Região Sul do Brasil: diferenças entre revisões

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A '''Região Sul do Brasil''' é a menor das cinco [[Regiões do Brasil|regiões do país]],<ref name="Regioes do Brasil">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/brasil/a-regiao-sul.htm|título=A Região Sul|autor=Wagner de Cerqueira e Francisco|data=2012|publicado=Brasil Escola|acessodata=20 de maio de 2012}}</ref> com área territorial de {{fmtn|576774.31|km²}},<ref name="IBGE_Área"/> sendo maior que a área da [[França]] metropolitana e menor que o estado brasileiro de [[Minas Gerais]]. Faz parte da [[Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil|Região Centro-Sul do Brasil]].<ref>{{citar web|url = http://www.brasilescola.com/brasil/as-regioes-geoeconomicas-brasil.htm|título = As regiões geoeconômicas do Brasil|autor = CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de|publicado = Brasil Escola|acessodata = 20 de maio de 2012}}</ref> Divide-se em três unidades federativas: [[Paraná]], [[Santa Catarina]] e [[Rio Grande do Sul]],<ref name="Regioes do Brasil"/> sendo limitada ao norte pelos estados de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Mato Grosso do Sul]], ao sul pelo [[Uruguai]], a oeste pelo [[Paraguai]] e pela [[Argentina]], além de ser banhada a leste pelas águas do [[Oceano Atlântico]].<ref name="Regioes do Brasil"/> É única região brasileira localizada na porção sul abaixo da zona tropical, com as estações do ano variando nitidamente; contudo, a parte norte situa-se acima do [[Trópico de Capricórnio]].<ref name="Regioes do Brasil"/> No inverno, ocorrem [[geada]]s e, com maior raridade, há queda de [[neve]].<ref name="Regioes do Brasil"/> O relevo da Região Sul tem uma pequena quantidade de acidentes geográficos, predominando um grande planalto, geralmente, de pequena elevação.<ref name="Relief">MOREIRA, Amélia Alba Nogueira; LIMA, Gelson Rangel. ''Relevo''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 1-34</ref>
 
Sua maior característica é o modo de [[colonização]] e o tipo de colonizadores recebidos.<ref name=":0">{{Harvnb|Arruda 1988}}, p. 7470.</ref> A Região Sul começou a ser colonizada durante os [[século]]s [[século XVII|XVII]] e [[século XVIII|XVIII]].<ref name=":0">{{Harvnb|Arruda 1988}}, p. 7470.</ref> Em 1648, os [[portugueses]] fundaramforam aos fundadores da vila de [[Paranaguá]], a mais antiga cidade da Região Sul e do Paraná.<ref name=":0" /> As populações alóctones recebidas pela região foram uma pequena quantidade de escravos africanos, porém, uma grande quantidade de imigrantes vieram do [[Uruguai]], da [[Argentina]], dos [[Açores]], da [[Espanha]], da [[Alemanha]], da [[Itália]], da [[Polónia|Polônia]], da [[Ucrânia]], dos [[Países Baixos]], entre outros.<ref name=":0" /> A característica populacional dada pelos europeus que contribuíram para o processo de formação da sociedade brasileira do [[século XIX]] foi a predominante etnia caucasiana,<ref name=":0" /> sendo deixadas na paisagem características dos países de onde originaram (casas, transportes, uso do solo). Os europeus foram os introdutores do sistema de pequenas e médias fazendas.<ref name=":0" /> A ciência agrícola trazida da [[Europa]] para o Sul do Brasil foi a [[viticultura]], adaptada à [[Serra Gaúcha]].<ref name=":0" />
 
A população das cidades da Região Sul cresceu muito nos anos mais recentes.<ref>{{citar livro|título = Geografia do Brasil|sobrenome = |nome = |local = Rio de Janeiro|editora = IBGE|volume = 5|ano = 1977|página = 155-163|autores = Ruth da Cruz Magnanini & Ariadne Soares Souto Maior}}</ref> As [[Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes|cidades mais populosas]] são, em ordem de quantidade de moradores, [[Curitiba]] e [[Porto Alegre]].<ref>{{citar web|url = http://www.alunosonline.com.br/geografia/ascidadesmaispopulosasdobrasil.html|título = As cidades mais populosas do Brasil|autor = CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de|publicado = AlunosOnline.com.br|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> O [[Desenvolvimento econômico|desenvolvimento industrial]] foi iniciado nas décadas mais recentes principalmente no Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina e [[Região Metropolitana de Curitiba]].<ref>{{citar web|url = http://www.brasilescola.com/brasil/a-industria-na-regiao-sul.htm|título = A indústria na Região Sul|autor = FREITAS, Eduardo|publicado = Brasil Escola|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> Na região de [[Criciúma]], em Santa Catarina, estão localizadas quase a totalidade das reservas de exploração de carvão no Brasil.<ref>{{citar web|url = http://educacao.uol.com.br/geografia/carvao-mineral-a-fonte-energetica-mais-utilizada-depois-do-petroleo.jhtm|título = Carvão mineral: A fonte energética mais utilizada depois do petróleo|autor = PAREJO, Luiz Carlos|publicado = UOL Educação|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> O [[Potencial hidrelétrico|potencial energético]], que as inúmeras cachoeiras dos rios das bacias hidrográficas do [[Bacia do rio Paraná|Paraná]] e do [[Bacia do rio Uruguai|Uruguai]] representam, hoje se aproveita muito nas [[Usina hidrelétrica|usinas hidrelétricas]] como a de [[Usina Hidrelétrica de Machadinho|Machadinho]], próximo a [[Piratuba]].<ref>{{citar web|url = http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/05/usina-hidreletrica-de-machadinho-volta-a-operar-depois-de-46-dias-parada-por-causa-da-estiagem-3765080.html|título = Usina hidrelétrica de Machadinho volta a operar depois de 46 dias parada por causa da estiagem|autor = FERREIRA, Marielise|data = 21 de maio de 2012|publicado = Jornal Zero Hora de Porto Alegre|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref>
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A região Sul foi a principal produtora de [[mel]] do país em 2017, respondendo por 39,7% do total nacional. Rio Grande do Sul foi o 1º com 15,2%, Paraná em 2º com 14,3%, Santa Catarina em 5º com 10,2%.<ref name="ReferenceA"/>
 
===Mineração===
Santa Catarina é o maior produtor de [[carvão]] do Brasil, principalmente na cidade de [[Criciúma]] e arredores. A produção de carvão mineral bruto no Brasil foi de 13,6 milhões de toneladas em 2007. Santa Catarina produziu 8,7 Mt (milhões de toneladas); Rio Grande do Sul, 4,5 Mt; e Paraná, 0,4 Mt. Apesar da extração de carvão mineral no Brasil, o país ainda precisa importar cerca de 50% do carvão consumido, uma vez que o carvão produzido no país é de baixa qualidade, por apresentar menor concentração de carbono. Os países que fornecem carvão mineral ao Brasil incluem África do Sul, Estados Unidos e Austrália. O carvão mineral no Brasil abastece, em especial, termelétricas que consomem cerca de 85% da produção. A indústria cimenteira do país, por sua vez, é abastecida com cerca de 6% desse carvão, restando 4% para a produção de papel celulose e apenas 5% para as indústrias de alimentos, cerâmica e grãos. O Brasil possui reservas de [[turfa]], [[linhita]] e [[carvão mineral]]. O carvão totaliza 32 bilhões de toneladas de reservas e está localizado principalmente no Rio Grande do Sul (89,25% do total), seguido por Santa Catarina (10,41%). A jazida de Candiota (RS) possui apenas 38% de todo o carvão nacional. Por ser um carvão de qualidade inferior, é utilizado apenas na geração termelétrica e no local do depósito. A crise do petróleo nos anos 1970 levou o governo brasileiro a criar o Plano de Mobilização de Energia, com intensas pesquisas para descobrir novas reservas de carvão. O Geological Survey of Brazil, por meio de trabalhos realizados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, aumentou muito as reservas de carvão anteriormente conhecidas entre 1970 e 1986 (principalmente entre 1978 e 1983). Em seguida, carvão de boa qualidade, próprio para uso em metalurgia e em grandes volumes (sete bilhões de toneladas), foi descoberto em várias jazidas do Rio Grande do Sul (Morungava, Chico Lomã, Santa Teresinha), mas em profundidades relativamente grandes (até 1.200 m ), o que impediu seu uso até agora. Em 2011, o carvão representava apenas 5,6% da energia consumida no Brasil, mas é uma importante fonte estratégica, que pode ser acionada quando, por exemplo, os níveis de água nas barragens são muito baixos, reduzindo o excesso de oferta de água. energia hidroelétrica. Isso aconteceu em 2013, quando várias termelétricas foram fechadas, mantendo o abastecimento necessário, embora a um custo mais elevado.<ref>[http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Carvao-Mineral-2558.html Carvão Mineral]</ref><ref>[https://tecnicoemineracao.com.br/carvao-mineral-no-brasil-e-no-mundo/ Carvão mineral no Brasil e no mundo]</ref>
 
O Paraná é o maior produtor de [[xisto betuminoso]] do Brasil. Na cidade de [[São Mateus do Sul]], existe uma usina da [[Petrobras]] especializada na produção do material. Aproximadamente 7.800 toneladas são processadas diariamente.<ref>[https://www.folhadelondrina.com.br/cidades/a-maior-usina-de-xisto-do-pais-744100.html A maior usina de xisto do País]</ref>
 
O Rio Grande do Sul é um importante produtor de pedras preciosas. O Brasil é o maior produtor mundial de [[ametista]] e [[ágata]], e o Rio Grande do Sul é o maior produtor do país. A ágata tem extração local desde 1830. O maior produtor de ametista do Brasil é a cidade de [[Ametista do Sul]]. Essa pedra era muito rara e cara em todo o mundo, até a descoberta de grandes depósitos no Brasil, o que causou uma queda considerável em seu valor.<ref>[http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Algumas-Gemas-Classicas-1104.html Algumas Gemas Clássicas]</ref><ref>[https://noticias.band.uol.com.br/noticias/100000911432/rio-grande-do-sul-o-maior-exportador-de-pedras-preciosas-do-brasil.html Rio Grande do Sul: o maior exportador de pedras preciosas do Brasil]</ref><ref>[https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/almanaque/noticia/2018/02/os-alemaes-e-as-pedras-preciosas-gauchas-cje4tmdeu00d701qoek6rfc3c.html Os alemães e as pedras preciosas gaúchas]</ref> <ref>[http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/maior-pedra-de-agua-marinha-e-brasileira-e-ficara-exposta-nos-eua.html Maior pedra de água-marinha é brasileira e ficará exposta nos EUA]</ref><ref>[http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa-terra/2013/noticia/2013/07/pedras-de-ametista-sao-atrativos-para-turistas-em-cidade-no-norte-do-rs.html http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa-terra/2013/noticia/2013/07/pedras-de-ametista-sao-atrativos-para-turistas-em-cidade-no-norte-do-rs.html]</ref>
 
=== Indústria ===
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Além dessas concentrações industriais, merecem destaque [[Ponta Grossa]], [[Guarapuava]] e [[Paranaguá]], no Paraná; [[Florianópolis]], [[Joinville]], [[Lages]], Blumenau e [[Chapecó]] em [[Santa Catarina]]; e [[Santa Maria (Rio Grande do Sul)|Santa Maria]], no [[Rio Grande do Sul]].
 
====Indústria extrativa====
Santa Catarina é o maior produtor de [[carvão]] do Brasil, principalmente na cidade de [[Criciúma]] e arredores. A produção de carvão mineral bruto no Brasil foi de 13,6 milhões de toneladas em 2007. Santa Catarina produziu 8,7 Mt (milhões de toneladas); Rio Grande do Sul, 4,5 Mt; e Paraná, 0,4 Mt. Apesar da extração de carvão mineral no Brasil, o país ainda precisa importar cerca de 50% do carvão consumido, uma vez que o carvão produzido no país é de baixa qualidade, por apresentar menor concentração de carbono. Os países que fornecem carvão mineral ao Brasil incluem África do Sul, Estados Unidos e Austrália. O carvão mineral no Brasil abastece, em especial, termelétricas que consomem cerca de 85% da produção. A indústria cimenteira do país, por sua vez, é abastecida com cerca de 6% desse carvão, restando 4% para a produção de papel celulose e apenas 5% para as indústrias de alimentos, cerâmica e grãos. O Brasil possui reservas de [[turfa]], [[linhita]] e [[carvão mineral]]. O carvão totaliza 32 bilhões de toneladas de reservas e está localizado principalmente no Rio Grande do Sul (89,25% do total), seguido por Santa Catarina (10,41%). A jazida de Candiota (RS) possui apenas 38% de todo o carvão nacional. Por ser um carvão de qualidade inferior, é utilizado apenas na geração termelétrica e no local do depósito. A crise do petróleo nos anos 1970 levou o governo brasileiro a criar o Plano de Mobilização de Energia, com intensas pesquisas para descobrir novas reservas de carvão. O Geological Survey of Brazil, por meio de trabalhos realizados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, aumentou muito as reservas de carvão anteriormente conhecidas entre 1970 e 1986 (principalmente entre 1978 e 1983). Em seguida, carvão de boa qualidade, próprio para uso em metalurgia e em grandes volumes (sete bilhões de toneladas), foi descoberto em várias jazidas do Rio Grande do Sul (Morungava, Chico Lomã, Santa Teresinha), mas em profundidades relativamente grandes (até 1.200 m ), o que impediu seu uso até agora. Em 2011, o carvão representava apenas 5,6% da energia consumida no Brasil, mas é uma importante fonte estratégica, que pode ser acionada quando, por exemplo, os níveis de água nas barragens são muito baixos, reduzindo o excesso de oferta de água. energia hidroelétrica. Isso aconteceu em 2013, quando várias termelétricas foram fechadas, mantendo o abastecimento necessário, embora a um custo mais elevado.<ref>[http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Carvao-Mineral-2558.html Carvão Mineral]</ref><ref>[https://tecnicoemineracao.com.br/carvao-mineral-no-brasil-e-no-mundo/ Carvão mineral no Brasil e no mundo]</ref>
 
O Paraná é o maior produtor de [[xisto betuminoso]] do Brasil. Na cidade de [[São Mateus do Sul]], existe uma usina da [[Petrobras]] especializada na produção do material. Aproximadamente 7.800 toneladas são processadas diariamente.<ref>[https://www.folhadelondrina.com.br/cidades/a-maior-usina-de-xisto-do-pais-744100.html A maior usina de xisto do País]</ref>
 
O Rio Grande do Sul é um importante produtor de pedras preciosas. O Brasil é o maior produtor mundial de [[ametista]] e [[ágata]], e o Rio Grande do Sul é o maior produtor do país. A ágata tem extração local desde 1830. O maior produtor de ametista do Brasil é a cidade de [[Ametista do Sul]]. Essa pedra era muito rara e cara em todo o mundo, até a descoberta de grandes depósitos no Brasil, o que causou uma queda considerável em seu valor.<ref>[http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Algumas-Gemas-Classicas-1104.html Algumas Gemas Clássicas]</ref><ref>[https://noticias.band.uol.com.br/noticias/100000911432/rio-grande-do-sul-o-maior-exportador-de-pedras-preciosas-do-brasil.html Rio Grande do Sul: o maior exportador de pedras preciosas do Brasil]</ref><ref>[https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/almanaque/noticia/2018/02/os-alemaes-e-as-pedras-preciosas-gauchas-cje4tmdeu00d701qoek6rfc3c.html Os alemães e as pedras preciosas gaúchas]</ref> <ref>[http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/maior-pedra-de-agua-marinha-e-brasileira-e-ficara-exposta-nos-eua.html Maior pedra de água-marinha é brasileira e ficará exposta nos EUA]</ref><ref>[http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa-terra/2013/noticia/2013/07/pedras-de-ametista-sao-atrativos-para-turistas-em-cidade-no-norte-do-rs.html http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa-terra/2013/noticia/2013/07/pedras-de-ametista-sao-atrativos-para-turistas-em-cidade-no-norte-do-rs.html]</ref>
 
=== Turismo ===