. 6.</ref>
 
Nos textos sobre Ângelo de Sousa é frequente a referência a conceitos como "''despojamento, economia, nudez estrutural, essencialidade, rigor, vazio espacial, pureza, estilização, vocabulário elementar, despido e mínimo. Estas atribuições permitem que se tenha usado muito a referência ao minimalismo para falar de Ângelo de Sousa . No entanto, o programa minimalista americano nunca foi o seu.'' [...] ''Sobre a depuração que pretendia, ficou célebre a frase de Ângelo de Sousa: «Um máximo de efeito com um mínimo de recursos; um máximo de eficácia com um mínimo de esforço; um máximo de presença com um mínimo de gritos''".<ref>{{citar web|url=http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1|título=Ângelo de Sousa, ''86-3-15Q'', 1986|autor=Leonor Nazaré|autorlink=Leonor Nazaré|data=2013|publicado=Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian|acessodata=}}</ref>