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Os litorais [[Rio Grande do Sul|gaúcho]] e [[Santa Catarina|catarinense]], ao tempo da descoberta europeia (século XVI), eram habitados pelos carijós, os quais se estendiam pelo interior, às margens da imensa [[Lagoa dos Patos]]. Os carijós eram considerados, pelos colonizadores portugueses, índios dóceis, trabalhadores e bem-intencionados. Eram aparentados aos índios [[guaranis]], os quais efetuaram uma marcha migratória do [[Paraguai]] para o sul do litoral brasileiro, onde vieram a constituir as aldeias.
 
Tendo naufragado nas proximidades da [[Ilha de Santa Catarina]] um navio português, seus tripulantes atingiram a terra, então campeada pelos índios [[guarani]]s. Entre os náufragos, estavam o português [[Henrique Montes]], o castelhano [[Melchior Ramirez]] e o negro Francisco Pacheco, além de outros. Como sucedeu a [[Caramuru]] e a [[João Ramalho]], estes uniram-se às índias, adotando um novo regime de vida.
 
[[Juan de Ayolas]], na conquista do [[Paraguai]], encontrou-se com os carijós à margem de um rio que deságua vinte quilômetros acima da foz do ramo principal do [[rio Pilcomayo]], onde os ameríndios em questão possuíam uma aldeia cercada por uma [[paliçada]] dupla e guarnecida de "bocas de lobo" (escavações com [[estrepe]]s no fundo). Os espanhóis, acossados pela fome, marcharam resolutamente para a [[vitória]]. Os índios, ao ouvirem os primeiros estampidos das armas de fogo, fugiram em corrida, caindo muitos nas próprias esparrelas que haviam armado aos invasores. Depois de ocupar a aldeia, Ayolas deu-lhe o nome de [[Assunção]], em homenagem à [[Assunção de Maria|assunção de Nossa Senhora]].
 
Os carijós estavam virtualmente extintos em meados do [[século XVIII]], vítimas da escravização nas plantações de cana-de-açúcar da [[Baixada Santista]].<ref name="BUENO, E. 1999. p. 58">BUENO, E. ''Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores''. Rio de Janeiro. Objetiva. 1999. p. 58.</ref>