Assassinato de Marielle Franco: diferenças entre revisões

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Em meados de julho de 2020, após dois anos sem respostas sobre como os executores da vereadora tiveram acesso a munições de uso restrito da Polícia Federal, o delegado encarregado do caso requereu o arquivamento do processo, que havia sido aberto a pedido do [[Ministério Público Federal]]. Entretanto, o procurador Eduardo Benones não aceitou o arquivamento e solicitou o aprofundamento da investigação, com o argumento de que esta não se destinava apenas à responsabilização de agentes públicos, mas que principalmente se destinava a ser uma resposta do Estado Brasileiro às muitas perguntas sobre um crime "cujo caráter é notoriamente transcendental”. Com esse propósito, o Ministério solicitou um exame pericial na munição, para saber se era uma carga original, e um pedido de explicação para a fabricante dos projéteis, que teria produzido um volume superior ao permitido pelo Exército.<ref>{{Citar web|url=https://veja.abril.com.br/brasil/o-misterio-da-bala-que-matou-marielle-franco-continua/|autor= Thiago Bronzatto|título=O mistério da bala que matou Marielle Franco continua|publicado=Veja|data=18 de fevereiro de 2020|acessodata=20 de julho de 2020}}</ref>
=== Prisões e condenações ===
Em 30 de maio de 2018, a polícia prendeu Thiago Bruno Mendonça, conhecido como "Thiago Macaco", que era acusado de matar Carlos Alexandre Pereira Maria, "O Cabeça", um colaborador do vereador Marcello Siciliano. Thiago Macaco também é citado no depoimento de um ex-miliciano apontado uma testemunha-chave do caso. Segundo a fonte, Thiago seria ligado a Orlando de Curicica, chefe da milícia da Boiúna, atualmente preso. Os dois teriam participado do assassinato da parlamentar, que estaria atrapalhando os negócios do grupo paramilitar na Zona Oeste. Esses negócios também interessariam a Siciliano, que negava as acusações. A testemunha ainda relatou que Thiago Macaco teria sido responsável pela clonagem do Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos para cometer o crime. Os agentes já haviam cumprido a prisão temporária de Rondinele de Jesus Da Silva, "O Roni", ocorrido no dia 19 de maio, pelo mesmo delito.<ref>{{Citar web|url= https://oglobo.globo.com/rio/preso-suspeito-de-envolvimento-no-assassinato-de-marielle-franco-22732381|título=Preso suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco|publicado=O Globo|data=30 de maio de 2018|acessodata=31 de maio de 2018}}</ref>
 
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Em outubro, o ex-policial Elcio Vieira de Queiroz foi condenado a cinco anos de prisão e pagamento de multa pelo porte de munição e pela posse de armas de fogo, munições e carregadores, no dia em que foi preso, em 12 de março de 2019. Nessa data, policiais civis e dois promotores de Justiça foram à casa de Queiroz para cumprir uma ordem de prisão, pela suspeita de envolvimento na morte da vereadora e de seu motorista, e outra de busca e apreensão, para recolher possíveis provas do crime. Em revista, eles encontraram oito munições de fuzil de calibre 5,56 mm no seu carro e, na sua casa, encontraram uma pistola Glock calibre ponto 380, com cinco carregadores e 46 munições, além de uma pistola Taurus calibre ponto 40, com três carregadores e 72 munições. A pena seria cumprida em regime aberto se Queiroz já não estivesse preso preventivamente em razão dos homicídios, na Penitenciária Federal de Porto Velho. A sentença foi emitida em 11 de setembro pelo juiz André Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.<ref>{{Citar web|url=https://jornaldebrasilia.com.br/politica-e-poder/acusado-pela-morte-de-marielle-franco-e-condenado-por-porte-e-posse-de-armas-e-municoes/|título=Acusado pela morte de Marielle Franco é condenado por porte e posse de armas e munições|publicado=Jornal de Brasília|data=13 de outubro de 2020|acessodata=7 de novembro de 2020}}</ref>
 
== Repercussão ==