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Oriolus (discussão | contribs)
Informação nova sobre a construção dos troços em falta na zona de Góis, Pedrógão Grande e Sertã, assim como das alterações que afectaram a zona do Sardoal em 1963.
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Um dos grandes projectos do [[Estado Novo]] era a criação de uma estrada que ligasse o país de lés a lés pelo centro, e a partir de 1930 começaram a ser alcatroados os troços de pedra e de terra e construídas as ligações necessárias, até que em 1945 é classificada a Estrada Nacional nº 2 através do Plano Rodoviário Nacional de 1945, com o objetivo de ligar [[Chaves (Portugal)|Chaves]] a [[Faro]]. Grande parte da N2 resultou da renumeração de estradas já existentes, mas alguns troços foram construídos nas décadas seguintes.
 
Aquando da sua criação, a estrada não estava completa, faltando construir o troço [[Alvares]]-Picha (concluída por volta de 1980), a travessia do rio Zêzere (completada em 1954 com a construção da [[barragem do Cabril]]) e a ligação [[Sertã]]-[[Vila de Rei|-Vila de Rei]] (que viria a ser inaugurada em Maio de 1970).
 
Na [[Foz do Dão]], [[Santa Comba Dão]], a N2 atravessava o [[rio Mondego]] através da imponente [[Ponte Salazar (Foz do Dão)|Ponte Salazar]] (aberta em 1935) que estabelecia também os limites dos concelhos de [[Santa Comba Dão]], [[Penacova]] e [[Mortágua]], dividia os distritos de [[Coimbra]] e [[Viseu]] e separava a [[Beira Litoral]] da [[Beira Alta]]. Em inícios da década de 1980, essa ponte foi submersa pela [[Barragem da Aguieira]] (assim como a aldeia da Foz do Dão). O trajeto da N2 passou a efetuar-se por uma variante de 7 km entre as aldeias de [[Chamadouro]] e [[Oliveira do Mondego]]. Na década de 1990 esta variante foi aproveitada para o traçado da via rápida [[IP3]].
 
Antes da aprovação do Plano Rodoviário Nacional de 1985, a N2 era a mais longa estrada do Estado em Portugal, com um comprimento de 738,5 km que atravessava 11 dos 18 [[distritos de Portugal|distritos]]. No entanto, se em [[Trás-os-Montes]] e no [[distrito de Viseu]] a N2 cruzava capitais de distrito ([[Vila Real (Portugal)|Vila Real]] e [[Viseu]]) e cidades de média dimensão ([[Chaves (Portugal)|Chaves]] e [[Lamego]]), a sul dessas regiões (i.e. aproximadamente nos restantes 500 km), a estrada desenvolvia-se longe de qualquer cidade principal até perto do seu fim em [[Faro]]. Ao longo das décadas, a N2 nunca teve um tráfego autónomo que justificasse a sua importância no Plano de 1945 e a longa Estrada Nacional acabou por se tornar numa coleção sequencial de troços regionais.<ref name="Zúquete 2016"></ref> O falhanço da N2 neste aspeto provou que a principal ligação entre as regiões do norte e do sul de Portugal deveria sempre cruzar a [[área metropolitana de Lisboa]] (como hoje acontece com o [[IP1]] e o [[IC1]]).<ref name="Zúquete 2016"></ref>
 
Em 1963, a aprovação do [https://dre.pt/application/file/194090 Decreto-Lei 44924] introduziu alterações na zona do [[Sardoal]]. A partir dessa data, a ligação São Domingos-Sardoal passou a chamar-se Nacional 358-3 e a ligação [[Sardoal]]-[[Abrantes]] passou a designar-se Nacional 244-3. A Nacional 2 ficou interrompida nessa zona, persistindo essa situação até 1995, ano em que foi aberta a nova variante [[Vila de Rei]]--[[Abrantes]].
 
Em 1985 foi aprovado um novo Plano Rodoviário Nacional, que substituiu o de 1945 e modificou profundamente a classificação da rede de estradas portuguesas. Com efeito, em [[Trás-os-Montes]] e no [[distrito de Viseu]], esse documento defendia a construção da estrada rápida [[IP3]], que seguiria paralela à N2. Com efeito, o Plano defendia que a N2 deveria ser desclassificada para estrada municipal (M2) nessas regiões, pois seria substituída pela via rápida [[IP3]]. A sul do [[distrito de Viseu]], praticamente nenhuma das estradas principais incluídas no Plano de 1985 seguia o eixo da antiga N2. O Plano Rodoviário Nacional de 1985 defendia a desclassificação da N2 para estrada municipal exceto em seis troços: [[Góis]]–Portela do Vento, [[Sertã]]–[[Ponte de Sor]], [[Odivelas (Ferreira do Alentejo)|Odivelas]]–[[Ferreira do Alentejo]], [[Ervidel]]–[[Aljustrel]], [[Castro Verde]]–[[Almodôvar]] e [[São Brás de Alportel]]–[[Faro]].<ref>{{citar web |url=https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/1985/09/22200/32063214.pdf |title=Decreto-Lei n.º 380/85, de 26 de Setembro |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=26 de setembro de 1985 |obra= |publicado=Diário da República — I série |acessodata=11 de janeiro de 2019 |citacao=}}</ref>
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===Castro Verde–Faro===
[[File:EN2 - Km 738.5.jpg|thumb|Placas quilométricas em [[Faro]] ao Km 738,5 junto ao marco que indica o fim da Estrada Nacional nº2. AsEste placaslocal deassinala Finalo da EN2 do marco, 739,260 estãoponto em produçãoque paraa certificaçãoNacional do2 percursoentroncava originalna ateantiga à doca de Faro onde termina a[[EN125|Estrada EN2<brNacional />125]].]]
 
Atualmente, é o mais longo troço da N2 e era o troço final da antiga estrada. Com uma extensão de cerca de 93 km,<ref>{{Citar mapa |autor=Google |titulo=Direções — N2, Castro Verde a Estr. São Brás de Alportel |titulo-trad= |mapa=Google Maps |mapaurl= |data=s.d. |ano= |url=https://www.google.pt/maps/dir/37.6939491,-8.0970423/37.0428356,-7.929134/@37.3808122,-8.6535026,150412m/data=!3m1!1e3!4m9!4m8!1m5!3m4!1m2!1d-7.9839933!2d37.3949465!3s0xd1a97bcbf04da4d:0xa41073c3931ce2!1m0!3e0 |edicao= |local= |formato= |ref= |acessodata=7 de julho de 2019}}</ref>{{Nota de rodapé |A N2 cruza com a [[EN125-10|N125-10]] a norte de Faro. Cerca de 1 km a norte desse nó localiza-se o cruzamento de Chelote, zona onde a N2 pertence à empresa estatal [[Infraestruturas de Portugal]].<ref>{{citar web |url=https://www.sulinformacao.pt/2018/06/faro-cruzamento-do-chelote-esta-em-obras-para-eliminar-ponto-negro-rodoviario/ |title=Faro: Cruzamento do Chelote está em obras para eliminar «ponto negro rodoviário» |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=26 de junho de 2018 |obra= |publicado=Sul Informação |acessodata=7 de julho de 2019 |citacao=}}</ref> Cerca de 1 km a sul do nó com a N125-10 localiza-se (em zona urbanizada) o cruzamento para a Escola Secundária Pinheiro e Rosa, zona onde o traçado da antiga N2 pertence ao município de Faro (M2).<ref>{{citar web |url=http://www.cm-faro.pt/pt/7776/municipio-requalifica-entrada-de-faro-pela-en2.aspx |title=Município requalifica entrada de Faro pela EN2 |autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=1 de dezembro de 2015 |obra= |publicado=Câmara Municipal de Faro |acessodata=7 de julho de 2019 |citacao=}}</ref>}} liga a vila alentejana de [[Castro Verde]] ([[IP2]]) a [[Faro]] (capital do [[Algarve]]), passando por [[Almodôvar]], cruzando as serras que separam o [[Alentejo]] do [[Algarve]] e passando em [[São Brás de Alportel]]. Entre as vilas alentejanas de Castro Verde e Almodôvar a N2 tem um traçado retilíneo, mas depois de Almodôvar a N2 torna-se numa estrada muito sinuosa devido à travessia da [[Serra do Caldeirão]].