Corrida aos bancos: diferenças entre revisões

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Uma '''corrida aos bancos''' (também chamada '''corrida aos depósitos''') ocorre quando um grande número de clientes de um [[banco]] levanta os seus [[depósito]]s porque crêem que o banco está, ou pode ficar, [[Insolvência|insolvente]]. À medida que o pânico progride, gera o seu próprio momento, como uma [[profecia autorrealizável]] (ou [[retroalimentação positiva]]): à medida que mais pessoas levantam os seus depósitos, a probabilidade de incumprimento do banco aumenta, e isto encoraja mais levantamentos. Isto pode desestabilizar o banco ao ponto de este ficar à beira da falência.<ref name=Diamond2007>{{citar periódico|periódico= Fed Res Bank Richmond Econ Q |ano=2007 |volume=93 |número=2 |páginas=189–200 |título= Banks and liquidity creation: a simple exposition of the Diamond-Dybvig model |autor = Diamond DW |url=http://www.rich.frb.org/publications/research/economic_quarterly/2007/spring/pdf/diamond.pdf |formato=PDF}}</ref>
 
Um '''pânico bancário''' ou '''pânico dos bancos''' é uma [[crise financeira]] que ocorre quando muitos bancos são alvo de corridas aos depósitos simultaneamente. Uma '''crise bancária sistémica''' ocorre quando todo ou quase todo o capital dos bancos de um país é liquidado.<ref name=imf2008/> A cadeia de falências resultante pode causar uma longa [[recessão económica]].<ref name=Wicker>{{citar livro|autor = Wicker E |título= The Banking Panics of the Great Depression |publicado= Cambridge University Press |ano=1996 |isbn=0521663466}}</ref> Muito do prejuízo económico da [[Grande Depressão]] foi diretamente causado por corridas aos bancos.<ref name=Bernanke>{{citar periódico|autor = [[Ben Bernanke|Bernanke BS]] |título= Nonmonetary effects of the financial crisis in the propagation of the Great Depression |periódico= Am Econ Rev |ano=1983 |volume=73 |número=3 |páginas=257–76}}</ref> O custo de resolução de uma crise bancária sistémica pode ser enorme, com custos fiscais equivalentes, em média, a 13% do [[PIB]] e perdas de produção equivalentes, em média, a 20% do PIB nas crises importantes ocorridas entre 1970 e 2007.<ref name=imf2008>{{citar periódico|url=http://imf.org/external/pubs/ft/wp/2008/wp08224.pdf |formato=PDF |acessodata=2008-09-29 |autor = Laeven L, Valencia F |título= Systemic banking crises: a new database |versão= IMF WP/08/224 |publicado= International Monetary Fund |ano=2008}}</ref>
Várias técnicas podem ajudar a prevenir corridas aos bancos. Entre elas incluem-se a suspensão temporária dos levantamentos, a organização de [[Banco central|bancos centrais]] que funcionam como [[emprestador de último recurso|emprestadores de último recurso]], a proteção de sistemas de [[seguro de depósitos]] como o [[fundo de garantia bancária]] em Portugal, ou a ''[[Federal Deposit Insurance Corporation]]'' nos Estados Unidos,<ref name=Diamond2007/> e [[regulação bancária]] governamental.<ref name=Heffernan>{{citar livro|autor = Heffernan S |capítulo= The causes of bank failures |páginas=366–402 |editor= Mullineux AW, Murinde V |título= Handbook of international banking |ano=2003 |publicado= Edward Elgar |isbn=1840640936}}</ref> Estas técnicas nem sempre funcionam: por exemplo, mesmo com seguro de depósitos, os depositantes podem mesmo assim ser motivados pela crença de que podem não ter acesso imediato aos depósitos durante a reorganização bancária.<ref name=WaMu-LAT>{{citar jornal|autor = Reckard ES, Hsu T |título= U.S. engineers sale of WaMu to JPMorgan |obra= Los Angeles Times |data=2008-09-26 |acessodata=2008-09-26 |url=http://www.latimes.com/business/la-fi-wamu26-2008sep26,0,614943.story}}</ref>