Navio dos Loucos: diferenças entre revisões

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| museu = [[Museu do Louvre]]
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O '''''Navio dos Loucos''''' ou '''''A Nave dos Loucos''''' ou, ainda, '''''A Nau dos Insensatos''''' é uma [[pintura]] do artista [[Brabante|brabantino]] [[Hieronymus Bosch]] ([[1450]] — [[1516]]), executada em [[pintura a óleo|óleo]] sobre madeira, com 58 cmx 33&nbsp;cm. Faz parte do acervo do [[Museu do Louvre]], em [[Paris]], onde chegou em [[1918]] e é exibida com o título de ''La Nef des fous''.<ref name="MM">L. Cirlot (dir.), ''Museo del Louvre II'', Col. «Museos del Mundo», Tomo 4, Espasa, 2007. ISBN 978-84-674-3807-9, p. 163.</ref> Como as demais obras do autor, carece de uma datação precisa. Alguns especialistas indicam que seja de [[1503]]-[[Segundo milénio a.C.|1506]] (Wundram indica, simplemente, que é posterior a [[1490]]).<ref>Wundram, M., "El Prerrenacimiento", em ''Los maestros de la pintura occidental'', Taschen, 2005, p. 136. ISBN 3-8228-4744-5</ref> De todo modo, parece claro que se trata de uma obra tardia de Bosch.<ref name=ref_duplicada_1>Wundram, ''op. cit.''</ref>
 
== Contexto da obra ==
A obra critica, de forma [[alegoria|alegórica]], os costumes da sociedade da época: a devassidão e a profanidade presentes em todos os grupos sociais (incluindo o [[clero]], como se pode ver, em primeiro plano, na pintura), o jogo e o álcool. Os protagonistas são uma [[monja]] [[franciscana]] e um [[goliardo]] que se encontram tão distraídos, tentando fincar os dentes num pedaço de comida pendurado por um fio, que nem reparam que ladrões lhes vão roubar o que está sobre a mesa. Há que reparar também no rosto que se encontra no meio da árvore, que provavelmente representa o [[diabo]]. Uma das verdades sobre esta obra é de que os três religiosos presentes na obra são Simão, Pedro e Jesova's, três cardeais muito importantes naquela época.
 
A pintura, tal como a conhecemos hoje, é parte de um [[tríptico]] que foi cortado em várias partes. A ''Nave dos Loucos'' correspondia a um dos painéis do [[retábulo]] e atualmente tem cerca de dois terços do comprimento original. O terço inferior do painel pertence à [[Universidade Yale]] e é chamado ''Alegoria da Intemperança''. O outro painel remanescente, que manteve aproximadamente o seu comprimento total, é a ''Morte do Avarento'', e se encontra na ''[[National Gallery of Art]]'', [[Washington, DC]]. Os dois painéis, juntos, representariam os dois extremos, da prodigialidadeprodigalidade e avareza, condenando e caricaturando ambos.
 
A obra de Bosch situa-se entre os [[século XV|séculos XV]] e [[século XVI|XVI]], época de profunda crise religiosa e social. A [[pintura flamenga]] é fiel à tradição religiosa. Na Italia emergiam os princípios do [[Renascimento]], a partir do descobrimento da [[perspectiva]] e o conhecimento da [[anatomia]], enquanto nos [[Países Baixos]] ainda se conservava uma estética ligada às tradições [[arte medieval|medievais]], conforme atesta a obra de Bosch, marcada pela eterna luta entre o Bem e o Mal.
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A relação que Bosch establece entre «vício» e «locura» é, portanto, uma constante na literatura do [[século XV]]. O artista adverte de forma burlesca sobre a perda dos valores eclesiásticos, a corrupção do clero<ref name= MM /> e a negligência dos homens no tocante à religião, no ocaso da Idade Média. Como escreve [[Michel Foucault|Foucault]] em sua ''História da Loucura na Idade Clássica'' (1964), as diversas formas plásticas e literárias nos mostram que, desde o século XV, a face da [[loucura]] tem assombrado a imaginação do homem ocidental.
 
=== ReconstruçãoReconstituição do tríptico de Bosch ===
[[Ficheiro:Jheronimus Triptych-Bosch 011 -reconstruction 01.jpg|thumb|250px| left|'''À esquerda:'''<br /> ''A nave dos loucos'' (no altoacima) e<br />''Alegoria da intemperança'' (abaixo)<br />'''À direita:<br />''' ''Morte do avarento'']]
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Ficheiro:Jheronimus Bosch 011 reconstruction 01.jpg|''A nave dos loucos'' (no alto) e ''Alegoria da intemperança'' (abaixo)
Ficheiro:Jheronimus Bosch 050.jpg|''Morte do avarento''
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{{Referências}}
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== Ligações externas ==
* BRANT, Sebastian [http://books.google.com/books?id=E12vAnnt_uQC&printsec=frontcover&dq=The+Ship+of+Fools++Por+Sebastian+Brant,Edwin+Hermann+Zeydel&hl=pt-BR&ei=tJLQTJjxPMO88gbw-7jLBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q&f=false ''The Ship of Fools'']. Introdução de Edwin Hermann Zeydel.
 
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