Legião Estrangeira Francesa: diferenças entre revisões

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{{Info/Unidade Militar
{{Sem fontes|data=julho de 2019}}
|nome = Legião Estrangeira Francesa<br />''Légion étrangère''
{{Info Militar
|nome imagem = LégionFlag of Étrangèrelegion.svg
|imagem_legenda = O emblema de [[Granada (insígnia)|granada]] e as cores da Legião Estrangeira
|imagem = Flag of legion.svg
|legendapaís = Brasão de armas da Legião= Estrangeira{{flag|França}}
|país subordinação = {{FRAExército|França}}
|força unidade = [[ExércitoLista de voluntários estrangeiros|Legião FrancêsEstrangeira]]
|tipo_unidade = Infantaria aerotransportada, infantaria leve, infantaria blindada, cavalaria blindada, engenheiros de combate, engenheiros aerotransportados, polícia militar estrangeira
|efetivo = c. 8.900 homens em onze regimentos e uma sub-unidade.
|periodo_atividade = 10 de março de 1831 – presente
|centro_comando = [[Aubagne]] <small>(Quartel General)</small><br/>
|aniversários = [[Batalha de Camarón|Dia da Camerone]] (30 de abril)
[[Calvi (França)|Calvi]] <small>(2° Regimento Estrangeiro de Paraquedistas)</small><br/>
|marcha = [[Le Boudin]]<ref name="youtube.com">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=QC6-AhOmnCk|título=Le Boudin – Musique de la Légion étrangère (vidéo officielle)|último =Musique de la Légion étrangère|data=16 de abril de 2013|via=YouTube}}</ref>
[[França Metropolitana]] <small>(5 regimentos)</small><br/>
|lema = ''[[Honneur et Fidélité|Legio Patria Nostra]]''<br />(A Legião é nossa Pátria)<ref name="auto">{{citation |url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=80&idA=110&block=6&idA_SM=0&titre=legion-etrangere-aujourd-hui |título=Official Website of the General Command of the Foreign Legion}}</ref><br />
[[Guiana Francesa]] <small>(3° regimento de infantaria)</small><br/>
''[[Honneur et Fidélité]]''<br />(Honra e Fidelidade)<ref name="auto"/>
[[Emirados Árabes Unidos]] <small>(13° Demi-Brigada)</small><br/>
|cores = Vermelho e Verde<br /><br />{{legend2|#155514|[[Boina verde|Verde]]|border=1px solid #AAAAAA}}<ref name="FFLTraditions" /><ref name="Uniform1">{{citar web|título=French Foreign Legion Uniforms |url=http://foreignlegion.info/uniforms/ |website=Foreign Legion Info}}</ref>
[[Mayotte]] <small>(Destacamento)</small>
|legenda_de_cores = Cores do ramo<br /><br />Cor da Boina
|lema = ''"Legio Patria Nostra"'' (A Legião é nossa Pátria)<br/>
|guerras/batalhas = * [[Conquista francesa da Argélia]]
"Honneur et Fidélité" (Honra e Fidelidade)<br/>
* [[Primeira Guerra Carlista]]
"Marche ou crève" (Marche ou morra)
* [[Guerra da Crimeia]]
|hino = Le Boudin
* [[Segunda Guerra de Independência Italiana]]
|comandante_supremo= [[General de brigada]] Christophe de Saint Chamas
* [[Segunda intervenção francesa no México]]
|insígnia = [[imagem:Grenade legion.svg|50px]]
* [[Expedição francesa na Coreia]]
|website =https://www.legion-etrangere.com/
* [[Guerra Franco-Prussiana]]
* [[Guerra Sino-Francesa]]
* [[Segunda Guerra Franco-Daomeana]]
* [[Segunda expedição de Madagascar]]
* [[Guerras Mandingo]]
* [[Primeira Guerra Mundial]]
* [[Exército do Levante|Campanha do Levante]]
* [[Guerra do Rife]]
* [[Segunda Guerra Mundial]]
** [[Campanha da Síria-Líbano]]
* [[Primeira Guerra da Indochina]]
* [[Guerra de Independência Argelina]]
* [[Segunda Guerra de Shaba]]
* [[Guerra Civil Libanesa]]
** [[Força Interina das Nações Unidas no Líbano]]<ref>{{citar web|url=https://www.un.org/en/peacekeeping/missions/unifil/|título=United Nations Interim Force in Lebanon (UNIFIL)}}</ref>
** [[Força Multinacional no Líbano]]
* [[Guerra do Golfo]]
* [[Guerra ao Terror]]
** [[Guerra Civil do Afeganistão]]
** [[Operação Liberdade Duradoura]]
*** [[Guerra do Afeganistão (2001–presente)|Guerra do Afeganistão]]
* [[Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim]]
* [[Segunda Guerra Civil da Costa do Marfim]]
* [[Guerra Civil do Mali]]
* [[Guerra Civil na República Centro-Africana (2012–presente)|Guerra Civil na República Centro-Africana]]
|efetivo = C. 8.900 homens em 11 regimentos e uma subunidade (a partir de janeiro de 2018)<ref name="FFLStructure2018">{{citar web|título=French Foreign Legion structure in 2018 |url=http://foreignlegion.info/2018/01/16/french-foreign-legion-structure-in-2018/ |website=Foreign Legion Info |data=16 de janeiro de 2018}}</ref>
|insígnia1 = [[Imagem:Grenade legion.svg|100px|center]]
|legenda_insígnia1 = Símbolo de identificação
|insígnia2 = [[Imagem:BananeLEor.jpg|200px|center]]
|legenda_insígnia2 = Identificação de ombro
|comandante = Brigadeiro-general Alain Lardet<ref name="FFLCommandant">{{citar web|título=The COMLE |url=https://www.legion-etrangere.com/mdl/pages.php?id=32 |website=Legion Etrangere |língua=Fr}}</ref>
|legenda_comandante= [[Comando da Legião Estrangeira|Comandante]]
|subcomandante = Mão de madeira do capitão [[Jean Danjou]] carregada por um oficial ou legionário selecionado dos [[Pioneiros da Legião Estrangeira]]<ref name="FFLTraditions">{{citar web|título=French Foreign Legion Traditions |url=http://foreignlegion.info/traditions/ |website=Foreign Legion Info |data=30 de junho de 2016}}</ref>
|legenda_subcomandante= Chefe-Cerimonial
|comandantes_notáveis = General [[Paul-Frédéric Rollet]]
|guarnição = {{Unbulleted list|'''[[França Metropolitana]]:'''}}
* [[Comando da Legião Estrangeira]]
* [[1.º Regimento Estrangeiro]]
* [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]
* [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]
* [[4.º Regimento Estrangeiro]]
* [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]]
* [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]]
* [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]]
* [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]]
** [[Pioneiros da Legião Estrangeira]]
* [[Grupo de Recrutamento da Legião Estrangeira]]
* [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]]
'''[[Calvi (Alta Córsega)|Alta Córsega]]:'''
 
'''[[Guiana Francesa]]:'''
 
'''[[Mayotte]]:'''
* [[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte]]
|internet = {{url|https://www.legion-etrangere.com/}}<br />(site oficial)<br />{{url|https://www.legion-recrute.com/}}<br />(site oficial de recrutamento)
}}
A '''Legião Estrangeira Francesa''' ('''FFL'''; {{lang-fr|''Légion étrangère''}}) é um ramo do serviço militar do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] criado em 1831. Legionários são soldados de infantaria altamente treinados e a Legião é única por ser aberta a recrutas estrangeiros dispostos a servir nas [[Forças Armadas Francesas]]. Quando foi fundada, a Legião Estrangeira Francesa não era a única; outras [[Origens da Legião Estrangeira Francesa|formações estrangeiras]] existiam na época na [[Monarquia de Julho|França]].<ref>Jean-Dominique Merchet, [http://secretdefense.blogs.liberation.fr/defense/2008/11/la-lgion-saccro.html La Légion s'accroche à ses effectifs]</ref> A Legião Estrangeira é hoje conhecida como uma unidade cujo treinamento se concentra nas habilidades militares tradicionais e em seu forte ''[[Moral|espírito de corpo]]'', pois seus homens vêm de diferentes países com diferentes culturas. Essa é uma forma de fortalecê-los o suficiente para trabalhar em equipe. Consequentemente, o treinamento é frequentemente descrito como não apenas fisicamente desafiador, mas também muito estressante psicologicamente. A cidadania francesa pode ser solicitada após três anos de serviço.<ref name="Tweedie" /> A Legião é a único ramo do Exército Francês que não jura lealdade à [[França]], mas à própria Legião Estrangeira.<ref>{{citar livro|título= Mercenaries: A Guide to Private Armies and Private Military Companies|url = https://books.google.com/books?id=EWQXBAAAQBAJ|publicado= CQ Press|data= 2013-12-27|isbn = 9781483364667|primeiro = Alan|último = Axelrod}}</ref> Qualquer soldado que for ferido durante uma batalha pela França pode imediatamente solicitar a cidadania francesa, de acordo com uma disposição conhecida como "''Français par le sang versé''" ("Francês pelo sangue derramado").<ref name="Tweedie" /> Em 2018, os membros vieram de mais de 140 países.
[[imagem:French Foreign Legion dsc06878.jpg|thumb|200px|Legionários uniformizados: ombreiras vermelhas sob paramentos verdes, faixa azul na cintura e [[quepe]] branco característicos. Eles portam o fuzil de assalto [[FAMAS]]]]
 
A '''Legião Estrangeira Francesa''' é uma unidade [[militar]] de elite da [[França]], criada no {{séc|XIX}}. É a mais famosa [[legião estrangeira]] ainda em operação no mundo.
Desde 1831, a Legião sofreu a perda de quase 40.000 homens em serviço ativo<ref>{{citar web|url=https://www.legion-etrangere.com/mdl/page.php?id=474&titre=La-Legion-ne-pleure-pas-ses-morts-elle-les-honore |língua=fr |último =Maurin |primeiro =Jean, Général |autorlink =Jean Maurin |data=4 de novembro de 2016 |título=La Légion ne pleure pas ses morts, elle les honore ! |obra=French Foreign legion |acessodata=7 de outubro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191007183056/https://www.legion-etrangere.com/mdl/page.php?id=474&titre=La-Legion-ne-pleure-pas-ses-morts-elle-les-honore |urlmorta= não|arquivodata=7 de outubro de 2019}}</ref> na [[França]], [[Argélia]], [[Marrocos]], [[Tunísia]], [[Madagascar]], [[África Ocidental]], [[México]], [[Itália]], [[Crimeia]], [[Espanha]], [[Indochina]], [[Noruega]], [[Síria]], [[Chade]], [[Zaire]], [[Líbano]], [[África Central]], [[Gabão]], [[Kuwait]], [[Ruanda]], [[Djibouti]], [[Iugoslávia]] , [[Somália]], [[República do Congo]], [[Costa do Marfim]], [[Afeganistão]], [[Mali]], entre outros. A Legião Estrangeira foi usada principalmente para ajudar a proteger e expandir o [[Império colonial francês]] durante o século XIX. A Legião Estrangeira estava inicialmente estacionada apenas na [[Argélia francesa]], onde participou da [[Pacificação da Argélia|pacificação]] e desenvolvimento da colônia. Posteriormente, a Legião Estrangeira foi implantada em uma série de conflitos, incluindo a [[Primeira Guerra Carlista]] em 1835, [[Guerra da Crimeia]] em 1854, [[Segunda Guerra de Independência Italiana]] em 1859, [[Segunda intervenção francesa no México]] em 1863, [[Guerra Franco-Prussiana]] em 1870, a [[Campanha de Tonquim]] e a [[Guerra Sino-Francesa]] em 1883, apoiando o crescimento do [[Império colonial francês]] na [[África subsariana]], [[Segunda Guerra Franco-Daomeana]] em 1892, [[Segunda expedição de Madagascar]] em 1895 e as [[Guerras Mandingo]] em 1894. Na [[Primeira Guerra Mundial]], a Legião Estrangeira lutou em muitas batalhas críticas na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]]. Teve um papel menor na [[Segunda Guerra Mundial]] do que na Primeira Guerra Mundial, embora tenha participado nas campanhas [[Campanha da Noruega|da Noruega]], [[Campanha da Síria-Líbano|Síria]] e [[Campanha Norte-Africana|Norte da África]]. Durante a [[Primeira Guerra da Indochina]] (1946-1954), a Legião Estrangeira viu seu número aumentar. A Legião Estrangeira perdeu um grande número de homens na catastrófica [[Batalha de Dien Bien Phu]].
 
Durante a [[Guerra de Independência Argelina]] (1954-1962), a Legião Estrangeira esteve perto de ser dissolvida depois que alguns oficiais, homens e o altamente condecorado [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REP) participaram do [[Putsch dos Generais]]. As operações durante este período incluíram a [[Crise de Suez]], [[Batalha de Argel (1956-1957)|Batalha de Argel]] e várias ofensivas lançadas pelo general [[Maurice Challe]], incluindo as Operações Oranie e [[Operação Jumelles|Jumelles]]. Nas décadas de 1960 e 1970, os regimentos da Legião tinham papéis adicionais no envio de unidades como uma [[Força de implantação rápida|força de desdobramento rápido]] para preservar os interesses franceses, em suas antigas colônias africanas e em outras nações também; também voltou às suas raízes de ser uma unidade sempre pronta para ser enviada para zonas de conflito em todo o mundo. Algumas operações notáveis incluem: o [[Conflito entre Chade e Líbia]] em 1969-1972 (a primeira vez que a Legião foi enviada em operações após a Guerra da Argélia), 1978-1979 e 1983-1987; [[Coluezi]] onde hoje é a [[República Democrática do Congo]] em maio de 1978. Em 1981, o [[1.º Regimento Estrangeiro]] e os regimentos da Legião Estrangeira participaram da [[Força Multinacional no Líbano]]. Em 1990, regimentos da Legião Estrangeira foram enviados ao [[Golfo Pérsico]] e participaram da [[Operação Daguet]], parte da [[Divisão Daguet]]. Após a [[Guerra do Golfo]] na década de 1990, a Legião Estrangeira ajudou na evacuação de cidadãos franceses e estrangeiros em Ruanda, Gabão e Zaire. A Legião Estrangeira também foi implantada no [[Camboja]], Somália, [[Sarajevo]], [[Bósnia e Herzegovina]]. Em meados da década de 1990, a Legião Estrangeira foi implantada na [[República Centro-Africana]], [[República do Congo|Congo-Brazzaville]] e em [[Kosovo]]. A Legião Estrangeira também participou de operações em Ruanda em 1990-1994; e a Costa do Marfim em 2002 até o presente. Na década de 2000, a Legião Estrangeira foi implantada na [[Operação Liberdade Duradoura]] no Afeganistão, [[Operação Licorne]] na Costa do Marfim, [[EUFOR Tchad/RCA]] no Chade e na [[Operação Serval]] na [[Guerra Civil do Mali]].<ref>{{citar jornal| url=https://www.wsj.com/articles/SB10001424127887324235104578242993426029234 |título=France Widens Military Effort in Mali |primeiro =Drew |último =Hinshaw |autor2 =Gauthier-Villars, David |data=15 de janeiro de 2013|obra=[[The Wall Street Journal]]}}</ref>
A sua função sempre foi a de defender os interesses da França junto às suas colônias na [[África]], no [[oceano Pacífico]], na [[América do Sul]] e no [[Caribe]].
 
== História ==
A Legião Estrangeira Francesa foi criada por [[Luís Filipe I de França]],<ref>O [[Luís Filipe I de França|duque de Orleães]] era um ex-tenente-general.</ref> [[Lista de monarcas da França|Rei da França]], em 10 de março de 1831<ref>{{citar livro|primeiro =Douglas|último =Porch|página=1|título=The French Foreign Legion. A Complete History|isbn=0-333-58500-3}}</ref> a partir dos [[Origens da Legião Estrangeira Francesa|regimentos estrangeiros]] do [[Reino da França]]. Os recrutas incluíam soldados dos regimentos estrangeiros suíços e alemães recentemente dissolvidos da [[Casa de Bourbon|monarquia Bourbon]].<ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|páginas=3–4}}</ref> O Decreto Real para o estabelecimento do novo regimento especificava que os estrangeiros recrutados só poderiam servir fora da França.<ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|página=1}}</ref> A força expedicionária francesa que ocupou [[Argel]] em 1830 precisava de reforços e a Legião foi transferida por mar em destacamentos de [[Toulon]] para a [[Argélia otomana]].<ref name="Tweedie">Tweedie, Neil. "[https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/france/3546207/The-French-Foreign-Legion-the-last-option-for-those-desperate-to-escape-the-UK.html The French Foreign Legion – the last option for those desperate to escape the UK]". ''[[The Daily Telegraph]]''. 3 December 2008. Retrieved on 4 April 2012. [https://archive.is/20130505085101/http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/france/3546207/The-French-Foreign-Legion-the-last-option-for-those-desperate-to-escape-the-UK.html Archived].</ref><ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|páginas=11–13}}</ref>
=== A primeira Legião (1831) ===
Após o [[Congresso de Viena]] (1815), a [[Europa]] como um todo conheceu um período de turbulências e agitações. Na França, após a Revolução Liberal de 1830, o rei [[Carlos X de França]] foi deposto e as tropas estrangeiras que estavam sob o seu controle passaram a servir a [[Luís Filipe I de França]] que as transformou na '''Legião Estrangeira Francesa''', a conselho do marechal [[Nicolas Jean de Dieu Soult|Soult]], ministro da Guerra, por Decreto de 10 de março de 1831:
 
A Legião Estrangeira foi usada principalmente, como parte do [[Exército da África (França)|''Armée d'Afrique'']], para proteger e expandir o [[Império colonial francês]] durante o século XIX, mas também lutou em quase todas as guerras francesas, incluindo a [[Guerra Franco-Prussiana]], [[Primeira Guerra Mundial]] e a [[Segunda Guerra Mundial]]. A Legião Estrangeira permaneceu como uma parte importante do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] e do transporte marítimo protegido pela [[Marinha Nacional Francesa|Marinha Francesa]], sobrevivendo a três Repúblicas, [[Segundo Império Francês]], duas Guerras Mundiais, a ascensão e queda de exércitos de recrutas em massa, o desmantelamento do Império colonial francês e a perda da base da Legião Estrangeira, na Argélia.
:"''Louis Philippe, Roi des Français. Ordennance du 10 Mars 1831. A tours, présents et à venir, salut. Sur le rapport de nobre Ministre, Secrétaire d’Etat au Département de la Guerre, Nous avons ordonné et ordonnons ce qui suit: Il sera formé une légion compossé d’etrangers. Cette Légion prenda la dénomination de Légion Etrangère.''"
 
=== Conquista da Argélia 1830-1847 ===
Reuniam-se, deste modo, os diferentes corpos estrangeiros do Exército francês, incluindo as [[Guarda Suíça|Guardas Suíças]] (oriundas da [[Paz Perpétua]], assinada em 1516, após a [[Batalha de Marignano]]), e o [[Regimento Hohenlohe]]. As antigas Guardas Suíças e o Regimento Hohenlohe constituíram o 1º Batalhão; os 2º e 3º batalhões foram destinados a receber [[Suíça|suíços]] e [[Alemanha|alemães]]; o 4º, a [[Espanha|espanhóis]] e [[Portugal|portugueses]]; o 5º, a [[Sardenha|sardos]] e [[Itália|italianos]]; o 6º, a [[Bélgica|belgas]] e [[Países Baixos|neerlandeses]]; e o 7º, a [[Polônia|polacos]].
{{artigo principal|Origens da Legião Estrangeira Francesa|2.ª Legião Estrangeira|1.º Regimento Estrangeiro|2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro}}
Criada para lutar "fora da [[França Metropolitana|França continental]]", a Legião Estrangeira ficou estacionada na [[Argélia francesa]], onde participou da [[Pacificação da Argélia|pacificação]] e do desenvolvimento da colônia, notadamente secando os pântanos da região de [[Argel]]. A Legião Estrangeira foi inicialmente dividida em seis "batalhões nacionais" (suíços, poloneses, alemães, italianos, espanhóis e neerlandeses-belgas).<ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|página=14}}</ref> Grupos nacionais menores, como os dez ingleses registrados em dezembro de 1832, parecem ter sido colocados aleatoriamente.
 
No final de 1831, os primeiros legionários desembarcaram na Argélia, país que seria a pátria da Legião Estrangeira por 130 anos e moldaria seu caráter. Os primeiros anos na Argélia foram difíceis para a Legião, porque muitas vezes ela era enviada para os piores postos e recebia as piores atribuições, e seus membros geralmente não se interessavam pela nova colônia francesa.<ref name="Algeria">Porch p. 17–18</ref> A Legião serviu ao lado dos [[Batalhões de Infantaria Leve da África]], formados em 1832, que era uma [[unidade militar penal]] composta por homens com antecedentes prisionais que ainda deviam cumprir o serviço militar ou soldados com graves problemas disciplinares.
Com esta medida, o governo esperava que uma força composta principalmente por estrangeiros pudesse absorver a massa de refugiados que nos últimos anos vinha inundado o país. Pesou na decisão a possibilidade da nova força poder ser enviada para defender os interesses [[neocolonialismo|neocoloniais]] Franceses na [[Argélia]], liberando as tropas regulares para proteger a figura do rei, no trono da França.
 
O primeiro serviço da Legião Estrangeira na Argélia terminou depois de apenas quatro anos, pois era necessário em outro lugar.
O local escolhido para sediar a nova força foi a povoação de [[Sidi Bel Abbès]], na Argélia. Na França, os primeiros quartéis da Legião foram implantados em [[Langres]], [[Bar-le-Duc]], [[Agen]] e [[Auxerre]].
 
=== Guerra Carlista 1835-1839 ===
De início, a Legião constitui-se em um meio eficaz para retirar aos elementos mais indesejáveis da sociedade francesa do {{séc|XIX}}. As suas fileiras foram preenchidas com criminosos, fugitivos, mendigos e imigrantes indesejados. A formação de um legionário era muito precária. O seu equipamento, vestuário, alimentação e soldo eram sumários, razões que não despertavam lealdade ou motivação. Os homens que se juntavam à Legião, faziam-no mais por desespero ou instinto de sobrevivência do que por patriotismo. Por essa razão, as primeiras campanhas provocaram severas perdas entre as suas fileiras. Para contornar esses problemas imediatos a Legião desenvolveu uma disciplina muito severa, excedendo em muito aquela imposta às tropas francesas regulares.
{{artigo principal|Origens da Legião Estrangeira Francesa|2.ª Legião Estrangeira|Primeira Guerra Carlista}}
Para apoiar a reivindicação de [[Isabel II de Espanha|Isabel]] ao trono espanhol contra seu tio, o governo francês decidiu enviar a Legião Estrangeira para a [[Espanha]]. Em 28 de junho de 1835, a unidade foi entregue ao governo espanhol. A Legião Estrangeira desembarcou por mar em [[Tarragona]] em 17 de agosto com cerca de 1.400 homens que foram rapidamente apelidados de ''Los Algerinos'' (os argelinos) pelos habitantes locais devido ao seu posto anterior.
 
O comandante da Legião Estrangeira dissolveu imediatamente os batalhões nacionais para melhorar o ''[[Moral|espírito de corpo]]''. Mais tarde, ele também criou três esquadrões de lanceiros e uma bateria de artilharia da força existente para aumentar a independência e flexibilidade. A Legião Estrangeira foi dissolvida em 8 de dezembro de 1838, quando havia caído para apenas 500 homens. Os sobreviventes voltaram para a [[Reino da França|França]], muitos se realistaram na nova Legião Estrangeira junto com muitos de seus antigos inimigos [[Carlismo|carlistas]].
=== Argélia: o batismo de fogo (1832) ===
O batismo de fogo da Legião deu-se em 27 de abril de 1832, durante operações do 3º Batalhão na Argélia, integrado por suíços e alemães. Em novembro do mesmo ano a Legião enfrentaria um novo oponente, [[Abdalcáder]], que combatia pela liberdade da Argélia, na batalha de Sidi-Chabal.
 
=== Espanha: a Guerra Carlistada (1835-1839)Crimeia ===
[[Imagem:Légion Étrangère 1852.png|thumb|upright|A ''Légion étrangère'' em 1852]]
Durante a [[Carlismo|Guerra Carlista]], o ministro do Interior francês, [[Adolphe Thiers]], convenceu o seu governo a enviar a Legião Estrangeira para a [[Espanha]], com a finalidade de auxiliar a rainha [[Isabel II de Espanha]]. A 8 de junho de 1835, o Rei Luís Filipe deu a sua autorização, sendo a Legião desligada do Exército francês a 28 do mesmo mês. No dia seguinte, a ''Divisão Francesa Auxiliar'' assim composta, rumou para o novo destino. Nas batalhas que enfrentou, sem novo recrutamento, mal equipada e mal remunerada, a Divisão combateu sem reforços até que, em 1839, a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes.
{{artigo principal|Guerra da Crimeia}}
Em 9 de junho de 1854, o [[Jean Bart (1852)|navio francês ''Jean Bart'']] embarcou quatro batalhões da Legião Estrangeira para a [[Península da Crimeia]]. Um outro batalhão foi estacionado em [[Galípoli]], como depósito da brigada.<ref name="Douglas Porch page 124">{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|página=124}}</ref> Oito companhias provenientes de ambos os regimentos da Legião Estrangeira participaram da [[Batalha de Alma]] (20 de setembro de 1854). Reforços marítimos trouxeram o contingente da Legião à força de brigada. Como a "Brigada Estrangeira", serviu no [[Cerco de Sebastopol (1854–1855)|Cerco de Sebastopol]], durante o inverno de 1854-1855.
 
A falta de equipamento era particularmente desafiadora e a [[cólera]] atingiu a força expedicionária Aliada. Mesmo assim, as "barrigas de couro" (apelido dado aos legionários pelos russos por causa das grandes bolsas de cartuchos que usavam presas aos cintos), tiveram um bom desempenho. Em 21 de junho de 1855, o Terceiro Batalhão deixou a [[Córsega]] para a [[Crimeia]].
=== A nova legião (1835) ===
Ainda em 1835, a 16 de dezembro, o soberano francês criou uma nova '''Legião Estrangeira''', passando a antiga a ser conhecida como "''a antiga Legião''". Formaram-se, desse modo, três batalhões, para sustentar as posições francesas na Argélia. O primeiro foi formado em [[Pau (Pirenéus Atlânticos)|Pau]], assumindo [[Marie-Alphonse Bedeau]] o comando, a 3 de fevereiro de 1836. Com um mês de atraso, o Estado-maior do batalhão e as duas primeiras companhias foram formadas. Seis outras companhias foram formadas no mês de junho desse mesmo ano. No mês de agosto, entretanto, o batalhão foi dissolvido, tendo o governo proposto aos oficiais, suboficiais e legionários irem servir na Espanha, nas fileiras da ''Divisão Francesa Auxiliar'', que ali combatia há um ano. Os voluntários para a Espanha constituíram um novo batalhão, que se dirigiu a [[Pamplona]], sob o comando do Tenente-coronel Conrad.
 
Em 8 de setembro, o ataque final foi lançado em [[Sebastopol]]. Dois dias depois, o [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] com bandeiras e banda tocando à frente, marchou pelas ruas de Sebastopol. Embora as reservas iniciais tenham sido expressas sobre se a Legião deveria ser usada fora da [[África]],<ref name="Douglas Porch page 124" /> a experiência da Crimeia estabeleceu sua adequação para o serviço na guerra europeia, bem como fez uma entidade única coesa do que antes eram dois regimentos estrangeiros separados.<ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|páginas=127–128}}</ref> O total de baixas da Legião na Crimeia foi de 1.703 mortos e feridos.
Ainda assim, estrangeiros continuam a ser recrutados pelo Exército francês, sendo formadas novas companhias de depósito em Pau. Em outubro de 1836, um total de seis companhias estava formado, logo seguidas por mais duas em novembro. O novo batalhão foi colocado sob o comando de Bedeau. A 5 de dezembro o batalhão partiu de Pau para [[Toulon]], onde embarcou para a Argélia.
 
=== Campanha Italiana de 1859 ===
O segundo batalhão foi formado em julho de 1837. Após a tomada de [[Constantina (Argélia)|Constantina]], em outubro de 1837, durante a qual o primeiro batalhão se destacou, Bedeau foi promovido a Tenente-coronel, sendo autorizada a formação de companhias de elite. Posteriormente, em 1840, diante do retorno dos sobreviventes da guerra na Espanha, foram criados um quarto batalhão (em [[Pau (Pirenéus Atlânticos)|Pau]]) e um quinto batalhão (em [[Perpignan]]), para reforço das tropas no Norte de África. Em recompensa pelos seus feitos de armas, a Legião recebeu, a 17 de junho de 1840, a [[bandeira]] que tinha sido entregue, em 1832, à primeira Legião.
{{artigo principal|Segunda Guerra de Independência Italiana}}
Como o resto do "[[Exército da África (França)|Exército da África]]", a Legião Estrangeira forneceu destacamentos na Campanha da Itália. Dois regimentos estrangeiros, agrupados com o 2.º Regimento de [[Zuavo]]s, faziam parte da Segunda Brigada da Segunda Divisão do Corpo de [[Patrice de Mac-Mahon|Mac-Mahon]]. A Legião Estrangeira se saiu particularmente bem contra os [[Império Austríaco|austríacos]] na [[Batalha de Magenta]] (4 de junho de 1859) e na [[Batalha de Solferino]] (24 de junho). As perdas da Legião foram significativas e o [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] perdeu o coronel Chabrière, seu comandante. Em agradecimento, a cidade de [[Milão]] concedeu, em 1909, a "medalha comemorativa de libertação", que ainda adorna as bandeiras regimentais do 2.º Regimento.<ref>In ''Le livre d'or de la Légion étrangère'', page 66.</ref>
 
=== Expedição mexicana 1863-1867 ===
A nova Legião lutou no norte da África, na [[Guerra da Crimeia]] (1853-1856), na Itália (1859), no [[México]] (1863), na [[Guerra Franco-Prussiana]] (1870) e em muitas campanhas coloniais. Do mesmo modo, teve papel importante nas duas guerras mundiais, consolidando a sua reputação. Na [[Primeira Guerra Mundial]] (1914-1918) perdeu 115 oficiais e 5.172 legionários, sendo o seu Regimento de Marcha o mais condecorado do Exército francês. Na [[Guerra da Indochina]], na [[Batalha de Dien Bien Phu]] (1954), sete batalhões da Legião foram subjugados pelo [[Vietminh]], sem jamais se renderem. Posteriormente atuou novamente na Argélia e na crise do [[Canal de Suez]] ([[Egito]], 1956).
[[Imagem:Légionnaire-Mexique.JPG|thumb|upright|right|Uniforme de legionário durante a campanha mexicana de 1863]]
{{artigo principal|Segunda intervenção francesa no México|Batalha de Camarón}}
A força expedicionária francesa de 38.000 homens despachada para o [[Segunda República Federal do México|México]] via mar entre 1862 e 1863 incluía dois batalhões da Legião Estrangeira, aumentada para seis batalhões em 1866. Pequenas unidades de cavalaria e artilharia foram criadas entre legionários que serviam no México. A intenção original era que as unidades da Legião Estrangeira permanecessem no México por até seis anos para fornecer um núcleo para o Exército Imperial Mexicano.<ref>René Chartrand, ''The Mexican Adventure 1861-67'', page 19, {{ISBN|9781855324305}}</ref> No entanto, a Legião foi retirada com as outras forças francesas durante fevereiro-março de 1867.
 
Foi no México, em 30 de abril de 1863, que a Legião ganhou seu status lendário. Uma companhia liderada pelo capitão [[Jean Danjou]], com 62 legionários e 3 oficiais da Legião, estava escoltando um comboio [[Cerco de Puebla (1863)|para a cidade sitiada de Puebla]] quando foi [[Batalha de Camarón|atacada e sitiada]] por 3.000 legalistas mexicanos,<ref>{{citar web|url=http://www.channel4.com/life/microsites/E/escape_to_the_legion/legion.html|título=About the Foreign Legion|acessodata=9 de março de 2007}}</ref> organizados em dois batalhões de infantaria e cavalaria, com 2.200 e 800, respectivamente. O destacamento da Legião sob o capitão Jean Danjou, o segundo-tenente Jean Vilain, o segundo-tenente Clément Maudet<ref name="2rei.legion-etrangere.com">{{citation |url=http://2rei.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=143&idA=28&block=15&idA_SM=0&titre=historique-du-2e-rei |obra=Official Website of the 2nd Foreign Infantry Regiment |título= Historique du 2 REI, La Creation (Creation)}}</ref> se posicionaram na ''Hacienda de la Trinidad'', uma fazenda perto da vila de Camarón. Quando restaram apenas seis sobreviventes, sem munição, um ataque de baioneta foi lançado no qual três dos seis foram mortos. Os três homens feridos restantes foram apresentados ao comandante mexicano coronel Milan, que lhes permitiu retornar às linhas francesas como guardas de honra do corpo do capitão Danjou. O capitão tinha uma mão de madeira, que mais tarde foi devolvida à Legião e agora é mantida em uma caixa no Museu da Legião em Aubagne, e desfila anualmente no Dia de Camerone. É a relíquia mais preciosa da Legião Estrangeira.
==== A Guerra da Crimeia (1853-1856) ====
A Legião seguiu para a [[Guerra da Crimeia]] a 27 de junho de 1854, quando dois regimentos embarcaram a bordo do ‘’Jean Bart’’. Posteriormente o 3º regimento e o depósito do regimento partiram para instalar-se em [[Bástia]], na [[Córsega]], a fim de constituir o depósito de guerra destinado a reforçar os dois regimentos na Crimeia.
 
[[Imagem:Main Danjou.gif|thumb|left|Mão protética de madeira de [[Jean Danjou]]]]
Os dois regimentos integraram a "Brigada Estrangeira", engajando-se na [[batalha de Alma]] (20 de setembro de 1854) e no cerco a [[Sebastopol]] durante o [[Inverno]] de 1854-1855. Nesta fase da campanha, a falta de equipamento foi particularmente sentida e o [[cólera]] dizimou o corpo expedicionário. Entretanto, os “barrigas de couro” (apelido dado pelos [[Rússia|russos]] aos Legionários uma vez que usavam a sua cartucheira sobre o ventre) comportaram-se bravamente. A 21 de junho de 1855, as companhias do 3.º Regimento e todos os efetivos disponíveis na Córsega chegaram ao teatro de operações na Crimeia. A 8 de setembro, lançou-se o assalto final e o 1.º e o 2.º Regimentos Estrangeiros, com suas bandeiras, desfilaram pelas ruas de Sebastopol conquistada.
 
Durante a campanha mexicana, 6.654 franceses morreram. Destes, 1.918 eram de um único regimento da Legião.<ref name="neeno">{{citar web|url=http://www.militaryhistoryonline.com/19thcentury/articles/frenchinmexico.aspx |título=The French Intervention in Mexico (1862–67) |último =Neeno |primeiro =Timothy |publicado=Military History Online |acessodata=26 de fevereiro de 2011}}</ref>
==== A campanha da Itália (1859) ====
A Legião defendeu os interesses da França, participando na campanha da Itália, tendo se destacando particularmente na [[batalha de Magenta]], a 4 de junho de 1859. Ainda nesse mês, a 24, defrontou-se com as tropas [[Áustria|austríacas]] durante a [[batalha de Solferino]].
 
=== Guerra Franco-Prussiana de 1870 ===
==== A campanha do México (1863-1866) ====
{{artigo principal|Guerra Franco-Prussiana|Alsácia-Lorena}}
Afirma-se que a participação da Legião na Campanha do [[México]] decorreu como punição a uma petição formulada pelos seus oficiais, dirigida ao ministro da Guerra.
De acordo com a lei francesa, a Legião Estrangeira não deveria ser usada dentro da [[França Metropolitana]], exceto no caso de uma invasão nacional,<ref>Martin Windrow, page 5 "Our Friends Beneath the Sands", {{ISBN|978 0 297 85213 1}}</ref> e, consequentemente, não fazia parte do Exército Imperial de [[Napoleão III de França|Napoleão III]] que capitulou em [[Batalha de Sedan|Sedan]]. Com a derrota do Exército Imperial, o [[Segundo Império Francês]] caiu e a [[Terceira República Francesa|Terceira República]] foi criada.
 
A nova Terceira República estava desesperadamente com falta de soldados treinados logo após Sedan, então a Legião Estrangeira recebeu ordens para fornecer um contingente. Em 11 de outubro de 1870, dois batalhões provisórios desembarcaram por mar em [[Toulon]], a primeira vez que a Legião Estrangeira fora implantada na própria França. Eles tentaram levantar o [[Cerco de Paris (1870-1871)|Cerco de Paris]], rompendo as linhas alemãs. Conseguiu retomar [[Segunda Batalha de Orleães|Orleães]], mas não conseguiu quebrar o cerco. Em janeiro de 1871, a França capitulou, mas a guerra civil logo estourou, o que levou à revolução e à curta [[Comuna de Paris]]. A Legião Estrangeira participou da supressão da Comuna,<ref>{{citar livro|último =Lepage|primeiro =Jean-Denis G.G. |título=The French Foreign Legion: An Illustrated History|ano=2008|publicado=Mc Farland & Co. Inc|local=U.S.A|isbn=978-0786432394|páginas=60|url=https://www.google.ie/search?tbm=bks&hl=en&q=The+French+Foreign+Legion%3A+An+Illustrated+History&btnG=}}</ref> que foi esmagada com grande derramamento de sangue.
De qualquer modo, o regimento enviado desembarcou a 25 de março de 1863, recebendo a missão de escoltar comboios de suprimentos entre [[Veracruz]] e [[Puebla]]. Foi neste contexto que a 3ª Companhia se cobriu de glória na chamada [[Batalha de Camarón]], a 30 de abril.
 
=== Campanha Tonquim e a Guerra Sino-Francesa 1883-1888 ===
Posteriormente, o regimento deslocou-se para o interior, sendo reorganizado em quatro batalhões (1864). Em paralelo, o quartel-general da Legião foi transferido de Sidi Bel Abes para [[Aix-en-Provence]], a fim de facilitar o recrutamento e o envio de reforços para o México.
[[Imagem:Legion sniper, Tuyen Quang.jpg|thumb|right|upright|Um atirador legionário em [[Cerco de Tuyen Quang|Tuyen Quang]]]]
{{artigo principal|Campanha Tonquim|Guerra Sino-Francesa}}
O 1.º Batalhão da Legião Estrangeira (tenente-coronel Donnier) navegou para [[Tonquim]] no final de 1883, durante o período de hostilidades não declaradas que precedeu a [[Guerra Sino-Francesa]] (agosto de 1884 a abril de 1885), e fez parte da coluna de ataque que atacou a oeste do portão de [[Campanha Sơn Tây|Sơn Tây]] em 16 de dezembro. Os 2.º e 3.º Batalhões de Infantaria (comandante de batalhão Diguet e tenente-coronel Schoeffer) também foram enviados a Tonquim logo depois, e estiveram presentes em todas as principais campanhas da Guerra Sino-Francesa. Duas companhias da Legião Estrangeira lideraram a defesa no célebre [[Cerco de Tuyen Quang]] (24 de novembro de 1884 a 3 de março de 1885). Em janeiro de 1885, o 4.º Batalhão da Legião Estrangeira (comandante do batalhão Vitalis) foi implantado na cabeça de ponte francesa em [[Keelung]] (Jilong) na [[Ilha Formosa]] (Taiwan), onde participou das batalhas posteriores da [[Campanha de Keelung]]. O batalhão desempenhou um papel importante na ofensiva do coronel [[Jacques Duchesne]] em março de 1885, que capturou as principais posições chinesas de La Table e Fort Bamboo e libertou Keelung.
 
Em dezembro de 1883, durante uma revisão do 2.º Batalhão de Legião na véspera de sua partida para Tonquim para participar da [[Campanha de Bắc Ninh]], o general [[François Oscar de Négrier]] pronunciou uma famosa frase: ''mot: Vous, légionnaires, vous êtes soldats pour mourir, et je vous envoie où l'on meurt!'' ('Vocês, legionários, são soldados para morrer, e estou enviando vocês para onde um morre!')
De dezembro de 1864 a fevereiro de 1865, as unidades do regimento participaram do cerco a [[Oaxacca]].
 
=== Colonização da África ===
A 3 de julho de 1866, as 3ª e 5ª Companhias do 4º Batalhão engajaram-se em um combate comparável ao de Camarón. Sob as ordens do capitão Frenet, cento e vinte e cinco legionários cercados na ''Hacienda de Incarnación'' bateram-se durante quarenta e oito horas vitoriosamente contra uma força de mais de seiscentos mexicanos.
[[Imagem:Bonifacio Légion JPG1.jpg|thumb|upright|right|Monumento que comemora os soldados da Legião Estrangeira mortos em serviço durante a campanha do Oranês do Sul (1897-1902)]]
Como parte do [[Exército da África (França)|''Armée d'Afrique'']], a Legião Estrangeira contribuiu para o crescimento do [[Império colonial francês]] na [[África subsariana]]. Simultaneamente, a Legião participou da [[pacificação da Argélia]], suprimindo várias rebeliões tribais e [[Gazi|razzias]].
O acordo originalmente celebrado com o imperador [[Maximiliano do México]] estipulava que a ''Legião Estrangeira'' deveria ficar a serviço do México. Entretanto, como a campanha francesa naquele país se converteu num desastre, os sobreviventes retornaram à França. O total de perdas na campanha ascendeu a vinte e dois oficiais, trinta e dois suboficiais e quatrocentos e quatorze legionários.
 
==== ASegunda Guerra Franco-PrussianaDaomeana (1870de 1892-1871)1894 ====
{{APartigo principal|Segunda Guerra francoFranco-prussianaDaomeana}}
Em 1892, o rei [[Beanzim]] estava ameaçando o protetorado francês de [[Porto Novo (Benim)|Porto-Novo]] no atual [[Benim]] e a [[Terceira República Francesa|França]] decidiu intervir. Um batalhão, liderado pelo comandante Faurax Montier, foi formado por duas companhias do [[1.º Regimento Estrangeiro]] e duas outras do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]. De [[Cotonu]], os legionários marcharam para tomar [[Abomei]], a capital do [[Reino do Daomé]]. Dois meses e meio foram necessários para chegar à cidade, ao custo de repetidas batalhas contra os guerreiros daomeanos, especialmente as [[Ahosi|Amazonas do Rei]]. O rei Beanzim se rendeu e foi capturado pelos legionários em janeiro de 1894.
 
==== Segunda expedição de Madagascar de 1894-1895 ====
Com a eclosão da [[Guerra franco-prussiana]] (19 de julho de 1870), que se desenvolveu em solo francês, confrontando a França e a [[Prússia]], a Legião, por princípio, não deveria intervir. Adicionalmente, não seria correto solicitar aos mercenários de [[língua alemã]], que se batessem contra seus irmão de língua. Entretanto, a situação tornou-se tão crítica que o governo francês fez uma chamada aos legionários na Argélia.
{{artigo principal|Segunda expedição de Madagascar}}
Em 1895, um batalhão, formado pelo [[1.º Regimento Estrangeiro|1.º]] e [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]], foi enviado ao [[Reino de Madagascar]], como parte de uma força expedicionária cuja missão era conquistar a ilha. O batalhão estrangeiro formou a espinha dorsal da coluna lançada em [[Antananarivo]], capital de Madagascar. Depois de algumas escaramuças, a rainha [[Ranavalona III]] se rendeu prontamente.<ref name="books.google.com">{{citar livro|autor =Philip D. Curtin|título=Disease and Empire: The Health of European Troops in the Conquest of Africa| url=https://books.google.com/books?id=jVRF8hDyhpgC&pg=PA186|data=28 de maio de 1998|publicado=Cambridge University Press| isbn=978-0-521-59835-4|página=186}}</ref><ref>Cambridge history of Africa, p.530</ref> A Legião Estrangeira perdeu 226 homens, dos quais apenas um décimo morreu em combates reais. Outros, como grande parte da força expedicionária, morreram de doenças tropicais.<ref name="books.google.com"/> Apesar do sucesso da expedição, o sufocamento de rebeliões esporádicas levaria outros oito anos até 1905, quando a ilha foi completamente pacificada pelos franceses sob [[Joseph Gallieni]].<ref name="books.google.com" /> Durante esse tempo, as insurreições contra os cristãos malgaxes da ilha, missionários e estrangeiros foram particularmente terríveis.<ref>{{citar livro|autor =Herbert Ingram Priestly|título=France Overseas: A Study Of Modern Imperialism, 1938| url=https://books.google.com/books?id=BOopmtvrsOAC&pg=PA308|data=26 de maio de 1967|publicado=Routledge| isbn=978-0-7146-1024-5|página=308}}</ref> A rainha Ranavalona III foi deposta em janeiro de 1897 e exilada em [[Argel]], na [[Argélia francesa]], onde morreu em 1917.<ref>Exposição no [[Musée de l'Armée]], [[Paris]].</ref>
 
==== Guerras Mandingo de 1898 ====
Dois batalhões foram formados para partir para a Metrópole. Os legionários alemães, a bandeira do regimento e a banda de música permaneceram guarnecendo Sidi-Bel-Abbès. Neste período, um 5º batalhão foi formado em solo francês para incorporar os estrangeiros que quisessem servir a sua pátria de adoção. Este se distinguiu particularmente por sua bravura quando da [[batalha de Orléans]], a 10 de outubro.
{{artigo principal|Guerras Mandingo}}
De 1882 até sua captura, [[Samori Turé]], governante do [[Império de Uassulu]], lutou contra o exército colonial francês, derrotando-o em várias ocasiões, incluindo uma vitória notável em Woyowayanko (2 de abril de 1882), diante da artilharia pesada francesa. No entanto, Samori foi forçado a assinar vários tratados de cessão de território aos franceses entre 1886 e 1889. Samori começou uma retirada constante, mas a queda de outros exércitos de resistência, particularmente [[Babemba Traoré]] em [[Sicasso]], permitiu ao exército colonial lançar um ataque concentrado contra suas forças. Um batalhão de duas companhias do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] foi criado no início de 1894 para pacificar o [[Níger]]. A vitória dos legionários na fortaleza de Ouilla e as patrulhas policiais na região aceleraram a submissão das tribos. Em 29 de setembro de 1898, Samori Turé foi capturado pelo comandante francês [[Henri Gouraud (comandante militar)|Henri Gouraud]] e exilado no [[Gabão]], marcando o fim do Império de Uassulu.
 
=== Regimentos de Marcha da Legião Estrangeira ===
Os batalhões chegados da Argélia mesclaram-se com os sobreviventes dos combates de [[Orléans]], mas conheceram a derrota diante do invasor. Os remanescentes da unidade participaram na repressão à [[Comuna de Paris]], entre abril e maio de 1871. A 11 de junho, o regimento estrangeiro constituído para o conflito deixou de existir e os demais remanescentes retornam para o quartel-general da Legião, na Argélia.
{{artigo principal|Joseph Joffre|Ferdinand Foch|Divisão Marroquina (França)}}
[[Imagem:RMLE - 1918.jpg|thumb|right|Revisão do [[Regimento de Marcha da Legião Estrangeira]] (RMLE), no final de novembro de 1918]]
 
==== OPrimeira ProtetoradoGuerra deMundial Tonquim (18831914-1885)1918 ====
{{artigo principal|1.º Regimento Estrangeiro|Regimento de Marcha da Legião Estrangeira|Paul-Frédéric Rollet}}
A 18 de novembro de 1883, uma primeira força de seiscentos legionários desembarcou no [[golfo de Tonquim]], juntando-se às forças do almirante Courbet que lutavam contra os Pavilhões Pretos (do chinês “Hei qi jun”), tropas vietnamitas irregulares empregadas pelos Chineses na Indochina contra os Franceses.
[[Imagem:Americans in French Foreign Legion 1916.jpg|thumb|left|Americanos na Legião Estrangeira, 1916]]
[[Imagem:Alan seeger foreign legion.jpg|thumb|right|upright=.5|Poeta americano [[Alan Seeger]] (1888-1916), em seu uniforme do Regimento de Marcha]]
A anexação da [[Alsácia]] e da [[Lorena]] pelo [[Império Alemão]] em 1871 fez com que vários voluntários das duas regiões se alistassem na Legião Estrangeira, o que lhes deu a opção da cidadania francesa ao término de seu serviço.<ref name="legion-etrangere.com">{{citation |url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=413&block=17&titre=legio-patria-nostra |obra= Official Website of General Command of Foreign Legion |título= (C.O.M.L.E), Editorial of C.O.M.L.E in ''Képi Blanc''}}</ref>
 
Com a declaração de guerra em 29 de julho de 1914, foi feito um apelo para que os estrangeiros residentes na [[Terceira República Francesa|França]] apoiassem seu país. Embora muitos tivessem preferido o alistamento direto no [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] regular, a única opção imediatamente disponível era a da Legião Estrangeira. Em apenas um dia (3 de agosto de 1914), cerca de 8.000 voluntários se inscreveram para se alistar no escritório de recrutamento da Legião em [[Paris]].
A partir de fevereiro de 1884, com o reforço do 2º Batalhão, os Legionários conquistam a fortaleza de Barca Ninh, e a 16 de dezembro,e a cidadela de Son-Tay. A 1 janeiro de 1885, os 3º e 4º Batalhões do 1º Regimento Estrangeiro chegam a Tonquim e são integrados ao 2º Batalhão. Assim reforçados, de 26 de janeiro a 3 de março, sustentam um severo cerco na cidadela de Tuiém Quangue. O 3º Batalhão destacou-se quando da tomada Lang Seu a 4 de fevereiro. O 4º Batalhão, desembarcado em Formosa em janeiro de 1885 combateu os Chineses até ao armistício franco-chinês de 21 de junho de 1885, juntando-se em seguida ao seu corpo em Tonquim.
 
Na [[Primeira Guerra Mundial]], a Legião Estrangeira lutou em muitas batalhas críticas na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]], incluindo [[Segunda Batalha de Artésia|Artésia]], [[Segunda Batalha de Champagne|Champagne]], [[Batalha do Somme|Somme]], [[Segunda Batalha de Aisne|Aisne]] e [[Batalha de Verdun|Verdun]] (em 1917), e também sofreu pesadas baixas em 1918. A Legião Estrangeira também estava no [[Campanha de Galípoli|Dardanelos]] e na [[Frente da Macedônia]], e foi altamente condecorada por seus esforços. Muitos jovens estrangeiros se ofereceram como voluntários para a Legião Estrangeira quando a guerra estourou em 1914. Havia diferenças marcantes entre os voluntários idealistas de 1914 e os homens endurecidos da velha Legião, tornando a assimilação difícil. No entanto, os velhos e os novos homens da Legião Estrangeira lutaram e morreram em batalhas ferozes na Frente Ocidental, incluindo [[Belloy-en-Santerre]] durante a [[Batalha do Somme]], onde o poeta [[Alan Seeger]], após ser mortalmente ferido por uma metralhadora, aplaudiu o resto de seu batalhão que avançava.<ref>Pouco antes de sua morte, Seeger escreveu: "Tenho um encontro com a Morte, em alguma barricada em disputa. ... E sou fiel à minha palavra prometida, não falharei nesse encontro."</ref>
==== Benim (1892-1894) ====
Em 1892, o [[arroçu]] (rei) [[Beanzim]] do [[Reino de Daomé]] ameaçou Porto Novo e a França decidiu intervir. Um batalhão estrangeiro foi constituído a partir de duas companhias, sob o comando do 2º. Regimento Estrangeiro, sob as ordens do comandante Faurax. De Cotonou, os legionários tinham como missão conquistar a capital, [[Abomei]], no que consumiram dois meses e meio. Ao final, a cidade capitulou sendo o rei capturado pelos legionários (janeiro de 1894).
 
==== SudãoPeríodo (atualentre Mali)guerras (18921918-1893)1939 ====
{{artigo principal|1.º Regimento Estrangeiro|Regimento de Marcha da Legião Estrangeira|Paul-Frédéric Rollet}}
Uma companhia estrangeira foi formada a partir do 2º. Batalhão Estrangeiro e transportada a Kayes a fim de se apresentar aos sultões Amadu e [[Samori Turé]]. Uma vez cumprida a sua missão com sucesso, a companhia foi dissolvida (24 de junho de 1893).
[[Imagem:Paul-Frédéric Rollet.jpg|thumb|left|upright|[[Paul-Frédéric Rollet]] (1875–1941)<br />''[[Comando da Legião Estrangeira|O Pai da Legião]]'']]
Enquanto sofria pesadas baixas na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]], a Legião emergiu da [[Primeira Guerra Mundial]] com uma reputação aprimorada e como uma das unidades mais condecoradas do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]].<ref name="RifPorch1">Porch p. 382–3</ref> Em 1919, o governo da [[Espanha]] criou a [[Legião Espanhola|Legião Estrangeira Espanhola]] e modelou-a de acordo com a Legião Estrangeira Francesa.<ref name=RifPorch1 /> O general [[Henri Mordacq]] pretendia reconstruir a Legião Estrangeira como uma formação militar maior, acabando com o papel tradicional da legião como uma formação exclusivamente de infantaria.<ref name=RifPorch1 /> O general Mordacq imaginou uma Legião Estrangeira consistindo não em regimentos, mas em divisões com regimentos de cavalaria, engenheira e artilharia, além do esteio de infantaria da legião.<ref name=RifPorch1 /> Em 1920, decretos ordenaram o estabelecimento de regimentos de cavalaria e artilharia.<ref name=RifPorch1 /> Imediatamente após o armistício, a Legião Estrangeira experimentou um aumento de alistamentos.<ref name="RifWindrow1">Windrow</ref> A Legião Estrangeira iniciou o processo de reorganização e redistribuição para a [[Argélia francesa]].<ref name=RifPorch1 />
 
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 102-00723, Marokko, Fremdenlegionäre.jpg|thumb|right|Legionários em Marrocos, c. 1920]]
==== Guiné (1894) ====
Um batalhão foi constituído de duas companhias dos dois regimentos estrangeiros no início de 1894 para pacificar o Níger. A vitória dos legionários na fortaleza de [[Quíloa]] e as patrulhas de polícia na região aceleram a pacificação das tribos locais.
 
A Legião desempenhou um papel importante na [[Guerra do Rife]] de 1920-1925. Em 1932, a Legião Estrangeira era composta por 30.000 homens, servindo em seis regimentos multibatalhão, incluindo o [[1.º Regimento Estrangeiro]] 1<sup>er</sup> REI, Argélia, Síria e Líbano; [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] 2<sup>ème</sup> REI, [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] 3<sup>ème</sup> REI e [[4.º Regimento Estrangeiro]] 4<sup>ème</sup> REI, Marrocos, Líbano; [[5.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] 5<sup>ème</sup> REI, Indochina; e o [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] 1<sup>er</sup> REC, Líbano, Tunísia e Marrocos. Em 1931, o general [[Paul-Frédéric Rollet]] assumiu o cargo de [[Inspeção da Legião Estrangeira|1.º Inspetor da Legião Estrangeira]], cargo criado por sua iniciativa. Enquanto servia como coronel do 1.º Regimento Estrangeiro (1925-1931), Rollet foi responsável por planejar as comemorações do centenário da fundação da Legião; agendando este evento para o Dia Camarón 30 de abril de 1931. Ele foi posteriormente creditado com a criação da mística moderna da Legião, restaurando ou criando muitas de suas tradições.
==== Madagáscar (1895-1905) ====
Em 1895, um batalhão foi formado a partir do 1º. e do 2º. Regimentos Estrangeiros, sendo enviado a [[Madagascar]] a fim de integrar o Corpo Expedicionário que ali iria pacificar uma revolta.
 
==== Segunda Guerra Mundial 1939-1945 ====
O batalhão estrangeiro constituiu-se na ponta de lança da coluna então empregue, retornando à Argélia em dezembro de 1895. Mas, a partir de 1896, o general Galliéni, chamado a submeter uma segunda revolta malgaxe, pediu um reforço de 600 Legionários a fim de poder "morrer convenientemente" se fosse o caso. Um novo batalhão foi então formado demorando-se a operação de pacificação até 1905.
[[Imagem:Free French Foreign Legionnairs.jpg|thumb|right|Legionários da [[França Livre]] atacando um ponto forte do [[Potências do Eixo|Eixo]] na [[Batalha de Bir Hakeim]], 1942.]]
{{artigo principal|Jean de Lattre de Tassigny|Regimento de Marcha da Legião Estrangeira|Raoul Magrin-Vernerey}}
A Legião Estrangeira desempenhou um papel menor na [[Segunda Guerra Mundial]] na [[Europa]] continental do que na [[Primeira Guerra Mundial]], embora houvesse envolvimento em muitas frentes de operações externas, notadamente na proteção do transporte marítimo até as campanhas [[Campanha da Noruega|da Noruega]], [[Campanha da Síria-Líbano|Síria-Líbano]] e [[Campanha Norte-Africana|Norte da África]]. A [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|13.ª Meia-Brigada]], formada para servir na [[Noruega]], se encontrava no [[Reino Unido]] na época do [[Armistício de 22 de junho de 1940|Armistício Francês]] (22 de junho de 1940), foi enviada para o [[8.º Exército Britânico]] no [[Norte da África]] e se destacou na [[Batalha de Bir Hakeim]] (1942). Refletindo as divisões da época, parte da Legião Estrangeira se juntou ao movimento da [[França Livre]], enquanto outra parte serviu ao [[França de Vichy|governo de Vichy]]. Legionários alemães foram incorporados à [[90.ª Divisão de Infantaria Leve (Alemanha)|90.ª Divisão de Infantaria Leve]] da ''[[Wehrmacht]]'' no Norte da África.<ref name=LJohn_Pg199>{{citar livro|último =Littlejohn|primeiro =David|título=Foreign Legions of the Third Reich: Volume 1: Norway, Denmark and France|ano=1979|publicado=R. James Bender|local=San Jose|isbn=0912138173|página=199}}</ref>
 
A [[Campanha da Síria-Líbano]] de junho de 1941 viu legionário lutando contra legionário enquanto o [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|13<sup>e</sup> D.B.L.E]] entrava em conflito com o [[6.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] 6<sup>e</sup> REI em [[Batalha de Damasco (1941)|Damasco]]. No entanto, muitos legionários do 6.º Regimento (dissolvido em 31 de dezembro de 1941) integraram o [[Regimento de Marcha da Legião Estrangeira]] R.M.L.E em 1942. Mais tarde, milhares de soldados rasos da unidade da [[França de Vichy|Legião de Vichy]] se juntaram ao 13<sup>e</sup> D.B.L.E. das forças da [[França Livre]], que também faziam parte, em setembro de 1944, do [[Exército de Libertação Francês]] de [[Jean de Lattre de Tassigny]], o amálgama (400.000 homens) consistia no [[França de Vichy|Exército de Armistício]], o as [[Forças Francesas Livres]] e as [[Forças Francesas do Interior]] que formaram o Exército B e mais tarde fizeram parte do [[1.º Exército (França)|1.º Exército Francês]] com forças também emitidas pela [[Resistência Francesa]].
==== A batalha de Dien Bien Phu (1954) ====
{{AP|[[Batalha de Dien Bien Phu]]}}
 
==== Alsácia-Lorena ====
Em 1954, as tropas da Legião foram enviadas para colaborar na defesa de Dien Bien Phu, no nordeste do [[Vietnã]], contra os comunistas que lutavam pela independência. Dos cerca de 17.000 homens da guarnição, 10.000 eram Legionários. Cercados pelos vietnamitas, suportaram oito semanas de bombardeio de [[artilharia]] antes do ataque final. Nas últimas horas de batalha, quatrocentos legionários foram forçados a lutar à [[baioneta]], tendo apenas setenta sobrevivido.
{{artigo principal|Alsácia-Lorena}}
Após a [[Segunda Guerra Mundial]], muitos ex-soldados alemães que falavam francês se juntaram à Legião Estrangeira para seguir uma carreira militar, uma opção que não era mais possível na Alemanha, incluindo soldados alemães franceses de ''[[Malgré-nous]]''. Teria sido considerado problemático se os homens de [[Alsácia-Lorena]] não falassem francês. Esses ex-soldados alemães que falavam francês representavam até 60% da Legião durante a [[Primeira Guerra da Indochina|guerra na Indochina]]. Contrariamente à crença popular, entretanto, a política francesa era de excluir ex-membros da [[Waffen-SS]], e os candidatos à indução eram recusados se exibissem a tatuagem reveladora do tipo sanguíneo, ou mesmo uma cicatriz que pudesse estar mascarando.<ref name=DPorch>{{citar livro|último =Porch|primeiro =Douglas|título=The French Foreign Legion: A Complete History of the Legendary Fighting Force|ano=1991|publicado=HarperCollins Canada, Limited|isbn=978-1616080686|página=531}}</ref>
 
A alta porcentagem de alemães era contrária à política normal em relação a uma única nacionalidade dominante e, em tempos mais recentes, os alemães representaram uma porcentagem muito menor da composição da Legião Estrangeira.<ref>{{citar web|url=http://secretdefense.blogs.liberation.fr/defense/2008/11/la-lgion-saccro.html|título=Secret Défense – La Légion étrangère s'accroche à ses effectifs – Libération.fr|autor = Jean-Dominique Merchet |obra=liberation.fr}}</ref>
==== A resistência na Argélia (1961) ====
Em 1961, após uma prolongada luta contra os nacionalistas argelinos, o ''1º Regimento de Paraquedistas Estrangeiro'' rebelou-se contra a decisão do governo francês de se retirar do Norte de África, onde a Legião tivera o seu Quartel-General durante mais de um século.
 
=== Primeira Guerra da Indochina 1946-1954 ===
== Condições para o alistamento ==
{{artigo principal|Primeira Guerra da Indochina|Jacques Lefort|Pierre Darmuzai|Paul Arnaud de Foïard|Bernard Goupil}}
[[Imagem:Cie para 3REI.JPG|thumb|left|upright|Companhia de paraquedistas do [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]]]
Durante a [[Primeira Guerra da Indochina]] (1946-1954), a Legião Estrangeira viu seu número aumentar devido à incorporação de veteranos da [[Segunda Guerra Mundial]]. Embora a Legião Estrangeira tenha se destacado em um território onde servia desde a década de 1880, também sofreu grandes perdas durante a guerra. Constantemente sendo implantadas em operações, as unidades da Legião sofreram perdas particularmente pesadas na [[Batalha de Dien Bien Phu]], antes que o vale fortificado finalmente caísse em 7 de maio de 1954. Nada menos que 72.833 serviram na [[Indochina]] durante a guerra de oito anos. A Legião sofreu a perda de 10.283 de seus próprios homens em combate: 309 oficiais, 1.082 suboficiais e 9.092 legionários.
 
Enquanto apenas uma das várias unidades da Legião envolvidas na Indochina, o [[1.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> BEP) se destacou particularmente, ao ser aniquilado duas vezes. Após sua terceira reforma, foi renomeado para [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REP).<ref name="ReferenceB">{{citation|url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=102&idA=45&block=16&idA_SM=43&titre=1er-bep-1948-1955 |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= History of the 2e REP, the 1st Foreign Parachute Battalion ''1er Bataillon Etranger de Parachutistes''}}</ref>
O processo seletivo é feito unicamente no quartel do 1º Regimento Estrangeiro em [[Aubagne]], cidade a cerca de vinte [[quilômetro]]s de [[Marselha]], no sul da França.
 
O 1<sup>er</sup> BEP partiu para a Indochina em 12 de novembro e então participou de operações de combate em [[Tonquim]].<ref name="ReferenceB"/> Em 17 de novembro de 1950, o batalhão saltou de paraquedas em That Khé e sofreu pesadas baixas em Coc Xa. Reconstituído em 1 de março de 1951, o batalhão participou de operações de combate em Cho Ben, no rio Black e em Annam.<ref name="ReferenceB"/> Em 21 de novembro de 1953, o 1<sup>er</sup> BEP reconstituído foi lançado de paraquedas em Dien Bien Phu.<ref name="ReferenceB"/> Nesta batalha, a unidade perdeu 575 mortos e desaparecidos.<ref name="ReferenceB"/> Reconstituído pela terceira vez em 19 de maio de 1954, o batalhão deixou a Indochina em 8 de fevereiro de 1955.<ref name="ReferenceB"/> O 1<sup>er</sup> BEP recebeu cinco citações e o ''[[Fourragère]]'' das cores da [[Medalha Militar (França)|Medalha Militar]]<ref name="ReferenceB"/> por seu serviço na Indochina. O 1<sup>er</sup> BEP se tornou o 1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros (1<sup>er</sup> REP) na [[Argélia francesa]] em 1 de setembro de 1955.
Alternativamente, informações podem ser obtidas em um ''Posto de Informações da Legião Estrangeira'' (''PILE''), disponíveis nas cidades francesas de [[Aubagne]], [[Bordeaux]], [[Lille]], [[Lyon]], [[Marseille]], [[Metz]], [[Nantes]], [[Nice]], [[Paris]], [[Perpignan]], [[Reims]], [[Rouen]], [[Strasbourg]] e [[Toulouse]].
 
Dien Bien Phu caiu em 7 de maio de 1954 às 17h30.<ref name="rcp1.terre.defense.gouv.fr">{{citation |url=http://www.rcp1.terre.defense.gouv.fr/index.php?page=12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120303170727/http://www.rcp1.terre.defense.gouv.fr/index.php?page=12 |urlmorta= sim|arquivodata=2012-03-03 |obra=Official Website of the 1st Parachute Chasseur Regiment 1st RCP |título=Section Historique, L'Indochine of the 1st Parachute Chasseur Regiment}}</ref> Os dois hectares que foram o campo de batalha hoje são campos de milho em volta de uma [[Estela]] que comemora os sacrifícios daqueles que morreram ali. Embora a guarnição de Dien Bien Phu incluísse unidades regulares francesas, norte-africanas e recrutadas localmente (indochinesas), a batalha se tornou associada principalmente aos paraquedistas da Legião Estrangeira.
A seleção ocorre unicamente em solo francês "hexagonal", os voluntários não podem se alistar na Guiana Francesa.
 
Durante a Guerra da Indochina, a Legião operou vários [[Trem Blindado da Legião Estrangeira|trens blindados]] que foram um símbolo rolante duradouro durante o curso fretado da [[Indochina Francesa]]. A Legião também operou várias [[Companhia de Passagem da Legião Estrangeira|Companhias de Passagem]] relativas aos conflitos continentais em questão.
Para participar do mesmo é necessário:
* ser do sexo masculino;
* ter entre dezessete e quarenta anos;
* portar um documento de identidade válido internacionalmente, ou seja, um [[passaporte]] válido;
* Não precisa ser solteiro pra se alistar;
* Não é obrigatório falar o francês, pois aprenderá durante o ofício.
 
=== Guerra de Independência Argelina 1954-1962 ===
Em qualquer ''PILE'' em que um candidato se apresente fará um exame pré-seletivo, em um hospital local, militar ou civil. Caso aprovado, o candidato aguardará no próprio ''PILE'' que se forme um grupo com vários candidatos, a serem encaminhados ao quartel do 1º RE em Aubagne. Nesse ínterim, os candidatos farão serviços de limpeza e manutenção geral, coordenados pelo pessoal local. O grupo formado, enviado a Aubagne, ficará alojado em regime fechado no ''Centro de Seleção e Incorporação'' (CSI), e ali receberá escova e pasta de dentes, sabonete, toalha, cueca, agasalho esportivo e alojamento, enquanto faz os testes definitivos de aptidão para engajar-se.
{{artigo principal|Guerra de Independência Argelina}}
==== Paraquedistas da Legião Estrangeira ====
[[Imagem:Insigne du 1° REP.jpg|thumb|right|upright|O [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] foi formado e comandado pelo tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]] da Legião (1912-1958)<ref name="2rep.legion-etrangere.com">{{citation |url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=105&idA=48&block=16&idA_SM=43&titre=1er-rep-1955-1961 |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= History of the 2e REP, the 1st Foreign Parachute Regiment ''1er Régiment Etranger de Parachutiste''}}</ref>]]
{{artigo principal|Exército do Ar Francês|Lista de unidades de paraquedistas da França|10.ª Divisão Paraquedista (França)|25.ª Divisão Paraquedista (França)}}
A Legião Estrangeira estava fortemente engajada na luta contra a [[Frente de Libertação Nacional (Argélia)|Frente de Libertação Nacional]] e o [[Exército de Libertação Nacional (Argélia)|Exército de Libertação Nacional]] (ALN). A principal atividade durante o período de 1954-1962 foi como parte das operações da [[10.ª Divisão Paraquedista (França)|10.ª Divisão Paraquedista]] e da [[25.ª Divisão Paraquedista (França)|25.ª Divisão Paraquedista]]. O [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REP), estava sob o comando da 10.ª Divisão Paraquedista (França), (10<sup>ème</sup> DP), e o [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REP), estava sob o comando da 25.ª Divisão Paraquedista (França) (25<sup>ème</sup> DP). Enquanto o 1<sup>er</sup> REP e o 2<sup>ème</sup> REP faziam parte das operações das [[Lista de unidades de paraquedistas da França|divisões paraquedistas francesas]] (10<sup>ème</sup> DP e 25<sup>ème</sup> DP estabelecido em 1956), o 1<sup>er</sup> REP e o 2<sup>ème</sup> REP, são mais antigas divisões francesas. O 1<sup>er</sup> REP foi o antigo [[1.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> BEP) três vezes reconstituído e o 2<sup>ème</sup> REP foi o antigo [[2.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> BEP). Ambos os batalhões foram renomeados e seus Legionários transferidos da [[Indochina]] em 1 de agosto de 1954 para a [[Argélia francesa]] em 1 de novembro de 1954. Ambas as origens remontam à [[Companhia Paraquedista do 3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] comandado pelo tenente da Legião [[Jacques Morin]], ligado ao [[1.º Regimento Chasseur de Paraquedistas|III/1<sup>er</sup> R.C.P]].<ref name="ReferenceA">{{citation |url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=101&idA=43&block=16&idA_SM=0&titre=historique-du-2e-rep |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= History of the 2e REP, The origins.}}</ref>
 
Com o início da [[Guerra de Independência Argelina|guerra na Argélia]] em 1 de novembro de 1954, os dois batalhões de paraquedistas estrangeiros participantes que voltaram da Indochina, o [[1.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> BEP, Formação III) e o [[2.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> BEP), não faziam parte de quaisquer divisões francesas de paraquedistas ainda que não foram designadas como regimentos até setembro e 1 de dezembro de 1955, respectivamente.
== Treinamento básico do legionário ==
 
[[Imagem:Paschal_002.jpg|thumb|right|Certificado de Boa Conduta, tenente-coronel Paul Paschal (1919-1994), 1<sup>er</sup> REP, 15 de agosto de 1960]]
O treinamento básico é conduzido pelo 4º Regimento da Legião Estrangeira e tem uma duração de 15 semanas:
 
As principais operações durante a guerra da Argélia incluíram a [[Batalha de Argel (1956-1957)|Batalha de Argel]] e a [[Batalha das Fronteiras (1958)|Batalha das Fronteiras]], travadas por 60.000 soldados, incluindo paraquedistas franceses e a Legião Estrangeira. Para os paraquedistas da Legião, o 1<sup>er</sup> REP e o 2<sup>ème</sup> REP, eram os únicos regimentos de paraquedistas estrangeiros ativos conhecidos, comandados exclusivamente por [[Pierre Jeanpierre]] para o 1<sup>er</sup> REP<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/> e o 2<sup>ème</sup> REP.<ref>{{citation |url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=112&idA=24&block=17&idA_SM=0&titre=ils-ont-commande-le-2eme-rep |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= Ils ont commandé le 2éme REP, Regimental Commanders}}</ref> O restante das unidades paraquedistas francesas das Forças Armadas francesas foram comandadas por [[Jacques Massu]], [[9.º Regimento Chasseur de Paraquedistas|Buchond]], [[Marcel Bigeard]], [[Paul Aussaresses]]. Outras ofensivas da Legião nas montanhas em 1959 incluíram as operações [[Operação Jumelles|Jumelles]], [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|Cigales]] e [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|Ariège]] no Aures e a última em Kabylie.<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/>
* Treinamento inicial de 4 semanas — iniciação ao estilo de vida militar; atividades de campo; aprendizado das tradições da Legião Estrangeira;
* Marcha do "[[quepe]] branco" e cerimônia de graduação — 1 semana;
* Treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 3 semanas;
* Treino em montanha (chalé Formiguère na região dos [[Pirenéus]] franceses) — 1 semana;
* Novo treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 2 semanas;
* Exames e obtenção do certificado técnico elementar — 1 semana;
* Marcha do final do treinamento básico — 1 semana;
* Escola de veículos pesados e caminhões — 1 semana;
* Retorno a Aubagne antes da partida para o regimento onde irá servir — 1 semana.
 
A imagem da Legião como uma força profissional e apolítica foi manchada quando a elite do [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REP), que também fazia parte da [[10.ª Divisão Paraquedista (França)|10.ª Divisão Paraquedista]], desempenhou um papel de liderança no golpe [[Putsch dos Generais]] de 1961<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/> e foi posteriormente dissolvido.
== Lista de Unidades ==
A Legião divide-se em regimentos de dez companhias, algumas especializadas (reconhecimento, morteiros, blindados leves, e outras).
 
==== Golpe Putsch dos Generais e redução da Legião Estrangeira ====
* 1e. Régiment Étranger (1º Regimento Estrangeiro), em Aubagne, França.
{{artigo principal|Putsch dos Generais|Jean Olié|Paul Gardy|Hélie de Saint Marc}}
* 4e. Régiment Étranger (4º Regimento Estrangeiro), em Castelnaudary, França.
[[Imagem:Monument aux morts legion para.jpg|thumb|left|upright|[[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|Marche ou Crève]] e [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|More Majorum]] para Oficiais da Legião, Suboficiais e Legionários dos CEPs, BEPs e REPs da Legião Estrangeira<ref name="auto2">{{citation |url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=110&idA=23&block=16&idA_SM=22&titre=le-chant-du-2e-rep |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= Traditions, Chant du 2e REP}}</ref>]]
* 5e. Régiment Étranger (5º Regimento Estrangeiro), na Polinésia francesa, no sul do [[oceano Pacífico]] (esta unidade foi dissolvida em 30 de junho de 2000).
[[Imagem:CSPLE-tenue-parade.jpg|thumb|right|Uniforme legionário das [[Companhias do Saara da Legião Estrangeira Francesa]] (CSPLE). Frequentemente azul ou vermelho e usado por todos os soldados do [[Exército da África (França)|Exército da África]]; a Legião, entretanto, adotou oficialmente a ''Ceinture Bleue'' (faixa azul) em 1882]]
* 1e. Régiment de Étranger Cavalerie (1º Regimento de Cavalaria Estrangeiro), em [[Orange (Vaucluse)|Orange]], França.
Saindo de um difícil conflito na [[Indochina]], a Legião Estrangeira Francesa reforçou a coesão ao estender a duração do treinamento básico. Os esforços desenvolvidos foram bem-sucedidos durante este trânsito; porém, com a entrada em dezembro de 1960 e a revolta dos generais, uma crise atingiu a Legião que depositava sua fé no corpo do Exército.<ref>Comor André-Paul, ''"La Légion étrangère dans la guerre d'Algérie, 1954–1962"'', Guerres mondiales et conflits contemporains, 1/2010 (n° 237), p. 81-93.</ref>
* 2e. Régiment d'Infanterie de Étranger (2º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em Nimes, França.
* 3e. Régiment d'Infanterie de Étranger (3º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em [[Kourou]], Guiana francesa.
* 2e. Régiment de Étranger Parachutistes (2º Regimento de Paraquedistas Estrangeiro), em [[Calvi (França)|Calvi]], ilha da [[Córsega]].
* 1e. Régiment de Étranger Génie (1º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em [[Laudun]], França.
* 2e. Régiment de Étranger Génie (2º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em Marseille, França.
* 13e. Démi-brigade de la Légion Étrangère (13ª Meio-brigada da Legião Estrangeira), em [[Djibouti]], [[África]].
* Détachement de la Légion de Étrangère de Mayotte (Destacamento da Legião Estrangeira de Mayotte), em [[Dzaoudzi]], [[ilha de Mayotte]].
 
Por ter se reunido ao golpe [[Putsch dos Generais]] de abril de 1961, o [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REP) da 10ª Divisão de Paraquedistas foi dissolvido em 30 de abril de 1961 em [[Zéralda]].
O regimento mais conhecido é o 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas, com quatro companhias de combate, que se orgulha de poder montar uma operação para qualquer parte do mundo em apenas 24 horas.
 
Em 1961, na questão do golpe, o [[Companhias do Saara da Legião Estrangeira Francesa|1.º Esquadrão Montado do Saara da Legião Estrangeira]],<ref>Observe que na língua francesa, a designação de "Companhia Montada" ({{lang-fr|Compagnie Portée}}). meios montados e podem ser aplicados tanto para motorizados como montados por outros meios. A designação de "Companhia Motorizada" ({{lang-fr|Compagnie Motorisée}}) seria estritamente limitado a ser motorizado, o que não é a palavra usada mesmo que fosse motorizado. A referência de companhias saarianas "Montadas" ({{lang-fr|Compagnie Saharienne "Portée"}}) é usado em vez de motorizado estritamente, mesmo que essas unidades fossem motorizadas, para descrever também o empacotamento da [[Canon de 75 modèle 1897|artilharia]]. As companhias podem ser descritas como Companhias Motorizadas da Legião do Saara; no entanto, sua estrita limitação em francês a motorizados apenas em termos de tradução e função seria incorreta, pois eles deveriam ser referidos como "Montados", o que se aplicaria tanto a motorizados quanto a outros meios de montagem.</ref> recebeu as missões para assegurar vigilância e policiamento. A independência da [[Argélia francesa]] em 1962 foi traumatizante, pois terminou com o abandono forçado do centro de comando do quartel em [[Sidi Bel Abbès]], estabelecido em 1842. Ao serem notificados de que o regimento de elite seria dissolvido e que eles seriam transferidos, legionários do 1<sup>er</sup> REP incendiaram o pavilhão chinês adquirido após o [[Cerco de Tuyen Quang]] em 1884. As relíquias do museu de história da Legião, incluindo a mão de madeira do Capitão [[Jean Danjou]], posteriormente acompanharam a Legião para a [[França]]. Também removidos de Sidi Bel Abbès estavam os restos simbólicos da Legião do general [[Paul-Frédéric Rollet]] ([[Comando da Legião Estrangeira|O Pai da Legião]]), o oficial da Legião príncipe [[Aage da Dinamarca]] e o legionário Heinz Zimmermann (última vítima fatal na Argélia).
== Armamento ==
[[imagem:FAMAS_dsc06877.jpg|thumb|300px|right|O fuzil de assalto francês FAMAS]]
Atualmente, a Legião encontra-se equipada com o armamento padronizado do [[Exército francês]], destacando-se o moderno [[fuzil de assalto]] [[FAMAS]].
 
[[Imagem:Prince Aage.png|thumb|upright|Oficial tenente-coronel da Legião, príncipe [[Aage da Dinamarca]] (1887–1940)]]
== Bandeira ==
 
As cores da [[bandeira]] da Legião são o verde e o vermelho.
A Legião adquiriu sua canção de desfile "''[[Non, je ne regrette rien]]''" ("Não me arrependo de nada"), uma canção de [[Édith Piaf]] de 1960 cantada por oficiais não comissionados e legionários quando eles deixavam seus quartéis para serem realocados após o golpe Putsch dos Generais de 1961. A música permaneceu como parte da herança da Legião desde então.
 
O 1<sup>er</sup> REP foi dissolvido em 30 de abril de 1961.<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/> No entanto, prevaleceu o [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REP), enquanto a maior parte do pessoal das [[Companhias do Saara da Legião Estrangeira Francesa|Companhias do Saara]] foram integrados no [[1.º Regimento Estrangeiro]], [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] e [[4.º Regimento Estrangeiro]] respectivamente.
 
=== África pós-colonial ===
[[Imagem:Legion1PW.jpg|thumb|left|A [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]] desfilando pelas ruínas romanas em [[Lambésis]], [[Argélia francesa]] (por volta de 1958)]]
Em meados da década de 1960, a Legião Estrangeira perdeu seu lar tradicional e espiritual na [[Argélia Francesa]] e as unidades de elite foram dissolvidas.<ref name="ReferenceB"/> O presidente [[Charles de Gaulle]] considerou dissolvê-lo completamente, mas, sendo lembrado dos [[Regimento de Marcha da Legião Estrangeira|Regimentos de Marcha]], e que a [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]] foi uma das primeiras unidades a se declarar por ele em 1940 e levando também em consideração o serviço efetivo de várias unidades do Saara e as atuações de outras unidades da Legião, ele escolheu reduzir o tamanho da Legião de 40.000 para 8.000 homens e realocá-lo na [[França Metropolitana]].<ref>{{citar web|url=http://www.legionofthelost.com/gallery.html |título=Gallery |publicado=Legion of the Lost }}</ref> As unidades da Legião continuaram a ser designadas para serviço no exterior, embora não no Norte da África (veja abaixo).
 
=== 1962-presente ===
No início dos anos 1960, e além de implantações rápidas globais em andamento, a Legião Estrangeira também estacionou forças em vários continentes enquanto operava diferentes unidades de função. De 1965 a 1967, a Legião operou várias companhias, incluindo a [[5.ª Companhia de Transporte de Pesos Pesados]] (CTGP), principalmente encarregada de evacuar o Saara. A área de responsabilidade de algumas dessas unidades estendia-se desde os confins do meio do [[Saara]] até o [[Mediterrâneo]]. Intervenções em andamento e implantações rápidas dois anos depois e nos anos seguintes incluídos em parte:
 
* 1969-1971: intervenções no [[Chade]]
* 1978-presente: Operações de [[manutenção da paz]] em todo o Mediterrâneo, incluindo a [[Força Interina das Nações Unidas no Líbano]] durante a [[Guerra Global contra o Terror]]
* 1978-1978: [[Batalha de Coluezi]] ([[Zaire]])
* 1981-1984: Operações de manutenção da paz no [[Líbano]] no corpo da [[Força Multinacional no Líbano|Força Multinacional das Nações Unidas]] durante a [[Guerra Civil Libanesa]], juntamente com a [[31.ª Brigada (França)|31.ª Brigada]] que incluía o [[1.º Regimento Estrangeiro]]. [[Operação Épaulard I]] foi liderada pelo tenente-coronel [[Bernard Janvier]]. A Força Multinacional também incluiu a [[1st The Queen's Dragoon Guards]] das [[Forças Armadas do Reino Unido]], contingentes americanos do [[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos]] e da [[Marinha dos Estados Unidos]], [[Marinha Nacional Francesa]] e 28 regimentos exclusivos das [[Forças Armadas Francesas]], incluindo regimentos de paraquedistas franceses, companhias, unidades do [[11.ª Brigada Paraquedista (França)|11.ª Brigada Paraquedista]] junto com o [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]]. A Força Multinacional também incluiu as [[Forças de Defesa da Irlanda]] e unidades da [[Gendarmaria Nacional (França)|Gendarmaria Nacional Francesa]], paraquedistas das [[Forças Armadas da Itália]] da [[Brigada Paraquedista "Folgore"|Brigada Folgore]] e unidades de infantaria dos regimentos [[Bersaglieri]] e fuzileiros navais do [[1.º Regimento de San Marco|Batalhão de San Marco]].
 
==== Guerra do Golfo 1990-1991====
{{artigo principal|Guerra do Golfo}}
[[Imagem:DesertStormMap v2.svg|thumb|left|A [[6.ª Brigada Blindada Leve (França)|6.ª Divisão Blindada Leve]] (6<sup>ème</sup> D.L.B) operando no flanco esquerdo da coalizão de 34 nações durante a [[Guerra do Golfo]]]]
Em setembro de 1990, o [[1.º Regimento Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> RE), [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> REC), [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REP), [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (2<sup>ème</sup> REI) e o [[6.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (6<sup>ème</sup> REG) foram enviados ao [[Golfo Pérsico]] como uma parte da [[Operação Daguet]] junto com o [[1.º Regimento Spahi]], [[11.º Regimento de Artilharia dos Fuzileiros Navais]], [[3.º Regimento de Infantaria dos Fuzileiros Navais]], [[21.º Regimento de Infantaria dos Fuzileiros Navais]], [[Aviação Leve do Exército Francês]], [[Regimento de Tanques de Infantaria dos Fuzileiros Navais]], [[Lista de unidades de paraquedistas da França|regimentos de paraquedistas franceses]] incluindo componentes do [[35.º Regimento de Artilharia de Paraquedistas]] (35<sup>ème</sup> RAP), [[1.º Regimento de Hussardos Paraquedistas]] (1<sup>er</sup> RHP), [[17.º Regimento de Engenheiros Paraquedistas]] (17<sup>ème</sup> RGP) e outros contingentes aerotransportados. A [[Divisão Daguet]] foi comandada pelo general-de-brigada [[Bernard Janvier]].
 
[[Imagem:FFLegion.JPEG|thumb|right|Uma [[guarda de honra]] da Legião do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] atenta enquanto espera a chegada de [[Norman Schwarzkopf]] e o tenente-general [[Khalid bin Sultan Al Saud]], comandante das Forças Conjuntas na [[Arábia Saudita]], durante a [[Operação Escudo do Deserto]]]]
 
A força da Legião, composta principalmente de 27 nacionalidades diferentes,<ref>{{citar jornal|último1 =Kent|primeiro1 =Arthur|último2 =Brokaw|primeiro2 =Tom|título=French Foreign Legion Prepares for Persian Gulf War|url=http://archives.nbclearn.com/portal/site/k-12/flatview?cuecard=58510|acessodata=7 de dezembro de 2014|obra=NBC Nightly News|publicado=NBCUniversal Media, LLC.|data=13 de novembro de 1990|formato=Video News Report|citação=Glen Slick é um americano que empunha armas para o presidente Mitterrand, não para o presidente Bush. Ele é uma das 27 nacionalidades aqui com a Legião Estrangeira Francesa.}}</ref> foi anexada à [[6.ª Brigada Blindada Leve (França)|6.ª Brigada Blindada Leve]] (6<sup>ème</sup> D.L.B) da [[França]], cuja missão era proteger o flanco esquerdo da Coalizão enquanto a cobertura disparava pela artilharia da marinha. Durante a [[Guerra do Golfo]], a [[Lista de unidades de paraquedistas da França|DINOPS]] operou em apoio à [[82.ª Divisão Aerotransportada]] do [[Exército dos Estados Unidos]] e forneceu os serviços EOD para a divisão. Depois que o cessar-fogo começou, eles conduziram uma operação conjunta de remoção de minas ao lado de uma [[Clearance Diving Branch|Unidade da Equipe de Mergulhadores de Desminagem]] da [[Marinha Real Australiana]].
 
Após a campanha aérea de quatro semanas, as forças da coalizão lançaram a ofensiva terrestre. Eles rapidamente penetraram profundamente no [[Iraque]], com a Legião tomando o Aeroporto As-Salman, encontrando pouca resistência. A guerra terminou depois de 100 horas de combates no solo, o que resultou em baixas muito leves para a Legião.
 
==== Pós 1991 ====
* 1991: Evacuação de cidadãos franceses e estrangeiros em [[Ruanda]], [[Gabão]] e [[Zaire]].
* 1992: [[Camboja]] e [[Somália]]
* 1993: [[Sarajevo]], [[Bósnia e Herzegovina]]
* 1995: [[Ruanda]]
* 1996: [[República Centro-Africana]]
* 1997: [[República do Congo|Congo-Brazzaville]]
* Desde 1999: [[Força do Cóssovo|KFOR]] em [[Kosovo]] e na [[Macedônia do Norte]]
 
=== Guerra Global contra o Terror 2001-presente ===
* 2001-2014: [[Operação Liberdade Duradoura]] no [[Afeganistão]]
* 2002-2003: [[Operação Licorne]] na [[Costa do Marfim]]
* 2008: [[EUFOR Tchad/RCA]] no [[Chade]]
<!-- * 2011: na [[Líbia]].-->
* 2013-2014: [[Operação Serval]] na [[Guerra Civil do Mali]]<ref>{{citar jornal|url=https://www.wsj.com/articles/SB10001424127887324235104578242993426029234 |obra=The Wall Street Journal|título=France Widens Military Effort in Mali|autores=Drew Hinshaw and David Gauthier-Villars|data=15 de janeiro de 2013}}</ref>
 
== Composição e organização ==
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira|Pioneiros da Legião Estrangeira}}
Antes do fim da [[Guerra de Independência Argelina|Guerra da Argélia]], a Legião Estrangeira não estava estacionada na [[França continental]], exceto em tempos de guerra. Até 1962, o quartel-general da Legião Estrangeira, distrito da guarnição Vienot de [[Sidi Bel Abbès]] estava na [[Argélia Francesa]]. Hoje, algumas unidades da Legião estão na [[Córsega]] ou em possessões ultramarinas (principalmente na [[Guiana Francesa]], guardando o [[Centro Espacial de Kourou|Centro Espacial da Guiana]]), enquanto o restante está no sul da França continental. A atual sede, o distrito da guarnição Vienot de [[Aubagne]] fica na França, nos arredores de [[Marselha]]. Como resultado de uma campanha de recrutamento após os [[Ataques de novembro de 2015 em Paris]], a Legião terá 8.900 homens em 2018.<ref>[http://www.opex360.com/2017/04/28/en-2018-la-legion-etrangere-aura-retrouve-ses-effectifs-dil-y-20-ans/ L. Lagneau, "En 2018, la Légion étrangère aura " retrouvé ses effectifs d’il y a 20 ans "", ''Zone militaire'']</ref>
 
* França continental
** [[1.º Regimento Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> RE), com sede em [[Aubagne]], [[França]] (HQ, seleção e administração, outras missões específicas)
*** [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Seções de Tradição dos Pioneiros]]
** [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> REC), baseado em Campo de Carpiagne ([[Bocas do Ródano|Bouches-du-Rhône]]), França (tropas blindadas)
** [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REG), antigo [[6.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (6<sup>ème</sup> REG), com base em [[Laudun-l'Ardoise|Laudun]], França
*** [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Grupos de Pioneiros]]
** [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (2<sup>ème</sup> REI), baseado em [[Nîmes]], França
** [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REG), baseado em [[Saint-Christol (Vaucluse)|St Christol]], França
*** [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Grupos de Pioneiros]]
** [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REP), baseado em [[Calvi (Alta Córsega)|Calvi]], [[Córsega]]
** [[4.º Regimento Estrangeiro]] (4<sup>ème</sup>RE), baseado em [[Castelnaudary]] (treinamento), França
*** [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Grupos de Pioneiros]]
** [[Grupo de Recrutamento da Legião Estrangeira]] (G.R.L.E), baseado no [[Forte de Nogent]] (recrutamento militar e outros), França
** [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]] (13<sup>ème</sup> DBLE) estacionado em [[Djibouti]] até 2011, em seguida, nos [[Emirados Árabes Unidos]] até 2016. A partir de janeiro de 2016, a 13<sup>e</sup> DBLE está progressivamente baseado em Camp Larzac para integrar a [[6.ª Brigada Blindada Leve (França)|6<sup>e</sup> BLB]]
* [[Território de ultramar (França)|Territórios Ultramarinos Franceses]] e [[Coletividade de ultramar]], França
** [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (3<sup>ème</sup> REI), baseado em [[Guiana Francesa]]
*** [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Grupos de Pioneiros]]
** [[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte]] (DLEM)
 
=== Implantações atuais ===
Estas são as seguintes implantações:<ref>{{citar web|url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=82&idA=123&idA_SM=110|título=Régiments et unités composant la Légion étrangère|obra=legion-etrangere.com}}</ref>
 
* ''Opérations extérieures'' (exceto em casa ou em deveres padrão)
** [[Guiana Francesa]] Missão de presença no Oyapock, '''Proteção''', [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|3<sup>ème</sup> REI]] Proteção CSG; [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REP]]/CEA; [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2<sup>ème</sup> REI]]/4<sup>ème</sup>
** [[Afeganistão]] '''Intervenção''' [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro|1<sup>er</sup> REC]]/3.º esquadrão (1 pelotão); [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2<sup>ème</sup> REI]]/4.° companhia OMLT; [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REG]]/companhia do 1<sup>ème</sup>
** [[Mayotte|Mayotte (Coletividade Departamental de Mayotte)]] '''Prevenção''' [[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte|DLEM]] Missão de Soberania
** [[Gabão]] '''Prevenção''' [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REP]]/companhia do 3<sup>ème</sup> e 4<sup>ème</sup>
 
{|class="wikitable"
|+Unidades
|-
!Acrônimo !!Nome em francês !!Significado em português
|-
| CEA || Compagnie d'éclairage et d'appuis || Companhia de Reconhecimento e Suporte
|-
| CAC || Compagnie anti-char || Companhia Anti-Tanque
|-
| UCL || Unité de commandement et de logistique || Unidade de Comando e Logística
|-
| EMT || État-major tactique || Posto de Comando Tático
|-
| NEDEX || Neutralisation des explosifs || Neutralização e Destruição de Explosivos
|-
| OMLT || colspan=2|[[Operational Mentoring and Liaison Team]] ''(O nome oficial desta filial é em inglês)''
|}
[[Imagem:Patrol paratroopers foreign legion paris notre dame.jpg|thumb|upright|Legionários em [[Paris]] no [[Vigipirate]], o sistema de alerta de segurança contra terrorismo da [[França]], em novembro de 2010]]
 
{{Gallery
| mode =packed-hover
| style =padding: 0;
| align =center
| height =180
| File:ERC 90 ER.JPG|[[Tanque leve]] [[Panhard ERC|ERC 90]] da [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|13<sup>ème</sup> DBLE]] em [[Djibouti]]
| File:French Milouf 070308-N-3884F-003.JPEG|Paraquedistas do [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REP]] em [[Djibouti]]
| File:TE 2REI Afghanistan.jpg|Atiradores de elite do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2<sup>ème</sup> REI]] usando um [[PGM Hecate II]] e um [[FR-F2]] no [[Afeganistão]] em 2005
| File:Cal50 Browning 2REI 2.jpg|Legionário do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2<sup>ème</sup> REI]] com uma [[Browning M2|metralhadora pesada M2]]
| File:FRF2 Afghanistan.JPG|Legionário usando um [[FR-F2]] no [[Guerra do Afeganistão (2001–presente)|Afeganistão]] (2007)
}}
 
=== DINOPS, PCG e Comandos ===
{{artigo principal|Lista de unidades de paraquedistas da França}}
* [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REP); [[Grupo de Comando de Paraquedistas]] (GCP); Desbravadores qualificados em Ações Diretas, Especial Recco e IMEX.
* [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> REG); Equipes [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|P.C.G]] de Demolição Subaquática de Paraquedista (Mergulhadores, Engenheiros de Combate, {{lang-fr|''Plongeurs Commando group''}}), Equipes [[Lista de unidades de paraquedistas da França|DINOPS]] do Destacamento Operacional de Intervenção Subaquática ({{lang-fr|''Détachement d'Intervention Nautique Operationnelle Subaquatique''}}).
* [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> REG); Equipes [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|P.C.G]] de Demolição Subaquática de Paraquedista (Mergulhadores, Engenheiros de Combate, {{lang-fr|''Plongeurs du Combat du Génie''}}), Equipes DINOPS do Destacamento Operacional de Intervenção Subaquática ({{lang-fr|''Détachement d'Intervention Nautique Operationnelle Subaquatique''}}) e Grupo de Comando de Montanha ([[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|GCM]]) em alguns casos como especialidades duplas.<ref>{{citation |url=http://2reg.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=271&idA=28&block=15&idA_SM=0&titre=structure-du-regiment |obra=Official Website of the 2nd Foreign Engineer Regiment |título= 2e Regiment Etranger de Genie (2e REG); Structure du 2ème Régiement Etranger de Génie}}</ref>
 
== Processo de recrutamento ==
{|class="wikitable"
|-
|'''Chegada''' || 1 a 3 dias no Centro de Informação de Legião Estrangeira. Recepção, informações e termos do contrato. Posteriormente, transferido para [[Paris]], Centro de Recrutamento da Legião Estrangeira.
|-
|'''Pré-seleção''' || 1 a 4 dias no Centro de Recrutamento de Legião Estrangeira em Paris. Confirmação da motivação, check-up médico inicial, finalização dos papéis de alistamento e assinatura do contrato de serviço de 5 anos.
|-
|'''Seleção''' || 7 a 30 dias no Centro de Recrutamento e Seleção de [[Aubagne]]. Testes psicológicos e de personalidade, testes de lógica (sem requisitos de educação), exame médico, testes de condição física, motivação e entrevistas de segurança. Confirmação ou recusa de seleção.
|-
|'''Seleção Aprovada''' || Assinatura e transferência do contrato de prestação de serviços de 5 anos. Integração na Legião Estrangeira como estagiário.
|}
 
=== Treinamento básico ===
[[Imagem:Marche Fourragére 02.jpg|thumb|upright|Legionários de treinamento na [[Guiana Francesa]]]]
Embora todos os membros de base da Legião Estrangeira devam servir sob o "status de estrangeiro" (''à titre étranger''), mesmo que sejam cidadãos franceses, os oficiais subalternos e comissionados podem servir sob o status francês ou estrangeiro. Suboficiais e oficiais com status estrangeiro são promovidos exclusivamente de suas patentes e em 2016 representaram 10% do Corpo de Oficiais da Legião.<ref>[http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=478&titre=Officier-servant-a-titre-etranger] Les mots du général COM.LE (palavras do general no comandando da Legião, [[Comando da Legião Estrangeira|COMLE]]) O Editorial do Comandante, Oficiais da Legião Estrangeira servindo em Títulos Estrangeiros representam 10% do Corpo de Oficiais da Legião Estrangeira. Destacados nas patentes, eles são os herdeiros dos Oficiais Estrangeiros que serviram a França, Rússia, Dinamarca, Indochina ou Suíça, que deram e seguiram seu exemplo</ref> Oficiais de status franceses são membros de outras unidades do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] afetados à Legião ou legionários promovidos que optaram por se tornar cidadãos franceses.
 
O treinamento básico para a Legião Estrangeira é realizado no [[4.º Regimento Estrangeiro]]. Este é um regimento de combate operacional que oferece um curso de treinamento de 15 a 17 semanas, antes que os recrutas sejam designados para suas unidades operacionais:
 
* Treinamento inicial de 4-6 semanas em A Fazenda (''La Ferme''), introdução ao estilo de vida militar; atividades ao ar livre e de campo.
* Marcha (''Marche Képi Blanc''), uma marcha de 50 km de dois dias (25 km por dia) em kit completo, seguida da cerimônia ''Képi Blanc'' no 3.º dia.
* Treinamento técnico e prático (alternado com quartel e treinamento de campo), três semanas.
* Treino de montanha (Chalet em Formiguière nos [[Pirenéus]] Franceses), uma semana.
* Treinamento técnico e prático (alternância de quartéis e treinamento de campo), três semanas.
* Exames e obtenção do certificado técnico elementar (CTE), uma semana.
* Marcha (''Raid Marche''), marcha final de 120 km, que deve ser concluída em três dias (40 km por dia).
* Formação para condutores de veículos leves (carta de condução), uma semana.
* Retorno a [[Aubagne]] antes de se reportar ao regimento operacional designado, uma semana.
 
O ensino da língua francesa (leitura, escrita e pronúncia) é ministrado diariamente durante todo o treinamento básico.
 
{{Gallery
| mode =packed-hover
| align =left
| style =padding: 0;
| height =200
| File:Aerocordage-calvi.jpg|Legionários voando de um helicóptero [[Aérospatiale SA-330 Puma|Puma]] sobre [[Calvi (Alta Córsega)|Calvi]]
| File:DLEM tir.JPG|Legionários em [[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte|Mayotte]]
| File:Parachutistes Balagne.jpg|Legionários usando a técnica [[HALO (técnica militar)|HALO]] para saltar de um [[Transall C-160|C-160]].
| File:Largage parachutistes.JPG|Legionários usando a técnica [[HALO (técnica militar)|HALO]] para saltar de um [[Transall C-160|C-160]], enquanto treinam em [[Camp Raffalli]], na [[Córsega]].
}}
{{clear}}
 
== Tradições ==
{{artigo principal|Honneur et Fidélité}}
Como a Legião Estrangeira é composta por soldados de diferentes nacionalidades e origens, é necessário desenvolver um intenso ''espírito de corpo'',<ref name="ReferenceA"/> que é alcançado através do desenvolvimento da camaradagem,<ref name="ReferenceA"/> tradições específicas, a lealdade de seus legionários, qualidade de seu treinamento e o orgulho de ser um soldado em uma unidade de elite.<ref name="ReferenceA"/>
 
=== Código de honra ===
O "Código de Honra do Legionário"<ref name="auto3">{{citation |url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=92&idA=134&block=6&idA_SM=112&titre=le-code-d-honneur |obra=Official Website of General Command of Foreign Legion (COMLE) |título= Code d'honneur du Légionnaire}}</ref><ref name="4re.legion-etrangere.com">{{citation |url=http://4re.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=44&idA=20&block=17&idA_SM=0&titre=code-d-honneur |título=4th Foreign Regiment, Code d'honneur du Légionnaire}}</ref> é o credo da Legião Estrangeira, recitado apenas em [[Língua francesa|francês]].<ref>https://www.youtube.com/watch?v=CIGquKXtxgw | Video of French Foreign Legion reciting the "Legionnaire's Code of Honour" in French</ref><ref>https://www.youtube.com/watch?v=e8z3pCTw1ag | Video of French Foreign Legion reciting the "Legionnaire's Code of Honour" in French</ref> O Código de Honra foi adotado na década de 1980.<ref name="auto3"/>
 
{| class="wikitable" style="margin: 1em auto;"
|-
|-
! !! ''Code d'honneur du légionnaire'' !! Código de Honra do Legionário
|-
|Art. 1|| ''Légionnaire, tu es un volontaire, servant la France avec honneur et fidélité.'' || Legionário, você é um voluntário servindo a França com honra e fidelidade.
|-
|Art. 2 || ''Chaque légionnaire est ton frère d'armes, quelle que soit sa nationalité, sa race ou sa religion. Tu lui manifestes toujours la solidarité étroite qui doit unir les membres d'une même famille.'' || Cada legionário é seu irmão de armas, qualquer que seja sua nacionalidade, raça ou religião. Você mostra a ele a mesma solidariedade que une os membros de uma mesma família.
|-
|Art. 3 || ''Respectueux des traditions, attaché à tes chefs, la discipline et la camaraderie sont ta force, le courage et la loyauté tes vertus.'' || Respeito pelas tradições, devoção aos seus líderes, disciplina e camaradagem são seus pontos fortes, coragem e lealdade são suas virtudes.
|-
|Art. 4 || ''Fier de ton état de légionnaire, tu le montres dans ta tenue toujours élégante, ton comportement toujours digne mais modeste, ton casernement toujours net.'' || Orgulhoso de sua condição de legionário, você o exibe com seu uniforme sempre impecável, seu comportamento sempre digno, mas modesto, e seus aposentos limpos.
|-
|Art. 5 || ''Soldat d'élite, tu t’entraînes avec rigueur, tu entretiens ton arme comme ton bien le plus précieux, tu as le souci constant de ta forme physique.''|| Soldado de elite, você treina rigorosamente, mantém sua arma como seu bem mais precioso e cuida constantemente de sua forma física.
|-
|Art. 6 || ''La mission est sacrée, tu l'exécutes jusqu’au bout et, s'il le faut, en opérations, au péril de ta vie.'' || A missão é sagrada, você a cumpre até o fim e, se necessário, no campo, com risco de vida.
|-
|Art. 7 || ''Au combat, tu agis sans passion et sans haine, tu respectes les ennemis vaincus, tu n’abandonnes jamais ni tes morts, ni tes blessés, ni tes armes.''|| No combate, você age sem paixão e sem ódio, respeita os inimigos derrotados e nunca abandona seus mortos, seus feridos ou suas armas.
|}
 
[[Imagem:ORANGE Camerone2010.jpg|thumb|Comemoração da [[Batalha de Camarón]] pelo [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] do Teatro [[Império Romano|Romano]] de [[Orange (Vaucluse)|Orange]]]]
[[Imagem:Drapeaux 1RE et 2REI Paris 2003.jpg|thumb|right|Bandeiras regimentais do [[1.º Regimento Estrangeiro]] e do [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2.º Regimento]] em [[Paris]], 2003]]
 
=== Lemas ===
==== ''Honneur et Fidélité'' ====
Em contraste com todas as outras unidades do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]], o lema bordado nas bandeiras regimentais da Legião Estrangeira não é ''Honneur et Patrie'' (Honra e Pátria), mas ''[[Honneur et Fidélité]]'' (Honra e Fidelidade).<ref name="auto4">{{citation |url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=413&block=17&titre=legio-patria-nostra |obra=Official Website of the General Command of the Foreign Legion (COMLE) |título= LEGIO PATRIA NOSTRA}}</ref>
 
==== ''Legio Patria Nostra'' ====
[[Honneur et Fidélité|''Legio Patria Nostra'']] ({{lang-fr|''La Légion est notre Patrie''}} (A Legião é nossa Pátria) é o lema latino da Legião Estrangeira.<ref name="auto4"/> A adoção da Legião Estrangeira como uma nova "Pátria" não implica repúdio pelo legionário à sua nacionalidade de origem. A Legião Estrangeira é obrigada a obter um acordo de qualquer legionário antes de ser colocado em qualquer situação em que possa ter de servir contra seu país de nascimento.
 
==== Lemas regimentais ====
* [[1.º Regimento Estrangeiro|1<sup>er</sup> RE]]: ''Honneur et Fidélité''
* [[Grupo de Recrutamento da Legião Estrangeira|G.R.L.E]]: ''Honneur et Fidélité''
* [[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro|1<sup>er</sup> REC]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''[[Nec pluribus impar]]'' (''Nenhum outro igual'')
* [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REP]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''More Majorum''<ref name="ReferenceC">[http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=361&titre=More-Majorum], ''More Majorum'', general de divisão [[Jean Maurin]] [[Comando da Legião Estrangeira|Comandando a Legião Estrangeira]] ([[Képi Blanc (revista)|Revista Képi-blanc]]).</ref> (''na maneira, modos e tradições de nossos [[Federação das Sociedades de Veteranos da Legião Estrangeira Francesa|veteranos]]<ref>A palavra francesa "Anciens" significa literário em inglês, aquilo que é antigo (como em mais antigo) ou antigo. No contexto da palavra em referência, o uso de "Anciens" (forma plural, na forma singular sendo "Ancien") se refere ao que é velho e idoso. Para a Legião, a palavra de contexto em referência faz referência a [[Federação das Sociedades de Veteranos da Legião Estrangeira Francesa|veteranos]] ({{lang-fr|''Anciens legionnaires''}}) e regimentos estrangeiros veteranos ({{lang-fr|''Anciens régiment étranger''}}) da Legião, no caso dos [[Lista de unidades de paraquedistas da França|CEPs]], [[Lista de unidades de paraquedistas da França|BEPs]] e [[Lista de unidades de paraquedistas da França|REPs]], a referência de contexto se refere aos veteranos paraquedistas ({{lang-fr|''Anciens legionnaires parachusites''}}) e companhias estrangeiras de paraquedistas veteranos (CEP)s, batalhões (BEP)s ({{lang-fr|''Anciens bataillons étrangers de parachutistes''}}) e regimentos (REP)s ({{lang-fr|''Anciens régiments étrangers de parachutistes''}}) da Legião, neste caso o 2<sup>e</sup> [[Lista de unidades de paraquedistas da França|REP]] ({{lang-fr|''2<sup>e</sup> Régiment étrangers de parachutistes''}}) da Legião.</ref> dos regimentos estrangeiros'')
* [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|2<sup>ème</sup> REI]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Être prêt'' (''Esteja pronto'')
* [[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|2<sup>ème</sup> REG]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Rien n'empêche'' (''Nada impede'')
* [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|3<sup>ème</sup> REI]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Legio Patria Nostra''
* [[4.º Regimento Estrangeiro|4<sup>ème</sup>RE]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Creuset de la Légion et Régiment des fortes têtes'' (''A prova severa da Legião e o regimento forte de mente sã'')
* [[6.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|6<sup>ème</sup> REG]] em seguida [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|1<sup>er</sup> REG]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Ad Unum'' (''Todos para um fim'', para o regimento ''até o último'')
* [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|13<sup>ème</sup> DBLE]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''More Majorum''<ref name="ReferenceC"/> ("''na maneira, modos e tradições de nossos veteranos[61] dos regimentos estrangeiros'')
* [[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte|DLEM]]: ''Honneur et Fidélité'' e ''Pericula Ludus'' (''''Jogo de perigos'', para o regimento ''Para o Perigo é o meu prazer'' do [[2.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]])
 
=== Insignias ===
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Regimento'''||'''Cores'''||'''Insignia'''||'''Insignia de boina'''||'''Atividade'''||'''Comandantes notáveis'''
|-
|''[[Comando da Legião Estrangeira|Le Commandement de la Légion étrangère]]'' (C.O.M.L.E)||[[Imagem:Flag of legion.svg|borda|90px]]||[[Imagem:Insigne du COMLE.jpg|60px]]||[[Imagem:Insige de béret COMLE Type 2.jpg|60px]]||1931-presente||General [[Paul-Frédéric Rollet]]<br />General [[Raoul Magrin-Vernerey]]<br />General [[Jean-Claude Coullon]]
|-
|[[1.º Regimento Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> R.E.)||[[Imagem:Flag of legion.svg|borda|90px]]<br />[[Imagem:Drapeau-1RE-verso.jpg|90px]] ||[[Imagem:Insigne 1er régiment étranger-transparent.png|60px]]<br />[[Imagem:Pionniers.png|50px]]||[[Imagem:Insign de béret 1er RE Type 3.jpg|60px]]|| 1841-[[1.º Regimento Estrangeiro|presente]]||[[François Achille Bazaine]]<br />Coronel [[Raphaël Vienot]]<br />[[Pierre Joseph Jeanningros]]<br />Capitão [[Jean Danjou]]<br />[[Pedro I da Sérvia]]<br />[[Horatio Herbert Kitchener]]<br />[[Paul-Frédéric Rollet]]
<br />Comandante [[Pierre Segrétain]]<br />Tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]]
|-
||[[4.º Regimento Estrangeiro]] (4<sup>ème</sup> R.E.)||[[Imagem:Flag of legion.svg|borda|90px]]<br />*||[[Imagem:Insigne régimentaire du 4e régiment étranger (1937).jpg|60px]]||[[Imagem:Insigne de béret du 4e RE.jpg|60px]]||1920-1940<br />1941-1943<br />1948-1963<br />1976-[[4.º Regimento Estrangeiro|presente]]<br />||
|-
||[[Grupo de Recrutamento da Legião Estrangeira]] (G.R.L.E)||[[Imagem:Flag of legion.svg|borda|90px]]<br />*||[[Imagem:Insigne-GRLE.jpg|60px]]||[[Imagem:GRLE-béret.png|60px]]||2007-[[Grupo de Recrutamento da Legião Estrangeira|presente]]||
|-
|Legião de [[Pioneiros da Legião Estrangeira|Pioneiros]]<br />(''Pionniers de La Légion Etrangère'')<br /> [[1.º Regimento Estrangeiro]]<br />[[1.º Regimento Estrangeiro|Seções de Tradição dos pioneiros]]<br />[[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|Grupos de Pioneiros]] <br />[[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]]<br />Grupos de Pioneiros<br />[[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]<br />Grupos de Pioneiros<br />[[4.º Regimento Estrangeiro]]<br />Grupos de Pioneiros<br />[[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte]]<br />Grupos de Pioneiros||[[Imagem:Flag of legion.svg|borda|90px]]||[[Imagem:Pionniers.png|90px]]||[[Pioneiros da Legião Estrangeira|1e RE]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|1e REG]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|2e REG]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|3e RE]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|4e RE]]<br />[[Pioneiros da Legião Estrangeira|D.L.E.M]]||1831-[[1.º Regimento Estrangeiro|presente]]||
|-
|[[Depósito Comunal dos Regimentos Estrangeiros]] (D.C.R.E)||[[Imagem:Drapeau-1RE-verso.jpg|90px]]||[[Imagem:DCRE.png|60px]]||*||1933-1955<br />1955-[[1.º Regimento Estrangeiro|presente]]|| Coronel [[Louis-Antoine Gaultier]]
|-
|[[1.º Regimento Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> R.E.I)||[[Imagem:Drapeau-1RE-verso.jpg|90px]]||[[Imagem:Insigne du 1° REI.JPG|60px]]||||(1950-1955)||
|-
|[[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] (1<sup>er</sup> R.E.C)||[[Imagem:1er régiment étranger de cavalerie-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:Insigne 1er régiment étranger de cavalerie.jpg|60px]]<br />''[[Nec pluribus impar]]''||[[Imagem:Insigne de béret du 1er REC.JPG|60px]]|| 1921-[[1.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro|presente]] ||
|-
|[[Companhia de Apoio Aéreo Estrangeiro]] (C.E.R.A)||*||[[Imagem:CERA.JPG|90px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]|| 1951||
|-
|[[Companhia de Paraquedistas do 3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (Para Co. du 3<sup>ème</sup> R.E.I)||*||[[Imagem:Cie para 3REI.JPG|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1948-1949<br />[[1.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] 1er BEP (1948-1955)|| Tenente [[Jacques Morin]] (Comandante da Companhia)<ref name="ReferenceA"/><br />Tenente [[Paul Arnaud de Foïard]] (Seção-Pelotão, Comandante)
|-
|[[1.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> B.E.P)||*||[[Imagem:Insigne1erBEP.jpg|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]|| 1948-1955|| Comandante [[Pierre Segrétain]]<ref name="ReferenceB"/><br />(1<sup>er</sup> BEP, Formação I)<br />Tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]]<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/><br />(1<sup>er</sup> BEP, Formações I, II e III)<br />Capitão Pierre Sergent<br />
|-
|[[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> R.E.P)||*||[[Imagem:Insigne du 1° REP.jpg|60px]]<br />''Marche ou Creve''||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1955-1961||Tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]]<ref name="2rep.legion-etrangere.com"/>
<br />Comandante [[Hélie de Saint Marc]]<br />Capitão Pierre Sergent<br /> Guy Rubin de Cervens<br />
|-
|[[1.ª Companhia Estrangeira de Paraquedistas de Morteiro Pesado]] (1<sup>ère</sup> C.E.P.M.L)||*||[[Imagem:Insigne 1°CEPML.jpg|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1953-1954|| Tenente Jacques Molinier<br />Tenente Paul Turcy <br />Tenente [[Erwan Bergot]]<br />Tenente Jean Singland
|-
|[[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (1<sup>er</sup> R.E.G)||[[Imagem:1er régiment étranger de génie-drapeau.svg|borda|90px]]|||[[Imagem:1reg.JPG|60px]]<br />''Ad Unum''||[[Imagem:Insigne de béret du 1er REG.jpg|60px]] || 1999-[[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|presente]] ||
|-
|[[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> R.E.G)||[[Imagem:1er régiment étranger de génie-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:Insigne 2e régiment étranger de génie.jpg|60px]]<br />''Rien n'empêche ''||[[Imagem:Insigne de béret du 2e RE Type 3.jpg|60px]] ||1999-[[2.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|presente]]||
|-
|[[2.º Regimento de Cavalaria Estrangeiro]] (2<sup>ème</sup> R.E.C)||*||[[Imagem:2e REC.jpg|60px]]|| ||1939-1940<br />1945-1962||
|-
|[[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (2<sup>ème</sup> R.E.I)||[[Imagem:2REI.jpg|90px]]||[[Imagem:2rei.jpg|60px]]<br />''Être Prêt''||[[Imagem:Insigne de béret du 2e RE Type 3.jpg|60px]]|| 3 de abril de 1841 - 1 de abril de 1943<br />1 de agosto de 1945 - 1 de janeiro de 1968<br />1 de setembro de 1972 - [[2.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|presente]]||[[Patrice de Mac-Mahon]]<br />[[François Certain Canrobert]]<br />[[Jean-Luc Carbuccia]]<br />Coronel [[Marie Louis Henry de Granet-Lacroix de Chabrières|de Chabrières]]<br />[[Pierre Joseph Jeanningros]]<br />Capitão [[Jean Danjou]]<br />Comandante [[Pierre Segrétain]]<br />Tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]]
|-
||[[2.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> B.E.P)||*||[[Imagem:2rep.jpg|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1948-1955|| Comandante [[Rémy Raffalli|Barthélémy Rémy Raffali]]<ref>{{citation |url=http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=103&idA=46&block=16&idA_SM=43&titre=2e-bep-1948-1955 |obra=Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment |título= History of the 2e REP, 2nd Foreign Parachute Battalion,''2e Bataillon Etranger de Parachutistes''}}</ref><br />Capitão [[Georges Hamacek]]
|-
|[[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (2<sup>ème</sup> R.E.P)||[[Imagem:2e régiment étranger de parachutistes-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:2rep.jpg|60px]]<br />''More Majorum''||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1955 - [[2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|presente]]||Tenente-coronel [[Paul Arnaud de Foïard]]
|-
|[[2.º Regimento de Marcha do 1.º Regimento Estrangeiro]]- 2<sup>ème</sup>RM.1<sup>er</sup> RE - (1914-1915)<br />[[3.º Regimento de Marcha do 1.º Regimento Estrangeiro]]- 3<sup>ème</sup>RM.1<sup>er</sup>RE - (1914-1915)<br />[[Legião Garibaldi (Legião Estrangeira Francesa)|4.º Regimento de Marcha do 1.º Regimento Estrangeiro]]- 4<sup>ème</sup>RM.1<sup>er</sup>RE - (1914-1915)<br />[[2.º Regimento de Marcha do 2.º Regimento Estrangeiro]]- 2<sup>ème</sup>RM.2<sup>ème</sup>RE - (1914-1915)<br />[[Regimento de Marcha da Legião Estrangeira]] ([[Regimento de Marcha da Legião Estrangeira|R.M.L.E]])||*|| [[Imagem:RMLE.jpg|60px]]<br />[[Imagem:3rei.jpg|60px]]|| ||1915-1920<br />1942-1945<br />[[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]]-presente|| Coronel [[Paul-Frédéric Rollet]]<br />Tenente-coronel [[Peppino Garibaldi]]<br />Coronel Alphonse Van Hecke<br />[[Eugene Bullard]]<br />Poeta americano [[Alan Seeger]]<br />Poeta suíço, francês naturalizado [[Blaise Cendrars]]<br />Tenente-coronel Príncipe [[Aage da Dinamarca]]<br />Escritor italiano, [[Curzio Malaparte]]<br />[[Lazare Ponticelli]]
 
|-
|[[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (3<sup>ème</sup> R.E.I)||*||[[Imagem:RMLE.jpg|60px]]<br />''Legio Patria Nostra''<br />[[Imagem:3rei.jpg|60px]]<br />||[[Imagem:Insigne de béret du 3e RE.jpg|60px]]||11 de novembro de 1915 - [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro|presente]]||
|-
|[[Regimentos de Marcha da Legião Estrangeira]] (RMVE)<br />[[21.º Regimento de Marcha de Voluntários Estrangeiros]]- 21<sup>e</sup> RMVE - (1939-1940)<br />[[22.º Regimento de Marcha de Voluntários Estrangeiros]]- 22<sup>e</sup> R.M.V.E - (1939-1940)<br />[[23.º Regimento de Marcha de Voluntários Estrangeiros]]- 23<sup>e</sup> R.M.V.E - (1940)||*||[[Imagem:1° - 21° RMVE.JPG|60px]]<br />[[Imagem:2° - 22° RMVE.JPG|60px]]||||1939-1940||
|-
||[[3.º Batalhão de Paraquedistas Estrangeiros]] (3<sup>ème</sup> B.E.P) ||*||[[Imagem:Insigne3REP.jpg|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1948-1955|| Capitão Darmuzai<ref name="auto5">[http://2rep.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=104&idA=47&block=16&idA_SM=43&titre=3e-bep Official Website of the 2nd Foreign Parachute Regiment, History of the 2e REP, the 3rd Foreign Parachute Battalion "3e Bataillon Etranger de Parachutistes"]</ref>
|-
||[[3.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]] (3<sup>ème</sup> R.E.P)||*||[[Imagem:Insigne3REP.jpg|60px]]||[[Imagem:Parachutiste métropolitain légion-béret.jpg|60px]]||1955-1955|| Capitão Darmuzai<ref name="auto5"/>
|-
|[[5.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (5<sup>ème</sup> R.E.I)||[[Imagem:5e régiment étranger d'infanterie-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:5° REI Type 1.jpg|60px]]||[[Imagem:5° REI béret Type 2.jpg|60px]] ||1930-2000||
|-
|[[6.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (6<sup>ème</sup> R.E.I)||[[Imagem:6e régiment étranger d'infanterie-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:6° régiment étranger d'infanterie.jpg|60px]]<br />''Ad Unum''|| ||1939-1940; 1949-1955|| Comandante [[Pierre Segrétain]]<br />Tenente-coronel [[Pierre Jeanpierre]]
|-
|[[6.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros]] (6<sup>ème</sup> R.E.G)||[[Imagem:6e régiment étranger d'infanterie-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:6° REG Type 1.jpg|60px]]<br />''Ad Unum''||||1984-1999<br />1999 - [[1.º Regimento de Engenheiros Estrangeiros|1e REG]]<br />||
|-
|[[11.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (11<sup>ème</sup> R.E.I)||*||[[Imagem:11° Régiment étranger d'Infantrie.JPG|60px]]||||1939-1940||
|-
|[[12.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] (12<sup>ème</sup> R.E.I)||*||[[Imagem:12° Régiment étranger d'Infantrie.JPG|60px]]||||1939-1940||
|-
||[[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]] (13<sup>ème</sup> D.B.L.E)||[[Imagem:13e demi-brigade de légion étrangère-drapeau.svg|borda|90px]]||[[Imagem:Insigne régimentaire de la 13e Demi-brigade de Légion étrangère.jpg|60px]]<br />'' More Majorum''||[[Imagem:Insigne de béret du 13e DBLE.jpg|60px]]|| 1940-[[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|presente]]||
|-
|[[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte]] (D.L.E.M)||*||[[Imagem:Dlem.jpg|60px]]<br />''Pericula Ludus''<br />[[Imagem:2e REC.jpg|60px]]||[[Imagem:Insigne de béret du DLEM.JPG|60px]]||1973-[[Destacamento da Legião Estrangeira em Mayotte|presente]]||
|-
|}
 
== Canções de marcha ==
=== "''Le Boudin''" ===
[[Imagem:Foreign Legion Chinese hat Bastille Day 2008.jpg|thumb|upright|O [[Árvore de Campainhas|''chapeau chinois'']] (literalmente "[[Chapéu cônico asiático|chapéu chinês]]" em francês) é o nome francês de um antigo [[Banda militar otomana|instrumento musical otomano]] que era popular no século XVIII, mas foi progressivamente abandonado pela maioria das bandas militares europeias no século XIX, exceto pela Legião Estrangeira e os [[Spahis]].<ref name="ReferenceA"/>]]
"''[[Le Boudin]]''"<ref name="youtube.com"/><ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=WXoYaHPYxr0|título=Marche de la Légion / Le Boudin|último =TheMarches09|data=8 de fevereiro de 2010|via=YouTube}}</ref> é a música de marcha da Legião Estrangeira.
 
=== Outras canções ===
{{Div col|colwidth=20em}}
* "''[[Non, je ne regrette rien]]''", [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]]
* "''Sous Le Ciel de Paris''", O Coro da Legião Estrangeira Francesa
* "''Anne Marie du 3<sup>e</sup>''" REI (em alemão)<ref>{{citar web|url=http://3rei.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=54&idA=139&block=19&idA_SM=112&titre=le-chant-du-3rei|título=Chant du régiment}}</ref>
* "''Adieu, adieu''"
* "''Aux légionnaires''"
* "''Anne Marie du 2<sup>e</sup> REI''"<ref>{{citar web|url=http://2rei.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=148&idA=33&block=15&idA_SM=28&titre=le-chant-du-2eme-rei|título=Le chant du 2ème REI|obra=legion-etrangere.com}}</ref>
* "''[[Adieu vieille Europe]]''"
* "''Chant de l'Oignon''"
* "''Chant du quatrième escadron''"
* "''Chez nous au 3e''"
* "''C'est le 4''"
* "''Connaissez-vous ces hommes''"
* "''[[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros|Contre les Viêts]]''" (canto da [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira]] após ter sido o canto de marcha adotado pelo [[1.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros]])
* "''Cravate verte et Képi blanc''"
* "''Dans la brume, la rocaille''"
* "''Défilé du 3<sup>e</sup> REI''"
* "''C'était un Edelweiss''"
* "''Écho''"
* "''En Afrique''"
* "''En Algérie''" (1<sup>er</sup> RE)<ref>{{citar web|url=http://1re.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=457|título=Les chants du 1er RE et des compagnies}}</ref>
* "''Es steht eine Mühle''" (em alemão)
* "''Eugénie''"
* "''Les Képis Blancs''" (1<sup>e</sup> RE)<ref>{{citar web|url=http://1re.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=458&block=11&titre=les-chants-du-1er-re-et-des-compagnies|título=Les chants du 1er RE et des compagnies: Les Képis Blancs}}</ref>
* "''Honneur, Fidélité''"
* "''[[Ich hatt' einen Kameraden]]''" (em alemão)
* "''Il est un moulin''"
* "''J'avais un camarade''"
* "''Kameraden (em alemão)''"
* "''La colonne''" (1<sup>er</sup> REC)
* "''La Légion marche''" (2<sup>e</sup> REP)<ref name="auto2"/>
* "''La lune est claire''"
* "''Le Caïd''"
* "''Il y a des cailloux sur toutes les routes''"
* "''Le fanion de la Légion''"
* "''Le Soleil brille''"
* "''Le front haut et l'âme fière''" (5<sup>e</sup> RE)
* "''Légionnaire de l'Afrique''"
* "''[[Massari Marie]]''"
* "''Monica''"
* "''Sous le Soleil brûlant d'Afrique''" (13<sup>e</sup> DBLE)
* "''Nous sommes tous des volontaires''" (1<sup>er</sup> RE)<ref>{{citar web|url=http://1re.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=455|título=Les chants du 1er RE et des compagnies}}</ref>
* "''Nous sommes de la Légion''"
* "''La petite piste''"
* "''Pour faire un vrai légionnaire''"
* "''Premier chant du 1<sup>er</sup> REC''"
* "''Quand on an une fille dans l'cuir''"
* "''Rien n'empêche''" (2<sup>er</sup> REG)<ref>{{citar web|url=http://2reg.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=246&idA=20&block=15&idA_SM=0&titre=les-chants|título=Les chants du 2e REG et des compagnies}}</ref>
* "''Sapeur, mineurs et bâtisseurs''" (6<sup>e</sup> REG)
* "''Soldats de la Légion étrangère''"
* "''Souvenirs qui passe''"
* "''Suzanna''"
* "''The Windmill''"
* "''Venu volontaire''"
* "''Véronica''"
{{div col end}}
 
== Patentes ==
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira|Pioneiros da Legião Estrangeira|Honneur et Fidélité}}
Todos os voluntários da Legião Estrangeira começam suas carreiras como legionários básicos, com um em cada quatro se tornando ''sous-officier'' ([[Suboficial|oficial não comissionado]]). Ao aderir, um novo recruta recebe um salário mensal de [[Euro|€]]1.200, para além de alimentação e alojamento.<ref name="Tweedie"/><ref>{{citar web|url=http://www.legion-recrute.com/en/salaires.php?SM=0|título=Examples of wages|publicado=legion-recrute.com |acessodata=4 de abril de 2012}}</ref> Ele também recebe seu próprio rifle novo, que de acordo com a tradição da Legião nunca deve ser deixado no campo de batalha.<ref name="Tweedie"/> A promoção é simultânea às [[patentes do Exército Francês]].
 
{|class="wikitable" style="text-align: center; width: 825px; height: 500px;"
|-
!Patente da Legião Estrangeira
!Patente equivalente
![[Patentes e insígnias dos exércitos da OTAN|Código OTAN]]
!Período de serviço
!Insignia
|-
|align=center|''Engagé Volontaire''
|align=center|Recruta
| –
|align=center|15 semanas de treinamento básico.
|align=center|Nenhum
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Legionnaire 2e Classe]]''
|align=center|Soldado raso/Legionário de 2.ª Classe
|OR-1
|align=center|Promovido após a conclusão do treinamento e ''Marche képi blanc'' (Marcha Képi Blanc).
|align=center|Nenhum
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Legionnaire 1e Classe]]''
|align=center|Soldado raso/Legionário de 1.ª Classe
|OR-2
|align=center|Promovido após dez meses de serviço.
|align=center|[[Imagem:Première classe Légion.PNG|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Caporal]]''
|align=center|Cabo
|OR-3
|align=center|Promoção possível após um ano de serviço e conclusão do curso ''Fonctionnaire Caporal'' (ou Cabo "Fut Fut"). Os recrutas selecionados para este curso precisam mostrar boas habilidades de liderança durante o treinamento básico.
|align=center|[[Imagem:Caporal Légion.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Caporal-Chef]]''
|align=center|Cabo Sênior
|OR-4
|align=center|Promoção após seis anos de serviço.
|align=center|[[Imagem:Caporal-chef Legion.png|80px]]
|-
|colspan=5|Nota: As insígnias de comando na Legião Estrangeira usam renda ou trança dourada, indicando tropas de infantaria do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]]. A cor do serviço da Legião Estrangeira é verde (pela extinta [[Exército da África (França)|''Armée d'Afrique'']] colonial) em vez de vermelho (infantaria regular).
|}
{{Gallery
| mode =packed-hover
| style =padding: 0;
| height =180
| File:Foreign Legion bugler Bastille Day 2008.jpg|Um ''Caporal-Chef'', com 3 [[Asna|divisas]], durante o [[Desfile Militar do Dia da Bastilha]].<ref name="auto6">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=x1CmPajXOSA|título=Légion Etrangère – Le salut au Caïd|último =AuPasCamarade|data=8 de outubro de 2012|publicado=|via=YouTube}}</ref>
}}
 
=== Oficiais de Mandado e Não-Comissionados ===
[[Imagem:SCH manchegauche.jpg|thumb|right|upright=.4|Insígnia de um ''Sous-officier'']]
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira|Pioneiros da Legião Estrangeira|Honneur et Fidélité}}
A insígnia de um ''Sous-officier'' é composta de três componentes; emblema de patente, emblema regimental e divisas. Na foto, as três divisas douradas apontando para cima indicam um ''Sergent-chef''. O patch regimental em forma de diamante (''Écusson'') é formado por três formas de diamante verde em torno de um emblema de [[Granada (insígnia)|granada]], com os três diamantes indicando uma unidade colonial, em comparação com um diamante para uma unidade de regular, ou dois diamantes para uma unidade de reserva. O emblema de granada da Legião Estrangeira tem sete chamas em vez das cinco usuais, e as duas divisas apontando para baixo indicam pelo menos 10 anos de serviço. Alguns ''Caporals-Chef'' podem ter até seis divisas para 30 ou mais anos de serviço.
 
''Sous-officiers'' (oficiais não-comissionados), incluindo [[subtenente]]s, respondem por 25% do efetivo total da Legião Estrangeira atual.
 
{|class="wikitable" style="text-align: center; width: 850px; height: 350px;"
|-
!Patente da Legião Estrangeira
!Patente equivalente
![[Patentes e insígnias dos exércitos da OTAN|Código OTAN]]
!Período de serviço
!Insignia
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Sergent]]''
|align=center|Sargento
|OR-5
|align=center|Promoção após três anos de serviço como ''Caporal''.
|align=center|[[Imagem:Sergent.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Sergent-Chef]]''
|align=center|Sargento Sênior
|OR-6
|align=center|Promoção após três anos como ''Sergent'' e de sete a quatorze anos de serviço.
|align=center|[[Imagem:Sergent-chef.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Adjunto (militar)|Adjudant]]''
|align=center|[[Subtenente]]
|OR-8
|align=center|Promoção após três anos como ''Sergent-Chef''.
|align=center|[[Imagem:adjudant.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Adjudant-Chef]]''{{efn|group=table|Nenhuma outra promoção será concedida a legionários não franceses ao atingirem o posto de ''Adjudant-Chef'', a menos que se tornem cidadãos [[Naturalização|naturalizados]] da [[França]]. Em 2016, dos Oficiais da Legião Estrangeira servindo em Títulos Estrangeiros ({{lang-fr|''Officiers servant à titre étranger''}}), 10% eram oficiais destacados de suas patentes.<ref>[http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=478&titre=Officier-servant-a-titre-etranger] Les mots du général COM.LE (words of the [[Foreign Legion Command|general]] commanding the Legion, COMLE) The Commandant's Editorial, Foreign Legion Officers serving at Foreign Titles represent 10% of the Officers Corps of the Foreign Legion. Seconded from the ranks, they are the heirs to the Foreign Officers that have served France – Russian, Danish, Indochinese or Swiss – which they set and follow their example</ref>}}
|align=center|[[Subtenente-Chefe]]
|OR-9
|align=center|Promoção após quatro anos como ''Adjudant'' e pelo menos quatorze anos de serviço.
|align=center|[[Imagem:adjudant-chef.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Major]]''{{efn|group=table|Desde 1 de janeiro de 2009, o posto de ''[[Patentes do Exército Francês|Major]]'' militar francês foi incluído na categoria de ''Sous-Officiers''. Anteriormente, o ''[[Major (França)|Major]]'' tinha sido um posto independente posicionado entre suboficiais e oficiais comissionados. É uma posição executiva dentro de um regimento ou meia-brigada com responsabilidade por questões administrativas e disciplinares}}
|align=center|[[Major (França)|Major]]<ref>French rank [[Ranks in the French Army|Sergent-Major]] (similar to [[Sergeant Major]]), existed until 1971 and could come close to but is not like the French rank of [[Major (France)|Major]]. The last Sergent-Major retired in 1985</ref>
|OR-9
|align=center|Promotion after either passing an examination or without an examination after a minimum of fourteen years service.
|align=center|[[Imagem:Major-French-Army.png|80px]]
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|colspan=5|
{{notelist|group=table}}
|}
 
=== Oficiais Comissionados ===
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira}}
A maioria dos oficiais é destacada do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]], embora cerca de 10% sejam ex-oficiais subalternos promovidos nas patentes.
 
{|class="wikitable" style="text-align: center; width: 875px; height: 500px;"
|-
!Patente da Legião Estrangeira
!Patente equivalente
![[Patentes e insígnias dos exércitos da OTAN|Código OTAN]]
!Responsabilidade de comando
!Insignia
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Sous-Lieutenant]]''
|align=center|[[Segundo-tenente]]
|OF-1
|align=center|Líder de seção júnior
|align=center|[[Imagem:sous-lieutenant.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Lieutenant]]''
|align=center|[[Primeiro-tenente]]
|OF-1
|align=center|Comandante de pelotão
|align=center|[[Imagem:lieutenant.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Capitaine]]''
|align=center|[[Capitão]]
|OF-2
|align=center|Comandante da companhia
|align=center|[[Imagem:capitaine.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Commandant]]''
|align=center|[[Major]]
|OF-3
|align=center|Comandante de batalhão
|align=center|[[Imagem:commandant.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Lieutenant-Colonel]]''
|align=center|[[Tenente-coronel]]
|OF-4
|align=center|Comandante júnior de um regimento ou semi-brigada
|align=center|[[Imagem:lieutenant-colonel.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Colonel]]''
|align=center|[[Coronel]]
|OF-5
|align=center|Comandante de um regimento ou semi-brigada
|align=center|[[Imagem:colonel.png|80px]]
|-
|align=center|''[[Patentes do Exército Francês|Général de brigade]]''
|align=center|[[General-de-brigada]]
|OF-6
|align=center|Comandante de uma brigada composta por regimentos ou semi-brigadas.
|align=center|[[Imagem:Insigne général de brigade.svg|80px]]
|-
|align=center|[[Patentes do Exército Francês|''Général de division'']]
|align=center|[[General-de-divisão]]
|OF-7
|align=center|Divisão inteira ou Corpo de Exército da Legião Estrangeira Francesa<br />(''[[Comando da Legião Estrangeira|Commandement de la Légion étrangère]]'')<ref>{{citar web|url=http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=187&idA=150&block=17&idA_SM=0&titre=presentation-du-comle|título= Official Website of the Commandement de la Légion Etrangère|publicado=legion-etrangere.com|acessodata=14 de janeiro de 2016}}</ref>
|align=center|[[Imagem:Insigne général de division.svg|80px]]
|}
 
=== Divisas ===
A Legião Estrangeira usa divisas douradas (''chevrons d'ancienneté'') para indicar o tempo de serviço. Usado apenas por legionários comuns e suboficiais sob a insígnia de patente,<ref>{{citar web|url=http://traditions.legion-etrangere.cc/les-chevrons-d-anciennete/|título=Chevrons d'ancienneté|publicado=legion-etrangere.cc|acessodata=15 de julho de 2011}}</ref> cada divisa denota cinco anos de serviço na Legião.
 
=== Títulos honorários ===
Patentes honorárias foram concedidos pelo [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] a indivíduos considerados como excepcionais por atos de bravura desde 1796. Na Legião Estrangeira, o general [[Paul-Frédéric Rollet]] introduziu a prática de conceder títulos honorários da Legião a indivíduos ilustres, tanto civis quanto militares, no início do século XX.
 
Os destinatários dessas nomeações honorárias haviam participado com unidades da Legião em serviço ativo de maneira exemplar, ou prestado serviço excepcional à Legião em situações de não combate.<ref name=LE>[http://www.legion-etrangere.com/mdl/info_seul.php?id=399&block=17&titre=l-honorariat-a-la-legion-etrangere Official Website of the General Command COMLE], Section L’honorariat à la Légion Etrangère (Honorary rank induction in the Foreign Legion)</ref> Mais de 1.200 indivíduos foram agraciados com títulos honorários. A maioria desses prêmios foi concedida a militares em tempo de guerra, ganhando títulos como ''Legionnaire d'Honneur'' ou ''Sergent-Chef de Légion d'honneur'', enquanto outros premiados incluem enfermeiras, jornalistas, pintores e ministros que prestaram serviços meritórios para a Legião Estrangeira.<ref name=LE/>
 
== Pioneiros ==
[[Imagem:Pionniers-Camerone.jpg|thumb|[[Pioneiros da Legião Estrangeira|Pioneiros]] do [[1.º Regimento Estrangeiro]]]]
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira|Pioneiros da Legião Estrangeira}}
Os [[Pioneiro (militar)|Pioneiros]] são os [[Engenheiro de combate|engenheiros de combate]] e uma [[Tradição militar|unidade tradicional]] da Legião Estrangeira. O [[sapador]] tradicionalmente usa barbas grandes, usa aventais e luvas de couro e seguram machados. Os sapadores eram muito comuns nos exércitos europeus durante a [[Era Napoleônica]], mas desapareceram progressivamente durante o século XIX. O [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]], incluindo a Legião, dispersou seus pelotões de sapadores regimentais em 1870. No entanto, em 1931, uma das várias tradições restauradas para marcar o centésimo aniversário da fundação da Legião foi o restabelecimento de seus Pioneiros barbudos.<ref name="Douglas Porch page 418">Douglas Porch, page 418, The French Foreign Legion. A Complete History, {{ISBN|0-333-58500-3}}</ref>
 
No Exército Francês, desde o século XVIII, cada regimento de infantaria incluía um pequeno destacamento de Pioneiros. Além de empreender a construção de estradas e o trabalho de entrincheiramento, essas unidades foram encarregadas de usar seus machados e pás para limpar os obstáculos sob o fogo inimigo, abrindo caminho para o resto da infantaria. O perigo de tais missões era reconhecido ao permitir certos privilégios, como a autorização para usar barbas.
 
[[Imagem:Pionnier-legion.JPG|thumb|Os [[sapador]]es da Legião Estrangeira tradicionalmente usam barbas grandes, aventais e luvas de couro em seus trajes cerimoniais e carregam machados]]
 
O atual pelotão Pioneiros da Legião Estrangeira é fornecido pelo depósito da Legião e pelo regimento-sede para cerimônias públicas.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6}}</ref> A unidade reintroduziu os símbolos dos sapadores napoleônicos: a barba, machado, avental de couro, insígnias dos machados cruzados e as luvas de couro. Quando os desfiles da Legião Estrangeira são abertos por esta unidade, é para comemorar o papel tradicional dos sapadores "abrindo caminho" para as tropas.<ref name="Douglas Porch page 418"/>
 
== Cadências e passos de marcha ==
[[Imagem:MLE02.jpg|thumb|left|A Legião Estrangeira tem sua própria [[banda militar]]]]
Também notável é o ritmo de marcha da Legião Estrangeira. Em comparação com o ritmo de 116 passos por minuto de outras unidades francesas, a Legião Estrangeira tem uma velocidade de marcha de 88 passos por minuto. Também é referido pelos Legionários como o "rastreamento". Isso pode ser visto em desfiles cerimoniais e exibições públicas com a presença da Legião Estrangeira, especialmente durante o desfile em [[Paris]] em 14 de julho ([[Desfile Militar do Dia da Bastilha]]). Por causa do ritmo impressionantemente lento, a Legião Estrangeira é sempre a última unidade em qualquer desfile. A Legião Estrangeira é normalmente acompanhada por sua própria banda, que tradicionalmente toca a marcha de qualquer um dos regimentos da Legião Estrangeira, exceto a da unidade em desfile. A canção do regimento de cada unidade é "[[Le Boudin]]" e é cantada por legionários em posição de sentido. Além disso, como a Legião Estrangeira deve sempre permanecer unida, ela não se divide em duas ao se aproximar da arquibancada presidencial, como fazem outras unidades militares francesas, a fim de preservar a unidade da legião.
 
Ao contrário da crença popular, a adoção da lenta velocidade de marcha da Legião Estrangeira não foi devido à necessidade de preservar energia e fluidos durante longas marchas sob o forte sol da [[Argélia]]. Suas origens exatas são um tanto obscuras, mas a explicação oficial é que embora a regulação do ritmo não pareça ter sido instituída antes de 1945, ela remonta ao ritmo lento do [[Antigo Regime|''Ancien Régime'']], e sua reintrodução foi um "retorno às raízes tradicionais".<ref name="Le Grand Livre des Insignes de la Légion Etrangère">Szecsko, p. 17</ref> Este foi, de fato, o passo de marcha das unidades ancestrais da Legião Estrangeira, os Regimentos Estrangeiros do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] do ''Ancien Régime'', unidades estrangeiras do ''[[Grande Armée]]'' e os regimentos estrangeiros pré-1831.
 
== Uniforme ==
[[Imagem:French Foreign Legion dsc06878.jpg|thumb|left|upright|Legionários em uniforme de gala moderno. Observe as dragonas verdes e vermelhas, o distinto [[quepe]] branco e a [[Faixa (vestimenta)|faixa]] azul. Eles carregam o fuzil de assalto padrão da [[França]], o [[FAMAS]]]]
Os uniformes dos legionários segue o padrão das demais unidades francesas, acrescido do característico [[quepe]] de cor branca. Em combate, usa-se o uniforme camuflado padrão, com [[boina]]s de cor verde.
Desde sua fundação até a [[Primeira Guerra Mundial]], a Legião Estrangeira normalmente usava o uniforme da infantaria de linha francesa para desfilar com algumas distinções especiais.<ref>''Encyclopædia Britannica'' 1911 Edition, page 587, Vol. 27</ref> Essencialmente, isso consistia em um casaco azul escuro (depois [[túnica]]) usado com calças vermelhas. O uniforme de campo era frequentemente modificado sob a influência de clima e terreno extremos em que a Legião Estrangeira servia. Os [[shako]]s logo foram substituídos pelo [[quepe]] de pano leve, muito mais adequado para as condições do norte da [[África]]. A prática de usar ''capotes'' pesados (sobretudos) na marcha e ''vestes'' (jaquetas curtas na altura do quadril) como traje de trabalho no quartel foi seguida pela Legião Estrangeira desde seu estabelecimento.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=16}}</ref>
 
Uma aberração de curta duração foi o uso de uniformes verdes em 1856 por unidades da Legião Estrangeira recrutadas na [[Suíça]] para o serviço na [[Guerra da Crimeia]].<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=42}}</ref> Na própria Crimeia (1854-1859), um casaco com capuz e faixas vermelhas ou azuis na cintura foram adotados para a roupa de inverno,<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=39}}</ref> enquanto, durante a [[Segunda intervenção francesa no México|Intervenção Mexicana]] (1863-1865), chapéus de palha ou [[sombrero]]s às vezes eram substituídos pelo quepe.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=43}}</ref><ref>Pages 26-29 "La Legion Etrangere 1831/1945, Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> Quando este último era usado, geralmente era coberto com uma "havelock" (capa de linho) branca, o antecessor do quepe branco que se tornaria um símbolo da Legião Estrangeira. As unidades da Legião Estrangeira servindo na [[Segundo Império Francês|França]] durante a [[Guerra Franco-Prussiana]] de 1870-1871 eram distinguíveis apenas por pequenos detalhes de insígnias do grosso da infantaria francesa. No entanto, as campanhas coloniais subsequentes viram um uso crescente de roupas especiais para o clima quente, como blusas ''keo'' sem gola em [[Tonquim]] de 1884 a 1885, jaquetas de treino cáqui em [[Reino do Daomé|Daomé]] (1892)<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=The French Foreign Legion 1872-1914|ano=2010|publicado=Osprey| isbn=978-1-84908-326-3|páginas=43–44}}</ref> e topees monótonos com roupa toda branca em [[Reino de Madagascar|Madagascar]]<ref>Pages 38-41 "La Legion Etrangere 1831/1945, Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> (1895).<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=26}}</ref>
== Banda Marcial ==
A banda marcial da Legião Estrangeira Francesa é a ''Musique Principale de la Légion étrangère'', no 1º RE em Aubagne. A sua missão é a de tocar em eventos e, principalmente, no desfile de comemoração do 14 de julho, data nacional francesa, em [[Paris]].
 
No início do século XX, o legionário usava um quepe vermelho com faixa azul, túnica azul escura com gola vermelha, punhos vermelhos e calças vermelhas.<ref>Page 41 "La Legion Etrangere 1831/1945", Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> As características distintivas eram as [[dragona]]s verdes (substituindo o vermelho da linha) usadas com franjas de lã vermelha;<ref>Frederic Martyn, ''Life in the Legion: from a Soldier's Point of View'' (New York: Charles Scribner's Sons, 1911), pp. 83-84. [https://archive.org/stream/lifeinlegionfrom00martiala#page/58/mode/2up Read online at archive.org]</ref> além do emblema da Legião bordado de uma granada flamejante vermelha, usado na frente do quepe em vez de um número regimental.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=58}}</ref> No campo, uma leve capa cáqui foi usada sobre o quepe, às vezes com uma cortina protetora presa ao pescoço. O ''capote'' azul-médio padrão da infantaria francesa era usado, geralmente abotoado para trás para liberar as pernas para a marcha.<ref>{{citar livro|primeiro =Andre|último =Jouineau|página=58|título=French Army 1914|isbn=978-2-35250-104-6|ano=2008}}</ref> A partir da década de 1830, os legionários usavam uma faixa larga de lã azul em volta da cintura,<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=18}}</ref> como outras unidades europeias do [[Exército da África (França)|Exército Francês da África]] (como os [[Zuavo]]s ou os [[Chasseurs d'Afrique]]), enquanto unidades indígenas do Exército da África ([[spahi]]s e [[Atirador|tirailleurs]]) usavam faixas vermelhas. Calças de linho branco enfiadas em legging de couro curtas foram substituídas por sarja vermelha no clima quente.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|páginas=54–55}}</ref> Esta foi a origem da imagem "''[[Beau Geste]]''".
== Lema ==
O lema da Legião é: "''Legio Patria Nostra''" (A Legião é Nossa Pátria).
 
Nos quartéis, uma capa e quepe brancos era frequentemente usados junto com uma jaqueta curta azul escura ("''veste''") ou blusa branca com calças brancas. A capa quepe original era cáqui e, devido à lavagem constante, ficava branco rapidamente. A capa quepe branca ou cáqui não era exclusiva da Legião Estrangeira neste estágio, mas era comumente vista entre outras unidades francesas no Norte da África. Posteriormente, se tornou particularmente identificado com a Legião Estrangeira como a unidade com maior probabilidade de servir em postos de fronteira remotos (exceto tirailleurs recrutados localmente que usavam [[Fez (chapéu)|fezzes]] ou [[turbante]]s). As variações do clima no Norte da África levaram o [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] ao expediente sensato de deixar os comandantes locais decidirem sobre o "''tenue de jour''" (uniforme do dia) apropriado de acordo com as circunstâncias. Assim, um legionário pode desfilar ou sair em túnica azul e calça branca no calor, túnica azul e calça vermelha em temperaturas normais ou usar o sobretudo azul com calças vermelhas em condições mais frias. A faixa pode ser usada com casaco, blusa ou jaqueta, mas não com a túnica. As dragonas eram um item de roupa destacável usado apenas com túnica ou sobretudo para desfile ou fora de serviço.<ref>Pages 44-46 "La Legion Etrangere 1831/1945", Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref>
== O Código de Honra do Legionário ==
O treinamento de um legionário tem como base um código de honra próprio:
 
Os oficiais usavam as mesmas túnicas azuis escuras (quase pretas) de seus colegas nos regimentos da linha francesa, exceto que o preto substituiu o vermelho como cor de revestimento no colarinho e nos punhos.<ref>Pages 47-49 "La Legion Etrangere 1831/1945, Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> As dragonas com franjas douradas eram usadas em traje completo e a patente era demonstrada pelo número de anéis de ouro no quepe e nos punhos. As calças eram vermelhas com listras pretas ou brancas de acordo com a ocasião ou condições. Uniformes totalmente brancos ou cáqui claros (desde a década de 1890) eram frequentemente usados no campo ou para tarefas comuns no quartel.<ref>Page 42 "La Legion Etrangere 1831/1945", Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> Os suboficiais eram distinguidos por listras diagonais vermelhas ou douradas nas mangas inferiores das túnicas, coletes e sobretudos.<ref>Page 46 "La Legion Etrangere 1831/1945, Raymond Guyader, Hors Serie No. 6 Gazette des Uniformes 1997</ref> Pequenas listras destacáveis foram abotoadas na frente da blusa branca.
# Legionário, tu és um voluntário, servindo a França com honra e lealdade.
# Cada legionário é teu irmão de arma seja qual for a sua nacionalidade, a sua raça, a sua religião. Tu manifestas sempre a estreita solidariedade que deve unir os membros de uma mesma família.
# Respeitador das tradições, fiel aos teus chefes, a disciplina e camaradagem são a tua força, o valor e a lealdade tuas virtudes.
# Fiel ao teu estado de legionário, tu o mostras na tua farda sempre elegante, teu comportamento sempre digno mas modesto, teu aquartelamento sempre limpo.
# Soldado de elite, tu treinas com rigor, cuida da tua arma como o teu bem mais precioso, cuida permanentemente da tua forma física.
# A missão é sagrada. Tu a executas até ao fim, a qualquer preço.
# No combate, tu ages sem paixão e sem ódio, tu respeitas os inimigos vencidos, nunca abandonas nem os teus mortos, nem os teus feridos, nem as tuas armas.
 
Antes de 1914, as unidades na [[Indochina]] usavam uniformes de Infantaria Colonial brancos ou cáqui com a insígnia da Legião Estrangeira, para superar as dificuldades de abastecimento.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=The French Foreign Legion 1872-1914|ano=2010|publicado=Osprey| isbn=978-1-84908-326-3|páginas=44–45}}</ref> Este vestido incluía um capacete de sol branco de um modelo que também era usado por unidades da Legião Estrangeira servindo nos postos avançados do sul da [[Argélia Francesa]], embora nunca fosse popular entre seus usuários.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|página=75}}</ref> Durante os primeiros meses da [[Primeira Guerra Mundial]], as unidades da Legião Estrangeira servindo na [[Terceira República Francesa|França]] usavam o sobretudo azul padrão e calças vermelhas da infantaria de linha francesa, distinguidos apenas por remendos no colarinho do mesmo azul que o capote, em vez de vermelho.<ref>{{citar livro|primeiro =Laurent|último =Mirouze|páginas=223|título=The French Army in the First World War - to Battle 1914|isbn=978-3-902526-09-0|ano=2007}}</ref> Depois de um curto período no azul celeste, a Legião Estrangeira adotou o cáqui com capacetes de aço, desde o início de 1916. Um tom mostarda cáqui foi usado em serviço ativo no Marrocos desde 1909, substituindo o clássico azul e branco.<ref>{{citar livro|autor =Martin Windrow|título=Uniforms of the French Foreign Legion 1831–1981|ano=1981|publicado=Blandford| isbn=978-0-7137-1010-6|páginas=85–89}}</ref> Este último continuou a ser usado nas condições relativamente pacíficas da Argélia durante a Primeira Guerra Mundial, embora cada vez mais substituído por mostarda cáqui. Os uniformes azuis e vermelhos anteriores a 1914 ainda podiam ser vistos ocasionalmente como trajes de guarnição na Argélia até que os estoques se esgotaram por volta de 1919.
O item 6 do código de honra do legionário foi recentemente mudado: onde a versão primitiva afirmava "''a tout prix''" ("a qualquer preço"), a nova versão afirma "''no respeito das leis, dos costumes da guerra, das convenções internacionais e se for necessário, ao perigo da tua vida''". Esta versão foi introduzida para evitar interpretações errôneas do artigo, já que a Legião participa atualmente de inúmeras missões humanitárias, juntamente com a [[ONU]].
 
Durante o início da década de 1920, uniformes de treino cáqui simples de um padrão padrão se tornaram um problema universal para a Legião Estrangeira com apenas o quepe vermelho e azul (com ou sem capa) e trança de colarinho verde para distinguir o Legionário de outros soldados franceses servindo no Norte da África e Indochina. A colarinho de pescoço deixou de ser usada por volta de 1915, embora tenha sobrevivido na década de 1920 no recém-criado Regimento de Cavalaria da Legião Estrangeira. A blusa branca (''bourgeron'') e as calças que datam de 1882 foram mantidas para uso de fadiga até a década de 1930.<ref>{{citar livro|primeiro =Martin |último =Windrow|página=40|título=French Foreign Legion 1814-1945|isbn=1-85532-761-9|data=26 de março de 1999}}</ref>
 
Na época do centenário da Legião Estrangeira em 1931, várias características tradicionais foram reintroduzidas por iniciativa do então comandante coronel [[Paul-Frédéric Rollet]].<ref>{{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: A Complete History|data=1 de janeiro de 1991| isbn=978-0-333-58500-9|página=422}}</ref> Isso incluía a faixa azul e as dragonas verdes/vermelhas. Em 1939, o quepe coberto de branco ganhou reconhecimento como o cocar oficial da Legião Estrangeira para ser usado na maioria das ocasiões, ao invés de simplesmente como um meio de refletir o calor e proteger o material azul e vermelho por baixo. O [[3.º Regimento de Infantaria Estrangeiro]] adotou túnicas e calças brancas para andar fora durante a década de 1930<ref>{{citar livro|primeiro =Martin |último =Windrow|página=42|título=French Foreign Legion 1814-1945|isbn=1-85532-761-9|data=26 de março de 1999}}</ref> e todos os oficiais da Legião Estrangeira foram obrigados a obter uniformes de gala nas cores pré-guerra de preto e vermelho de 1932 a 1939.
 
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], a Legião Estrangeira usava uma ampla variedade de estilos de uniformes, dependendo das fontes de abastecimento. Estes iam desde os capotes pesados e [[Capacete Adrian|capacetes Adrian]] de 1940 até uniformes de batalha britânicos e americanos de 1943 a 1945. O quepe branco foi teimosamente retido sempre que possível.
 
De 1940 a 1963, a Legião Estrangeira manteve quatro Companhias do Saara (''Compagnies Sahariennes'') como parte das forças francesas usadas para patrulhar e policiar as regiões desérticas ao sul de Marrocos e da Argélia. Uniformes especiais foram desenvolvidos para essas unidades, seguindo o modelo dos oficiais franceses do Corpo Camel (''Méharistes''), que têm a responsabilidade principal pelo Saara. Em traje de gala, incluíam calças pretas ou brancas estilo [[zuavo]], usadas com túnicas brancas e mantos longos esvoaçantes. As companhias da Legião mantiveram sua identidade separada, mantendo seus quepes, faixas e dragonas com franjas distintos.
 
Os quepes brancos, junto com a faixa<ref>{{citar livro|primeiro =Paul |último =Galliac |página=88 |título=L'Armee Française|isbn=978-2-35250-195-4|ano=2012}}</ref> e dragonas sobrevivem no vestido de desfile moderno da Legião Estrangeira. Desde a década de 1990, o quepe moderno é feito totalmente de material branco, em vez de simplesmente usado com uma capa branca. Os oficiais e suboficiais ainda usam seus quepes nas cores pré-1939 de azul escuro e vermelho. Uma gravata verde (para oficiais) e um colete verde lembram a cor tradicional dos ramos da Legião Estrangeira. A partir de 1959, uma boina verde (antes usada apenas pelos paraquedistas da legião) se tornou o cocar comum, com o quepe reservado para desfile e uso fora de serviço.<ref>[http://lib.ru/TXT/franclegion.txt_Piece100.01 Lib.ru]</ref><ref>[http://lib.ru/TXT/franclegion.txt_Piece100.02 Lib.ru]</ref> Outros itens de roupas usados atualmente são a edição padrão do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]].
 
== Equipamentos ==
{{artigo principal|Lista de equipamentos do Exército Francês}}
A Legião Estrangeira está basicamente equipada com o mesmo equipamento que unidades semelhantes em outras partes do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]]. Esses incluem:
 
* O fuzil de assalto [[FAMAS]], um fuzil tipo [[bullpup]] automático de fabricação francesa, com munição padrão [[OTAN]] de 5.56×45mm. O FAMAS está sendo substituído pelo [[Heckler & Koch HK416]]. A [[13.ª Meia-Brigada da Legião Estrangeira|13<sup>ème</sup> DBLE]], um regimento de Legião Estrangeira, foi a primeira unidade a usar o novo fuzil.
* O [[Capacete SPECTRA|SPECTRA]] é um [[Capacete de combate|capacete balístico]], projetado pelos [[Forças Armadas Francesas|militares franceses]], dotado de sistema de posicionamento e informação em tempo real e amplificadores de luz para [[visão noturna]].
* O traje [[FÉLIN]], um sistema de combate de infantaria que combina amplas bolsas, proteções corporais reforçadas e uma plataforma eletrônica portátil.
 
== Mandato da Legião Estrangeira (1931-presente) ==
{{artigo principal|Comando da Legião Estrangeira|1.º Regimento Estrangeiro|Honneur et Fidélité}}
=== Comando da Legião Estrangeira (1931-1984) ===
{|
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| valign=top |
 
==== Inspetor ====
;''Inspection de la Légion étrangère (I.L.E)''
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
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|[[Paul-Frédéric Rollet]]||[[Imagem:Paul-Frédéric Rollet.jpg|100px]] ||General|| 1931-1935||
|-
|[[Raoul Magrin-Vernerey]]|| ||General|| 1948-1950||
|-
|}
 
==== Agrupamento Autônomo ====
; ''Groupement autonome de la Légion étrangère (G.A.L.E)''
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
|-
|[[Jean Olié]]||[[Imagem:Jean Olié (1961).jpg|100px]]||General||1950||
|-
|[[Paul Gardy]]||–||General||1951||
|-
|}
 
==== Comando ====
; ''Commandement de la Légion étrangère (C.O.L.E)''
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
|-
|[[René Lennuyeux]]||–||General||1955||<small>Coronel então general</small>
|-
|}
 
==== Inspeção técnica ====
;''Inspection technique de la Légion étrangère (I.T.L.E)''
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
|-
|[[René Lennuyeux]]||–||General||1957||
|-
|[[Paul Gardy]]||–||General||1958||
|-
|[[René Morel (Legião Estrangeira)|René Morel]]||–||General||1960||
|-
|[[Jacques Lefort]]||–||General||1962||
|-
|}
| valign=top |
 
==== Agrupamento ====
; ''Groupement de la Légion étrangère (G.L.E)''
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
|-
|[[Marcel Letestu]]||–||General||1972||
|-
|[[Gustave Fourreau]]||–||General||1973||
|-
|[[Bernard Goupil]]||–||General||1976||
|-
|[[Paul Lardry]]||–||General||1980||
|-
|[[Jean-Claude Coullon]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General||1982||
|-
|}
 
=== Comando da Legião Estrangeira (1984-presente) ===
==== Comando ====
; ''Commandement de la Légion étrangère (C.O.M.L.E)''
 
{| border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="text-align:left; border-collapse:collapse;"
|- bgcolor=#efefef
|'''#'''||'''Nome'''||'''Foto'''||'''Patente'''||'''Tempo'''||'''Nota'''
|-
|1||[[Jean-Claude Coullon]]<ref name="legion-etrangere.com"/>||–||General||1984||
|-
|2||[[Jean Louis Roué]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General||1985||
|-
|3||[[Raymond Le Corre]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General||1988||
|-
|4||[[Bernard Colcomb]] ||–||General||1992||
|-
|5||[[Christian Piquemal]]<ref name="legion-etrangere.com"/>||–||General||1994||
|-
|6||[[Bernard Grail]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General||1999||
|-
|7||[[Jean-Louis Franceschi]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General|2002||
|-
|8||[[Bruno Dary]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||[[Imagem:GMP Bastille Day 2008-crop.jpg|100px]]||General||2004||
|-
|9||[[Louis Pichot de Champfleury]]<ref name="legion-etrangere.com"/> ||–||General||2006||
|-
|10||[[Alain Bouquin]]<ref name="legion-etrangere.com"/>||–||General||2009||
|-
|11||[[Christophe de Saint-Chamas]]<ref name="legion-etrangere.com"/>||–||General||2011||
|-
|12||[[Jean Maurin]]<ref name="legion-etrangere.com"/>||–||General||2014||
|-
|}
|}
 
== Galeria ==
[[Imagem:Monument morts legion.JPG|thumb|right|Este monumento aos Legionários em [[Aubagne]] ficava originalmente na sede da Legião em [[Sidi Bel Abbès]], mas foi transferido para a [[França]] quando a [[Argélia]] [[Guerra de Independência Argelina|conquistou a independência]] em 1962. As marcações em dourado no globo marcam os países onde a legião já foi implantada. Tem a inscrição ''La Legion A Ses Morts'' (Da Legião Aos Seus Mortos)]]
{{Gallery
| mode =packed-hover
| align =center
| height =160
| File:Insigne du COMLE.jpg|[[Comando da Legião Estrangeira|Le Commandement de la Légion étrangère]] (1931-presente)
| File:1er RE.JPG|Sede da Legião Estrangeira em [[Aubagne]]
| File:Képi Blanc profile.jpg|Quepe branco (''Képi Blanc'') da Legião Estrangeira
| File:FAMAS-img 1018.jpg|[[FAMAS]] F1 é o fuzil padrão da Legião Estrangeira
| File:Béret vert de la Légion étrangère.jpg|Boina verde (''Béret vert'') da Legião Estrangeira
| File:Insigne de béret de la Légion étrangère.jpg|Segundo emblema de boina padrão, usado até 1990
| File:Insigne de béret légion Type 1.JPG|Primeiro emblema de boina padrão
}}
 
== Composição ==
Ao longo da história da Legião, muitos homens têm-se alistado por diversas razões, na maior parte das vezes porque não têm para onde ir. Como nobres falidos, criminosos ou soldados profissionais que preferiam combater, eram aceitos. Sob determinadas circunstâncias até lhes eram oferecidas novas identidades. Na sua maioria mantiveram os nomes, mas é uma questão de honra nunca comentar o passado de um Legionário.
A Legião Estrangeira é a única unidade do [[Exército de Terra Francês|Exército Francês]] aberta a pessoas de qualquer nacionalidade. A maioria dos legionários ainda vem de países europeus, mas uma porcentagem crescente vem da [[América Latina]].<ref>{{cite av media|url=https://www.youtube.com/watch?v=ELi7cC85ew4|title=The Foreign Legion – Tougher Than The Rest 1/3|date=17 June 2012|work=YouTube}}</ref> A maioria dos [[Patentes do Exército Francês#Oficiais|oficiais comissionados]] da Legião Estrangeira é francesa, com aproximadamente 10% sendo legionários que subiram na hierarquia.<ref>[http://www.legion-recrute.com/en/carriere.php?SM=0 French Foreign Legion – Recruiting] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120925101856/http://www.legion-recrute.com/en/carriere.php?SM=0 |date=25 September 2012}}</ref>
 
Os legionários eram, no passado, forçados a se alistar sob um pseudônimo ("identidade declarada"). Essa política existia para permitir que recrutas que desejassem recomeçar suas vidas se alistassem. A Legião acreditava que era mais justo fazer com que todos os novos recrutas usassem identidades declaradas.<ref name="Tweedie" /> Os cidadãos franceses podem se alistar com uma cidadania estrangeira declarada ou fictícia (geralmente [[Distribuição geográfica dos falantes de francês|francófona]], geralmente da [[Bélgica]], [[Canadá]] ou [[Suíça]]). A partir de 20 de setembro de 2010, os novos recrutas podem se alistar com suas identidades reais ou sob identidades declaradas. Os recrutas que se alistam com identidades declaradas podem, após um ano de serviço, regularizar suas situações sob suas verdadeiras identidades.<ref name="FAQEN">"[http://www.legion-recrute.com/en/faq.php Frequently Asked Questions About the Foreign Legion (English)] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120327131232/http://www.legion-recrute.com/en/faq.php |date=27 March 2012 }}." French Foreign Legion. Retrieved on 4 April 2012.</ref> Depois de servir na Legião Estrangeira por três anos, um legionário pode solicitar a [[cidadania]] francesa.<ref name="Tweedie" /> Deve estar servindo em seu nome verdadeiro, não deve ter problemas com as autoridades e deve ter servido com "honra e fidelidade".<ref name="FAQEN" /> Um soldado que for ferido durante uma batalha pela [[França]] pode solicitar imediatamente a cidadania francesa devido de uma disposição conhecida como "''Français par le sang versé''" ("Francês pelo sangue derramado").<ref name="Tweedie" />
Uma vez na Legião, os recrutas aprendem além da disciplina e das técnicas de combate que só podem contar consigo próprios durante os cinco anos do contrato inicial. Sempre lhe foram atribuídas as missões mais duras do Exército francês; sabem que não existem enquanto indivíduos e que são dispensáveis; não têm para onde ir e nem nada a perder; por essas razões lutam até ao último homem.
 
Embora a Legião Estrangeira historicamente não tenha aceitado mulheres, havia uma oficial feminina, [[Susan Travers]], uma inglesa que se juntou às Forças da França Livre durante a [[Segunda Guerra Mundial]] e se tornou membro da Legião Estrangeira após a guerra, servindo no [[Estado do Vietnã|Vietnã]] durante a [[Primeira Guerra da Indochina]].<ref>{{citar livro|título=Tomorrow to Be Brave: A Memoir of the Only Woman Ever to Serve in the French Foreign Legion (9780743200028): Susan Travers, Wendy Holden: Books |isbn = 0743200020}}</ref> As mulheres foram proibidas de servir até 2000,<ref>{{citar web|url=https://www.independent.co.uk/news/world/europe/women-can-run-off-and-join-the-legion-635055.html|obra=The Independent|título=Women can run off and join the Legion|autor =Joy Lichfield|data=13 de outubro de 2000}}</ref> quando o então ministro da Defesa francês, [[Alain Richard]], declarou que queria elevar o nível de recrutamento feminino na Legião para 20% até 2020.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/969475.stm|título=BBC NEWS – Europe – Foreign Legion to admit women|obra=bbc.co.uk}}</ref>
Hoje em dia os recrutas são objeto de investigação para garantir que não se alistem para fugir da justiça por crimes graves. Os infratores menores podem por vezes ser aceitos. Pela lei francesa, a Legião Estrangeira pode negar a existência de qualquer indivíduo a seu serviço e, quem denunciar a verdadeira identidade de um legionário, é incriminado segundo o [[Código Penal]] francês.
 
=== CuriosidadesMembros sobrepor a Legiãopaís ===
Em 2008, legionários vieram de 140 países. A maioria dos homens alistados é originária de fora da [[França]], enquanto a maioria do corpo de oficiais consiste de franceses. Muitos recrutas são originários da [[Europa Oriental]] e da [[América Latina]]. Neil Tweedie do ''[[The Daily Telegraph]]'' disse que a [[Alemanha]] tradicionalmente fornecia muitos recrutas, "um tanto ironicamente, dado o papel sangrento da Legião em duas guerras mundiais".<ref name="Tweedie"/> Ele acrescentou que "os britânicos também desempenharam seu papel, mas recentemente houve constrangimento quando se constatou que muitos candidatos britânicos estavam sendo reprovados na seleção devido à incapacidade endêmica".<ref name="Tweedie"/>
 
==== Alsácia-Lorena ====
Atualmente registra-se um renascimento do orgulho de ser Legionário, e mais de uma centena de nacionalidades encontram-se representadas nas suas fileiras. Diferentemente do passado, a atual Legião representa uma instituição mais sóbria, profissional e menos perigosa, que guarda muitas curiosidades.
{{artigo principal|Alsácia-Lorena|Honneur et Fidélité|Malgré-nous}}
As nacionalidades originais da Legião Estrangeira refletem os eventos da história no momento em que ingressaram. Muitos ex-soldados da ''[[Wehrmacht]]'' se juntaram a eles após a [[Segunda Guerra Mundial]], pois muitos soldados que voltavam à vida civil achavam difícil encontrar um emprego confiável.<ref>Sharpe, Michael. (2008) ''Waffen SS Elite Forces 1: Leibstandarte and Das Reich'' (p. 183) {{ISBN|978-0-7858-2323-0}}</ref> Jean-Denis Lepage relata que "A Legião Estrangeira discretamente recrutou nos campos de prisioneiros alemães",<ref>{{citar livro|autor =Jean-Denis G. G. Lepage|título=The French Foreign Legion: An Illustrated History|data=28 de janeiro de 2008|publicado=McFarland| isbn=978-0-7864-3239-4|página=170}}</ref> mas acrescenta que o número desses recrutas foi posteriormente exagerado. [[Bernard B. Fall]], que apoiava o governo francês, escrevendo no contexto da [[Primeira Guerra da Indochina]], questionou a noção de que a Legião Estrangeira era principalmente alemã na época, chamando-a de:
 
{{Quote|[Uma] mentira ... com a subvariante de que todos aqueles alemães eram pelo menos generais da SS e outros criminosos de guerra procurados. Como regra, e para evitar que qualquer nação em particular transforme a Legião Estrangeira em [[Guarda Pretoriana]], qualquer componente nacional particular é mantido em cerca de 25% do total. Mesmo supondo (e este foi o caso, é claro) que os recrutadores franceses, na ânsia por candidatos, inscreveriam alemães alistando-se como suíços, austríacos, escandinavos e outras nacionalidades de origem étnica relacionada, é improvável que o número de alemães em a Legião Estrangeira já ultrapassou 35%. Assim, sem levar em conta perdas, rotação, despensa, etc..., o número máximo de alemães lutando na [[Indochina]] em um momento atingiu talvez 7.000 por 278.000. Quanto aos ex-nazistas, os primeiros a chegar continham vários deles, nenhum dos quais era conhecido como criminoso de guerra. A inteligência francesa cuidou disso.
=== A Primitiva Legião ===
 
Visto que, em vista do clima agreste da Indochina, os homens mais velhos sem experiência tropical anterior constituíam mais um passivo do que um ativo, a idade média dos alistados da Legião Estrangeira era de cerca de 23 anos. Na época da batalha de Dien Bien Phu, qualquer legionário daquela faixa etária estava em pior situação, jovens da "[[Juventude Hitlerista]]" quando o [[Alemanha Nazista|[Terceiro] Reich]] entrou em colapso.<ref>{{citar livro|autor =Bernard B. Fall|título=Street Without Joy: The French Debacle in Indochina| url=https://books.google.com/books?id=GkHH8OoCTtAC&pg=PA279|ano=1994|publicado=Stackpole Books| isbn=978-0-8117-1700-7|página=279}}</ref>}}
Quando o primeiro batalhão da Legião desembarcou na Argélia a idade de seus integrantes variava entre os dezesseis e os sessenta anos. Envergavam uniformes diferentes e antiquados. Meses depois, quando o segundo batalhão chegou, cerca de trinta e cinco homens desertaram imediatamente. Ainda nesse período, uma companhia embriagada provocou um motim, sendo os líderes sumariamente executados.
 
A Legião Estrangeira aceita pessoas que se alistam em uma nacionalidade que não é a sua. Uma proporção dos suíços e belgas provavelmente são franceses que desejam evitar a detecção.<ref>Evan McGorman, ''Life in the French Foreign Legion'', p. 21</ref> Além disso, dizem que muitos alsacianos se juntaram à Legião Estrangeira quando a [[Alsácia]] fazia parte do [[Império Alemão]], e podem ter sido registrados como alemães, embora se considerassem franceses.
Na sua primeira batalha, vinte e oito Legionários sustentaram uma posição próxima a [[Argel]], tendo sobrevivido apenas um. Isso pode ser visto no filme estadunidense [[ O Legionário]], interpretado pelo ator [[Jean-Claude Van Damme]]. Iniciava-se a mística que passaria a envolver a Legião, uma vez que as autoridades louvaram como heróis os Legionários mortos em combate. Ao mesmo tempo enviavam oficiais e sargentos do Exército Francês para impor a disciplina de combate na Legião.
 
Sobre as condições de recrutamento na Legião Estrangeira, consulte a [https://pt.legion-recrute.com página oficial] (disponível em [[Língua portuguesa|português]]) dedicada ao assunto:<ref>{{citar web|url=http://www.legion-recrute.com/en/condition.php |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131122095354/http://www.legion-recrute.com/en/condition.php |arquivodata=22 de novembro de 2013 |urlmorta= sim|título=French Foreign Legion – Recruiting |publicado=Legion-recrute.com}}</ref> No que diz respeito aos limites de idade, os recrutas podem ser aceitos a partir dos 17 anos e meio (com consentimento dos pais) a 39 anos e meio.
=== A Guerra Carlista ===
 
=== Países que permitem alistamento pós-Legião Estrangeira ===
À época do [[Carlismo]], a Legião foi cedida pela França à Espanha, com o fim de auxiliar a rainha [[Isabel II de Espanha]]. Desligada do Exército francês a 28 de junho de 1835, rumou com todo o seu efetivo para a Espanha. Ali, os legionários combateram sem reforços até que, em 1839, a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes. Do efetivo de 4.500 homens enviados, restavam apenas quinhentos. A maior parte deles, entretanto, cruzou a fronteira francesa para engajar-se outra vez na Legião. Foi durante essa campanha que a Legião recebeu a divisa "''Honneur et Fidélité''".
Nos [[Reinos da Comunidade de Nações|Reinos da Commonwealth]], suas disposições coletivas permitem que seus cidadões se desloquem entre exércitos em treinamento ou outros fins. Além disso, esta 'disposição geral' entre os estados-membros não pode excluir outros, pois pareceria inapropriado destacar países individuais, isto é, a [[França]] em relação à Legião. Por exemplo, [[Austrália]] e [[Nova Zelândia]] podem permitir o alistamento pós-Legião, desde que o cidadão tenha cidadania da comunidade. O [[Reino Unido]] permite o alistamento pós-Legião. O [[Canadá]] permite o alistamento pós-Legião com um contrato concluído de cinco anos.
 
No quadro da [[União Europeia]], o alistamento pós-Legião é menos claro. [[Dinamarca]], [[Noruega]], [[Alemanha]] e [[Portugal]] permitem o alistamento pós-Legião, enquanto os [[Países Baixos]] tem artigos constitucionais que o proíbem. [''Rijkswet op het Nederlanderschap, Artikel 15, lid 1e'' (Em [[Língua neerlandesa|neerlandês]])<ref>{{citar web|url=http://wetten.overheid.nl/BWBR0003738/geldigheidsdatum_08-03-2015#Hoofdstuk5|título=Wetten.nl – Wet- en regelgeving – Rijkswet op het Nederlanderschap – BWBR0003738|obra=overheid.nl}}</ref> (isto é: uma pessoa pode perder sua nacionalidade neerlandesa ao aceitar uma nacionalidade estrangeira ou pode perder sua nacionalidade neerlandesa servindo no exército de um estado estrangeiro que esteja envolvido em um conflito contra o Reino Neerlandês ou um de seus aliados).<ref>[http://www.rijksoverheid.nl/onderwerpen/nederlandse-nationaliteit/verliezen-nederlandse-nationaliteit Rijksoverheid.nl] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20140824224415/http://www.rijksoverheid.nl/onderwerpen/nederlandse-nationaliteit/verliezen-nederlandse-nationaliteit |date=24 August 2014}}</ref>
=== Participação na Guerra da Crimeia ===
 
Os [[Estados Unidos]] permitem o alistamento pós-Legião Estrangeira na [[Guarda Nacional dos Estados Unidos|Guarda Nacional]] (até o posto de capitão) que sejam titulares do [[Green Card]].
{{Artigo principal|[[Guerra da Crimeia]]}}
 
[[Israel]] permite o alistamento pós-Legião Estrangeira.
Em 1853 o czar [[Nicolau I da Rússia]] iniciou uma campanha militar com o intuito de conquistar [[Constantinopla]], classificando essa ação como um "''ataque ao homem doente''", numa referência ao decadente [[Império Otomano]]. Os turcos pediram auxílio à França e à [[Grã-Bretanha]], que desembarcaram suas tropas nos [[Bálcãs]], passando a enfrentar o [[cólera]]. Derrotadas as forças russas sob o comando do príncipe Menchnikov, na [[batalha de Alma]], não foi possível a perseguição pela falta de cavalaria. Em 1855 os aliados já tinham a iniciativa do combate e passaram a lutar por Sebastopol, numa batalha que durou um ano. Durante os combates corpo-a-corpo houve vários momentos de heroísmo por parte dos legionários. Em reconhecimento pela bravura, em abril de 1856 todos os legionários que lutaram na Crimeia foram naturalizados franceses.
 
Um dos maiores grupos nacionais da Legião são os poloneses. A lei polonesa permite o serviço em um exército estrangeiro, mas somente após permissão por escrito do Ministério da Defesa Nacional.
=== O capitão Jean Danjou ===
 
== Cópia por outros países ==
[[Jean Danjou]], quando criança durante um almoço, ficou impressionado com um dos oficiais da Legião, que não parava de contar histórias sobre os seus feitos na África. Tão admirado ficou, que se empenhou no intuito de se tornar militar. Aos vinte anos de idade havia se diplomado na [[Escola de Cavalaria de Saint-Cyr]]; aos vinte e cinco anos, anos, depois de ingressar no 2º RE, destacou-se na campanha da Crimeia, tendo perdido a [[mão]] esquerda na [[batalha de Sebastopol]], o que não impediu que montasse [[cavalo]]s e seguisse a carreira militar.
=== Exército Sempre Vitorioso da China ===
{{artigo principal|Exército Sempre Vitorioso}}
O [[Exército Sempre Vitorioso]] foi o nome dado ao Exército Imperial Chinês no final do século XIX. Comandada por [[Frederick Townsend Ward]], a nova força era composta originalmente por cerca de 200 mercenários, em sua maioria europeus, recrutados na área de [[Xangai]] entre marinheiros, desertores e aventureiros. Muitos foram demitidos no verão de 1861, mas o restante se tornou oficial dos soldados chineses recrutados principalmente em Sungkiang (Songjiang) e arredores. As tropas chinesas aumentaram para 3.000 em maio de 1862, todas equipadas com armas de fogo e equipamentos ocidentais pelas autoridades britânicas em Xangai. Ao longo de seus quatro anos de existência, o Exército Sempre Vitorioso operaria principalmente em um raio de 50 km de Xangai. Foi dissolvido em maio de 1864 com 104 oficiais estrangeiros e 2.288 soldados chineses sendo pagos. A artilharia pesada e alguma infantaria foram transferidos para as forças imperiais chinesas. Foi o primeiro exército chinês treinado em técnicas, táticas e estratégia europeias.
 
=== CampanhaMahal dode MéxicoIsrael ===
{{artigo principal|Mahal (Israel)}}
Em [[Israel]], [[Mahal (Israel)|Mahal]] (em [[Língua hebraica|hebraico]]: מח"ל, um acrônimo para ''Mitnadvei Ḥutz LaAretz'', que significa Voluntários de fora da Terra [de Israel]), é um termo que designa os não israelenses servindo nas [[Forças de Defesa de Israel]]. O termo se originou com aproximadamente 4.000 voluntários [[judeus]] e não-judeus que foram a Israel para lutar na [[Guerra Árabe-Israelense de 1948]], incluindo [[Aliá Bet]].<ref>Benny Morris, ''1948'', 2008, p.85.</ref> Os Mahalniks originais eram em sua maioria veteranos da [[Segunda Guerra Mundial]] das forças [[Forças Armadas dos Estados Unidos|armadas americanas]] e [[Forças Armadas do Reino Unido|britânicas]].
 
Hoje, existe um programa, [[Garin Tzabar]], dentro do [[Ministério da Defesa (Israel)|Ministério da Defesa de Israel]], que administra o alistamento de cidadãos não israelenses nas forças armadas do país. Os programas permitem que estrangeiros se juntem às Forças de Defesa de Israel se forem descendentes de judeus (o que é definido como pelo menos um avô).
==== O combate de Camerone ====
 
=== Exército KNIL dos Países Baixos ===
Esta batalha feriu-se no início da Campanha do México, a 30 de abril de 1863. A 3.ª Companhia, composta por sessenta e dois soldados e três oficiais sob o comando do capitão Danjou, foi atacada por três batalhões mexicanos, compostos por [[infantaria]] e [[cavalaria]], sob o comando de um coronel de nome Milan, forçando os legionários a se defenderem na ''Hacienda Camerone''. Apesar de estarem em desvantagem, os legionários lutaram até ao fim, tendo resistido por dez horas e trinta minutos, tempo suficiente para que uma coluna de 60 [[carroça]]s e 150 [[mula]]s com peças de [[artilharia]], medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegasse até [[Puebla]].
{{artigo principal|Exército Real das Índias Orientais Neerlandesas}}
Embora não tenha o nome de "Legião Estrangeira", o neerlandês [[Exército Real das Índias Orientais Neerlandesas|''Koninklijk Nederlandsch-Indische Leger'' (KNIL)]], ou Exército Real Neerlandês-Indiano (em referência às [[Índias Orientais Neerlandesas]], atual [[Indonésia]]), foi criado em 1830, um ano antes da Legião Estrangeira Francesa, e, portanto, não é uma cópia, mas uma ideia totalmente original e tinha uma política de recrutamento semelhante. Deixou de ser um exército de estrangeiros por volta de 1900, quando o recrutamento era restrito aos cidadãos neerlandeses e aos povos indígenas das Índias Orientais Neerlandesas. O KNIL foi finalmente dissolvido em 26 de julho de 1950, sete meses depois que os [[Países Baixos]] reconheceram formalmente a Indonésia como um estado soberano, e quase cinco anos depois que a Indonésia declarou sua independência.<ref>{{citar livro|título= Colonial Counterinsurgency and Mass Violence: The Dutch Empire in Indonesia (Routledge Studies in the Modern History of Asia Book 99)|url = https://www.google.com/books/edition/_/iHp0DwAAQBAJ|publicado= Taylor & Francis|data= 2014|isbn = 9781317663157|primeiro = Dirk|último = Moses}}</ref>
 
=== Infantaria Leve da Rodésia e Companhia Independente 7 da Rodésia ===
Percebendo que o comboio ia se distanciando Milan exclamou: "''No son hombres, son demonios!''" (Não são homens, são demônios!).
{{artigo principal|Infantaria Leve da Rodésia|Companhia Independente 7}}
Durante a [[Guerra Civil da Rodésia]] das décadas de 1960 e 1970, as [[Forças de Segurança da Rodésia]] recrutaram voluntários estrangeiros com o mesmo pagamento e condições de serviço que os regulares baseados localmente.<ref>{{citar livro|título=The Rhodesian War: A Military History |último1 =Moorcraft|primeiro1 =Paul L.|authorlink1=Paul Moorcraft |último2 =McLaughlin |primeiro2 =Peter |authorlink2=Peter McLaughlin|data=abril de 2008|anooriginal=1982|local=Barnsley|publicado=[[Pen and Sword Books]]|isbn=978-1-84415-694-8|página=52}}</ref> A grande maioria dos estrangeiros do Exército da Rodésia se juntaram à [[Infantaria Leve da Rodésia]] (RLI), um regimento de comando com uma reputação internacional glamorosa;<ref>{{citar livro|título=Modern African Wars: Rhodesia, 1965–80|último1 =Abbott|primeiro1 =Peter|último2 =Botham|primeiro2 =Philip|local=Oxford|publicado=[[Osprey Publishing]]|data=junho de 1986|isbn=978-0-85045-728-5|página=17}}</ref> esta unidade se tornou coloquialmente conhecida como a "Legião Estrangeira da Rodésia" como resultado, embora os estrangeiros nunca representassem mais do que cerca de um terço de seus homens. De acordo com Chris Cocks, um veterano da RLI, "a RLI era um espelho da Legião Estrangeira Francesa, em que os recrutadores prestavam pouca atenção ao passado do homem e não faziam perguntas. ... E como a Legião Estrangeira da Rodésia, o passado de um homem era irrelevante".<ref name=binda126>{{citar livro|título=The Saints: The Rhodesian Light Infantry |último =Binda |primeiro =Alexandre |local=Johannesburg|publicado=30° South Publishers|data=maio de 2008|isbn=978-1-920143-07-7|página=126}}</ref> Assim como os legionários estrangeiros franceses devem falar [[Língua francesa|francês]], o Exército da Rodésia exigia que seus estrangeiros fossem anglófonos. Muitos deles eram soldados profissionais, atraídos pela reputação do regimento, a maioria de ex-soldados britânicos ou veteranos do Vietnã das forças dos [[Forças Armadas dos Estados Unidos|Estados Unidos]], [[Forças Armadas da Austrália|Austrália]] e [[Força de Defesa da Nova Zelândia|Nova Zelândia]], e estes se tornaram uma parte importante da unidade.<ref>{{citar livro|título=The Saints: The Rhodesian Light Infantry |último =Binda |primeiro =Alexandre |local=Johannesburg |publicado=30° South Publishers|data=maio de 2008|isbn=978-1-920143-07-7|páginas=186–188}}</ref> Outros, sem experiência militar, eram frequentemente motivados a ingressar no Exército da Rodésia pelo anticomunismo, ou pelo desejo de aventura ou da fuga do passado.<ref name=binda126 />
 
Depois que a campanha de recrutamento no exterior dos rodesianos para falantes de [[Língua inglesa|inglês]], iniciada em 1974, teve sucesso, eles começaram a recrutar também falantes de francês em 1977. Esses recrutas francófonos foram colocados em sua própria unidade, [[Companhia Independente 7]] e [[Regimento da Rodésia]], que era comandada por oficiais de língua francesa e operava inteiramente em francês. O experimento não foi geralmente considerado um sucesso pelos comandantes da [[Rodésia]], entretanto, a companhia foi dissolvida no início de 1978.<ref>{{citar periódico|primeiro =Robert|último =Montfort|editor-nome =Eric|editor-sobrenome =Micheletti|título=La Septième Compagnie indépendante: les volontaires français en Rhodésie|títulotrad=The Seventh Independent Company: the French volunteers in Rhodesia|periódico=RAIDS|local=Paris|publicado=Histoire et Collections|número=16|páginas=16–20|data=setembro de 1987|língua=French}}; {{citar periódico|primeiro =Robert|último =Montfort|editor-nome =Eric|editor-sobrenome =Micheletti|título=La Septième Compagnie indépendante: les volontaires français en Rhodésie (II)|títulotrad=The Seventh Independent Company: the French volunteers in Rhodesia (part II) |periódico=RAIDS |local=Paris |publicado=Histoire et Collections|número=17|páginas=28–31|data=outubro de 1987|língua=French}}</ref>
Decididos a combater até ao fim, Danjou foi mortalmente ferido na [[cabeça]] (outras fontes sustentam que foi no [[peito]]), Vilain, que assumiu o comando, teve o mesmo fim, e quatro legionários executaram um último ataque a [[baioneta]], sendo mortos. Restando apenas doze legionários, os mexicanos ofereceram-lhes nova oportunidade de rendição, que só foi aceita com a condição de poderem retornar à base com a sua [[bandeira]] e o corpo de Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses.
 
=== "Legião Estrangeira" da Rússia ===
Do lado mexicano pereceram trezentos homens. No dia seguinte quando os franceses foram enterrar os seus mortos, encontraram um legionário semivivo, um tambor de nome Lai, que tinha em seu corpo sete ferimentos a [[lança]] e dois a bala. Posteriormente Lai foi condecorado com a cruz da [[Legião de Honra (França)|Legião de Honra]], devendo-se a ele relatos sobre a batalha.
Em 2010, as condições de serviço das [[Forças Armadas da Rússia]] foram alteradas. O termo atual "Legião Estrangeira Russa" é uma expressão coloquial sem qualquer reconhecimento oficial. Segundo o plano, os estrangeiros sem dupla cidadania podem assinar contratos de cinco anos e serão elegíveis para a cidadania russa após cumprir três anos. Especialistas dizem que a mudança abre caminho para que os cidadãos da [[Comunidade dos Estados Independentes]] obtenham uma rápida cidadania russa e se oponham aos efeitos da [[crise demográfica da Rússia]] sobre o recrutamento do exército.<ref>{{citar jornal|último =Okorokova|primeiro =Lidia|título=Russia's new Foreign Legion |url=http://themoscownews.com/news/20101125/188233351.html?referfrommn|acessodata=17 de julho de 2011 |jornal=The Moscow News|data=25 de novembro de 2010|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120405225214/http://themoscownews.com/news/20101125/188233351.html?referfrommn|arquivodata=5 de abril de 2012}}</ref>
 
=== Legião Estrangeira da Espanha ===
Em decorrência dessa batalha [[Napoleão III de França]] determinou inscrever na bandeira de todos os regimentos estrangeiros a inscrição "''Camerone 1863''". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em [[latim]] rezando: "''Eles foram, aqui, menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses''".
{{artigo principal|Legião Estrangeira Espanhola}}
A [[Legião Estrangeira Espanhola]] foi criada em 1920, cópia da francesa, e teve um papel significativo nas guerras coloniais espanholas no [[Marrocos]] e na [[Guerra Civil Espanhola]] do lado nacionalista. A Legião Estrangeira Espanhola recrutou estrangeiros até 1986, mas ao contrário de seu modelo francês, o número de recrutas não-espanhóis nunca excedeu 25%, a maioria deles da [[América Latina]]. Agora é chamada de ''Legião Espanhola'' e só recruta cidadãos espanhóis.
 
== Referências na cultura popular ==
A prótese de [[madeira (material)|madeira]] da [[mão]] esquerda que o capitão Danjou usava, encontra-se atualmente no museu da Legião Estrangeira. Na festa em homenagem à batalha de Camerone ela é levada pelo oficial superior e passa diante de todos os soldados em formatura.
{{artigo principal|Legião Estrangeira Francesa na cultura popular}}
Além de sua reputação como uma unidade de elite frequentemente envolvida em combates sérios, as práticas de recrutamento da Legião Estrangeira Francesa também levaram a uma visão um tanto romantizada de ser um lugar para homens desgraçados ou "injustiçados" que procuram deixar para trás suas velhas vidas e começar novas. Essa visão da legião é comum na literatura e tem sido usada para efeitos dramáticos em muitos filmes, entre os quais as várias versões de ''[[Beau Geste]]''.
 
== Ver tambémReferências ==
{{Reflist}}
* [[Lista de forças especiais]]
 
== LigaçõesLeitura externasadicional ==
{{Refbegin}}
{{Commons|French Foreign Legion}}
* {{citar livro|autor =MR Tony Geraghty|título=March Or Die: A New History of the French Foreign Legion|ano=1987| isbn=978-0-8160-1794-2| url-access=registration| url=https://archive.org/details/marchordienewhis00gera|publicado=New York, N.Y. : Facts on File}}
* {{fr}} [http://www.legion-etrangere.com/ Página da Legião Estrangeira Francesa]
* {{citar livro|autor =Evan McGorman|título=Life in the French Foreign Legion: How to Join and What to Expect When You Get There|data=1 de janeiro de 2002|publicado=Hellgate Press| isbn=978-1-55571-633-2}}
* {{pt}} [https://web.archive.org/web/20110414105052/http://www.legion-recrute.com/pt/ Página da Legião Estrangeira Francesa - Recrutamento]
* {{citar livro|autor =Douglas Porch|título=The French Foreign Legion: Complete History of The Legendary Fighting Force|ano=1992|publicado=Harper Perennial| isbn=978-0-06-092308-2}}
* {{pt}} [https://web.archive.org/web/20160304031036/http://www.grandesguerras.com.br/relatos/text01.php?art_id=124 Grandesguerras - Um brasileiro na Legião Estrangeira narra a luta.]
* Roger Rousseau, ''The French Foreign Legion in Kolwezi'', 2006. {{ISBN|978-2-9526927-1-7}}
* {{pt}} [https://web.archive.org/web/20130525185951/http://legiaoestrangeira.com.br/ Página de Informações da Legião Estrangeira Francesa para Brasileiros]
* {{citar livro|autor =Tibor Szecsko|título=Le grand livre des insignes de la Légion étrangère|ano=1991| isbn=978-2-9505938-0-1}}
{{Refend}}
 
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{{Portal3|França|Guerra}}
{{controlo de autoria}}
 
[[Categoria:Legião Estrangeira Francesa| ]]