Autismo no Brasil: diferenças entre revisões
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==História==
===1950–1980: Antecedentes===
De acordo com a historiadora Bruna Alves Lopes, há poucos registros sobre autismo no Brasil até a década de 1980. Durante a década de 1940,
No Brasil, as primeiras publicações jornalísticas sobre autismo eram formadas de matérias traduzidas por agências de notícias de países como os Estados Unidos e Reino Unido. Parte delas era influenciada por um viés psicanalítico – ao considerar crianças autistas como pertencentes a pais frios e distantes, outra parte abordava-o como um dos sintomas da [[esquizofrenia]]. O pensamento de Bettelheim teve influência significativa no conteúdo jornalístico destes períodos.<ref name="historiaautismobrasil" />
Ao mesmo tempo, o campo profissional em torno do autismo estava alinhado ao atendimento da psiquiatria infantil e da deficiência infantil, de forma geral. Em 1956, era criada a Associação Paulista de Psiquiatria Infantil e Higiene Mental, e em 1965 a Associação Brasileira de Deficiência Mental. Na cidade de [[Porto Alegre]], surgiu em 1963 a Comunidade Terapêutica Leo Kanner.<ref>{{citar livro|último=Assumpção Júnior|primeiro=Francisco Baptista|título=Psiquiatria infantil brasileira: um esboço histórico|publicado=Lemos|isbn=9788585561086|acessodata=1 de janeiro de 2021|língua=português}}</ref>
===1980–2010: Primeiras associações e movimentos de familiares===
O autismo, enquanto movimento, começa a se consolidar no Brasil a partir da década de 1980. A primeira associação de autismo do Brasil foi a Associação de Amigos do Autista (AMA), fundada em 1983.<ref>{{citar periódico |ultimo1=Lugon |primeiro1=Ricardo Arantes |ultimo2=Andrada |primeiro2=Barbara Costa |data=2020 |título=Militâncias de familiares de autistas e a economia política da esperança no Brasil de 2019 |url=https://www.unifesp.br/campus/san7/images/pdfs/Saude%20Mental%20Infantojuvenil.pdf}}</ref> Outros fenômenos também começaram a contribuir para a formação do cenário, como a criação do [[Sistema Único de Saúde]] com a [[Constituição Brasileira de 1988]] e a [[reforma psiquiátrica no Brasil|reforma psiquiátrica]].<ref>{{citar livro |data=2016 |titulo=Re-Thinking Autism: Diagnosis, Identity and Equality |url=https://books.google.com.br/books?id=cu8ZDAAAQBAJ&pg=PA67&dq=autism+wars+brazil&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiV07T6qbXsAhUxGbkGHXiGDuMQ6AEwAHoECAUQAg#v=onepage&q=autism%20wars%20brazil&f=false |editora=Jessica Kingsley Publishers |isbn=9781784500276}}</ref> Originalmente, o movimento do autismo esteve concentrado na figura de mães e pais de autistas, uma tendência que se seguiu ao longo das décadas.<ref>{{citar web |url=https://estudio.r7.com/autismo-visibilidade-e-aceitacao-01102020|título=Autismo, visibilidade e aceitação|data=1 de outubro de 2020|acessodata=15 de outubro de 2020|publicado=[[R7]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201006125624/https://estudio.r7.com/autismo-visibilidade-e-aceitacao-01102020|arquivodata=15 de outubro de 2020|urlmorta=no}}</ref>
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