Metáfora: diferenças entre revisões

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Por exemplo, as expressões "sem-teto", "tomou o copo todo", "adoro ler Veríssimo" são metonímias, porque:
 
# O termo ''teto'' está em relação de contiguidade com o resto da habitação. É uma das suas partes, e na expressão substitui o todo "habitação". (Um sem-teto geralmente também não tem o restante da habitação - a porta, as janelas, as paredes, o chão);
# O termo ''copo'' normalmente contém alguma bebida e é usado no lugar da bebida que contém. (Ninguém consegue beber o copo);
# O termo ''[[Érico Veríssimo|Veríssimo]]'' é usado no lugar dos livros e crônicas do autor. (A pessoa gosta dos textos do autor; é impossível ler uma pessoa).
 
Diferente da metonímia, outras figuras de linguagens como a [[personificação]] e a [[Hipérbole (figura de estilo)|hipérbole]] mantêm com a metáfora uma relação de união semântica, não podendo assim ser totalmente dissociada uma da outra. É como se tais figuras fossem “metáforas especiais”. Se observarmos a frase: “ Neste dia ensolarado, o mar me convida ao seu encontro e as ondas querem me abraçar”, temos a metáfora na comparação sem o conectivo: O dia está tão lindo e o mar tão bom que é “como se” ele me convidasse para o mergulho e ondas estão tão movimentadas que “parecem” querer me abraçar. Existe também, de forma simultânea, a personificação, uma vez que “convidar” e “abraçar” são ações próprias de pessoas e não de seres inanimados como o mar ou as ondas.
Se observarmos a frase: “ Neste dia ensolarado, o mar me convida ao seu encontro e as ondas querem me abraçar”, temos a metáfora na comparação sem o conectivo: O dia está tão lindo e o mar tão bom que é “como se” ele me convidasse para o mergulho e ondas estão tão movimentadas que “parecem” querer me abraçar.
Existe também, de forma simultânea, a personificação, uma vez que “convidar” e “abraçar” são ações próprias de pessoas e não de seres inanimados como o mar ou as ondas.
 
O mesmo ocorre com a metáfora e a hipérbole. Vejamos essa outra frase: “Chorei um rio de lágrimas”. A metáfora está na comparação sem o conectivo: O choro era tão intenso e as lágrimas tantas que era “como se fossem iguais” às águas de um rio. Isso também forma, de maneira simultânea, a hipérbole, ora, não se pode alguém chorar um rio de lágrimas, por essa ser uma quantidade de lágrimas impossível de alguém produzir por lacrimação. Registra-se aí, nitidamente, o modo exagerado de se expressar.
O mesmo ocorre com a metáfora e a hipérbole. Vejamos essa outra frase: “Chorei um rio de lágrimas”.
A metáfora está na comparação sem o conectivo: O choro era tão intenso e as lágrimas tantas que era “como se fossem iguais” às águas de um rio.
Isso também forma, de maneira simultânea, a hipérbole, ora, não se pode alguém chorar um rio de lágrimas, por essa ser uma quantidade de lágrimas impossível de alguém produzir por lacrimação. Registra-se aí, nitidamente, o modo exagerado de se expressar.
 
É importante observar, entretanto, que nem sempre a metáfora será uma personificação ou hipérbole(“A minha pequena é uma flor” entenda-se aí uma "metáfora pura": ela tão delicada, bonita, cheirosa “quanto uma flor é”), mas muito frequentemente o contrário se confirma: a personificação ou hipérbole serão também metáforas. Assim como também outras figuras de linguagem consideradas semânticas como a [[catacrese]] e a [[sinestesia]].
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Outros exemplos:
 
* “O fogo dançava com a chuva” ( Metáfora = personificação);
* “ A lua roubara todo o seu brilho, naquela noite” (Metáfora = personificação);
* “ Eles morreram de rir com a peça”. (Metáfora = hipérbole);
* “ Choveu mais de meia hora sem parar, foi um dilúvio!” (Metáfora = hipérbole).
 
[[Imagem:união 2.jpg|350px|center]]