Antecedentes da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: diferenças entre revisões

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Anteriormente à criação da [[Copa do Mundo de Clubes da FIFA]], houve diversas competições entre clubes de futebol consideradas por muitos como "títulos mundiais de clubes", consideradas assim por exemplo por boa parte dos clubes, torcedores e imprensa.
 
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== Copa Rio Internacional ==
[[Ficheiro:Taça_Rio.jpg|miniaturadaimagem|227x227px|Copa Rio de 1951]]
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo de 22 de julho de 1950, foi [[Stanley Rous]] quem propôs à [[CBD]] em 1950 (quando ele era secretário-geral e um dos vice-presidentes da FIFA) que a CBD realizasse um "torneio de campeões de [[Lista de códigos de país da FIFA|todos os países filiados à ''FIFA'']]",<ref name=":18">{{citar periódico |url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19500722-23065-nac-0001-999-1-not |titulo=Acervo Estadão 1 |data=22/7/1950 |jornal=O Estado de S. Paulo |formato=requer pagamento}}</ref>{{Nota de rodapé|A expressão "todos os países-membros da FIFA" sugere enorme dimensão. Em 1950, a FIFA tinha 73 países membros (http://www.fifa.com/classicfootball/history/game/historygame4.html) sendo que muitos deles desistiram de jogar a Copa do Mundo de 1950 (fonte de inspiração para a criação da Copa Rio Internacional) por questões ligadas a custos e problemas legados da [[Segunda Guerra Mundial]], sendo que no final acabaram disputando aquela Copa do Mundo treze entre os então 73 países-membros da FIFA (cerca de 18%).}} competição que em 1951 tomou forma na [[Copa Rio Internacional]] e contou com a participação do próprio Rous em sua organização<ref name=":19">{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1951/06/08/pagina-3/621884/pdf.html |titulo=El torneo brasileño de campeones |data=8/6/1951 |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> (ainda que o "pai original" da ideia não tenha sido Rous: de acordo com o jornal italiano La Stampa de 21 de julho de 1951, a ideia foi originalmente lançada durante a Copa do Mundo de 1950 pelo jornalista britânico Frank Thompson do jornal The Daily Mirror de Londres).<ref>{{citar periódico |url=http://www.archiviolastampa.it/component/option,com_lastampa/task,search/action,viewer/Itemid,3/page,0005/articleid,1600_02_1951_0172_0005_22420591/ |titulo=Finalissima domani a Rio |data=22/7/1951 |ultimo=Pozzo |primeiro=Vittorio |jornal=La Stampa |pagina=5 |numero=172}}</ref> Porém, já em 14 de outubro de 1950, o jornalista francês Albert Laurence, em sua coluna no Jornal dos Sports, desmentia que fosse Thompson o autor da proposta, e atribuía ao jornalista Mário Filho a ideia da Copa Rio, chamando-a de Torneio Mundial dos Campeões e Campeonato Mundial de Quadros de Clubes Campeões.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=Torneio%20Mundial%20dos%20Campe%C3%B5es&pasta=ano%20195&pagfis=37583 |titulo=A idéia do Torneio Mundial dos Campeões |data=14/10/1950 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6487 |pagina=5}}</ref>
 
A Copa Rio Internacional foi originalmente idealizada, em julho de 1950, como uma "versão clubes" da Copa do Mundo de 1950, objetivando contar com os clubes campeões dos países participantes daquela Copa:<ref name=":18" /> o planejamento original da Copa Rio era contar com dezesseis clubes campeões, o mesmo número de participantes originalmente planejado para a Copa do Mundo de 1950,<ref name="dlib.coninet.it">{{citar web |url=http://dlib.coninet.it/bookreader.php?&c=1&f=9975&p=3#page/2/mode/2up |título=Acervo do Corriere dello Sport |data=30/6/1951 |website=Corriere dello Sport |paginas=4 ou 5}}</ref> mas mediante as dificuldades para trazer quadros estrangeiros, reduziu-se para oito o número de participantes, a serem os campeões dos dois principais estados do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo) e os campeões de seis entre oito outros países (Portugal, Itália, Inglaterra, Uruguai, Espanha, Escócia ou Suécia, e talvez Argentina, substituindo um dos europeus), considerados as maiores forças do futebol à época, seja pela sua colocação na Copa do Mundo de 1950 (Uruguai, Suécia, Espanha), pela sua tradição no futebol (Itália, Escócia, Inglaterra), com o campeão de Portugal cogitado em função dos laços afetivos com o Brasil e o campeão da Argentina cogitado para substituir um representante europeu e equilibrar em 4-4 o número de clubes de cada continente na competição. Segundo o Jornal dos Sports (edição 6525, de 29 de novembro de 1950), a possibilidade de participação de uma equipe sueca fora aventada pelo Sr. Castello Branco (presidente do Conselho Técnico da [[CBD]]), haja vista a colocação da Suécia na Copa do Mundo de 1950.<ref name=":20">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Mundial%20de%20clubes%22&pasta=ano%20195&pagfis=37967 |titulo=O Campeonato Mundial de Clubes Campeões |data=29/11/1950 |ultimo=Filho |primeiro=Mario |jornal=Jornal dos Sports |pagina=5 |edicao=6525}}</ref> Porém, o tricampeão sueco [[Malmö FF]] não foi convidado porque não havia agradado em excursão anterior ao Brasil.<ref name="dlib.coninet.it" /> [[Mário Filho]] também propôs que fossem doze clubes participantes e não oito, pois segundo ele, o número oito limitava a competição. Ao vislumbrar quais quatro clubes seriam convidados adicionalmente caso fosse concretizada a proposta de doze clubes, [[Mário Filho]] citou equipes de Suécia, Iugoslávia, Áustria e o campeão do Torneio Rio-São Paulo.<ref name=":20" /> A proposta que acabou sendo adotada, contudo, foi a de 8 clubes, a serem os campeões de Rio de Janeiro, São Paulo, Uruguai, Portugal, Itália, Espanha, Escócia e Inglaterra.<ref name="trivela.com.br">{{citar web |url=https://trivela.com.br/por-que-taca-rio-foi-importante-independente-de-ser-mundial-ou-nao/ |título=Por que a Taça Rio foi importante independente de ser Mundial ou não |data=9/8/2014 |publicado=Trivela |autor=Bruno Bonsanti}}</ref> Porém, os possíveis representantes espanhol, inglês e escocês (Barcelona ou Atlético de Madrid; Tottenham ou Newcastle;<ref name=":19" /> Hibernian){{Carece de fontes}} declinaram o convite e foram substituídos por equipes de França, Áustria e Iugoslávia. Em função do contexto dos pós-2ª Guerra (ocupação da Alemanha pelas potências vencedoras da Guerra e divisão do país; formação da "[[Cortina de Ferro]]"), alguns países (como Alemanha, [[União Soviética]], [[Checoslováquia]], Hungria, Polônia, Romênia)<ref name=":16">{{citar web |url=http://www.fifa.com/mm/document/fifafacts/mencompwc/51/97/68/2014fwc_kit_recap_fwc_prel_neutral.pdf |titulo=Recap of the FIFA World Cup Preliminary Competitions 1930-2014 |data=28/11/2013 |website=FIFA |paginas=67, 72, 74 |urlmorta=yes |wayb=20140327060929}}</ref> não participaram da Copa do Mundo de 1950 e não foram convidados à Copa Rio (por exemplo, clubes da Alemanha, por Lei Federal,{{Carece de fontes}} só poderiam sair do país com autorização das Autoridades de Ocupação de sua área).<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Ta%C3%A7a%20Latina%22&pagfis=43284 |titulo=Vamos conhecer daqui a domingo o clube campeão da "Europa Latina" |data=24/6/1952 |edicao=7000 |pagina=4 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref> [[Ottorino Barassi]] teria tentado amenizar as hostilidades entre a CBD e a AFA (a Associação Argentina de Futebol), e garantir um convite a um representante argentino à competição,{{Carece de fontes}} mas não logrou sucesso, e a CBD decidiu não convidar representantes da Argentina, em função da mesma não ter participado da Copa do Mundo de 1950.<ref name=":21">{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1951/06/30/pagina-3/624875/pdf.html |titulo=El Torneo Internacional de Equipos de Fútbol |data=30/6/1951 |ultimo=Sá |primeiro=Oacy de |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> o que por sua vez ocorreu em virtude de relações ruins com a CBD,{{Carece de fontes}} A CBD tampouco planejava contar com equipes da França pelas mesmas razões (a não participação desta na Copa do Mundo de 1950), mas acabou convidando o campeão francês Nice dado que não houve interesse dos clubes espanhóis, sobrando a vaga deste país.<ref name=":21" />
[[Ficheiro:Giampiero_Boniperti_1951.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|258x258px|[[Giampiero Boniperti]], da [[Juventus Football Club|Juventus]], artilheiro da Copa Rio de 1951.]]
A Copa Rio Internacional foi a primeira competição de clubes de que se tem notícia de abrangência intercontinental, incluindo clubes de mais de um continente: comentando o início da competição, o Jornal dos Sports (edição 6698, de 28 de junho de 1951) chama o torneio brasileiro de "o maior entre todos" e primeiro torneio de clubes de caráter mundial, com equipes de América do Sul e Europa. A matéria lista os torneios internacionais de clubes que até então haviam tido relevância internacional ([[Mitropa Cup]], [[Campeonato Sul-Americano de Campeões]], [[Copa Latina]], o Torneio da Exposição Internacional de Paris vencido pelo Bologna), mas que, segundo o jornal, haviam ficado limitados à esfera continental.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Malmoe%22&pasta=ano%201951\edicao%2006698&pagfis=39825 |titulo=O maior entre todos |data=28/6/1951 |pagina=5 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6698}}</ref> Além do conceito de competição mundial, no início dos anos 1950, com a Copa Rio e seus torneios sucessores, surgiu o conceito de competição intercontinental: a imprensa portuguesa, por exemplo, em 1953 citou a "característica euro-sul-americana" da [[Copa Rivadavia]].<ref>{{citar web |url=http://www.fmsoares.pt/aeb_online/visualizador.php?bd=IMPRENSA&nome_da_pasta=06337.058.13703&numero_da_pagina=6 |título=O Sporting segue hoje para o Brasil |data=8/6/1953 |acessodata=2015-03-07 |website=Jornal Diário de Lisboa |paginas=6 e 7 |urlmorta=yes |wayb=20130801031704}}</ref>
 
A Copa Rio Internacional foi criada para indicar o campeão mundial de clubes, como atestado pelos jornais da época, que nos anos de sua formulação (1950) e de sua primeira edição (1951) a trataram como Torneio Mundial de Clubes e/ou Torneio Mundial de Campeões, tanto jornais brasileiros<ref name=":22">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Copa%20Rio%22%20%22mundial%20de%20clubes%20campe%C3%B5es%22&pagfis=43341 |titulo=O destino da Copa Rio |data=29/6/1952 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7005 |pagina=9}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=221961_03&pasta=ano+195&pesq=Mundial+dos+Campe%C3%B5es&pagfis=12291 |titulo=Em plena semana do Torneio Mundial, primeiros movimentos do grande acontecimento |data=25/6/1951 |jornal=Diário da Noite |edicao=5100 |pagina=31}}</ref><ref>{{citar web |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19510316&printsec=frontpage&hl=pt-BR |título=A importante reunião de hoje na CBD |data=16/3/1951 |website=Jornal do Brasil |pagina=9}}</ref> como alguns jornais europeus, como um da Áustria.<ref name=":24">{{citar web |url=http://www.arbeiter-zeitung.at/cgi-bin/archiv/flash.pl?year=1951&month=5&day=30&page=06&html=1 |título=ARBEITER-ZEITUNG |data=30/5/1951 |website=Edição de 30 de maio de 1951 |data=30/5/1951|publicado=Arbeiter-Zeitung |pagina=6}}</ref> Por exemplo, o jornalista austríaco Willy Meisl (que escrevia para os Jornal dos Sports brasileiro, entre outros) divulgou em 1950 o projeto da Copa Rio em sua coluna no jornal londrino ''World Sports'' como sendo o "''World Soccer Championship for Clubs''".<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Mundo%20de%20clubes%22&pagfis=37189 |titulo=Um campeonato mundial de clubes no Rio no ano próximo vindouro |data=1/9/1950 |ultimo=Meisl |primeiro=Willy |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6450 |pagina=15}}</ref> Outro exemplo, em 1952, o jornal [[Ultima Hora|Última Hora]] afirma que "não se pode comparar a Copa Rio, que quer ser um verdadeiro Campeonato Mundial de Clubes campeões, com qualquer tournée".<ref>{{citar periódico|data=12/6/1952|titulo=A "Copa Rio" a qualquer preço|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=mundial+de+clubes&pagfis=8420|jornal=Última Hora|edicao=306ª|local=Rio de Janeiro|pagina=11}}</ref> Segundo o artilheiro da competição [[Giampiero Boniperti]], a Copa Rio foi entendida como Mundial de Clubes por ele e seus companheiros de [[Juventus Football Club|Juventus]].<ref>{{citar periódico |url=https://issuu.com/placar/docs/placar_maio2007 |titulo=O outro lado da Copa Rio |data=maio de 2007 |jornal=Placar |paginas=30-31 |edicao=1306}}</ref> Além do tratamento como Mundial, foi tratada como Torneio dos Campeões e/ou Copa dos Campeões não só no Brasil, mas em vários países (sobretudo os países participantes da Copa do Mundo de 1950), como Itália,<ref name="dlib.coninet.it" /> Espanha,<ref name=":19" /><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/sevilla/abc.sevilla/1951/06/08/017.html |titulo=En el torneo de campeones participarán tres clubs sudamericanos e cinco europeos |data=8/6/1951 |jornal=ABC Sevilla |pagina=17}}</ref> Portugal,<ref>{{citar web |url=http://www.fmsoares.pt/aeb_online/visualizador.php?bd=IMPRENSA&nome_da_pasta=06333.054.12910&numero_da_pagina=4 |título=Diário de Lisboa, 9 de julho de 1951 |data=9/7/1951 |acessodata=2015-03-07 |pagina=4 |urlmorta=yes |wayb=20150924034517}}</ref> Áustria,<ref name=":24" /> México, cujo campeão Atlas pediu sua inclusão no torneio, e Uruguai, que candidatou-se a sediar a segunda edição do evento.{{Carece de fontes}} Ademais, a Copa Rio inspirou a criação da [[Liga dos Campeões da UEFA|Copa dos Campeões da Europa]] e consequentemente da [[Copa Intercontinental]].<ref>{{citar periódico |url=http://www.archiviolastampa.it/component/option,com_lastampa/task,search/mod,libera/action,viewer/Itemid,3/page,10/articleid,1107_02_1975_0140_0010_23915212/ |titulo=Per Boniperti, Parola ed Altafini sarà una tournée piena di ricordi e nostalgie |data=30/6/1975 |ultimo=Bernardi |primeiro=Bruno |pagina=10 |numero=140 |jornal=La Stampa}}</ref>
 
Os jornais da época confirmam que, após o título na competição, o Palmeiras se considerou e foi saudado pela imprensa brasileira como campeão mundial de clubes.<ref name=":4">{{citar web |url=http://www.palestrinos.com.br/imagens_especiais/copa_rio/00-copa_rio_1951.htm |título=Reprodução de capa do jornal A Gazeta Sportiva de 1951, chamando o Palmeiras de campeão mundial em função da conquista da Copa Rio de 1951. |acessodata=2015-03-07 |publicado=Palestrinos |urlmorta=yes |wayb=20110621040728}}</ref> Os jogadores que participaram da conquista sempre se consideraram campeões mundiais: pouco antes da [[Copa Europeia/Sul-Americana de 1999]] entre Palmeiras e Manchester United, os goleiros [[Fábio Crippa]] e [[Oberdan Cattani]] deram uma entrevista reclamando do fato da imprensa brasileira não dar o devido reconhecimento ao fato que o Palmeiras "já tinha um mundial", referindo-se à Copa Rio de 1951.{{Carece de fontes}} A despeito dos jornais da época (1950 e 1951) confirmarem que a Copa Rio foi criada com o objetivo de ser um Torneio Mundial de Clubes Campeões e que o Palmeiras foi então saudado como campeão mundial,<ref name=":4" /> posteriormente boa parte da imprensa brasileira não deu mais esta importância ao título; por exemplo, em 1971, a Revista [[Placar]] publicou ter sido o Santos o primeiro clube brasileiro campeão do "mundial interclubes", ao que um leitor respondeu que o primeiro clube brasileiro campeão mundial foi o Palmeiras em 1951, ao que a Revista respondeu que a Copa Rio "nada tinha tido" de título mundial.<ref>{{citar periódico|data=24/12/1971|titulo=Do mundo, não|url=https://books.google.com.br/books?id=egQOHu8IRNQC&pg=PA45&dq=Palmeiras+campe%C3%A3o+mundial+1951+Placar&hl=pt-BR&sa=X&ei=MvUQVZx2tfywBL7FgMAE&redir_esc=y#v=onepage&q=Palmeiras%20campe%C3%A3o%20mundial%201951%20Placar&f=false|jornal=Placar Magazine|pagina=45}}</ref>
 
No ano de [[2014]] a [[Copa Rio (torneio internacional)|Copa Rio Internacional]] de [[1951]] foi reconhecida pela FIFA como a ''primeira competição mundial de clubes da história.''<ref>{{Citar web |url=https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/5244565/documento-diz-que-fifa-atendeu-cbf-e-reconheceu-titulo-do-palmeiras-como-primeira-competicao-mundial |titulo=Documento oficial diz que Fifa atendeu CBF e reconheceu título do Palmeiras como 'primeira competição mundial de clubes' |data=2019-02-04 |acessodata=2019-10-25 |obra=ESPN.com |lingua=pt}}</ref>
 
=== Reação da FIFA ===
[[Ficheiro:Jules_Rimet_1933.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|[[Jules Rimet]], o criador da Copa do Mundo de seleções, aprovou o modelo da Copa Rio Internacional.<ref name=":5">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Jules%20Rimet%22&pagfis=39169 |titulo="Aprovo a ideia e faço votos sinceros para o triunfo da primeira Copa Rio" diz Jules Rimet ao "Jornal dos Sports" |data=19/4/1951 |ultimo=Rimet |primeiro=Pierre |pagina=5 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6639}}</ref>]]
A ideia de que a própria FIFA deveria se envolver em competições internacionais de clubes data pelo menos do fim dos anos 1940, com a criação da [[Copa Latina]] por [[Ottorino Barassi]] e [[Jules Rimet]] em 1949, pouco antes do "relançamento" do futebol mundial com a Copa do Mundo de 1950.{{Carece de fontes}}
 
Em 21 de julho de 1950, o Jornal dos Sports publicava que, em um almoço na sede do Fluminense FC, o jornalista [[Mário Filho]], diretor do citado jornal, propusera a realização de um Campeonato Mundial de Clubes. A mesma matéria salienta o apoio que o projeto recebeu dos mais importantes dirigentes da FIFA, [[Ottorino Barassi]] e [[Jules Rimet]].<ref>{{citar periódico|data=21/7/1950|titulo=Parada Mundial de Clubes Campeões|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=almo%C3%A7o|jornal=Jornal dos Sports|edicao=6414.ª|paginas=1 e 6}}</ref>
 
Em janeiro de 1951, o representante espanhol no Comitê Executivo da FIFA sugeriu expandir a Copa Latina para incluir equipes campeãs de países sul-americanos. Comentando o fato ao correspondente do Jornal dos Sports em Paris, o presidente da FIFA Jules Rimet confirmou que a [[Copa Latina]] foi criada pela FIFA, que contudo não participava da organização da mesma, que ficava a cargo das federações nacionais dos 4 países envolvidos, mas que ele aprovava a proposta de expansão. Nesta mesma entrevista, Rimet foi perguntado sobre outro projeto, o "Torneio Mundial dos Campeões", a ser realizado em junho de 1951 no Brasil. Rimet afirmou que não havia sido oficialmente informado, que o nome "Campeonato Mundial de Futebol" pertencia à FIFA e não poderia ser utilizado em outro torneio além da Copa do Mundo da FIFA, mas que nomenclaturas pouco importavam e ele apoiava este projeto, que considerava "maravilhoso", afirmando que "se um clube do Rio pedir autorização da FIFA para organizar este torneio mundial, não há dúvida que será deferido", e que o sucesso da Copa Rio bisaria o sucesso da Copa do Mundo de 1950. Nesta ocasião Rimet afirmou que conheceu a proposta da "[[Copa Rio Internacional|Copa Rio]] - Torneio Mundial dos Campeões" em 1950 através do "pai" da ideia, o jornalista Mário Filho, e que Rimet lhe prometera apoio moral sem restrições, e que [[Stanley Rous]], Ottorino Barassi e Albert Laurence se comprometeram a trazer os participantes europeus à competição.<ref name=":6">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Ta%C3%A7a%20Latina%22&pagfis=38281 |titulo=Das pirâmides do Egito ao colosso do Maracanã, com o Sr. Jules Rimet |data=4/1/1951 |ultimo=Rimet |primeiro=Pierre |edicao=6554 |jornal=Jornal dos Sports |paginas=5 e 7}}</ref>
 
A iniciativa brasileira em criar a Copa Rio Internacional levou jornalistas a questionarem, em Lisboa em abril de 1951, o presidente da FIFA Jules Rimet sobre o envolvimento da FIFA no "Campeonato Mundial de Clubes do Rio", ao que ele respondeu que a competição não foi submetida à FIFA e que era de responsabilidade exclusiva da [[CBD]].<ref>{{citar web |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19510405&printsec=frontpage&hl=pt-BR |título=Importantes declarações do presidente da FIFA |data=5/4/1951 |website=Jornal do Brasil |pagina=11}}</ref> Jules Rimet esclareceu posteriormente que a Copa Rio não precisava de autorização oficial da FIFA, por tratar-se uma competição entre clubes, não entre seleções, bastando a FIFA ser comunicada, mas que ele pessoalmente aprovava a organização da competição, dava seu apoio moral e simpatia, e acreditava que a mesma teria grande sucesso. Em suas declarações, Rimet chamou a competição de Copa Rio e de Torneio Mundial dos Campeões, afirmou também que a Copa Rio tratava-se de um "torneio de importância e relevo mundiais, é claro, mas não de um campeonato mundial, já que a expressão Campeonato do Mundo de Football era propriedade da FIFA". Rimet também qualificou o projeto como "feliz ideia", dizendo que a ideia havia sido proposta por Mário Filho já antes da Copa do Mundo de 1950.<ref name=":5" />
 
Segundo a imprensa italiana, a competição foi um "projeto impressionante" que teve uma recepção entusiástica dos dirigentes da cúpula da FIFA, sobretudo de Ottorino Barassi, Jules Rimet e Stanley Rous em particular,{{Carece de fontes|data=data=outubro de 2020}} de maneira que a competição foi criada "quase tendo o rótulo oficial" da FIFA.<ref name="dlib.coninet.it" />
 
Dirigentes ligados à FIFA tiveram ligação com as tentativas de trazer clubes europeus à competição. O dirigente italiano Ottorino Barassi (então presidente da Federação Italiana, Secretário-Geral e vice-presidente da FIFA) e a [[CBD]] foram os responsáveis mais diretos pela concretização do projeto,<ref name="dlib.coninet.it" /> sendo que [[Ottorino Barassi|Barassi]] atuou no recrutamento de quadros europeus para vir ao Brasil em [[Copa Rio de 1951|1951]],<ref name=":25">{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19510511&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Certa a vinda dos teams D Sporting, Milano e Estrela Vermelha |data=11/5/1951 |jornal=Jornal do Brasil |pagina=11}}</ref> [[Copa Rio de 1952|1952]]<ref name=":26">{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19520531&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Assegurada a vinda do Austria e do Sporting |data=31/5/1952 |pagina=11 |jornal=Jornal do Brasil}}</ref> e 1953 (em 1953, para a Copa Rivadavia, Barassi foi incumbido de recrutar somente o representante italiano),{{Carece de fontes}} enquanto Stanley Rous (então presidente da Federação Inglesa, Secretário-Geral e vice-presidente da FIFA) atuou na mesma função em 1951.<ref name=":25" /> Vale notar que os jornais da época confirmam que Ottorino Barassi, Stanley Rous e Jules Rimet prestigiaram a ideia da Copa Rio,<ref name="dlib.coninet.it" /> mas não confirmam a versão (comumente citada<ref>{{citar web |url=https://www.palmeiras.com.br/textos/popup/T%C3%ADtulos/Mundial%20Interclubes%20-%201951 |título=Copa Rio de 1951 |publicado=Site do Palmeiras |urlmorta=yes |wayb=20150115041313}}</ref>) que Rimet nomeou Barassi para atuar na Copa Rio em nome da FIFA; o Jornal dos Sports de 29 de novembro de 1950 informa que Barassi foi nomeado pela CBD (não pela FIFA) para atuar na organização da Copa Rio.<ref name=":20" />
 
A edição de 1951 da Copa Rio chegou a ser, por um breve período (março/abril de 2007), reconhecida pela FIFA como sendo uma Copa do Mundo de Clubes,<ref name=":15">{{citar web |url=http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Palmeiras/0,,MUL27426-4403,00.html |título=Fifa: Verdão ainda não é campeão mundial |data=26/4/2007 |website=Globo Esporte |autor=Joanna de Assis}}</ref> e desde agosto de 2014 a posição da FIFA é reconhecê-la como o primeiro torneio entre clubes europeus e sul-americanos em nível mundial, mas sem equipará-la oficialmente às edições Copa do Mundo de Clubes da FIFA.<ref name="www1.folha.uol.com.br">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2014/08/1499535-titulo-de-1951-do-palmeiras-teve-abrangencia-mundial-diz-fifa.shtml |título=Título de 1951 do Palmeiras teve 'abrangência mundial', diz Fifa |data=13/8/2014 |website=Folha de S.Paulo}}</ref><ref name="auto1">{{citar web |url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2014/08/fifa-ve-titulo-de-51-do-verdao-como-de-nivel-mundial-mas-separa-campeoes.html |título=Fifa vê título de 51 do Verdão como de "nível mundial", mas separa campeões |data=11/8/2014 |website=Globo Esporte |autor=Martin Fernandez e Vicente Seda}}</ref>
 
Em 1952, novamente foi levantada a ideia de envolvimento da FIFA nas competições internacionais de clubes: comentando a dificuldade do Fluminense e da CBD em trazer clubes europeus àquela competição, e justificando esta dificuldade na incompatibilidade entre os calendários das competições de clubes dos diferentes países, o jornal O Estado de S. Paulo sugeriu que deveria haver o envolvimento da FIFA na programação das competições internacionais de clubes, afirmando que "o ideal, portanto, seria que os torneios internacionais, aqui ou no exterior, fossem disputados em épocas fixadas pela FIFA, ouvidas as federações vinculadas."<ref>{{citar web |url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19520726-23682-nac-0011-999-11-not |título=Acervo Estadão 2 |data=26/7/1952 |website=O Estado de S. Paulo |pagina=11 |formato=requer pagamento}}</ref>
 
=== Dificuldades para a realização ===
[[Ficheiro:AC_Milan_-_Gre-No-Li.jpg|miniaturadaimagem|O trio Gre-No-Li em sua ordem: [[Gunnar Gren]], [[Gunnar Nordahl]] e [[Nils Liedholm]]. Foi a impossibilidade de contar com estes jogadores após a Copa Latina a suposta razão para o então campeão italiano Milan ter declinado o convite para participar da Copa Rio de 1951 e ter cedido sua vaga ao Juventus, campeão anterior da Itália.<ref name="trivela.com.br" />]]
Se por um lado é fato comprovado, pelos jornais da época, que a Copa Rio foi criada com o intuito de ser o Campeonato Mundial de Clubes, por outro lado os mesmos jornais atestam que, já na própria época, a sensação era que a qualidade dos participantes ficou abaixo das intenções iniciais. O planejamento inicial da CBD era ter, na Copa Rio, os campeões de Rio de Janeiro e São Paulo como representantes do Brasil e os clubes campeões de seis países (Itália, Inglaterra, Portugal, Espanha, Uruguai, Escócia),<ref name=":20" /> mas em 1951 apenas três vagas (a metade) foram preenchidas por clubes destes países (Itália, Uruguai, Portugal), sendo que apenas em dois casos (Uruguai, Portugal) os clubes representantes era os vigentes campeões dos seus países. Isso, pois em 1951 o campeão italiano Milan preferiu a Copa Latina e cedeu sua vaga na Copa Rio ao Juventus;{{Carece de fontes|data=data=outubro de 2020}} a alegação era que, por força contratual, os jogadores estrangeiros do Milan tinham direito a férias após a Copa Latina e o Milan não queria participar da Copa Rio desfalcado.<ref>{{Citar web |url=https://www.goal.com/br/news/10692/futebol-paulista/2016/07/21/25801642/65-anos-da-copa-rio-de-1951-lembre-14-fatos-e-curiosidades |titulo=65 anos da Copa Rio de 1951: lembre 14 fatos e curiosidades do Mundial do Palmeiras |data=2016/7/21 |acessodata=2020-08-20 |website=Goal.com}}</ref> No caso dos clubes espanhóis, Ottorino Barassi disse à época que a Federação Espanhola de Futebol teria ficado receosa após a derrota de 6-1 para o Brasil na Copa do Mundo de 1950, e após a derrota do [[Atlético de Madrid]] para a [[Portuguesa de Desportos]], por isso achando que seus campeões (Atlético de Madrid, da Liga, ou Barcelona, da Taça) não seriam páreo para os clubes brasileiros. O campeão escocês alegou que já tinha compromissos assentados há um ano para a mesma época do torneio.{{Carece de fontes}} Tudo considerado, quatro entre os oito clubes participantes, a metade (Juventus, Estrela Vermelha, Nice, Austria Viena), só foram convidados após a recusa dos convidados originais (Milan, Hibernian, Barcelona, Tottenham).<ref name="dlib.coninet.it" /><ref name="trivela.com.br" /> A própria CBD não seguiu à risca o critério que ela própria formulara para a Copa Rio, convidar prioritariamente as equipes campeãs dos seus países, pois quando, mediante as recusas iniciais, decidiu-se convidar um clube austríaco, o convidado foi o Austria Viena (que havia terminado o Campeonato Austríaco em 3.º lugar), não o campeão austríaco Rapid de Viena;<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Rapid%20Viena%22&pasta=ano%20195&pagfis=39358 |titulo=O Austria de Viena entre os convidados prováveis |data=10/5/2001 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |jornal=Jornal dos Sports |pagina=8 |edicao=6656}}</ref> isso, pois o Rapid Viena não havia agradado em excursão feita anteriormente ao Brasil.<ref name="dlib.coninet.it" /> Ao comentar o projeto da competição, Jules Rimet havia afirmado que seria um "verdadeiro milagre" se os brasileiros conseguissem levar a cabo um torneio tão importante em tão poucos dias, pois o campeão dos países europeus é conhecido em maio, às vezes em junho, além de haver outras dificuldades e tradições europeias a contornar.<ref name=":5" />
 
Dado os participantes terem ficado abaixo das expectativas iniciais, houve críticas: por exemplo, em 24 junho de 1951, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que, com aqueles participantes, o torneio deveria deixar de ser chamado de Mundial dos Campeões, pois não mereceria ser chamado nem de Mundial nem de Torneio dos Campeões.<ref name="S. Paulo 1951">{{citar web |url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19510724-23372-nac-0001-999-1-not |título=Acervo Estadão 3 |data=24/7/1951 |website=O Estado de S. Paulo |formato=requer pagamento}}</ref> Mesmo com a presença de um clube da Itália, o jornal italiano Corriere dello Sport comentou que, após as recusas dos campeões de Espanha, Inglaterra e Escócia a participar, a competição se tornou um "torneio a convites".<ref name="dlib.coninet.it" /> Após a final da Copa Rio de 1951, o italiano [[Vittorio Pozzo]] afirmou que a competição não teve maior êxito técnico por não terem participado representantes de Escócia, Inglaterra e Argentina, ao que o Jornal dos Sports respondeu que as Copas do Mundo de 1934 e 1938 vencidas pela Itália também foram marcadas por ausências de Escócia, Inglaterra e Uruguai, mas não tiveram sua legitimidade de mundiais contestada, e que Pozzo fez estas críticas apenas após a derrota do seu clube compatriota Juventus na final da Copa Rio.<ref name=":9">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22pozzo%22&pasta=ano%20195&pagfis=40501 |titulo=Quando a Itália venceu dois campeonatos mundiais não houve quadros ausentes? |data=6/9/1951 |pagina=5 |edicao=6758 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref>
 
Criticou-se também o fato do Brasil contar com dois representantes (campeões de RJ e SP) nas Copas Rio enquanto todos os demais países contavam com um (chegou-se a propor já em 1951 a criação da [[Taça Brasil de Futebol|Taça Brasil]] para que pudesse haver na Copa Rio apenas um clube representativo de todo o Brasil),<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Rimet%22&pasta=ano%201951\edicao%2006634&pagfis=39117 |titulo=Já que se pergunta "E os outros?", vamos para a Taça Brasil |data=13/4/1951 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |edicao=6634 |pagina=5 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref> crítica do Jornal dos Sports que foi reforçada quando na Copa Rivadavia de 1953 o Brasil passou a contar com quatro representantes e os demais países com apenas um.<ref name=":29">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pagfis=44283 |titulo=A culpa não é da Copa Rio nem da Copa das Nações |data=2/10/1952 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |pagina=5 |edicao=7086 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref>
 
=== Copa Rio de 1952 ===
[[Ficheiro:Trofeo_cds.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|260x260px|A grande atração estrangeira da [[Copa Rio de 1952]] foi [[Club Atlético Peñarol]], campeão nacional e base da [[Seleção Uruguaia de Futebol|Seleção Uruguaia]] campeã da Copa do Mundo de 1950,<ref>{{citar web |url=http://www.fluminense.com.br/site/futebol/2012/08/02/as-razoes-para-o-torcedor-tricolor-encher-o-peito-e-dizer-sou-campeao-mundial/ |titulo=As razões para o torcedor encher o peito e dizer: sou campeão mundial |data=22/8/2012 |acessodata=12/11/2015 |publicado=Site oficial do Fluminense |autor=BOUTHAUSER, João |urlmorta=yes |wayb=20120808215913}}</ref> clube que receberia, pela [[Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol]], reconhecimento como o [[Lista IFFHS dos melhores clubes do século XX para cada continente|melhor clube do século XX da América do Sul]] (o troféu acima).]]
Algumas fontes alegam que apenas a edição de 1951 da Copa Rio teve cunho de Mundial de Clubes.<ref name=":27">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Mundial+de+Clubes&pagfis=11747 |titulo=Página dos Consulentes |data=9/3/1956 |jornal=Mundo Esportivo |pagina=15 |edicao=745}}</ref> Entretanto, a edição de 1952 da Copa Rio também chegou a receber menção como troféu mundial pela imprensa da época, porém bem menos que a edição de 1951. Em 1951, entre quinze jornais brasileiros pesquisados, todos trataram a competição como Mundial de Clubes, enquanto em 1952, encontrou-se até hoje apenas três jornais tratando a segunda edição da competição como Mundial, os jornais ''Diário de Belo Horizonte'',<ref name=":7">{{citar livro|título=1952: Fluminense campeão do mundo|ultimo=Coelho|primeiro=Eduardo|editora=Maquinária Editora|ano=2012|local=Rio de Janeiro|páginas=51 e 112}}</ref> jornal ''Última Hora''<ref name=":28" /> (cujos editores de esportes na época eram torcedores do Fluminense, organizador e campeão da Copa Rio de 1952),<ref name=":7" /> e ''Jornal dos Sports'' (capitaneado pelo jornalista Mário Filho, o idealizador da Copa Rio em 1950).<ref name=":22" /> Outra diferença entre as edições de 1951 e 1952 da Copa Rio foi quanto ao tratamento enquanto Torneio de Campeões. No início da competição de 1951, o jornal O Estado de S. Paulo sugeriu que o nome oficial da competição (Torneio Mundial dos Campeões) fosse mudado, dizendo que pela lista de participantes estrangeiros, o torneio não merecia ser chamado nem de Mundial nem de Campeões.<ref name="S. Paulo 1951" /> Neste mesmo mês, a CBD declarou que as edições seguintes do torneio (depois da edição de 1951) não seriam tratadas oficialmente como Torneio de Campeões mas apenas como um torneio internacional. Possivelmente por essa razão, o torneio de 1952 foi tratado apenas como Copa Rio (e não como Mundial) pela imprensa, exceto pelos 3 jornais citados acima.{{Carece de fontes}} Essa é a explicação apresentada pelo jornal Mundo Esportivo de 9 de março de 1956: "As Taças Rio foram 2 ... A primeira foi vencida pelo Palmeiras e a segundo pelo Fluminense. A primeira disputa teve verdadeiramente um cunho de Torneio de Campeões, mas não foi nada oficial. O Palmeiras, com justiça, se considerou campeão mundial de clubes ao vencer a porfia."<ref name=":27" /> Outra diferença é que a Copa Rio de 1952 não estava no calendário original da CBD para aquele ano: seria disputada em 1953, mas foi antecipada para 1952 a pedido do Fluminense, pois o clube queria organizar a edição do torneio naquele ano no âmbito das celebrações do seu cinquentenário. Quando o Peñarol desistiu da disputa da Copa Rio de 1952, em virtude dos problemas ocorridos na primeira partida de semifinal contra o Corinthians, assim perdendo de W.O. para o Corinthians a segunda partida da semifinal, o vice-presidente do Peñarol declarou que o clube tinha vindo ao Brasil com a intenção de prestigiar o cinquentenário do Fluminense; em sua declaração, o dirigente uruguaio não fez nenhuma menção à disputa de título mundial de clubes.{{Carece de fontes}} Para os próprios clubes campeões, as duas edições da Copa Rio teriam tido significado diferente: em 21 de agosto de 1952, [[Mário Rodrigues Filho|Mário Filho]] (o idealizador da Copa Rio, em 1950) publicou um artigo no Jornal dos Sports, dizendo que, enquanto em 1951 o Palmeiras se considerou o "campeão mundial de clubes" por vencer a Copa Rio, em 1952 o Fluminense não teve a mesma atitude, não deu a mesma dimensão à sua conquista da Copa Rio e a tratou como um "torneiozinho", postura esta do Fluminense da qual [[Mário Rodrigues Filho|Mário Filho]] discordava e lamentava,<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=campe%C3%A3o%20mundial%20de%20clubes&pagfis=43863 |titulo=Um título sem expressão... |data=21/8/1952 |ultimo=Filho |primeiro=Mário |outros=No texto original, o nome do autor aparece como "Mário Julio Rodrigues" |pagina=5 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7050}}</ref> pois ele era da opinião de que as duas edições do certame haviam tido o mesmo nível técnico, apesar de reconhecer que muitos consideravam a segunda Copa Rio como sendo de nível técnico inferior à primeira.<ref name=":8">{{citar web |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=campe%C3%A3o%20mundial%20de%20clubes&pagfis=43707 |título=Edição de 5 de agosto de 1952 |data=5/8/1952 |website=Jornal dos Sports |pagina=5 |edicao=7036}}</ref> Até o ano de 2000, não havia menções ao Fluminense considerar-se campeão mundial pelo título da Copa Rio de 1952 em anos recentes, porém o clube editou revista sobre a conquista em 1952 tratando o Fluminense como "campeão dos campeões do mundo", "empunha o Fluminense um troféu mundial", a competição como "Torneio de Futebol dos campeões do mundo", entre outros adjetivos, corrigindo o citado comentário de Mário Filho no mês anterior;{{Carece de fontes}} a partir de 2000, em coerência ao pleito palmeirense relativo à Copa Rio de 1951, o Fluminense solicitou à FIFA reconhecimento da Copa Rio de 1952 como Mundial de Clubes,<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=030015_12&pasta=ano+200&pesq=Copa+Rio+de+1952&pagfis=18612 |titulo=Flu prefere os grandes |data=1/9/2000 |ultimo=Lima |primeiro=Caio Castro |jornal=Jornal do Brasil |pagina=27 |edicao=146}}</ref> tendo renovado a solicitação de reconhecimento em 2014.<ref>{{citar web |url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2014/08/apos-promessa-acao-flu-pedira-reconhecimento-de-mundial-na-fifa.html |título=Após a promessa, a ação: Flu pedirá reconhecimento de mundial na Fifa |data=19/8/2014 |website=Globo Esporte |autor=Hector Werlang}}</ref>
[[Ficheiro:Di_stefano_real_madrid_cf_(cropped).png|miniaturadaimagem|357x357px|[[Alfredo Di Stéfano]] foi o grande nome do [[Millonarios Fútbol Club|Millonarios]] na [[Pequena Taça do Mundo de 1952]], torneio venezuelano em que ele enfrentou, em 2 partidas, o [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]], clube do qual se tornaria o maior ídolo.<ref>{{citar web |ultimo=West |primeiro=Andy |url=https://www.bbc.com/sport/football/28204560 |título=Alfredo Di Stefano: Did General Franco halt Barcelona transfer? |data=7/7/2014 |website=BBC Sports}}</ref>]]
Sobre os participantes da Copa Rio de 1952, o planejamento original, em fevereiro de 1952, era contar com os campeões de Rio de Janeiro, São Paulo, Uruguai, Argentina, Áustria, Itália, Espanha e Inglaterra ou Escócia.<ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1952/02/18/pagina-4/628884/pdf.html |titulo=Brasil Prepara la Copa Rio |data=18/2/1952 |ultimo=Sá |primeiro=Oacy de |pagina=4 |jornal=El Mundo Deportivo}}</ref> Ottorino Barassi auxiliou nas tentativas de trazer clubes estrangeiros: foi ele que, em maio de 1952, deu notícias sobre a participação de Sporting (Portugal) e Austria Viena, assim como notícias das negativas de Barcelona (Espanha) e Hibernian (Escócia).<ref name=":26" /> Além de Barassi, no caso da Copa Rio de 1952 Jules Rimet teria atuado (sem sucesso) na tentativa de convencer o Barcelona (Espanha) a participar.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Barcelona%22&pasta=ano%20195&pagfis=43323 |titulo=Intercede o presidente da FIFA para a vinda do Barcelona |data=28/6/1952 |ultimo=Romualdo |primeiro=Geraldo |jornal=Jornal dos Sports |paginas=1 e 6 |edicao=7004}}</ref> A Copa Rio de 1952 chegou a ter seu início adiado em uma semana para que os clubes europeus participantes da Copa Latina não tivessem que abrir mão da sua participação no torneio brasileiro, ou seja, para que não ocorresse o que ocorreu com o Milan em 1951,<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Barassi%22&pagfis=43082 |titulo=Retardada de uma semana a Copa Rio |data=3/6/1952 |jornal=Jornal dos Sports |pagina=6 |edicao=6982}}</ref> porém, mesmo assim, na Copa Rio de 1952 não houve qualquer representante italiano ou francês. Na Copa Rio de 1952, tampouco se conseguiu contar com os clubes convidados de Espanha, Escócia, Inglaterra e Argentina, como já havia ocorrido na edição de 1951; ademais, o representante uruguaio Peñarol abandonou a Copa Rio de 1952 por W.O. nas semifinais contra o Corinthians. Além da Copa Latina, a Copa Rio de 1952 também sofreu concorrência da [[Pequena Taça do Mundo]]: [[Millonarios Fútbol Club|Millonarios]] e [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]] foram convidados à Copa Rio de 1952, mas priorizaram participar do torneio venezuelano, ocorrido nas mesmas datas, com o qual os dois clubes já estavam comprometidos.<ref name=":32">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Torneio%20de%20Caracas%22&pasta=ano%20195&pagfis=43476 |titulo=Estreia na Colombia o Botafogo contra o Millionarios no match desta tarde |data=13/7/1952 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7017 |pagina=8}}</ref> Em 1952, o Fluminense (organizador da Copa Rio de 1952) chegou a ser alvo de pilhérias em função das sucessivas recusas de clubes convidados ao certame (''Barcelona, Real Madrid, Juventus, Millonarios de Bogotá, Racing Avellaneda, Hibernian, Olympique de Nice, Dinamo Zagreb'')<ref name=":26" /><ref name=":8" /><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Dinamo%20de%20Zagreb%22&pasta=ano%20195&pagfis=43354 |titulo=Agora, o Dinamo |data=1/7/1952 |edicao=7006 |jornal=Jornal dos Sports |pagina=6}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1952/04/19/pagina-3/632908/pdf.html |titulo=El Barcelona y Real Madrid, invitados a Copa de Rio de Janeiro |data=19/4/1952 |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> "convida agora o Arranca Toco", diziam os gozadores.<ref name=":8" /> O Jornal dos Sports chegou a publicar em 1952 que a antecipação da segunda edição da Copa Rio (de 1953 para 1952) ocorreu à revelia de Ottorino Barassi e que, em 1952, ele não se esforçou (no recrutamento de clubes europeus) pelo sucesso da competição tanto quanto ele se esforçara em 1951, adicionando o jornal que a Copa do Mundo (de seleções) era, ao fim das contas, "a única paixão da FIFA".<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=Barassi&pagfis=43365 |titulo=A Copa Jules Rimet, a única paixão da FIFA |data=2/7/1952 |ultimo=Silva |primeiro=Geraldo Romualdo da |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7007 |pagina=5}}</ref> Assim como já ocorrera em 1951, o jornal O Estado de São Paulo em 1952 pressagiou o insucesso da competição mediante a recusa dos principais convidados a participar: em 25 de junho de 1952 o jornal declarou que, sem representantes de Argentina, Espanha, Itália e Inglaterra, a competição teria provavelmente malogro financeiro.<ref>{{citar web |url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19520625-23655-nac-0001-999-1-not |título=Acervo Estadão 4 |data=25 de junho de /6/1952 |website=O Estado de S. Paulo |formato=requer pagamento}}</ref> Já o [[Club Atlético Peñarol|Peñarol]] chegou credenciado como o time base da [[Seleção Uruguaia de Futebol|Seleção Uruguaia]] campeã do mundo em [[Copa do Mundo de Futebol de 1950|1950]], quando foi representado por nove jogadores, sendo a grande atração estrangeira da competição.<ref>{{citar web |url=http://www.fluminense.com.br/site/futebol/2012/08/02/as-razoes-para-o-torcedor-tricolor-encher-o-peito-e-dizer-sou-campeao-mundial/ |titulo=As razões para o torcedor encher o peito e dizer: sou campeão mundial |data=2 de agosto de /8/2012 |acessodata=12 de novembro de /11/2015 |publicado=fluminense.com.br |autor=BOUTHAUSER, João |língua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.worldfootball.net/teams/uruguay-team/wm-1950-in-brasilien/2/ |titulo=Elenco da Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 1950 |acessodata=1/10/2016 |website=worldfootball.net |lingua=en}}</ref>
 
Se por um lado alguns jornais da época opinam que o torneio de 1952 não teria tido o mesmo impacto e atratividade que o de 1951, por outro lado o torneio de 1952 teve atrações não observadas no torneio de 1951. Ao vir participar da [[Copa Rio de 1952]], o FC Saarbrucken se tornou o primeiro clube alemão a visitar a América do Sul.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22clube%20alem%C3%A3o%22&pasta=ano%20195&pagfis=43375 |titulo=Nada perderemos... |data=3/7/1952 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7008 |pagina=5}}</ref> À época, o Saarbrucken era campeão da Liga Sudoeste da Alemanha,<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesd/duit-ol-suedwest4563.html |título=Germany - Oberliga Südwest 1945-63 |publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> perdendo a final do então regionalizado Campeonato Alemão para o Sttutgart,<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesd/duithist4763.html#52 |título=Germany - Championships 1947-1963 |publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> campeão da Liga Sul da Alemanha.<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesd/duit-ol-sued4563.html |título=Germany - Oberliga Süd 1945-63 |publicado=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> Durante a organização da Copa Rio de 1951, a [[CBD]] chegou a cogitar convidar um clube alemão, mas mediante as dificuldades para que um clube alemão saísse do seu país, a [[CBD]] não fez o convite em 1951;<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22clube%20alem%C3%A3o%22&pasta=ano%201951\edicao%2006681a&pagfis=39634 |titulo=Não poderá vir clube alemão |data=8/6/1951 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6681A |pagina=6}}</ref> porém, foi feito o convite a clubes alemães em 1952, e diferentemente do Sttutgart e de outros clubes alemães, o FC Saarbrucken não precisava de autorização federal para ir ao exterior, pois era um clube do [[Protectorado de Sarre]], região alemã então administrada pela França e mais tarde reanexada à Alemanha.{{Carece de fontes}}
 
A Copa Rio de 1952 também foi apontada como tendo introduzido uma evolução tática, o sistema de jogo 4-3-3,<ref>{{citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk11049801.htm |título=Zezé Moreira morre no Rio aos 90 |data=11 de abril de /4/1998 |acessodata=23 de outubro de /10/2019 |publicado=Jornal Folha de S. Paulo}}</ref> e entre os três jornais reproduzidos atualmente que a trataram como Mundial, o jornal ''[[Última Hora]]'' a tratou assim,<ref name=":28">{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=mundial+de+clubes&pagfis=8913 |titulo=Empunha o Fluminense um troféu mundial |data=4/8/1952 |ultimo=Renato |primeiro=Carlos |jornal=Última Hora |edicao=351 |pagina=2}}</ref> o jornal ''[[Diário de Minas]] de [[Belo Horizonte]]'' (que estampou como manchete principal ''"Fluminense campeão do mundo"'')<ref name=":7" /> e o ''[[Jornal dos Sports]]''.<ref name=":29" /> O Jornal dos Sports fazia citações do tipo ''"..o mais importante torneio de clubes campeões que se tem realizado no mundo"''<ref name=":8" /> ou ''"Rio capital mundial do football"'',<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pesq=%22Rio%20capital%20mundial%20do%20football%22&pasta=ano%201952\edicao%2007032&pagfis=43659 |titulo=A importância do nome numa copa |data=31/7/1952 |ultimo=Filho |primeiro=Mario |pagina=5 |edicao=7032 |jornal=Jornal dos Sports}}</ref> rebateu a opinião de alguns que a segunda Copa Rio teria tido nível técnico menor do que a primeira (''em virtude das sucessivas recusas de alguns clubes convidados, como Millonários, Racing, Juventus, Barcelona, chegou-se a fazer pilhéria da organização da competição),''<ref name=":8" /> ''além de afirmar que a vitória do Fluminense marcou uma curva decisiva na evolução tática do futebol brasileiro.''<ref name=":8" />
 
== Copa Rivadavia ==
[[Ficheiro:Famous_Five_mural.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|293x293px|No estádio do Hibernian, uma ilustração d' "Os cinco famosos" (The Famous Five), quinteto ofensivo do Hibernian, composto de Gordon Smith, Bobby Johnstone, Lawrie Reilly, Eddie Turnbull e Willie Ormond, que foram o grande atrativo do clube perante o público brasileiro em 1953.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Hibernian&pagfis=7201 |titulo=Hibernian nata do futebol escocês |data=5/6/1953 |pagina=11 |edicao=457 |jornal=Mundo Esportivo}}</ref>]]
Em junho de 1952,{{Quando}} o jornal O Estado de S. Paulo criticou a Copa Rio daquele ano, comentando que a competição não havia tido sua situação resolvida faltando menos de quinze dias para o seu início, e que, com tantas recusas de convidados europeus, afigurava-se um torneio desinteressante, e sugeriu organizar uma competição com mais clubes brasileiros (quatro) e menos estrangeiros, sugerindo que isso seria melhor do que insistir numa Copa Rio com clubes europeus desinteressantes. Segundo o jornal, o uruguaio Peñarol era, entre os 6 clubes estrangeiros na Copa Rio de 1952, o único de grande projeção internacional, aduzindo portanto que nenhum dos concorrentes europeus ao certame possuía grande projeção internacional, ainda que se pudesse dizer que o Austria Viena "já tinha praticado bom futebol", porém ainda assim sem grande projeção internacional. Em outubro de 1952, a [[CBD]], por vontade dos próprios clubes brasileiros, alterou as regras que eram utilizadas na Copa Rio, aumentando o número de participantes brasileiros de 2 para 4, e substituindo o torneio por outro, que a partir de 1953 seria chamado de [[Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer|Copa Rivadavia Corrêa Meyer]].{{Carece de fontes}}
 
Porém, a competição acabou contando com 5 clubes brasileiros e 3 estrangeiros. O campeão uruguaio [[Club Nacional de Football]] foi convidado ao torneio, aceitou participar, mas foi proibido disso pela Associação Uruguaia de Futebol, forçada a tal decisão pelos clubes "pequenos" do Uruguai.<ref name=":30">{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530610&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=A Associação Uruguaya de Football negou licença ao Nacional F. C. para vir ao Brasil - Fluminense F. C o club indicado pela Federação Metropolitana para a vaga na série Rio |data=10/6/1953 |jornal=Jornal do Brasil |pagina=11}}</ref><ref name=":31">{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530612&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Ainda a ausência do Nacional |data=12/6/1953 |pagina=11 |jornal=Jornal do Brasil}}</ref> Flamengo e Fluminense solicitaram a vaga do [[Club Nacional de Football]], pois não havia tempo hábil para preencher a vaga com outro clube estrangeiro. Em reunião da [[CBD]] e da Federação Metropolitana de Futebol (então Federação de Futebol do Rio de Janeiro, então Distrito Federal),<ref>{{citar web |url=http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/rjpres.htm |título=As Entidades e seus presidentes no Rio de Janeiro |website=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation |urlmorta=yes |wayb=20090124063817}}</ref> decidiu-se dar a vaga do campeão uruguaio ao Fluminense, seguindo o critério oficial de classificação de clubes brasileiros ao Torneio, a colocação no Torneio Rio-São Paulo de 1953.<ref name=":30" /><ref name=":31" />
 
A competição de 1953 sucessora da Copa Rio Internacional, a Copa Rivadavia Corrêa Meyer, também da CBD, também chegou a receber algum tratamento como Campeonato Mundial de Clubes, ao menos para o participante escocês Hibernian,<ref>{{citar web |url=http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/honours-records/first-stats |título=Firsts |website=Hibernian Historical Trust}}</ref> alegando que ela era rotulada dessa forma pela CBD,<ref name="hibshistoricaltrust.org.uk">{{citar web |url=http://www.hibshistoricaltrust.org.uk/component/content/article/11-exhibitions/45-gordon-smith-medal-collection |título=Brazil Tour Images 1953 |acessodata=2013-02-04 |publicado=Hibernian Historical Trust |urlmorta=yes |wayb=20150924030033}}</ref> sendo que, por razões até agora desconhecidas, este clube tinha anteriormente recusado o convite para participar da Copa Rio em [[Copa Rio de 1951|1951]] e [[Copa Rio de 1952|1952]], ocasiões em que foi substituído pelo Austria Viena.<ref name=":26" /> Segundo os jornais da época, a despeito da diferença entre a Copa Rio e a Copa Rivadavia no que diz respeito ao nome das competições e ao número de equipes brasileiras participantes, a Copa Rivadavia de 1953 foi tratada na Europa como uma edição da Copa Rio,<ref>{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=GGgVawPscysC&dat=19530622&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Rio de Janeiro Football |data=22/6/1953 |jornal=The Glasgow Herald |pagina=4}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/sevilla/abc.sevilla/1953/06/04/019.html |titulo=El Torneo de Rio |data=4/6/1953 |jornal=ABC Sevilla |pagina=19}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1953/04/29/pagina-3/1362233/pdf.html |titulo=Jira del "América" de Santos, por Europa |data=29/4/1953 |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> tendo o torneio de 1953 recebido tratamento como Copa Rio também por alguns jornais brasileiros da época.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano%20195&pesq=Flamengo%20Rivadavia&pagfis=7226 |titulo=Em Revista a II Copa Rio |data=12/6/1953 |jornal=Mundo Esportivo |edicao=459 |pagina=5}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&Pesq=%22Albert%20Laurence%22%20%22Copa%20Rio%22&pagfis=13301 |titulo=Aí vem os legendários escoceses |data=14/4/1953 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |edicao=563 |jornal=Última Hora |pagina=10}}</ref><ref>{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530507&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=O Reims afirma que virá |data=7/5/1953 |jornal=Jornal do Brasil |pagina=19}}</ref>
 
A Copa Rivadavia de 1953 contou com o Hibernian, então bicampeão escocês 1950-1951/1951-1952, um clube que foi um dos principais convidados aos torneios de 1951 e 1952,<ref name=":26" /> chegando a ser tratado em 1952 como o melhor time do futebol de clubes britânico<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_01&pasta=ano%20195&pagfis=42815 |titulo=Quase certa a vinda do glorioso Hibernian, bi-campeão da Escócia, e melhor quadro britânico do momento, na segunda Copa Rio (torneio do Fluminense) |data=7/5/1952 |ultimo=Meisl |primeiro=Willy |jornal=Jornal dos Sports |edicao=6959 |pagina=5}}</ref> numa época em que o futebol escocês era tão prestigiado quanto o inglês,<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=119598&pasta=ano+195&pesq=Hibernian&pagfis=3836 |titulo=O Milan virá ao Rio |data=30/3/1951 |ultimo=Sanders |primeiro=Pierre |jornal=Mundo Esportivo |edicao=240 |pagina=5}}</ref> tendo na época o mesmo número de títulos da Inglaterra no ''[[British Home Championship]]'', e tendo inclusive o nível técnico da [[Copa Rio de 1951]] sido criticado pela falta de um representante escocês.<ref name=":9" />
 
[[Ottorino Barassi]] tentou, sem êxito, trazer um representante italiano à competição de 1953, que poderia ser Juventus, Internazionale ou Milan.{{Carece de fontes}} Ottorino Barassi envidou esforços sobretudo para trazer o campeão italiano Milan ao Torneio Rivadavia, mas, como ocorrera nos anos anteriores, isso não foi possível em virtude da participação do Milan na [[Copa Latina]] do mesmo ano. Barassi chegou a receber na Itália o representante da [[CBD]], Manuel Furtado de Oliveira, que empreendeu um giro pela Europa para tratar da vinda de clubes daquele continente ao Torneio Rivadavia.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=221961_03&Pesq=Barassi&pagfis=26890 |titulo=Convite da CBD ao Partisans |data=10/4/1953 |edicao=5447 |jornal=Diário da Noite |pagina=18}}</ref>
 
== Fim das competições internacionais de clubes organizadas pela CBD ==
As competições internacionais de clubes organizadas pela CBD não foram realizadas em 1954, pois neste ano houve a Copa do Mundo da FIFA (de seleções), e a FIFA proibia a organização de competições em paralelo à sua Copa do Mundo. Em 1955, a CBD organizou pela última vez um torneio internacional com a participação de clubes europeus, o [[Torneio Internacional Charles Miller]], originalmente planejado como uma segunda edição do Torneio Octogonal Rivadavia, mas que acabou sendo disputado com outro nome e formato em função da CBD só ter conseguido trazer dois clubes estrangeiros (Benfica e Peñarol), tendo o torneio sido um fracasso de público e renda, e não tendo recebido nenhuma conotação de mundial de clubes. Em função das dificuldades de trazer clubes estrangeiros ao Brasil, sobretudo europeus, dificuldades que vinham aumentando de 1951 a 1955, a CBD desistiu de continuar organizando competições internacionais de clubes.{{Carece de fontes}} Antes da sua realização, o Torneio Internacional Charles Miller chegou a ser chamado de Copa Rio entre aspas,{{Carece de fontes}} resultado da antiga Copa Rivadavia, esta que tinha sido por sua vez uma "caricatura da Copa Rio" de acordo com o jornal Última Hora.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&Pesq=Copa+Rio&pagfis=22766 |titulo=É do calendário de 1956 que deveriam estar cuidando |data=2/2/1955 |pagina=12 |jornal=Última Hora |edicao=1100}}</ref> A edição de 18 de junho de 1955 do mesmo jornal afirma que o Torneio Internacional Charles Miller substituiu as antigas Copas Rivadavia e Copa Rio.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Copa+Rio&pagfis=24931 |titulo=Panorama dominical |data=18 de junho de /6/1955 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |jornal=Última Hora |pagina=13 |edicao=1224}}</ref>
[[Ficheiro:Taça_Latina_SL_Benfica_HLA.jpg|miniaturadaimagem|293x293px|Disputada entre 1949 e 1957, a Copa Latina (''troféu acima'') foi uma competição incluindo os campeões de Itália, Espanha, Portugal e França. Era organizada pelas federações nacionais de futebol de todos os quatro países participantes, que eram os mesmos em todas as edições da competição.<ref name=":23" /><ref name=":6" />]]
Em 1955, [[Ottorino Barassi]] deu sua explicação para o insucesso da CBD em trazer os principais clubes europeus às suas competições. Segundo ele, tal insucesso ocorria pelo fato dos torneios da CBD não terem critérios fixados e anunciados com antecedência, mas sim escolhidos pela CBD sem a devida antecedência, de forma unilateral, sem levar em consideração as Federações de Futebol dos outros países que teriam clubes envolvidos, além do fato das competições da CBD não terem o beneplácito e as garantias da FIFA. Segundo relatou o jornalista [[Janos Lengyel]] do ''Diário da Noite'', Ottorino Barassi lhe disse que: "''enquanto nós'' (ou seja, os brasileiros, a CBD) ''insistirmos em criar uma taça internacional marcando seu início para quando nos convier, estabelecermos suas condições técnicas e financeiras entre nós, e somente depois de tudo isso acertado, irmos à Europa à procura de clubes do Velho Mundo que se disponham a participar do torneio, teremos sempre grandes dificuldades. O caminho certo a seguir seria, caso se pretendesse continuar com os torneios internacionais no Brasil regularmente, designar previamente os países cujos campeões ou clubes de primeira linha seriam incluídos no torneio; estabelecer o período certo da competição, isto é, se a sua realização seria anualmente, de 2 em 2 anos, ou de 4 em 4 anos; reunindo em seguida os representantes desses países apontados, e estabelecer a data certa e todas as condições de disputa da taça. Assim, todas as federações interessadas saberiam, de antemão, que o campeão do ano, ou o clube que for designado, deveria seguir para o Brasil em época oportuna e não mais haveria necessidade de demarches desesperadas que sempre tem pouquíssima chance de sucesso. E o torneio teria o beneplácito e todas as garantias da FIFA, fator que asseguraria o seu desenrolar, administrativamente perfeito.''"<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=221961_03&Pesq=Barassi&pagfis=41581 |titulo=O caminho certo |data=23/6/1955 |ultimo=Lengyel |primeiro=Janos |jornal=Diário da Noite |pagina=13 |edicao=5817B}}</ref>
 
Além disso, em 1955 surgiria a competição internacional que passaria a ser a prioridade máxima dos clubes europeus, a [[Copa dos Campeões da Europa]], competição cujo sucesso levaria ao esvaziamento ou extinção de competições internacionais de clubes, não só as da CBD como também à extinção ou perda de importância da [[Copa Latina]],<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesl/latin.html |título=Latin Cup |website=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> da [[Mitropa Cup]]<ref name="RSSSF, sobre a Copa Mitropa" /> e da [[Pequena Taça do Mundo]].<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesp/peq-copamundo.html |título=Pequeña Copa del Mundo and Other International Club Tournaments in Caracas |website=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref>
 
Em julho de 1961, o então presidente da [[CBD]] [[João Havelange]] propôs o relançamento da Copa Rio Internacional.{{Carece de fontes|data=data=outubro de 2020}} Afirmando que a Copa Rio Internacional foi extinta em 1955 em função da dificuldade em trazer grandes equipes (por causa da crise cambial da moeda brasileira, justificativa dada pelo diretor de Assuntos Internacionais da CBD), o jornal Última Hora de 1961 divulgou que a Copa Rio Internacional seria disputada novamente em 1963, tendo a notícia sido dada por João Havelange.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+196&pesq=Ta%C3%A7a+Rio&pagfis=70209 |titulo=Taça Rio voltará em 1963 como prêmio ao torcedor |data=27/7/1961 |jornal=Última Hora |pagina=16 |edicao=3903}}</ref> Em 1964, a CBD, através de João Havelange, anunciou que a Copa Rio seria disputada em junho e julho de 1965 no âmbito das celebrações do 4º centenário do Rio de Janeiro, com os campeões de RJ, SP, Argentina, Uruguai, Espanha, Portugal, Itália e Hungria; o CR Flamengo estaria autorizado a organizar seu próprio [[Troféu Quarto Centenário da Cidade do Rio de Janeiro|torneio do 4º centenário do Rio de Janeiro]], contanto que fosse um quadrangular em janeiro e com clubes de outros países.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&Pesq=%22Torneio%20do%20IV%20Centen%c3%a1rio%22&pagfis=106170 |titulo=Torneio |data=5/1/1965 |pagina=3 |jornal=Última Hora |edicao=1457}}</ref> Porém, em vez da Copa Rio, em julho de 1965 ocorreu um [[Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro de 1965|quadrangular organizado pelo Fluminense FC em homenagem ao 4º centenário do Rio de Janeiro]].<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&Pesq=%22Torneio%20do%20IV%20Centen%c3%a1rio%22&pagfis=111156 |titulo=Balanço do torneio mostra retranca |data=12/7/1965 |jornal=Última Hora |pagina=38 |edicao=1584A}}</ref>
 
== Pequena Taça do Mundo ==
{{Artigo principal|Pequena Taça do Mundo}}
De 1952 a 1957,<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesc/caracas-clubtourn.html |título=Pequeña Copa del Mundo and Other International Club Tournaments in Caracas |website=The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation}}</ref> foi realizada em [[Caracas]], organizada por empresários, porém sob os auspícios da Federação Venezuelana de Futebol, uma competição internacional de clubes chamada "Troféu Marcos Pérez Jimenez", em homenagem ao presidente do país. Esta competição acabou ficando informalmente conhecida como "Pequena Copa do Mundo", ou de forma equivalente, "[[Pequena Taça do Mundo]]", ainda que a própria imprensa venezuelana da época nunca tenha usado estes termos para se referir à competição. A despeito do nome pelo qual ficou conhecido este torneio, não existe, pelo menos até o presente momento, nenhuma evidência apontando participação de dirigentes da FIFA à competição ou participação de dirigentes da FIFA na sua organização.{{Carece de fontes||data=data=agosto de 2020}} Os principais atrativos desta competição eram clubes de Espanha e Brasil, sendo que na Espanha a imprensa tratou a competição como "Pequena Copa do Mundo" ou "o torneio de Caracas, pomposamente chamado de Pequena Copa do Mundo pelo seu organizador",<ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1958/06/11/pagina-3/648161/pdf.html |titulo=El Real Madrid desiste de participar en el Torneo de Caracas |data=11/6/1958 |ultimo=Pina |primeiro=Nivardo |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> e no Brasil a imprensa tratou esta competição como Torneio de Caracas<ref>{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19530804&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=O Corinthians venceu brilhantemente o Torneio Quadrangular, sem derrota |data=4/8/1953 |jornal=Jornal do Brasil |pagina=12}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano%20195&pesq=%22Torneio%20de%20Caracas%22&pagfis=11719 |titulo=O Torneio de Caracas |data=31/12/1952 |jornal=Última Hora |edicao=478 |pagina=23}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_02&pesq=%22Torneio%20de%20Caracas%22&pasta=ano%201953%5Cedicao%2007332&pagfis=2093 |titulo=Nova grande afirmação do football brasileiro no Torneio de Caracas com as seis vitórias em seis jogos do Coríntians Paulista |data=4/8/1953 |ultimo=Laurence |primeiro=Albert |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7341 |pagina=5}}</ref> e como "Pequena Copa do Mundo".<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano%20195&pesq=%22Torneio%20de%20Caracas%22&pagfis=25618 |titulo="Se o São Paulo quiser será o Campeão de Caracas" |data=26/7/1955 |pagina=8 |jornal=Última Hora |edicao=1256}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_02&pesq=%22Torneio%20de%20Caracas%22&pasta=ano%201953%5Cedicao%2007332&pagfis=9808 |titulo=Hoje estreia o Benfica no Torneio de Caracas |data=17/7/1955 |ultimo=Soreta |primeiro=Francisco |pagina=10 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=7932}}</ref> Apesar de valorizada pelos clubes brasileiros, as evidências sugerem que não chegou a receber dos clubes brasileiros o mesmo grau de importância que estes deram a outras competições ditas "mundiais": o Corinthians, campeão da edição de 1953, só aceitou participar da competição após sua eliminação da Copa Rivadavia,{{Carece de fontes||data=data=outubro de 2020}} e só foi convidado porque o Vasco da Gama, convidado, não se interessou em participar<ref>{{Citar web |url=https://www.terra.com.br/esportes/corinthians/na-venezuela-corinthians-retorna-a-terra-de-1-titulo-mundial,c5e87df0e08da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html |titulo=Na Venezuela, Corinthians retorna à terra de "1º título mundial" |data=15/2/2012 |acessodata=29/3/2013 |website=Terra |autor=Diego Garcia}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1953/04/15/pagina-3/639848/pdf.html?search=Vasco |titulo=¿Jugara el Barcelona en Caracas? |data=15/4/1953 |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=3}}</ref> - contrariamente à atitude do Vasco da Gama em 1951, quando cancelou uma excursão à Europa para poder dar um mês de férias aos jogadores antes do início da Copa Rio Internacional.{{Carece de fontes||data=data=agosto de 2020}} Porém, em outros países, a competição pode ter sido mais valorizada que a Copa Rio Internacional: o [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]] (Espanha) e o [[Millonarios Fútbol Club|Millonarios]] (Colômbia) foram convidados à [[Copa Rio de 1952]], mas não aceitaram participar porque já estavam comprometidos a participar da [[Pequena Taça do Mundo]] de 1952, que ocorreu nas mesmas datas.<ref name=":32" /> Em texto em seu site, o Real Madrid considera a Pequena Taça do Mundo e a Copa Intercontinental como títulos intercontinentais, somando-as e dizendo-se o clube com mais títulos intercontinentais, afirmando que "''a Pequena Taça do Mundo mudou de nome a partir de 1957 e passou a se chamar Copa Intercontinental''".<ref>{{citar web |url=https://www.realmadrid.com/noticias/2014/12/el-real-madrid-es-el-club-con-mas-titulos-intercontinentales-del-mundo |título=El Real Madrid es el club con más títulos intercontinentales del mundo - Real Madrid CF |website=Real Madrid C.F. - Web Oficial}}</ref>
 
== Copa Intercontinental ==
[[Ficheiro:Peñarolmundo66.JPG|direita|miniaturadaimagem|348x348px|Peñarol, campeão da [[Copa Intercontinental de 1966|Copa Intercontinental em 1966]]. Entre todos os "mundiais de clubes" anteriores à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a Copa Intercontinental foi o mais longevo, com 25 clubes campeões ao longo de 43 edições em 45 anos.]]
A primeira menção a um encontro intercontinental entre uma equipe representativa da Europa e outra da América ocorreu em março de 1957, porém dizia respeito a seleções, não clubes: seria uma partida entre uma seleção europeia e outra americana (esta, composta de jogadores de seleções sul-americanas), que seria realizada no [[Estádio Santiago Bernabeu]] em 1958, organizada pela [[UEFA]] antes da [[Copa do Mundo de 1958]].<ref>{{citar periódico |url=https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-madrid-19570301-33.html |titulo=El Manchester sera el adversario del Madrid, si este elimina al Niza |data=1/3/1957 |jornal=ABC Madrid |pagina=33}}</ref> Porém, não ocorreu.
 
Em setembro de 1958,{{Quando}} o então presidente da CONMEBOL, o brasileiro José Ramos de Freitas, fez uma viagem à Argentina para, dentre outros assuntos, tratar da criação  de um campeonato sul-americano de clubes campeões,{{Carece de fontes||data=data=agosto de 2020}} e em 8 de outubro de 1958, foi anunciada em Paris pelo presidente da CBD [[João Havelange]] a decisão de realizar a "Copa dos Campeões da América" (mais tarde chamada de [[Copa Libertadores]]) e a [[Copa Intercontinental]], esta última uma confrontação anual entre os clubes campeões de Europa e América, em jogos de ida-e-volta (um jogo em cada um dos países dos clubes envolvidos, e um jogo-desempate, se necessário), tendo as duas competições (Libertadores e Intercontinental) sido propostas em parte com o objetivo de permitir testar a invencibilidade do mesmo Real Madrid, campeão da Europa, contra o melhor clube da América do Sul, a ser definido na Copa Libertadores.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_02&pesq=%22Jo%C3%A3o%20Havelange%22&pasta=ano%201958%5Cedicao%2008918&pagfis=23629 |titulo=Taça do Mundo dos Clubes pensamento de João Havelange |data=5/10/1958 |pagina=8 |jornal=Jornal dos Sports |edicao=8928}}</ref><ref name=":13" /> A proposta de João Havelange de 1958 vislumbrava a possibilidade de incluir clubes campeões não só da América do Sul mas também de México, Estados Unidos e Canadá, porém acabou incluindo apenas os da América do Sul (filiados à CONMEBOL). A matéria do jornal El Mundo Deportivo, de 9 de outubro de 1958, traz declarações do então presidente do Real Madrid, [[Santiago Bernabeu]], de que o clube postulava continuar vencendo a Copa dos Campeões da Europa e poder jogar a final intercontinental contra o campeão sul-americano.<ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1958/10/09/pagina-4/637161/pdf.html |titulo=La Copa de America, es un hecho, asi como la de una final intercontinental |data=9/10/1958 |jornal=El Mundo Deportivo |pagina=4}}</ref> Algumas fontes afirmam que foi o dirigente francês Henri Delaunay o idealizador da [[Copa Intercontinental]]. Porém, isso é incerto, pois Delaunay faleceu em 1955, quando sequer a primeira edição da Copa dos Campeões da Europa havia sido concluída,{{Carece de fontes|data=data=agosto de 2020}} e a mais antiga menção à criação da Copa Intercontinental já encontrada é o anúncio feito por João Havelange em Paris em 8 de outubro de 1958.<ref>{{citar periódico |url=https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-madrid-19581009-58.html |titulo=Hacia la gran final Europa-America |data=9/10/1958 |jornal=ABC Madrid |pagina=58}}</ref> Em 2 de agosto de 1959, o Congresso da CONMEBOL ratificou a criação da [[Copa Libertadores]], então ainda chamada de "Copa dos Campeões da América".<ref>{{citar web |url=http://www.conmebol.com/es/content/copa-libertadores-0 |título=História da Copa Libertadores |publicado=Conmebol |urlmorta=yes |wayb=20130310064204}}</ref> Em 1960, as propostas foram concretizadas: foram criadas as Copas Libertadores e Intercontinental, esta última endossada por [[UEFA]]<ref>{{citar web |url=http://www.uefa.com/uefa/aboutuefa/organisation/history/chapter=2/index.html |título=1962-1978: Years of development |data=1/7/2005 |acessodata=29/3/2015 |publicado=UEFA |lingua=en |urlmorta=yes |wayb=20100301071857}}</ref> e CONMEBOL, sendo a primeira competição bicontinental de clubes a ser estabelecida por estas duas entidades, na forma de uma confrontação anual entre o campeão europeu (campeão da [[Copa dos Campeões da Europa]], da [[UEFA]]) e o campeão sul-americano (campeão da [[Copa Libertadores da América]], da CONMEBOL), em sua primeira edição (1960) vencida pelo Real Madrid, que se tornara pentacampeão europeu ao vencer a edição de 1959/1960 da Copa dos Campeões da Europa.
 
Segundo o jornal [[Tribuna da Imprensa]], a ideia para a criação da Copa Intercontinental veio de João Havelange e Jacques Goddet, este do jornal [[L'Equipe]],<ref>{{citar web |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=154083_01&pasta=ano+195&pesq=cetro+mundial&pagfis=43026 |titulo=Se o Brasil vencer, a final será no Rio |data=23/10/1958 |website=Tribuna da Imprensa |pagina=8 |edicao=2675}}</ref> o mesmo jornal que, através de Jacques Ferran e Gabriel Hanot, dera a ideia para a criação da [[Copa dos Campeões da Europa]], e que em 1973 e 1975, através do mesmo Goddet, daria a ideia para a criação de uma Copa do Mundo de Clubes com todos os campeões continentais existentes.
 
Ao ser anunciada a sua criação, a [[Copa Intercontinental]] foi imediatamente tratada como um Mundial de Clubes, sobretudo no Brasil.<ref name=":33">{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19581009&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Criada a Copa do Mundo dos Clubes |data=9/10/1958 |jornal=Jornal do Brasil |pagina=22}}</ref> Ao longo de sua existência, a Copa Intercontinental foi chamada de Mundial de Clubes não apenas no Brasil,<ref name=":33" /> ou no resto da América do Sul, mas também na Europa: cobrindo a vitória do Flamengo sobre o Liverpool na edição de 1981, o jornal escocês Glasgow Herald se referiu à competição como "''the world club championship match''" (jogo do campeonato mundial de clubes).<ref>{{citar web |url=https://news.google.com/newspapers?nid=GGgVawPscysC&dat=19811214&printsec=frontpage&hl=pt-BR |título=Liverpool outplayed by ball-juggling Brazilians |data=14/12/1981 |website=The Glasgow Herald |pagina=16}}</ref>
 
Ademais, a Copa Intercontinental apresentou uma inovação: nas competições internacionais de clubes anteriores (''Copas [[Copa Latina|Latina]], [[Campeonato Sul-Americano de Campeões|Sul-Americana]], Rio, [[Copa dos Campeões da Europa|Européia]]''), os clubes (''em geral, clubes campeões'') participavam como representantes de seus respectivos países; a Copa Intercontinental foi a primeira competição em que os clubes participavam como representantes não de seus países, mas sim de seus continentes.{{Carece de fontes||data=data=agosto de 2020}}
 
Os jornais da época que trataram da criação da Copa Intercontinental não fizeram menção à Copa Rio Internacional, da CBD. Contudo, em 1955 [[Ottorino Barassi]] fez críticas à organização das competições internacionais da CBD, por estas não terem critérios estabelecidos e informados com antecedência aos países que teriam participantes, o que levava a "demarches desesperadas" para trazer clubes europeus ao Brasil, muitas vezes clubes que não estavam entre os principais da Europa, gerando críticas ao nível técnico da Copa Rio Internacional. A Copa Intercontinental introduziu critérios fixos, previamente estabelecidos e informados a todos os possíveis participantes (a saber, uma disputa entre o campeão da [[Copa dos Campeões da Europa]] e o campeão da [[Copa Libertadores]]). Porém, a partir de fins dos anos 1960 e início dos anos 1970, a Copa Intercontinental passaria também a ter questionado o nível técnico dos seus participantes.{{Carece de fontes||data=data=agosto de 2020}}
 
=== Disputas intercontinentais entre a criação da Copa dos Campeões da Europa e a Copa Intercontinental ===
[[Ficheiro:DiStefanoPuskas.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|305x305px|O argentino [[Alfredo Di Stéfano|Di Stéfano]] e o húngaro [[Ferenc Puskás|Puskas]] eram amigos e companheiros de time no clube espanhol [[Real Madrid]], fazendo parte da geração que conquistaria as cinco primeiras edições da [[Copa dos Campeões da Europa]], o que anos mais tarde levaria o clube a ser eleito "O Maior Clube do Século" em pesquisa da FIFA.<ref>{{citar web |url=http://www.fifa.com/events/playergala00/documents/Club.pdf |título=The FIFA Club of the Century |publicado=FIFA |urlmorta=yes |wayb=20070423161359}}</ref>]]
Algumas fontes atribuem ao [[Real Madrid]], em particular a seu presidente [[Santiago Bernabeu]], o impulso para o estabelecimento da Copa Intercontinental, pois o clube desejaria testar sua hegemonia além da Europa, onde vinha sagrando-se [[Copa dos Campeões da Europa|campeão continental]].<ref name=":13">{{Citar web |url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/goodbye-toyota-cup-hello-fifa-club-world-championship-95645 |titulo=Goodbye Toyota Cup, hello FIFA Club World Championship |data=10/12/2004 |acessodata=8/3/2015 |website=FIFA |lingua=en-GB}}</ref> Um vídeo traz uma narração, em língua francesa, de momentos da partida final da [[Torneio Internacional de Paris de 1957|edição de 1957]] do Torneio de Paris, entre Vasco da Gama/Brasil e Real Madrid/Espanha (partida realizada cerca de 1 ano e 4 meses antes do anúncio de criação da Copa Intercontinental em outubro de 1958), em que se afirma que a partida foi o jogo entre "''a melhor equipe da América do Sul e o campeão da Europa''",<ref>{{citar web |url=http://www.casaca.com.br/home/2012/06/14/ha-55-anos-o-vasco-conquistava-o-i-torneio-de-paris/ |título=Há 55 anos o Vasco conquistava o I Torneio de Paris |data=14/6/2012 |acessodata=2015-03-07 |website=Casaca |urlmorta=yes |wayb=20130801030317}}</ref> o que a tornaria a primeira partida entendida como o "melhor time da Europa X melhor time da América do Sul", antes da criação da Copa Intercontinental. Porém, o vídeo é de origem não-identificada e não são conhecidas outras fontes da própria época dando tal ''status'' (''"melhor time da Europa X melhor time da América do Sul"'') àquela final do Torneio de Paris. O referido torneio foi o único torneio intercontinental (''no sentido de incluir clubes de mais de um continente'') disputado pelo Real Madrid (campeão europeu de 1955/1956 a 1959/1960) desde a criação da [[Copa dos Campeões da Europa]] (temporada 1955/1956) até a 1ª edição da Copa Intercontinental em 1960 (logo após a temporada europeia 1959/1960),{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} não tendo o Real Madrid disputado a segunda edição do mesmo (Torneio de Paris de 1958) porque se preparava para a final [[Copa dos Campeões da Europa|europeia]] daquele ano, que seria cinco dias depois (o Real Madrid disputou a [[Pequena Taça do Mundo de 1956]], mas foi convidado à mesma antes de tornar-se campeão europeu pela primeira vez, temporada 1955/1956). A derrota do Real Madrid na final da [[Torneio Internacional de Paris de 1957|edição de 1957]] do Torneio de Paris foi a primeira derrota do clube após se tornar campeão europeu, e levou na época a afirmações do tipo "provou-se que o Real Madrid não era invencível"<ref>{{citar periódico |url=https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-madrid-19570618-53.html |titulo=Ayer llego a Madrid el equipo portugues Bemfica, que participara en la Copa Latina |data=18/6/1957 |jornal=ABC Madrid |pagina=53}}</ref> e "o futuro do futebol não será a Europa mas sim a América do Sul".{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Apesar do torneio ter sido organizado como amistoso, ao menos um veículo da imprensa brasileira da época, o [[Jornal dos Sports]], em coluna de Mário Júlio Rodrigues, chegou a citar uma vez o Torneio de Paris de 1957 como a conquista de um título mundial de clubes ao Vasco da Gama.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Entre a proposta de criação das Copas Libertadores e Intercontinental (8 de outubro de 1958) e a primeira edição das mesmas (3 de julho de 1960), não foi esquecida a ideia de testar o campeão europeu contra um representante sul-americano: em março de 1959, o vice-presidente da CBD propôs ao secretário-geral da UEFA, Pierre Delaunay (filho do secretário-geral anterior, Henri Delaunay) que o campeão europeu daquele ano, fosse qual fosse, enfrentasse o campeão carioca de 1958, o Vasco da Gama; dois meses depois, em maio de 1959, a CBD propôs à UEFA que o campeão europeu daquele ano (a ser definido em final entre Real Madrid espanhol e Reims francês) enfrentasse o Santos (que no início de maio de 1959 se tornou campeão do Torneio Rio São Paulo, então a principal competição de clubes do Brasil) pelo "título mundial de clubes", em jogos na Europa e no Brasil. A partida entre Real Madrid e Santos ocorreu em 17 de junho de 1959, com vitória do Real Madrid por 5-3.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} A partida ocorreu como amistoso de homenagem a [[Miguel Muñoz]],<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=386030&pasta=ano+195&pesq=Santos+e+Real+Madrid&pagfis=55194 |titulo=Esperando o Santos em Madrid |data=15/6/1959 |jornal=Última Hora |edicao=2747 |pagina=9}}</ref> sem qualquer endosso oficial de [[UEFA]], CONMEBOL ou [[CBD]], mas pelo menos um jornal brasileiro, o Última Hora, publicou que a mesma poderia em outras circunstâncias constituir-se "em uma final de mundial de clubes".
 
=== Reações ===
 
==== FIFA ====
Na década de 1960, a FIFA se negou a autorizar a Copa Intercontinental<ref name=":34">{{citar periódico |url=https://pt.uefa.com/MultimediaFiles/Download/EuroExperience/uefaorg/Publications/01/59/87/45/1598745_DOWNLOAD.pdf |titulo=FC Internazionale Milano on top of the world |numero=105 |pagina=15 |jornal=Revista UEFA Direct |ano=2011 |acessodata=4/2/2013}}</ref> e a classificou como competição amistosa.{{Carece de fontes||data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1960, cobrindo o título do [[Real Madrid]] na 1ª edição da Copa Intercontinental, o jornal espanhol El Mundo Deportivo chamou o clube de "O Primeiro Campeão Mundial" de clubes, porém observou que a competição não incluía "''africanos, asiáticos e outros federados da FIFA''".<ref name=":10" /> Isso, pois a Copa Intercontinental era reservada a equipes de Europa e América do Sul, enquanto desde 1930 a FIFA organizava a Copa do Mundo, cuja forma de acesso e participação (convites da FIFA a ''todos'' os seus países filiados em 1930 e torneios de [[Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA|Eliminatórias]] desde 1934) era aberta a todos os países que fossem filiados da FIFA e que quisessem se inscrever, independente do seu continente de origem. Algumas vezes desde 1930, países-filiados da FIFA de alguns continentes não se candidatavam a participar da Copa do Mundo, ou se candidatavam mas não conseguiam passar com sucesso pelas [[Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA|Eliminatórias]], mas a tentativa de participar da Copa do Mundo da FIFA não era impossibilitada pela localização continental do país-filiado, com países europeus, americanos (sul e norte-centro-americanos), asiáticos e africanos disputando as [[Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA|Eliminatórias]] da Copa desde 1934; sobre a Oceania, a Austrália se filiaria à FIFA apenas em 1963 e estrearia nas Eliminatórias da Copa seguinte, 1966.<ref>{{citar web |url=https://www.fifa.com/associations/association/aus/about |título=Member Association - Australia |website=FIFA.com}}</ref><ref name=":16" /> Já no caso da Copa Intercontinental, a tentativa de participar seria impossível a clubes de fora de Europa e América do Sul, ou seja, impossível a clubes que não fossem filiados à UEFA ou CONMEBOL. Se por um lado o jornal espanhol ressaltou que a Copa Intercontinental era um "mundial" que "''não incluía africanos, asiáticos e outros'' ''federados da FIFA''", por outro lado o jornal expressou dúvida se nestas regiões havia futebol "à digna altura dos dois grupos de nações que marcam a pauta no Velho Mundo (Europa) e no Novo Mundo (América)."<ref name=":10" />
 
Neste mesmo ano (1960), quando o Real Madrid venceu a Copa Intercontinental e se declarou campeão mundial, a FIFA vetou que se usasse a denominação "mundial" ao certame, e determinou que se chamasse a competição de "intercontinental".<ref>{{citar periódico |url=https://www.abc.es/archivo/periodicos/abc-sevilla-19631117-78.html |titulo=El Santos renueva su titulo de Campeon Intercontinental |data=17/11/1963 |pagina=78 |jornal=ABC Sevilla}}</ref><ref name=":35">{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1979/08/06/pagina-16/1047700/pdf.html |titulo=La Copa Intercontinental anda renqueante |data=6/8/1979 |ultimo=Valencia |primeiro=Antonio |pagina=16 |jornal=El Mundo Deportivo}}</ref> Segundo a FIFA, ela vetou que se chamasse a Copa Intercontinental de "Mundial" porque, segundo ela, "apenas através da FIFA se discerne a dimensão mundial do futebol" e porque, segundo a FIFA, não podia ser um "mundial" uma competição em que algumas partes do mundo não tinham nenhuma chance de tentar participar.<ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1979/11/22/pagina-2/1055660/pdf.html |titulo=La Copa Intercontinental, un perro sin amo |data=22/11/1979 |ultimo=Valencia |primeiro=Antonio |pagina=2 |jornal=El Mundo Deportivo}}</ref> Neste mesmo ano, a criação da Copa Intercontinental despertou uma rivalidade de jurisdições entre a FIFA e UEFA, indispondo alguns membros da FIFA,<ref name=":36">{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1960/10/26/pagina-1/649449/pdf.html?search=intercontinental |titulo=El Real Madrid-seleccion europea? |data=26/10/1960 |ultimo=Varela |primeiro=A.Merce |paginas=1-2 |jornal=El Mundo Deportivo}}</ref> e neste ano houve rumores (a partir do representante espanhol na UEFA, Agustín Pujol) de que a FIFA se opunha à realização da Copa Intercontinental e a uma homenagem que a UEFA pretendia fazer ao Real Madrid por ter sido ele o 1º campeão da Copa Intercontinental.<ref name=":36" /><ref>{{citar periódico |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1960/10/24/pagina-7/649443/pdf.html?search=+intercontinental+f.i.f.a |titulo=Entrevista com D. Augustín Pujol |data=24/10/1960 |ultimo=Jimeno |primeiro=E. L. |pagina=7 |jornal=El Mundo Deportivo}}</ref>
 
Em junho de 1961, a FIFA proibiu a Copa Intercontinental de ser jogada, a não ser que os participantes dessem caráter privado e amistoso à competição.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Três dias depois disso, a UEFA chegou a desistir da realização da Copa Intercontinental, informando à Conmebol que ela não tinha mais interesse na disputa.<ref>{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19610606&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=Palmeiras regressou com dois problemas: Julinho e Geraldo II |data=6/6/1961 |ultimo=Mauro |primeiro=Pinheiro |jornal=Jornal do Brasil |pagina=10}}</ref> Porém, a disputa acabou prosseguindo. Segundo a Revista Oficial da UEFA, a Copa Intercontinental foi disputada como título "não-oficial" após a negativa da FIFA em autorizá-la.<ref name=":34" />
 
Em 1962, a FIFA tentou pela primeira vez regulamentar a Copa Intercontinental sob seus auspícios e expandi-la para incluir os campeões de Europa, Ásia, África, América do Sul e América Norte-Central, mas a ideia não prosperou naquele momento, por oposição de UEFA e CONMEBOL.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1976, foi a vez de [[João Saldanha]] comentar a possibilidade da FIFA endossar a Copa Intercontinental como Mundial de Clubes, adicionando que até aquele momento a posição da FIFA era considerá-la um título amistoso.<ref>{{citar periódico |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761122&printsec=frontpage&hl=pt-BR |titulo=A FIFA não gosta |data=22/11/1976 |ultimo=Saldanha |primeiro=João |jornal=Jornal do Brasil |pagina=17}}</ref> Apesar dessa posição da FIFA, o certame sempre foi considerado uma disputa de caráter oficial tendo a chancela das confederações sul-americana e europeia.<ref name="pla.net.py" />
 
==== CONCACAF ====
Em 1961, foi fundada a Confederação Norte-Centro-Americana e Caribenha de Futebol, a CONCACAF, sendo que um dos objetivos dessa fundação era incluir os países dessa região na [[Copa Libertadores da América]] (à época chamada de Copa dos Campeões da América), o que seria, em teoria, uma expansão também da [[Copa Intercontinental]], dado que a Libertadores era um dos pilares da Intercontinental. Porém, não ocorreu a inclusão dos times da CONCACAF na Libertadores, e em 1962 a CONCACAF criou sua própria competição continental de clubes, a terceira competição continental de clubes a ser estabelecida. A iniciativa foi do México, e a competição continental de clubes da Concacaf surgiria em [[Copa do Mundo de 1962|1962]], ano em que a seleção do México teria sua primeira vitória em Copas do Mundo: a vitória de 3-1 sobre a Tchecoslováquia, que seria a vice-campeã daquela Copa.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1962, a Federação Mexicana de Futebol voltou a solicitar à [[CONMEBOL]] que fosse feita sua inclusão na Copa Intercontinental. Segundo o representante da Federação Mexicana, o pedido de inclusão feito pela mesma representava um desejo não só do México mas também de outros países norte-centro-americanos, caribenhos, asiáticos e africanos.<ref>{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19620822&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=Jornal do Brasil - México pede apoio do Brasil para tornar-se sede da Copa de 1970|data=22/8/1962|jornal=Jornal do Brasil|websitepagina=news.google.com12}}</ref>
 
Em agosto de 1967, foi publicado que havia ressurgido o movimento pela inclusão das equipes norte-centro-americanas na Copa Libertadores ou pela criação de um torneio norte-centro-americano de clubes, cujo campeão decidiria o título pan-americano contra o campeão da [[Copa Libertadores]], e o resultante campeão disputaria o título da [[Copa Intercontinental]] contra o campeão europeu.<ref>{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19670809&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=Jornal do Brasil - México e EUA podem jogar na Libertadores|data=9/8/1967|jornal=Jornal do Brasil|websitepagina=news.google.com21}}</ref> Em novembro de 1967, o então presidente da FIFA, [[Stanley Rous]], declarou que a CONCACAF havia solicitado participação na Copa Intercontinental, mas que a oposição à sua participação vinha de UEFA e CONMEBOL.<ref name="mundodeportivo.com4">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1967/11/03/pagina-6/936416/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa del $dateTool.format('EEEE d MMMM yyyy'FIFA, $document.date),no Páginacontrola $document.pagela -final HemerotecaIntercontinental|data=3/11/1967|jornal=El - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com6}}</ref> Em 8 de novembro de 1967, a CONMEBOL vetou a participação das equipes da CONCACAF na [[Copa Libertadores]], participação que em teoria poderia significar incluir a CONCACAF na Copa Intercontinental, dado que a Libertadores era um dos pilares da Intercontinental. Após 3 anos de interrupção (1964, 1965 e 1966), a [[Copa dos Campeões da CONCACAF]] foi relançada em 12 de novembro de 1967, logo após a CONMEBOL se recusar a aceitar os clubes da CONCACAF na Copa Libertadores.<ref>{{citar web|url=http://www.rsssf.com/tablesc/ca1.html|título=CONCACAF Cup|websitepublicado=wwwThe Rec.rsssfSport.comSoccer Statistics Foundation}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.concacaf.com/staticFiles/f9/3a/0,,12813~146169,00.pdf|título=SiteCONCACAF daChampions Concacaf.Cup: Acesso em 4 de fevereiro de 20131962-2008|acessodata=2013-02-04|waybpublicado=20110916075649Site da Concacaf|urlmorta=yes|wayb=20110916075649}}</ref> Apesar de não aceitar os clubes da CONCACAF na Libertadores, naquele momento a CONMEBOL prometeu estudar a realização de uma "Taça Pan-Americana", que acabou surgindo em 1968 com o nome de [[Copa Interamericana]], endossada por CONMEBOL e CONCACAF, sendo o primeiro campeonato intercontinental de clubes fora do eixo Europa/América do Sul.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
[[Ficheiro:Plantel_de_Estudiantes_de_La_Plata_festejando_la_obtención_de_la_Copa_Interamericana_-_19690221.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|375x375px|Time do [[Estudiantes de La Plata]] comemorando a conquista da [[Copa Interamericana]], competição que surgiu em 1968 pela recusa da [[Conmebol]] em 1967 a aceitar equipes da [[Concacaf]] na [[Copa Libertadores]].]]
Após a final da Copa Intercontinental de 1968, em setembro de 1968, o presidente da FIFA [[Stanley Rous]] criticou a violência da competição e disse que cominaria a UEFA e a CONMEBOL para que a Copa Intercontinental se tornasse "mais tranquila" ou desaparecesse. Também disse que, se fosse para a Copa Intercontinental seguir adiante, ele via com bons olhos que a CONCACAF (Confederação Norte-Centro-Americana e Caribenha de Futebol) fosse somada ao futebol sul-americano em uma competição que verdadeiramente indicasse o campeão do continente americano:<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1968/09/30/pagina-31/947129/pdf.html |títulotitulo=EdiciónStanley delRous $dateTool.format('EEEEcondena del MMMMjuego yyyy',violento|data=30/9/1968|jornal=El $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com31}}</ref> assim, em 1969, começou a ser disputada a Copa Interamericana, que já havia sido cogitada por CONMEBOL e CONCACAF desde novembro de 1967. O acordo entre CONMEBOL e CONCACAF para a celebração da Copa Interamericana foi feito em outubro de 1968, e estabelecia que o vencedor da Copa Interamericana teria o direito de representar o continente americano contra o campeão europeu na [[Copa Intercontinental]].{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em outubro de 1968, quando foi criada a Copa Interamericana, estabeleceu-se que o vencedor da mesma disputaria a Copa Intercontinental contra o campeão europeu.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Em 1978, o [[Club de Fútbol América|Club América do México]] se torna a primeira equipe da Concacaf a vencer a Copa Interamericana,<ref>{{Nota de rodapé|A Copa Interamericana em questão foi a referente aos títulos continentais de 1977, porém os jogos foram disputados em 1978.</ref>}} contra o Boca Juniors da Argentina, e com base nesse título o Club América do México anuncia sua intenção de jogar a Copa Intercontinental contra o Liverpool [[Taça dos Campeões Europeus 1976-77|campeão europeu de 1976-1977]], conforme afirmado pela edição de 16 de abril de 1978 do jornal Folha de S. Paulo, em mais uma tentativa de dar caráter mais global à Copa Intercontinental.<ref>{{citar web periódico|url=https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=6552&anchor=4306538&origem=busca&originURL=&pd=8be27a49e758046a62c9e538e5353297 |títulotitulo=Folha de São Paulo - America do México é campeão das Américas vencendo o Boca (|data=16/4/1968)|jornal=Folha de São Paulo|websitepagina=acervo.folha.com.br49}}</ref> Porém, a tentativa fracassa, e o Boca Juniors é que recebe o direito de disputar a Copa Intercontinental, que prossegue sendo restrita unicamente a europeus e sul-americanos. O entendimento de que o [[Club de Fútbol América|Club América do México]] jogaria a Copa Intercontinental por ter vencido a Copa Interamericana de 1977/1978 é confirmado também pelo jornal O Estado de S. Paulo de 16 de abril de 1978, a diferença sendo que este jornal afirma que o Club América do México jogaria a final da Copa Intercontinental contra o vencedor de Liverpool e Brugges (ou seja, contra o vencedor da [[Taça dos Campeões Europeus 1977-78]]).<ref>{{citar web periódico|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19780416-31620-nac-0055-999-55-not|titulo=Acervo Estadão 5|títulodata=16/4/1978|jornal=O Estado de S.São Paulo - Acervo Estadão |websiteformato=Acervorequer pagamento}}</ref> Apesar da diferença no relato sobre se o rival do Club América do México seria o campeão europeu de 1976-1977 ou de 1977-1978, todas as 3 publicações (jornais El Informador, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo) deixam claro que, após o título do Club América do México na Copa Interamericana, a expectativa era que o time mexicano (não o Boca Juniors) tivesse o direito de representar as Américas na Copa Intercontinental. O jornal espanhol El Mundo Deportivo também confirma que o entendimento era que o Club América do México jogaria a Copa Intercontinental naquela ocasião, sugerindo que naquele ano ele jogaria a final da Intercontinental contra o campeão da Supercopa da Europa, o Anderlecht (naquele momento, o campeão europeu Liverpool já havia anunciado que não disputaria a Copa Intercontinental).{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} O Anderlecht e o Club América do México chegaram a marcar os jogos da Copa Intercontinental edição de 1978 para serem disputados em 1979, mas os jogos acabaram não ocorrendo, a CONCACAF continuou não inserida na Copa Intercontinental, e a edição de 1978 da Copa Intercontinental acabou não sendo disputada, por nenhum dos quatro clubes citados (Liverpool, Anderlecht, Boca Juniors, Club América do México).<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1979/05/28/pagina-24/1043718/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa delCopa MondayIntercontinental 28y Mayel 1979gamper, Páginaen 24los -planes Hemeroteca - MundoDeportivo.comde Anderlecht|data=28/5/1979|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com24|jornal=El Mundo Deportivo}}</ref><ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1979/06/29/pagina-6/1048833/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa delIntercontinental Fridayya tiene fechas|data=29 June /6/1979, Página |pagina=6|jornal=El -Mundo Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref>
 
===== Proposta de uma nova Copa Intercontinental CONCACAF X UEFA (1978 e 1981) =====
Em 13 de maio de 1981,<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesi/intam80.html |título=Copa Interamericana 1980 |website=wwwThe Rec.rsssfSport.comSoccer Statistics Foundation}}</ref> a equipe mexicana [[Club Universidad Nacional|Pumas UNAM]] sagrou-se campeã da Copa Interamericana, vencendo o clube Nacional de Montevidéu (que tinha acabado de ser campeão da Copa Intercontinental contra o [[Nottingham Forest Football Club|Nottingham Forrest]] em 11 de fevereiro de 1981<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablest/toyota80.html |título=Intercontinental Club Cup 1980 |website=wwwThe Rec.rsssfSport.comSoccer Statistics Foundation}}</ref>), e com base nisso o clube mexicano pediu o estabelecimento de uma nova Copa Intercontinental, entre UEFA e CONCACAF.<ref>[{{citar periódico|url=http://h.elsiglodetorreon.com.mx/Default/Skins/ElSiglo/Client.asp?Skin=ElSiglo&enter=true&AppName=2&AW=1599871072875 Jornal mexicano El Siglo de Torréon. Arquivo histórico. "1603053147031|titulo=Los Pumas Por La Copa Concacaf-EUFA" (|data=15/5/1981|jornal=El de maioSiglo de 1981, página Torréon|pagina=13).]}}</ref> O presidente da Concacaf, em agosto do ano anterior, afirmara a posição que o vencedor da Copa Interamericana é que deveria enfrentar o campeão europeu na Copa Intercontinental, e que ele se esforçaria para conseguir isso.<ref>[{{citar periódico|url=http://h.elsiglodetorreon.com.mx/Default/Skins/ElSiglo/Client.asp?Skin=ElSiglo&enter=true&AppName=2 Jornal mexicano El Siglo de Torréon. Arquivo histórico. "&AW=1603053333468|titulo=Mediocridad existente en el futbol del area de Concacaf." (|data=29/8/1980|jornal=El de agostoSiglo de 1980, página Torréon|pagina=11).]}}</ref> Em 1981, Abílio de Almeida (secretário do então presidente da FIFA João Havelange) propôs a expansão da Copa Intercontinental para incluir também a Concacaf: segundo esta proposta, tal inclusão seria a criação de um triangular entre os clubes campeões de CONCACAF, UEFA e CONMEBOL.<ref>[{{citar periódico|url=http://h.elsiglodetorreon.com.mx/Default/Skins/ElSiglo/Client.asp?Skin=ElSiglo&enter=true&AppName=2 Jornal mexicano El Siglo de Torreón, 4 de novembro de 1981, página 4, matéria "&AW=1603053531953|titulo=Proyectan Varios Torneos de Futebol a Nivel Internacional".]|data=4/11/1981|jornal=El Siglo de Torreón|pagina=4}}</ref> Porém, contrariamente ao estabelecido em outubro de 1968, acabou nunca ocorrendo a inclusão dos clubes da Concacaf na Copa Intercontinental, em nenhuma das quatro temporadas em que eles venceram a Copa Interamericana (1977/1978, 1980/1981, 1990/1991 e 1998).{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Os clubes da Concacaf, no caso os clubes do México, continuaram sem chance de jogar a Copa Intercontinental mesmo após passarem a disputar a Copa Libertadores, pois em 2001 o clube mexicano Cruz Azul chegou à final da Libertadores e a Conmebol anunciou que ele não teria o direito de jogar a Copa Intercontinental mesmo se vencesse a Libertadores.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20130621220550/http://www.dgabc.com.br/Noticia/138198/cruz-azul-e-o-1-time-mexicano-a-decidir-a-libertadores |título=DiárioCruz doAzul Grandeé ABC.o 14 detime junhomexicano dea 2001.decidir Acessado ema Libertadores|data=14/6/2001|acessodata=4/2/2013|website=Diário dedo fevereiroGrande de 2013.ABC}}</ref> Até hoje, se uma equipe mexicana vencer a Copa Libertadores, ela não terá o direito de jogar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA como representante da Conmebol. A diferença é que as equipes mexicanas hoje têm acesso à Copa do Mundo de Clubes da FIFA através da Copa dos Campeões da CONCACAF.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
==== Confederações de África e Ásia ====
Em 1965, a África passou a ter sua competição continental de clubes.<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesa/af1.html |título=African Champions' Cup |website=wwwThe Rec.rsssfSport.comSoccer Statistics Foundation}}</ref> Em 1966, ocorreu a primeira vitória de uma equipe asiática ou africana em Copas do Mundo: a vitória norte-coreana sobre a Itália na [[Copa do Mundo FIFA de 1966|Copa do Mundo de 1966]], levando à eliminação da Itália naquela Copa.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6ygvHbKWJeEC&dq=Placar+Magazine+-+Ih,+deu+zebra&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s|título=Placar Magazine|editora=Editora Abril|ano=2006|local=São Paulo|página=36}}</ref> O torneio continental de clubes asiático surgiu no ano seguinte, em maio de 1967.<ref name="rsssf.com">{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesa/as1.html |título=Asian Champions' Cup |website=www.rsssf.com}}</ref><ref>{{citarThe web |url=http://wwwRec.rsssfSport.com/tablesa/ascup67.html#ccSoccer |título=AsianStatistics Club Competitions 1967 |website=www.rsssf.comFoundation}}</ref> Em novembro de 1967, o então presidente da FIFA, [[Stanley Rous]] afirmou que a Confederação Asiática de Futebol (AFC- Asian Football Confederation) havia solicitado participação na Copa Intercontinental, mas que a oposição à participação asiática vinha de UEFA e Conmebol.<ref name="mundodeportivo.com4" /> A Copa dos Campeões da Ásia foi descontinuada em 1971, não tendo havido sucesso em incluir um representante da Ásia na Copa Intercontinental, e não tendo a FIFA sucesso em sua proposta de 1970 de lançar uma Copa do Mundo de Clubes. Em 1985, a Copa dos Campeões da Ásia foi relançada, e surgiu a terceira competição bicontinental de clubes, o [[Campeonato Afro-Asiático de Clubes]], confrontando os clubes campeões de Ásia e África.<ref name="rsssf.com" />
 
=== Histórico de violência ===
Em 1963, ocorreu a primeira final da Copa Intercontinental (Santos FC X AC Milan) marcada pela violência. A terceira partida (de desempate), realizada no [[Maracanã]], foi polêmica: o jogador [[Almir Pernambuquinho]] (que substituiu [[Pelé]] na partida-desempate) teria afirmado em sua autobiografia que o Santos subornou o árbitro da partida-desempate e que teria jogado dopado aquela partida;<ref>{{Citar web |url=https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/almir-pernambuquinho-3168 |titulo=Almir Pernambuquinho - Que fim levou? |acessodata=2020-09-14 |website=Terceiro Tempo}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Bonsanti |primeiro=Bruno |url=https://trivela.com.br/almir-pernambuquinho/ |titulo=Almir Pernambuquinho: o encrenqueiro que substituiu Pelé e foi assassinado jovem demais |data=30/10/2017 |acessodata=2020-09-14 |website=Trivela}}</ref><ref>{{citar web |url=http://blogdocitadini.com.br/?p=590 |título=A inveja mata ! « |data=8/6/2012|publicado=Blog do Citadini |publicado=}}</ref> a suposta história de doping e suborno jamais foi comprovada, porém fontes isentas comprovam que o árbitro (o argentino Juan Brozzi) foi conivente à violência na partida e que os jogadores do Milan teriam ficado revoltados com a sua atuação.<ref name="X8s2k1IRwC 1963">{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19631118&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=JornalSantos ganhou do BrasilMilan -por Santos1 derrotoua o Milan0 e é bibicampeão|data=18/11/1963|jornal=Jornal mundialdo Brasil|websitepagina=news.google.com39}}</ref> Em 27 de novembro de 1963, o jornal espanhol ''El Mundo Deportivo'' comentou que até aquele momento a FIFA havia lavado as mãos sobre a competição, e que provavelmente não oficializaria a Copa Intercontinental tendo em vista a violenta final de 1963. O jornal comenta a possibilidade da FIFA reconhecer a competição e esta passar a incluir os futuros clubes campeões de Ásia e África e ser jogada em campo-neutro.<ref>{{citarCarece webde |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1963/11/27/pagina-6/936148/pdf.html?search=santos+milan+fifa |título=Edición del Wednesday 27 November 1963, Página 6 - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comfontes}}</ref>
[[Ficheiro:Nestor_Combin_1969.jpeg|esquerda|miniaturadaimagem|510x510px|[[Néstor Combin]], jogador do [[Associazione Calcio Milan|Milan]], após a final da [[Copa Intercontinental]] de 1969]]
Em 1967, a FIFA foi pressionada a tomar atitudes disciplinares mediante a violência observada nos jogos da Copa Intercontinental de 1967 (Celtic Glasgow/Escócia X Racing Avellaneda/Argentina).<ref name="Mundo Deportivo 1967">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1967/11/25/pagina-8/931136/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa del $dateTool.format('EEEE d MMMM yyyy'FIFA, $document.date),rehuye Páginael $document.pagebulto|data=25/11/1967|jornal=El - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com8}}</ref> A intervenção da FIFA no caso havia sido pedida pelo secretário da Associação Escocesa de Futebol, Willie Allan, que na ocasião disse que pressionaria a FIFA para reconhecer oficialmente a Copa Intercontinental e regulá-la sob sua jurisdição. A possibilidade de intervenção da FIFA no caso foi aventada no congresso da CONMEBOL, no qual o presidente da entidade, Teofilo Salinas, afirmou que não aceitaria nenhuma intromissão da FIFA, pois segundo ele: "''A Conmebol é a entidade encarregada de controlar, na América do Sul, a organização do torneio entre os campeões de Europa e América, disputa que a própria FIFA considera amistosa. Não achamos oportuno que a FIFA tenha que se intrometer na questão.''"{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1967, o sub-secretário geral da FIFA, René Courte, escreveu um artigo explicando a decisão da FIFA de não tomar atitudes disciplinares sobre os incidentes na Copa Intercontinental de 1967. Neste artigo, René Courte informou que, oficialmente para a FIFA, a Copa Intercontinental não era um campeonato mundial de clubes mas sim uma "Copa Européia Sul-Americana Amistosa".<ref name="Mundo Deportivo 1967" />
 
Em 3 de novembro de 1967, o presidente da FIFA [[Stanley Rous]] reafirmou o exposto por René Courte, esclareceu que a FIFA não tomaria nenhuma medida disciplinar no caso da Copa Intercontinental de 1967, e esclareceu que, oficialmente para a FIFA, a Copa Intercontinental era um torneio amistoso, e propôs uma expansão da Copa Intercontinental, sendo que, segundo ele, tal expansão ocorreria sob os auspícios da FIFA. A [[CONCACAF]] e a [[Asian Football Confederation|AFC]] haviam estabelecido seus torneios continentais de clubes naquele ano (1967), e nesta ocasião, [[Stanley Rous]] afirmou que a [[CONCACAF]] e a [[Asian Football Confederation|AFC]] haviam solicitado a participação de seus campeões na Copa Intercontinental, e que a oposição à participação deles vinha de UEFA e CONMEBOL.<ref name="mundodeportivo.com4" /><ref name="archiviolastampa.it3">[{{citar periódico|url=http://www.archiviolastampa.it/component/option,com_lastampa/task,search/mod,libera/action,viewer/Itemid,3/page,10/articleid,0117_01_1967_0260_0010_5042590/ Jornal italiano '''La Stampa''': |titulo=La finale mondiale Europa-America di calcio ufficialmente è una semplice gara amichevole, 03.|data=3/11./1967 - número |numero=260|jornal=La página 10]Stampa}}</ref> Em 8 de novembro de 1967, o jornal madrilenho ABC destacou que, oficialmente, a Copa Intercontinental não era reconhecida pela FIFA mas era reconhecida por UEFA e CONMEBOL, portanto era de jurisdição "intercontinental" (não mundial), com o jornal prevendo a criação de outros títulos intercontinentais, hipotetisandocomo umpor futuroexemplo, um título intercontinental Ásia-África, (que acabou surgindo em 1987).<ref>{{citar web periódico|url=httphttps://hemerotecawww.abc.es/navarchivo/Navigate.exe/hemerotecaperiodicos/abc-madrid/abc/1967/11/08/087-19671108-87.html |títulotitulo=ABCCelting-Racing (Madrid)y -Europa 08America|data=8/11/1967, p. 87 - |jornal=ABC.es Hemeroteca Madrid|websitepagina=hemeroteca.abc.es87}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tablesa/afras.html |título=Afro-Asian Club Championship |websitepublicado=wwwThe Rec.rsssfSport.comSoccer Statistics Foundation}}</ref>
 
Após as declarações de [[Stanley Rous]] e René Courte em 1967, um artigo de Carlos Pardo, no jornal catalão El Mundo Deportivo, sugeriu que a FIFA assumisse a responsabilidade pela Copa Intercontinental e a tornasse um torneio oficial. No artigo, Pardo concordou também com uma possível exigência da FIFA de que, para se poder "falar de campeonato do mundo de clubes" (''"para hablar del campeonato del mundo de clubs"''), seria necessária uma expansão da Copa Intercontinental para dar direito a asiáticos, africanos e equipes da Oceania de indicarem um representante.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} No início de 1968, um artigo de Stanley Rous na revista ''FIFA News'' reafirmou a vontade da FIFA de criar um Campeonato Mundial de Clubes, com a participação de todos os campeões continentais existentes.<ref>{{citar web periódico|url=httphttps://hemerotecawww.abc.es/navarchivo/Navigate.exe/hemeroteca/sevillaperiodicos/abc.-sevilla/1968/01/03/051-19680103-51.html |títulotitulo=ABCStanley SEVILLARous (Sevilla)sugiere -la 03/01/1968,concesion p.de 51mayores -poderes ABC.esa Hemerotecalos arbri|websitedata=hemeroteca.abc.es3/1/1968|pagina=51}}</ref>
 
Em 1968 e 1969, mais confrontos violentos na Copa Intercontinental (''1968: Estudiantes X Manchester United; 1969: Milan X Estudiantes''), causados pela equipe argentina do Estudiantes, e mais demandas públicas para que a FIFA se envolvesse na competição, como as feitas por Matt Busby, técnico do Manchester United em 1968.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20141206031245/http://www.espnfc.com/story/853334/rewind-to-1969-estudiantes-leave-their-mark |título=Estudiantes leave their mark |data=16/12/2010|website=ESPNFC.com|autor=Tom Adams|urlmorta=yes|wayb=20141206031245}}</ref>
 
=== Crise na década de 1970 ===
[[Ficheiro:Franz_Beckenbauer_22-6-74.png|esquerda|miniaturadaimagem|352x352px|[[Franz Beckenbauer]], o grande nome do time [[Alemanha|alemão]] [[Bayern Munique]], vencedor da Copa Intercontinental em 1976, uma das 3 vezes na década de 1970 em que o campeão europeu aceitou participar da competição; porém, mesmo vencendo o título, após a final de 1976, o técnico do Bayern, [[Dettmar Cramer]], declarou que um amistoso teria sido financeiramente preferível à Copa Intercontinental, adicionando que o público europeu tinha pouco interesse pela mesma.<ref name="X8s2k1IRwC 1976">{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761222&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=Jornal do Brasil - Taça não interessa mais aos alemães|data=22/12/1976|jornal=Jornal do Brasil|websitepagina=news.google.com20}}</ref>]]
Além da violência, a edição de 1967 da Copa Intercontinental foi também a primeira vez em que começou a vir à tona um certo desinteresse europeu, particularmente britânico, pelo título da competição: antes do terceiro jogo (jogo-desempate), os escoceses do Celtic afirmaram que queriam o título intercontinental "não tanto por eles próprios" mas sim para não permitir que o título fosse para o Racing, com quem desenvolveram rivalidade em função dos incidentes violentos nos 2 primeiros jogos.<ref>{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=2mus-XyGPC0C&dat=19671103&printsec=frontpage&hl=en |títulotitulo=Evening Times - Colts will play it tough if they have to - says Stein|data=3/11/1967|jornal=Evening Times|websitepagina=news.google.com34}}</ref>
 
Em resposta à violência na Copa Intercontinental de 1967, em junho de 1968 a UEFA propôs uma mudança no regulamento da competição: o saldo de gols das equipes passaria a contar como critério de desempate caso as equipes empatassem com uma vitória cada nos dois primeiros jogos. O objetivo da proposta era reduzir a possibilidade de que fosse necessária uma terceira partida de desempate, pois tanto na Copa Intercontinental de 1963 quanto na de 1967, foi na partida de desempate que ocorreram os episódios de maior violência.<ref name=":11">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1968/06/08/pagina-7/949520/pdf.html |títulotitulo=EdiciónUn deltorneo $dateTool.format('EEEEmundial dpara MMMMjugadores yyyy',«Under $document.date),23|data=8/6/1968|jornal=El Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com7}}</ref> A proposta da UEFA foi aceita e passou a valer a partir da edição de 1968 da Copa Intercontinental.<ref name=":11" />
 
Em 1970, a Copa Intercontinental é criticada pela primeira vez do ponto de vista do mérito técnico dos participantes. Em 22 de outubro de 1970, o jornal espanhol El Mundo Deportivo publica artigo crítico à [[Copa Intercontinental]], primeiramente, com as críticas sobre a então já notória violência da competição, e também as já notórias críticas de [[Stanley Rous]] ao fato da competição não dar oportunidade de participação a clubes de Ásia e África e portanto não ser um "autêntico mundial de clubes". Porém, nesta matéria, o jornal critica a [[Copa Libertadores da América]], dizendo que a competição não era uma representação adequada do futebol sul-americano (ou seja, o jornal criticava a forma de escolha do representante sul-americano na [[Copa Intercontinental]]). O jornal critica a fórmula de disputa da [[Copa Libertadores]], e acima de tudo, critica o valor de título sul-americano da [[Copa Libertadores]] uma vez que a mesma não contava com clubes do Brasil.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1970/10/22/pagina-2/967879/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa delCopa ThursdayIntercontinental: 22un Octobertorneo falso|data=22/10/1970,|jornal=El Página 2 - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com2}}</ref> Das edições da Copa Libertadores de 1966 a 1970, o Brasil teve participantes apenas nas edições de 1967 e 1968, em 1967 tendo apenas 1um representante na competição (a metade dos outros países), porém retornando à disputa da Copa Libertadores em 1971.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20100125191726/http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/brpartlib.htm |título=Brazilian clubs in Copa Libertadores da America |website=wwwThe Rec.rsssfbrasilSport.comSoccer Statistics Foundation|urlmorta=yes|wayb=20100125191726}}</ref>
 
Em 1971, o campeão europeu Ajax (Holanda) se recusa a disputar a Copa Intercontinental,<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1971/07/22/pagina-4/1423261/pdf.html |títulotitulo=EdiciónEl delAjax Thursdayse 22retira Julyde 1971,la PáginaCopa 4Intercontinental|data=22/7/1971|jornal=El - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com4}}</ref> a primeira entre 7 vezes na década de 1970 em que isso ocorreria. Chegou-se a cogitar que o campeão sul-americano Nacional de Montevidéu (Uruguai) poderia ser declarado campeão da Copa Intercontinental por antecipação em função de "forfait" do adversário.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1971/08/28/pagina-7/964132/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa delU.E.F.A Saturdayconfirma 28la Augustsuspension 1971,de Páginala 7final -Intercontinental|data=21/10/1971|jornal=El Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com7}}</ref> Porém, a Conmebol sugere que o vice-campeão europeu, Panathinaikos (Grécia) tome o lugar do campeão Ajax na disputa, e a proposta é aceita pela UEFA.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1971/11/10/pagina-5/962167/pdf.html |títulotitulo=EdiciónEl delPanathinaikos Wednesdaydisputará 10la NovemberCopa Intercontinental|data=10/11/1971, Página |pagina=5|jornal=El -Mundo Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> Assim, surge a regra de que, em caso de desistência do campeão europeu, o vice-campeão assume o seu lugar. Em algumas destas ocasiões, os vice-campeões europeus eram clubes não considerados como de grande expressão no futebol europeu, o que passou a gerar críticas ao nível técnico da [[Copa Intercontinental]]; por exemplo, em um artigo de 1980, [[João Saldanha]] escreve sobre ocasiões em que a Copa Intercontinental foi disputada pelo vice-campeão europeu, citando casos de Panathinaikos da Grécia e Malmoe da Suécia, que não estariam "nem entre os primeiros 40 times europeus", segundo Saldanha.<ref>{{citar web |último=Abril |primeiro=Editora |url=https://books.google.com.br/books?id=omyY7mI91WkC&pg=PA32&dq=Saldanha+Placar+Internacional+Libertadores&hl=pt-BR&sa=X&ei=0UgSVb3fOsSHsQSn44CABA&ved=0CDkQ6AEwBw#v=onepage&q=Saldanha+Placar+Internacional+Libertadores&f=false |título=Placar Magazine |data=8 de agosto de /8/1980 |publicado=Editora Abril |via=Google Books}}</ref>
[[Ficheiro:Raí_Souza_Vieira_de_Oliveira_01.jpg|direita|miniaturadaimagem|200x200px|[[Raí]] marcou os dois gols da vitória do São Paulo FC contra o FC Barcelona na Copa Intercontinental de 1992, uma partida que o Barcelona cogitou não disputar, mas disputou obrigado por termos contratuais junto à UEFA.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1992/09/18/pagina-8/1259619/pdf.html |títulotitulo=EdiciónLa delnegociación Fridayserá difícil|data=18 September /9/1992, Página 8 - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |websiteultimo=hemeroteca.mundodeportivo.comAguilar|primeiro=Francesc|pagina=8}}</ref>]]
Em 1975, a Copa Intercontinental foi pela primeira vez descontinuada. Em julho deste ano, o campeão europeu de 1974/1975 Bayern de Munique anunciou sua decisão de não disputá-la.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1975/07/03/pagina-7/1005567/pdf.html |títulotitulo=EdiciónEl delBayern Thursdaypropone 3una July"Supercopa" Europea|data=3/7/1975, Página |pagina=7|jornal=El -Mundo Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> Desde a edição de 1971, já estava estabelecido que, em caso de desistência do campeão europeu, o vice assumiria o seu lugar. Porém, o vice-campeão europeu da temporada 1974/1975, o Leeds United inglês, foi suspenso de competições internacionais pela UEFA em função de distúrbios causados pelos seus torcedores quando da final da Copa dos Campeões da Europa daquele ano. A imprensa espanhola chegou a sugerir a realização de uma inédita "decisão de terceiro lugar" entre os clubes derrotados nas semifinais da Copa Europeia daquele ano, Barcelona/Espanha e Saint-Etienne/França, de forma a indicar um representante europeu para a Copa Intercontinental daquele ano,<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1975/07/27/pagina-15/1008604/pdf.html |títulotitulo=EdiciónEl delBarcelona Sundaypuede 27jugar Julyla final Intercontinental|data=27/7/1975,|ultimo=Rovira|primeiro=Ramón|jornal=El Página 15 - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com15}}</ref> mas a ideia não foi à frente e acabou não ocorrendo a decisão da Copa Intercontinental referente a 1975.
 
A matéria do jornal El Mundo Deportivo de 10 de abril de 1975 identifica na crise da Copa Intercontinental a razão para o ceticismo da UEFA à criação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.<ref name="Mundo Deportivo 1975">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1975/04/10/pagina-15/1003523/pdf.html |títulotitulo=EdiciónEuropa delha $dateTool.format('EEEEdesvalorizado dla MMMMCopa yyyy',Intercontinental|data=10/4/1975|ultimo=Davis|primeiro=Daniel|pagina=15|jornal=El $document.date),Mundo Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> Isso, pois os clubes campeões europeus já não davam importância nem à já existente Copa Intercontinental. Isso pois, na década de 1970, os clubes campeões europeus se recusaram a jogar a Copa Intercontinental em 7sete entre os 10dez anos da década. As recusas foram: Ajax/Holanda em 1971 e 1973, Bayern de Munique/Alemanha em 1974 e 1975, Liverpool/Inglaterra em 1977 e 1978, e Nottingham Forrest/Inglaterra em 1979.{{Carece de fontes||data=data=setembro de 2020}} Mesmo nas 3três ocasiões da década de 1970 em que o campeão europeu disputou a competição (1970: Feyenoord/Holanda, 1972: Ajax/Holanda, 1976: Bayern de Munique/Alemanha), em pelo menos duas destas três ocasiões os clubes europeus chegaram a rebaixar a importância da competição, mesmo saindo vitoriosos dela: após o holandês Ajax vencer o argentino Independiente na final da Copa Intercontinental de 1972, o jornal holandês De Telegraaf publicou que a disputa não foi mais difícil que um "encontro banal" pela Copa da Europa",<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1972/09/30/pagina-13/979350/pdf.html |títulotitulo=EdiciónCRUYFF: del"Demasiada Saturdaylentitud 30de Septemberlos 1972,argentinos Páginaen sus ofensivas"|data=30/9/1972|pagina=13|jornal=El -Mundo Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> e após o Bayern de Munique vencer a Copa Intercontinental de 1976, seu técnico [[Dettmar Cramer]] declarou que um amistoso teria financeiramente valido mais a pena, dizendo que o público europeu tinha pouco interesse pela Copa Intercontinental.<ref name="X8s2k1IRwC 1976" /> Em declarações recentes ao site da FIFA (em 2013) sobre a edição de 1976 da Copa Intercontinental, o capitão do Bayern de Munique vencedor da Copa Intercontinental de 1976, [[Franz Beckenbauer]] declarou que a Copa Intercontinental não tinha nenhuma significância real; por outro lado, seu companheiro de equipe [[Gerd Muller]] apresentou visão contrária, declarando que foi "definitivamente muito especial" e "um dos melhores momentos de sua carreira" e que ele esperava (antes da final da Copa do Mundo de Clubes de 2013), que o Bayern de Munique "trouxesse o troféu pela terceira vez para Munique após 1976 e 2001" (ou seja, considerando a Copa Intercontinental e a Copa do Mundo de Clubes da FIFA como o mesmo troféu).<ref name="auto4">{{citar web |último=FIFA.com |primeiro= |url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/kronung-winkt-historischem-datum-2248557 |título=FIFA Club World Cup UAE 2018 - News - Final falls on historic date for Munich - FIFA.com |websitedata=www.fifa21/12/2013|publicado=FIFA.com}}</ref>
 
Em 1979 chegou-se a cogitar que a Copa Intercontinental seria extinta.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Porém, a Copa Intercontinental foi revivida em 1980: os clubes campeões europeus voltaram a disputá-la sempre, depois que ela passou a ser disputada em partida única no Japão.<ref{{Nota name=":0">de rodapé|Seria disputada em Tóquio de 1980 até 2000, e disputada em Yokohama de 2001 a 2004.</ref>}}<ref name=":1">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1981/01/30/pagina-16/1066304/pdf.html |títulotitulo=EdiciónNacional delvencio $dateTool.format('EEEEal dHoved|data=30/1/1981|jornal=El MMMM yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com16}}</ref><ref name=":2">{{citar web |último=UEFA.com |primeiro= |url=http://pt.uefa.com/news/newsid=1587395.html |título=Rede do futebol mundial |data=1/1/2011|website=UEFA.com}}</ref>
 
=== Copa Toyota ===
[[Ficheiro:Nunes.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|200x200px|[[João Batista Nunes de Oliveira|Nunes]] marcou dois gols na vitória de 3-0 do CR Flamengo contra o Liverpool FC na Copa Intercontinental de 1981, a maior diferença de gols em jogos na história da competição após a disputa ter passado a ocorrer no Japão.]]
Em 1980, a Copa Intercontinental passou por uma reformulação que fez com que os clubes campeões europeus voltassem a disputá-la. A primeira alteração é depois que ela passou a ser disputada em partida única no Japão,<ref name=":0" /> organizada pela Associação Japonesa de Futebol<ref name=":2" /> e patrocinada pela [[Toyota]] (passando por isso a se chamar também ''Copa Toyota'' ou ''Copa Europeia/Sul-Americana Toyota''), com objetivo de impulsionar o futebol no Japão e lucrar com a transmissão televisiva da partida.<ref name=":12" /> Em 1980, cogitou-se escolher Nova Iorque como local de disputa da Copa Intercontinental, mas por questão de patrocínio, a escolha acabou sendo Tóquio, tendo a decisão recebido críticas por tratar-se de uma cidade fora, e bastante distante, de Europa e América do Sul.<ref>{{citar web |urlname=http"://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1981/01/30/pagina-16/1066304/pdf.html1" |título=Edición del $dateTool.format('EEEE d MMMM yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref> Outra crítica era que o aspecto comercial e midiático teria passado a se sobrepor ao aspecto técnico e esportivo: no inverno japonês, Porto/Portugal e Peñarol/Uruguai disputaram a competição em 1987 sob pesada neve, em condições que não eram de forma alguma propícias à prática esportiva, mas com os executivos japoneses admitindo que, em função dos altos valores envolvidos nos contratos de transmissão televisiva, o jogo não poderia ser adiado de forma alguma.<ref name=":12">{{citar web |último=Abril |primeiro=Editora |url=https://books.google.com.br/books?id=XSQQzd72eqAC&pg=PA57&lpg=PA57&dq=copa+toyota+1981+revista&source=bl&ots=GM5FSUMpQB&sig=4ByIRj7fTsqYaDBcM9UWS3dZAJE&hl=pt-BR&ei=UxlsTqGhGsWgtweygrjsBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result |título=Placar Magazine |data=12 de fevereiro de /2/1988 |publicado=Editora Abril |via=Google Books}}</ref>
 
Algumas fontes alegam que, a partir da mudança da Copa Intercontinental para o Japão, os europeus teriam passado a ver a competição como um amistoso<ref name="oglobo.globo.com">{{citar web |url=https://oglobo.globo.com/esportes/uma-visao-inglesa-do-titulo-mundial-do-flamengo-3435544 |título=Uma visão inglesa do título mundial do Flamengo |data=12 de dezembro de /12/2011 |website=O Globo|autor=Tim Vickery}}</ref> glorificado<ref name="uefa.com2">{{citar web |url=http://en.archive.vnuefa.com/hkgd competitions/eusa/news/kind=1/newsid=276659.html|título=The Continental Drift. . |data=2/1/2008|acessodata=25/12/2012|website=UEFA|autor=Tim Vickery, no site da UEFA, 2 de janeiro de 2008 (arquivado)|arquivourl=http://archive. Acesso em 25 de dezembro de vn/hkgd|arquivodata=10/6/2012|urlmorta=yes}}</ref> que não seria levado a sério pelos europeus<ref name="oglobo.globo.com"e />que servia para mostrar aos japoneses o que é o futebol<ref name="Tim Vickery 2010">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/blogs/timvickery/2010/12/post.html |título=BBC - Tim Vickery: World Club Cup deserves respect |websitedata=www.bbc.co.uk}}</ref><ref name="Tim Vickery 2008">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/blogs/timvickery/200813/12/one_of_my_regrets_is.html 2010|títulowebsite=BBC - Sports|autor=Tim Vickery: The prestige of the Club World Cup |website=www.bbc.co.uk}}</ref> e que servia para mostrar aos japoneses o que é o futebol<ref name="Tim Vickery 2010" /> e ampliar o horizonte midiático e comercial dos clubes europeus para os consumidores asiáticos,<ref name="Tim Vickery 2008" /><ref>{{citar web |url=http://hemerotecawww.mundodeportivobbc.comco.uk/previewblogs/2002timvickery/2008/12/03/pagina-16/525917/pdfone_of_my_regrets_is.html?search=Intercontinental |título=EdiciónThe delprestige $dateTool.format('EEEEof dthe MMMMClub yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comWorld Cup|data=15/12/2008|website=hemeroteca.mundodeportivo.comBBC Sports|autor=Tim Vickery}}</ref> e que seria desinteressante aos europeus:<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1993/12/11/pagina-35/1271616/pdf.html?search=intercontinental |títulotitulo=EdiciónEl delMilan, Saturdaya hacer história|data=11 December /12/1993,|jornal=El Página 35 - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com35}}</ref> por exemplo, em fevereiro de 1981, o diretor técnico do ''Nottingham Forrest'' afirmou que iria a Tóquio jogar a Copa Intercontinental apenas para cumprir o contrato, levaria apenas 14catorze jogadores do elenco por se tratar de uma "visita relâmpago ao Japão", e que considerava uma vitória na Intercontinental sobre o Nacional de Montevidéu como menos "tonificante" que uma vitória sobre o Bristol na Copa da Inglaterra;<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1981/02/1211/pagina-19/1057165/pdf.html?search=Japon+Intercontinental |títulotitulo=EdiciónTodo delpreparado $dateTool.format('EEEEpara dla MMMMCopa yyyy',Intercontinental|data=11/2/1981|jornal=El $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com19}}</ref> o jornalista inglês Tim Vickery (que escreveu sobre a história da Copa Intercontinental no site da UEFA)<ref name="uefa.com2" /> afirma que o goleiro do Flamengo na Copa Intercontinental de 1981 (Raul Plassman) lhe confidenciou que os jogadores do time rival, o campeão europeu Liverpool, pareciam não estar levando o jogo a sério,<ref name="Tim Vickery 2008" /> não tendo o jogo sequer sido transmitido ao vivo na TV inglesa;<ref name="oglobo.globo.com" /> segundo Vickery, entre todos os europeus, os britânicos são os que menos valorizam as competições mundiais de clubes<ref name="oglobo.globo.com" /><ref name="Tim Vickery 2010" /><ref name="Tim Vickery 2008" /> (os clubes britânicos abriram mão de disputar a Copa Intercontinental todas as vezes que tiveram este direito na década de 1970);<ref name="Tim Vickery 2010" /> em 1999, o Manchester United foi ao Japão jogar a Intercontinental sem levar um dos seus principais jogadores, Andy Cole, poupado de participar da disputa, e o treino do time foi cancelado para os jogadores irem às compras.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Vickery ressalta, contudo, que este "desinteresse" europeu pela competição não tira o mérito dos clubes sul-americanos vencedores: ''"se enfrentar o campeão sul-americano não lhes motiva (''aos europeus''), o problema é deles."''<ref name="Tim Vickery 2008" /> Ressalta também que os europeus levam a Copa do Mundo de Clubes da FIFA "um pouco mais a sério" que a Copa Intercontinental.<ref name="Tim Vickery 2008" />
 
A despeito do comprovado desinteresse europeu pela Copa Intercontinental nos anos 1970 e do suposto desinteresse europeu pela competição a partir dos anos 1980, e a despeito de ter passado a ser organizada pela Associação Japonesa de Futebol, a Copa Intercontinental continuou sendo uma competição supervisionada por UEFA e CONMEBOL,<ref>{{citar web |url=https://kassiesa.net/uefa/files/2003-uefa-cl-rules.pdf |titulo=Regulation of the UEFA Champions League 2003/04 |publicado=UEFA |ano=2003 |pagina=2 |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Gonçalves |primeiro=Emerson |url=http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/olhar-cronico-esportivo/post/revisao-oportunista-e-autocratica-da-historia-do-futebol.html |titulo=Revisão oportunista e autocrática da História do Futebol |data=28/1/2017 |acessodata=2019-11-01 |obra=globoesporte.comGlobo Esporte|publicado=Blog Olhar Crônico Esportivo}}</ref> até sua última edição em 2004, como comprovado pelo fato de que a partir de 1980 a UEFA (temendo que as recusas dos clubes europeus à Copa Intercontinental nos anos 1970 voltassem a ocorrer nos anos 1980) passou a contratualmente obrigar os clubes europeus a disputá-la (caso vencessem a Copa dos Campeões da Europa)<ref name="Mundo Deportivo 1992">{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1992/1209/2918/pagina-8/1259619/pdf.html?search=Intercontinental |títulotitulo=EdiciónLa delnegociación $dateTool.format('EEEEserá ddifícil|data=18/9/1992|ultimo=Aguilar|primeiro=Francesc|pagina=8|jornal=El MMMMMundo yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> (por exemplo, o Barcelona cogitou não disputar a edição de 1992 da Intercontinental, e a obrigação contratual junto à UEFA pesou na sua decisão de disputá-la),<ref name="Mundo Deportivo 1992" /> e pelo fato de que os árbitros da competição continuaram sendo indicados por UEFA e CONMEBOL;<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/2000/11/11/pagina-29/673386/pdf.html?search=arbitro |títulotitulo=EdiciónRatificado delel Saturdayárbitro 11de Novemberla 2000, Página 29 - Hemeroteca - MundoDeportivo.comCopa Intercontinental|websitedata=hemeroteca.mundodeportivo.com}}</ref><ref>{{citar web |url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/200111/11/27/pagina-24/470041/pdf.html?search=arbitro 2000|títulojornal=EdiciónEl del Tuesday 27 November 2001, Página 24 - Hemeroteca - MundoDeportivo.comMundo Deportivo|websitepagina=hemeroteca.mundodeportivo.com29}}</ref> e continuou sendo considerada um título mundial de clubes por boa parte dos clubes vencedores<ref>[https://{{Citar web.archive.org/web/20120928233912/|url=https://www.santosfc.com.br/historia/default.asp?c=Hist%C3%B3ria&id=28538|titulo=Artilheiros Sitepor doedição de Mundial|acessodata=2020-10-22|publicado=Santos Futebol Clube] - Site Oficial|urlmorta=yes|wayb=20120928233912}}</ref><ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20071217044451/http://www.flamengo.com.br/flapedia/Mundial_Interclubes|título=ClubeMundial de Regatas do FlamengoInterclubes|website=www.flamengo.com.brFlapédia|urlmorta=yes|wayb=20071217044451}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.gremio.net/page/view.aspx?i=mundial_campeoes&language=0|título=SiteMundial doInterclubes Grêmio> deCampeões Futebole Porto-AlegrenseVices|acessodata=2015-03-07|waybwebsite=20150512132430Grêmio de Futebol Porto-Alegrense|urlmorta=yes|wayb=20150512132430}}</ref> e por boa parte da imprensa, sobretudo no Brasil:<ref>{{citar web|url=https://blogdojuca.uol.com.br/2011/12/ora-a-fifa/|título=Ora, a Fifa…|data=12/12/2011|website=UOL Esporte|autor=Juca Kfouri}}</ref><ref>{{citar web|url=http://placar.abril.com.br/brasileiro/remo/materias/questao-de-reconhecimento.html|título=Revista Placar: Ranking Placar, em "Questão de Reconhecimento"|data=2/2/2011|acessodata=2015-03-07|waybwebsite=20110205034023Revista Placar|autor=Sérgio Xavier Filho|urlmorta=yes|wayb=20110205034023}}</ref><ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20120507153240/http://futpedia.globo.com/campeonato/mundial-de-clubes|título=OMundial Globode Clubes|website=Futpédia|urlmorta=yes|wayb=20120507153240}}</ref> por exemplo, após o título mundial do Real Madrid em 2014, o jornal espanhol Mundo Deportivo destacou o hábito da imprensa brasileira de considerar a Copa Intercontinental como Mundial de Clubes e de somá-la à Copa do Mundo de Clubes da FIFA.<ref>{{citar web |url=https://www.mundodeportivo.com/20141221/futbol/la-prensa-brasilena-ensalza-el-cuarto-titulo-mundial-del-real-madrid_54422685564.html |título=La prensa brasileña ensalza el "cuarto" título mundial del Real Madrid |data=21 de dezembro de /12/2014 |website=El Mundo Deportivo}}</ref> Todos os clubes brasileiros vencedores da Copa Intercontinental se consideraram e foram igualmente saudados pela imprensa e torcedores brasileiros como campeões mundiais, tanto o Santos (vencedor do certame no modelo original das décadas de 1960 e 1970)<ref name="X8s2k1IRwC 1963" /> quanto Flamengo, Grêmio  e São Paulo (vencedores do certame em sua "versão japonesa" de 1980 a 2004).<ref name="X8s2k1IRwC 1981">{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19811213&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=JornalFlamengo doé Brasilo -novo Pesquisacampeão de arquivos de notícias Googledo mundo|data=13/12/1981|websitepagina=news.google.com5|jornal=Jornal do Brasil}}</ref> A UEFA e a CONMEBOL reconhecem todas as edições da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, como a mesma competição.<ref name="pla.net.py">{{citar web|url=http://www.pla.net.py/csf/campeonatos/toyota.html|título=Lista de campeões da Copa Intercontinental no antigo site da Conmebol|acessodata=2015-03-22|wayb=20150924073818|urlmorta=yes}}</ref> Porém, nem UEFA nem CONMEBOL têm jurisdição para reconhecer competições em nível mundial, mas apenas em seus respectivos âmbitos continentais. Apenas a FIFA tem jurisdição para reconhecer competições em nível mundial.<ref>Estatutos{{citar web|url=http://www.conmebol.com/es/laconmebol/estatutos|titulo=Estatuto da Conmebol. |website=Conmebol|outros=Artigo 60:63, 1. ''La CONMEBOL, '''a través de su Comité Ejecutivo''', tiene la facultad exclusiva para crear, aprobar, '''reconocer''', modificar, eliminar, organizar y dirigir partidos, competiciones y torneos internacionales '''en Sudamérica''' en los que participen las selecciones nacionales de las asociaciones miembro o los clubes afiliados a éstas.''|ano=2019|pagina=41|lingua=es}}</ref><ref>[http{{citar web|url=https://www.uefa.orgcom/MultimediaFiles/Download/OfficialDocument/uefaorg/WhatUEFAis/02/09/93/25/2099325_DOWNLOAD.pdf Estatutos|titulo=Estatuto da UEFA. |website=UEFA|outros=Artigo 49: ''UEFA shall have the sole jurisdiction to organise or abolish international competitions '''in Europe''' in which Member Associations and/or their clubs participate. FIFA competitions shall not be affected by this provision... '''The Executive Committee''' shall decide whether to create or '''take over''' other competitions, as well as whether to abolish current competitions.'']|ano=2014|pagina=21}}</ref>
 
== Outras competições ==
Em 1983, foi a vez da Federação Inglesa de Futebol propor uma Copa do Mundo de Clubes, a ser realizada em 1985, porém a Federação Inglesa de Futebol desistiu do projeto antes de submetê-lo à análise da FIFA.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1983/11/23/pagina-20/1441398/pdf.html |títulotitulo=EdiciónNo delhabrá $dateTool.format('EEEEuna dCopa MMMMMundial yyyy', $document.date), Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.comde Clubs|websitedata=hemeroteca.mundodeportivo.com23/11/1983|pagina=20}}</ref>
 
Em 1984, a Associação de Futebol Argentina anunciou sua intenção de realizar em 1987, com apoio da FIFA, uma Copa do Mundo de Clubes. Segundo a AFA, seriam 12doze clubes, sendo os 4quatro últimos campeões da Libertadores, os 4quatro últimos campeões da Copa dos Campeões da Europa, 1um clube indicado pela UEFA, 1um indicado pela Conmebol, 1um indicado pela AFA e 1um indicado pela FIFA, sendo que o clube indicado pela FIFA seria de África, Ásia, Oceania ou Concacaf.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1984/12/14/pagina-44/1114198/pdf.html |títulotitulo=EdiciónHabra delMundial $dateTool.format('EEEEde dClubs MMMMen yyyy',1987|data=14/12/1984|pagina=44|jornal=El $document.date),Mundo Página $document.page - Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref> No dia seguinte à notícia, a FIFA desmentiu que tivesse qualquer coisa a ver com a iniciativa argentina, que acabou não se realizando.<ref>{{citar web periódico|url=http://hemeroteca.mundodeportivo.com/preview/1984/12/15/pagina-40/1445550/pdf.html?search=argentina+mundial+clubs+copa+fifa |títulotitulo=EdiciónFIFA: delNo, Saturdayal 15Mundial Decemberde Clubs|data=15/12/1984, Página |pagina=40|jornal=El -Mundo Hemeroteca - MundoDeportivo.com |website=hemeroteca.mundodeportivo.comDeportivo}}</ref>
 
Também 1984, o [[Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense|Grêmio Football Porto Alegrense]] teria afirmado querer reconhecimento da FIFA ao [[Mundialito de Clubes (futebol)|Mundialito de Clubes]], outra competição de clubes que foi simbólica e informalmente chamada de "mundial".{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1987, os organizadores da [[Copa Ouro Los Angeles de Futebol de 1987|Copa Los Angeles]] anunciaram a intenção de transformá-la em um torneio bianual com 12 equipes campeãs de Europa, América do Sul e México;<ref>[{{citar periódico|url=http://h.elsiglodetorreon.com.mx/Default/Skins/ElSiglo/Client.asp?Skin=ElSiglo&enter=true&AppName=2 Jornal mexicano El Siglo de Torreón. Arquivo Histórico. "&AW=1603408253812|titulo=Tirando a Gol". |data=6/7/1987|ultimo=Serna|primeiro=Enrique de JulhoBermudez de 1987, página la|pagina=36.]}}</ref> ou seja, relançando a ideia de competição intercontinental entre clubes campeões nacionais, a ideia que havia embasado a realização dos antigos "mundiais" Copa Rio Internacional e [[International Soccer League]]. Porém, a proposta de 1987 não foi à frente.
 
=== International Soccer League ===
Em junho de 1961, a FIFA proibiu a Copa Intercontinental de ser jogada, a não ser que os participantes dessem caráter privado e amistoso à competição, e em maio do mesmo ano, a FIFA autorizou a [[International Soccer League de 1960|International Soccer League]],<ref>{{citar web |último=Briordy |primeiro=William J. |url=https://www.nytimes.com/1961/05/24/archives/bangu-karlsruhe-play-tonight-in-polo-grounds-soccer-game-permission.html |título=Bangu, Karlsruhe Play Tonight In Polo Grounds Soccer Game; Permission is Received by International League to Continue its Schedule |data=24 de maio de /5/1961 |publicado= |via=NYTimes.com}}</ref> competição internacional de clubes que chegou a ser chamada de Campeonato Mundial de Clubes.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Segundo o jornal O Estado de S. Paulo de 24 de maio de 1961, essa autorização foi ratificada por [[Stanley Rous]], então presidente da Associação Inglesa de Futebol e vice-presidente da FIFA.<ref>{{citar web periódico|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19610524-26404-nac-0020-999-20-not|titulo=Acervo Estadão 6|títulodata=24/5/1961|jornal=O Estado de S.São Paulo - Acervo Estadão |websiteformato=Acervorequer pagamento}}</ref> então presidente da Associação Inglesa de Futebol e vice-presidente da FIFA, e que de 1962 até 1974, seria presidente da FIFA.
 
== Propostas da FIFA por uma Copa do Mundo de Clubes ==
 
=== Década de 1970 ===
[[Ficheiro:João_Havelange.jpg|direita|miniaturadaimagem|264x264px|Ao ser eleito presidente da FIFA em 1974, [[João Havelange]]<nowiki/> relançou a ideia de seu antecessor [[Stanley Rous]]: expandir a [[Copa Intercontinental]] para incluir os outros continentes e transformá-la numa Copa do Mundo de Clubes.]]
Em janeiro de 1970, a FIFA anunciou que, em seu Congresso seguinte, faria a proposta de uma Copa do Mundo de Clubes com todos os clubes campeões continentais: a Copa Intercontinental seria expandida, sob os auspícios da FIFA, para incluir os campeões de Europa, América do Sul, Ásia, África, Oceania e Concacaf, e passaria a ser disputada como torneio oficial.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} O Jornal do Brasil de 23 de janeiro de 1970 observou que várias Confederações continentais já possuíam seus torneios continentais de clubes (naquela altura, Europa, América do Sul, América Norte-Central, Ásia e África já possuíam) e que para a FIFA "nada mais justo que agora ela possa a organizar a partir de 1971 um torneio oficial e indicar o campeão mundial de clubes.".<ref>{{citar web |url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19700123&printsec=frontpage&hl=pt-BR |título=Súmula|data=23/1/1970|website=Jornal do Brasil - Súmula p.28 |websitepagina=news.google.com28}}</ref>
 
Em seu Congresso de 23 de junho de 1970, a FIFA propôs a ideia de um Campeonato Mundial de Clubes, aberto ao mundo todo (aos campeões de todas as federações continentais), através de uma proposta de seu então presidente [[Stanley Rous]]. Porém a proposta foi rechaçada pela maior parte dos representantes europeus no Congresso. A ideia de um Mundial de Clubes foi, entretanto, apoiada por João Havelange e pelo então presidente da Conmebol, e visava substituir a [[Copa Intercontinental]], restrita a europeus e sul-americanos.[[Stanley Rous]]{{Carece de fontes|data=setembro de 2020}} A proposta da FIFA de 1970 foi mal- sucedida por oposição dos europeus (como em 1962 e 1967), a diferença sendo que em 1962 e 1967 os sul-americanos também rechaçaram a proposta da FIFA mas em 1970 eles apoiaram a ideia, tendo esse apoio sido costurado no Congresso da CONMEBOL realizado em Santiago do Chile em 1970.<ref name="Mundo Deportivo 1975" />
 
Em 1973, o jornal francês [[L'Equipe]] (o mesmo jornal que deu a ideia para a criação da [[Copa dos Campeões da UEFA]])<ref>{{citar nameweb|url="uefa.com">[http://www.uefa.com/newsfiles/240459.pdf ''|titulo=50 Years of the European Cup''.|data=outubro Site da UEFA. Acesso emde 2004|acessodata=4 de fevereiro de /2/2013]|website=UEFA}}</ref> se ofereceu para organizar o Mundial de Clubes em Paris com os quatro campeões continentais então existentes (UEFA, CONMEBOL, CONCACAF, CAF - no caso da AFC, o torneio continental de clubes asiáticos foi descontinuado depois de 1971, e a proposta do L'Equipe vislumbrava a inclusão do campeão asiático tão logo fosse relançado o torneio deste continente). Mostraram-se favoráveis à ideia o presidente da CONMEBOL, Teofilo Salinas, o então candidato à presidência da FIFA, João Havelange, o presidente da Associação Francesa de Futebol Fernand Sastre, e as confederações africana e norte-centro-americana-caribenha de futebol (CAF e CONCACAF).{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1974, após ser eleito presidente da FIFA (substituindo [[Stanley Rous]]), [[João Havelange]] anuncia seu desejo de criar uma "Copa Intercontinental de Clubes" com a participação de todos os continentes, não só Europa e América do Sul.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1975, o mesmo jornal francês [[L'Equipe]], através de seu diretor Jacques Goddet, apresentou novamente esta proposta, durante as celebrações pelos 20 anos da Copa dos Campeões da Europa.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} No mesmo ano, a AFA (Associação de Futebol Argentina) também se mostrou favorável a uma Copa do Mundo de Clubes organizada pela FIFA (com todos os campeões continentais), sendo que a Conmebol estudaria o assunto para dar sua posição final, enquanto a UEFA prosseguia sendo contrária à ideia, sobretudo através de seu então presidente [[Artemio Franchi]].<ref name="Mundo Deportivo 1975" />
 
=== Década de 1990 ===
Em 1993, a FIFA relançou a ideia de uma Copa do Mundo de Clubes na reunião do seu Comitê Executivo, realizada em Las Vegas em dezembro daquele ano. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo de 16 de junho de 1994, a ideia teria sido desta vez lançada por [[Silvio Berlusconi]].{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}
 
Em 1996, o Comitê Executivo da FIFA aprovou a ideia da competição.{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} Em 1997, 35 anos após o lançamento original da ideia em 1962, a FIFA anunciou que criaria uma competição mundial de clubes.<ref>{{citar web periódico|url=https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19970724&printsec=frontpage&hl=pt-BR |títulotitulo=Jornal do Brasil - FIFA quer um mundial de clubes |websitedata=news.google.com24/7/1997|pagina=30|jornal=Jornal do Brasil}}</ref>
 
== A posição da FIFA sobre competições anteriores ao Campeonato Mundial de Clubes de 2000 ==
{{VT|Lista de títulos internacionais de clubes brasileiros de futebol|l1=}}Antes da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, alguns jogos e algumas competições (''jogos entre campeões escocês e inglês/1886-1901, Troféu Sir Thomas Lipton/1909-1911, Copa das Nações/1930, Copa Rio Internacional/1951-1952, Copa Rivadavia/1953, amistosos do Wolverhampton/1954, [[Pequena Taça do Mundo]]/1952-1957 e 1963, [[International Soccer League]]/1960-1965, Copa Intercontinental/1960-2004, [[Mundialito de Clubes (futebol)|Mundialito de Clubes]]/1981-1987'')<ref>Ver o item "Antecedentes" sobre o tratamento de "título mundial de clubes" dado a estes jogos e competições.</ref> chegaram a receber, em alguns países e épocas específicos, o tratamento de "título mundial de clubes". A FIFA tem conhecimento do fato de que essas competições (como o Troféu Lipton e a Copa Intercontinental<ref name=":14" />) chegaram a ser tratadas em alguns países como "Mundiais de Clubes": segundo textos no site da FIFA (textos de notícias, não listados como documentos oficiais da entidade), no caso da Copa Intercontinental, os clubes eram chamados de campeões mundiais,<ref name=":14">[http{{Citar web|url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/y=2005/m=12/news=are-the-champions-101662.html Texto ''|titulo=We Areare The Champions''.the champions|data=1 de dezembro de /12/2005. Do site da FIFA. Acesso em |acessodata=4 de fevereiro de /2/2013: clubs that have been '''''NAMED''''' world champions]|website=FIFA|lingua=en-GB}}</ref> podem alegar terem sido campeões mundiais,<ref>[http{{Citar web|url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/y=2005/m=12/news=ten-things-you-never-knew-101851.html Texto ''|titulo=Ten things you never knew...'' Site da FIFA. Acesso em |data=8/12/2005|acessodata=15 de dezembro de /12/2015. Sobre os título do São Paulo Futebol Clube na Copa Intercontinental em 1992 e 1993, diz que "Among this year's six representatives, Brazil's Sao Paulo are the only team that CAN CLAIM to have been world champions."]|website=FIFA|lingua=en-GB}}</ref> eram "campeões mundiais" (entre aspas)<ref>[{{Citar web|url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/ten-tips-the-planet-top-club-tournament-99481 Texto ''|titulo=Ten tips on the planet's top club tournament'', do site da FIFA, de |data=28 de julho de 2015. Acesso em /7/2005|acessodata=4 de fevereiro de /2/2013. Na lista de textos sobre o Mundial de 2005, este texto traz o subtítulo ''Mixing old with new, we round up some facts and stats about the competitions that for 45 years have produced the'' '''''"WORLD CLUB CHAMPIONS"''''' (a expressão world club champions é colocada entre aspas no texto)]|website=FIFA|lingua=en-GB}}</ref> de um mundial "simbólico",<ref name=":13" /> que não tinha a mesma "dimensão" do Mundial de Clubes da FIFA e que não era um mundial "verdadeiro"; enquanto, segundo textos no site da FIFA, os clubes campeões da Copa do Mundo de Clubes da FIFA são "verdadeiros" campeões mundiais<ref name=":13" /> e podem ser "verdadeiramente" considerados campeões mundiais,<ref>[http{{Citar web|url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/y=2005/m=7/news=continental-champions-prepare-for-tokyo-draw-99485.html Texto ''|titulo=Continental champions prepare for Tokyo draw'', do site da FIFA, |data=28 de Julho de /7/2005. Acesso em |acessodata=8 de março de /3/2015: Initially a one|website=FIFA|lingua=en-off contest between the champions of South America and Europe, the Toyota Cup, which superseded the Intercontinental Cup in 1980, has been revamped by FIFA to reach out to all confederations and associations across the globe so the winners may '''''TRULY''''' be regarded as the best club side in the world.]GB}}</ref> pois, segundo estes textos do site da FIFA, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA é o "verdadeiro" confronto mundial de clubes.<ref>[{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20140407142155/http://www.fifa.com/tournaments/archive/clubworldcup/japan2005/news/index,pagejapan-welcomes-the-world-with-open-arms-99480|titulo=13.htmx Texto ''Japan welcomes the world with open arms'', do site da FIFA.recuperado pelo Way Back Machine. Texto de |data=28 de julho de /7/2005. Acesso em |acessodata=4 de fevereiro de /2/2013. Na lista de textos sobre o Mundial de 2005, este texto traz o subtítulo Brought up watching the annual Europe-South America clash, Japanese fans are counting the days to the kick off of the '''''TRUE''''' world club showdown.]|website=FIFA}}</ref> Apesar de "simbólica" enquanto título mundial, a Copa Intercontinental é oficial em nível confederativo. Todas as edições da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, sempre foram consideradas títulos oficiais pela [[UEFA]] e [[CONMEBOL]].<ref name="auto5">{{citar web |último=uefa.com |primeiro= |url=https://www.uefa.com/teamsandplayers/teams/club=52682/profile/index.html |título=Man. United |website=Uefa.comUEFA}}</ref><ref name="pla.net.py" /> Alguns textos do site da FIFA citam a Copa Intercontinental como predecessora da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.<ref name="auto4" /><ref>{{citar web |último=FIFA.com |primeiro= |url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/river-s-japanese-obsession-2743648 |título=FIFA Club World Cup UAE 2018 - News - River’s Japanese obsession - FIFA.com |data=11/12/2015|website=www.fifa.comFIFA}}</ref><ref>{{citar web |último=FIFA.com |primeiro= |url=https://www.fifa.com/clubworldcup/news/suarez-sets-up-return-to-his-roots-2746230 |título=FIFA Club World Cup UAE 2018 - News - Suarez: It was like a dream - FIFA.com |data=17/12/2015|website=www.fifa.comFIFA}}</ref>
 
Segundo texto do site da FIFA, a partir do desenvolvimento do futebol em outras regiões do mundo (além de Europa e América do Sul), se tornou "irrealista" conferir o título simbólico de "campeão mundial de clubes" aos vencedores do confronto "Europa X América do Sul", sendo esta a fundamentação da criação do Mundial de Clubes da FIFA,<ref name=":13" /> cuja criação foi proposta pela primeira vez em 1967 pelo presidente da FIFA [[Stanley Rous]] com o objetivo de incluir os campeões de Ásia ([[Confederação Asiática de Futebol]]) e [[CONCACAF]], que em 1967 haviam estabelecido seus torneios continentais de clubes. Porém, [[UEFA]] e [[CONMEBOL]] recusaram esta proposta de expansão da Copa Intercontinental.<ref name="mundodeportivo.com4" /><ref name="archiviolastampa.it3" /><ref name="abc.es">{{citar web periódico|url=httphttps://hemerotecawww.abc.es/navarchivo/Navigate.exe/hemerotecaperiodicos/abc-madrid/abc/1967/11/03/097-19671103-97.html |títulotitulo=ABCLa (Madrid)FIFA -no quiere saber 03/11/1967nada de la Final Intercontinental, p.pues 97para -ella ABC.es Hemerotecaun partido "amistoso"|websitedata=hemeroteca.abc.es3/11/1967|pagina=97|jornal=ABC Madrid}}</ref> A Copa do Mundo de Clubes da FIFA teria sua primeira edição disputada no ano de 2000.
 
O Relatório de Atividades de 2005 da FIFA informa que a preeminência de Europa e América do Sul no futebol mundial no final dos anos 1950, aliado ao fato que possuíam os dois únicos torneios continentais de clubes até então existentes, fez com que fosse natural que o "título mundial" fosse disputado entre os vencedores dos dois torneios continentais citados. Afirma que, com o tempo, o futebol "caminhou um longo caminho" desde que o desafio intercontinental foi lançado pela primeira vez, e que todas as confederações organizavam torneios continentais de clubes, e lhes era negado, já há muitos anos, acesso a um evento de alcance mundial, e que para a FIFA, isso era razão suficiente para envolver-se em competições de clubes, organizando a edição inaugural do Campeonato Mundial de Clubes FIFA 2000 no Brasil, adicionado que o torneio ficou "no gelo" por algum tempo em função de alguns problemas, mas que, no fim de fevereiro de 2004, o Comitê Executivo da FIFA endossou a criação da [[Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2005]], sendo o torneio uma expressão da solidariedade no futebol pois permite a participação de todas as confederações sem colocar um fardo sobre os clubes europeus e sul-americanos, que entram nas semifinais e disputam no máximo 2dois jogos.<ref name="fifa.com1">[https://{{Citar web.archive.org/web/20160204191327/|url=https://resources.fifa.com/mm/document/affederation/administration/01/68/21/16/activityreportapril2004-may2005_neutral.pdf |titulo=Relatório de Atividades FIFA 2004/2005. Acesso em |acessodata=6 de janeiro de /1/2015. Página |website=FIFA|ano=2005|pagina=61.]|urlmorta=yes|wayb=20160204191327}}</ref>
 
O Comitê Executivo da FIFA é, segundo a mesma, o único órgão da entidade com legitimidade para decidir sobre o reconhecimento oficial de competições que não foram organizadas pela entidade.<ref name=":15" /> Não há evidências de que o Comitê Executivo da FIFA tenha endossado a visão de que a Copa Intercontinental seria um Mundial de Clubes reconhecido pela entidade. No Relatório de Atividades da FIFA de 2005, afirma-se que a Copa Intercontinental foi criada com o objetivo de ser um título Mundial de Clubes, mas não há menção a tal visão ter sido oficialmente endossada pelo Comitê Executivo da FIFA, com o documento informando que a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2005 foi endossada pelo Comitê Executivo da entidade, sem menções neste caso à Copa Intercontinental.<ref name="fifa.com1" /> O documento oficial da FIFA sobre a Copa do Mundo de Clubes, o ''Statistical Kit'',<ref name="FIFA Official Documents">{{citar web |último=FIFA.com |primeiro= |url=http://www.fifa.com/about-fifa/official-documents/index.html |título=FIFA Official Documents |website=FIFA.com}}</ref> considera a Copa Intercontinental como competição "absorvida" ou "fundida" à Copa do Mundo de Clubes da FIFA em 2005, considera a Copa Intercontinental uma competição endossada por UEFA e CONMEBOL (não pela FIFA), com este documento utilizando a palavra ''world'' (mundo, mundial) somente no que diz respeito à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, de 2000 e a partir de 2005.<ref name="FIFA Official Documents">{{citar web|url=https://resources.fifa.com/image/upload/statistical-kit-fifa-club-world-cup-uae-2018.pdf?cloudid=mkbo3nwk4btahl9gwtwl|título=Statistical Kit|acessodata=24/10/2020|website=FIFA|ano=2018|pagina=13}}</ref> Já no caso do Troféu Lipton, também segundo a FIFA, este foi a primeira ''tentativa'' de que se tem notícia de se fazer um Mundial de Clubes. Entretanto, a FIFA não reconhece oficialmente essas competições como sendo Mundiais de Clubes, tendo deixado isso claro em 1960,<ref name=":35" /> 1967,<ref name="mundodeportivo.com4" /><ref name="Mundo Deportivo 1967" /> 1970, 2000,{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}} 2006,<ref>{{citar web |url=http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Arquivo/0,,AA1390484-7170,00.html |título=GloboEsporte.com > Especiais - NOTÍCIAS - Timão é o primeiro campeão mundial, diz Blatter |data=17/12/2006|website=globoesporte.globoGloboEsporte.com|autor=Thiago Dias}}</ref> 2007,<ref>{{citar web |último=FIFA.com |primeiro= |url=http://www.fifa.com/about-fifa/news/y=2007/m=12/news=approval-for-refereeing-assistance-programme-and-upper-altitude-limit--660747.html |título=Approval for Refereeing Assistance Programme and upper altitude limit for FIFA competitions |data=15 de dezembro de /12/2007 |website=FIFA.com}}</ref> 2011<ref>{{Citar web |url=https://cidadeverde.com/noticias/89822/fifa-coloca-time-do-corinthians-como-1-campeao-do-mundo |titulo=Fifa coloca time do Corinthians como 1º campeão do Mundo |data=12/12/2011 |acessodata=2020-09-27 |website=CidadeVerde.com |lingua=en}}</ref> e 2012,<ref name="lancenet.com.br">[{{Citar web|url=https://extra.globo.com/esporte/no-sorteio-timao-apresentado-como-primeiro-vencedor-da-copa-do-mundo-de-clubes-da-fifa-6180131.html "|titulo=No sorteio, Timão é apresentado como 'primeiro vencedor da Copa do Mundo de Clubes da Fifa" '|data=27/9/2020|acessodata=2020-10-24|website=Extra (24 de setembro de 2012). Acesso em 27 de setembro de 2020.]Online}}</ref> reconhecendo como Mundiais de Clubes apenas as edições da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, sendo esta uma decisão tomada em 2007 em caráter definitivo<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20071217083333/http://esportes.terra.com.br/futebol/mundialdeclubes2007/interna/0,,OI2156134-EI10600,00.html |título=Fifa considera Corinthians 1º campeão mundial - Terra - Mundial de Clubes |data=15/12/2007 |website=esportes.terra.com.brTerra|urlmorta=yes|wayb=20071217083333}}</ref> pelo Comitê Executivo da FIFA, segunda instância em hierarquia dentro da estrutura da FIFA (abaixo apenas do Congresso da entidade)<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20110517000203/https://www.fifa.com/mm/document/fifafacts/organisation/52/00/05/fs-100_07e_exco.pdf |título=Do site da FIFA (acesso em 5 de fevereiro de 2013): sobreSobre o Comitê Executivo.|acessodata=5/2/2013|website=FIFA|urlmorta=yes|wayb=20110517000203}}</ref> e única instância da FIFA com legitimidade para decidir sobre o reconhecimento oficial de competições que não foram organizadas pela entidade.<ref name=":15" />
[[Ficheiro:Sepp_Blatter.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|302x302px|[[Joseph Blatter]], presidente da FIFA, que em 2000 conseguiu realizar o que seus antecessores [[Stanley Rous]] e [[João Havelange]] propuseram em 1967, 1970 e 1974: criar a Copa do Mundo de Clubes.]]
Em 2000, o presidente da FIFA Joseph Blatter justificou esse não-reconhecimento da FIFA pelo fato de que as competições criadas anteriormente à Copa do Mundo de Clubes da FIFA eram competições de acesso restrito a clubes de, no máximo, 2dois continentes,{{Carece de fontes|data=data=setembro de 2020}}e reafirmou essa visão em 2012, afirmando que a lógica da FIFA é que todas as confederações filiadas à FIFA têm que ter o direito de participar no Mundial.<ref name="lancenet.com.br" /> Também em 2000, a FIFA respondeu a um fax do jornal Gazeta Esportiva, deixando claro que não reconhece nem a Copa Rio Internacional nem a Copa Intercontinental como Mundiais de Clubes, porque não foram organizadas pela FIFA e também pela questão da abrangência geográfica das competições.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20121230190318/http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/12/campeonatos-mundial-de-clubes-fifa-2012/em-2000-fifa-confirmou-a-gazeta-esportiva-corinthians-1-campeao.html |título=Em 2000, Fifa confirmou à Gazeta Esportiva: Corinthians 1º campeão - |data=16/12/2012|website=Gazeta Esportiva.Net |dataurlmorta=30 de dezembro de 2012 yes|websitewayb=web.archive.org20121230190318}}</ref> Blatter já havia dado declarações nesse mesmo sentido em 1999, quando, comentando um possível desinteresse europeu por jogos entre times de Ásia e Oceania no Mundial FIFA 2000, afirmou que a ideia de um "Mundial de Clubes" era incluir times do mundo todo e ser interessante não só para europeus mas para espectadores do mundo todo.<ref name=":17" /> A abrangência geográfica é, de fato, uma diferença entre a Copa do Mundo de Clubes da FIFA e as competições de clubes anteriores a ela. Isso, pois, anteriormente à criação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, havia competições de clubes representativas de dois continentes, que davam oportunidade de classificação limitada a clubes originários de, no máximo, 2dois continentes, como a [[Copa Intercontinental]] CONMEBOL/UEFA, a [[Copa Interamericana]] CONMEBOL/CONCACAF e o [[Campeonato Afro-Asiático de Clubes]] CAF/AFC. A Copa do Mundo de Clubes da FIFA foi a primeira competição de clubes organizada pela FIFA, a única autoridade com jurisdição mundial no futebol, e foi a primeira competição de clubes da história a dar ''oportunidade de participação a todos os clubes do mundo'' (em função do critério classificatório via títulos continentais de todas as seis federações continentais filiadas à FIFA), como já ocorria no caso das seleções nacionais desde 1930, quando houve a criação da Copa do Mundo da FIFA (a Copa do Mundo de 1930<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20160112043934/https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/020329_copa30.shtml |título=1930: Uruguai vence em casa a primeira Copa - |data=3/4/2002|website=BBC Brasil|autor=Ricardo - BBC World Service Acampora|websiteurlmorta=www.bbc.comyes|wayb=20160112043934}}</ref> e as [[Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA|Eliminatórias das Copas do Mundo]] de 1934 em diante,<ref>{{Nota de rodapé|A Copa de 1930 foi a única que não teve Eliminatórias, pois em 1930 todos os países filiados à FIFA foram convidados à Copa e apenas 13 aceitaram participar.</ref>}} deram oportunidade de participação a todos os países do mundo que fossem filiados à FIFA,<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20110430035010/http://www.fifa.com/mm/document/fifafacts/organisation/52/00/10/fs-120_01a_mas.pdf |título=FIFA: lista de países filiados, com ano de filiação. Acesso em |acessodata=4 de fevereiro de /2/2013.|website=FIFA|urlmorta=yes|wayb=20110430035010}}</ref> que quisessem participar e se inscrevessem, independente do seu continente de origem).<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20100602004441/https://www.fifa.com/mm/document/fifafacts/mencompwc/51/97/75/fs-201_19a_fwc-prel-history.pdf |título=FIFA: História das Eliminatórias da Copa do Mundo. Acesso em |acessodata=4 de fevereiro de /2/2013.|urlmorta=yes|wayb=20100602004441}}</ref>
 
No caso da Copa Rio de 1951, o presidente da FIFA Joseph Blatter afirmou que a entidade consideraria o Palmeiras como sendo campeão mundial, dando-lhe um certificado de reconhecimento, mas que a entidade não equipararia oficialmente a competição de 1951 às edições da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.<ref name="globoesporte.globo.com">{{citar web |último=Paulo |primeiro=Por GloboEsporte comSão |url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2014/08/presidente-da-fifa-reconhece-titulo-de-51-como-mundial-do-palmeiras.html |título=Presidente da Fifa reconhece título de 51 como mundial do Palmeiras |data=9/8/2014|website=globoesporte.comGloboEsporte}}</ref><ref name="www1.folha.uol.com.br" /> Posteriormente, a FIFA atestou que, após reunião de seu Comitê Executivo em junho de 2014, qualificou a Copa Rio de 1951 como o primeiro torneio entre clubes de Europa e América do Sul em abrangência mundial ou a "1ª competição mundial de clubes" de acordo com [[Comitê Executivo da FIFA|documento oficial]],<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20190424180729/http://www.palmeiras.com.br/public/upload/documento/uploads/documento_567.pdf |título=Documento Comitê Executivo da FIFA - 07|data=7/066/2014 |acessodata=24 de abril de /4/2019 |publicado=[[Sociedade Esportiva Palmeiras]]|urlmorta=yes|wayb=20190424180729}}</ref> mas reiterou que o primeiro mundial de clubes da entidade foi o realizado em 2000 e vencido pelo Corinthians.<ref name="auto1" />
 
No dia 27 de outubro de 2017, durante uma reunião realizada na [[Índia]], o Conselho da FIFA aceitou a solicitação feita pelo presidente da CONMEBOL, [[Alejandro Domínguez (dirigente esportivo)|Alejandro Domínguez]], e reconheceu os vencedores da Copa Intercontinental como campeões mundiais,<ref name="ESPN">{{citar web |url=http://espn.uol.com.br/noticia/738458_fifa-reconhece-titulos-mundiais-de-santos-flamengo-gremio-e-sao-paulo |título=Fifa reconhece títulos mundiais de Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo |acessodatadata=6 de novembro de 2017 |publicado=ESPN}}<27/ref><ref name="Veja">{{citar web |url=http:10//veja.abril.com.br/placar/fifa-reconhece-santos-fla-e-gremio-como-campeoes-mundiais/ |título=Fifa reconhece Santos, Fla e Grêmio como campeões mundiais 2017|acessodata=6 de novembro de /11/2017 |publicado=VejaESPN}}</ref> no entanto, sem promover a unificação da Copa Intercontinental com a [[Copa do Mundo de Clubes da FIFA|atual competição da entidade]].<ref name=":17" /><ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20180616130710/https://www.fifa.com/fifa-tournaments/statistics-and-records/clubworldcup/index.html |título=FIFA Club World Cup |acessodata=9 de novembro de /11/2017 |publicado=[[Federação Internacional de Futebol|FIFA]]|urlmorta=yes|wayb=20180616130710}}</ref>
 
== Ver também ==