Jacques-Yves Cousteau: diferenças entre revisões
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{{Info/Cientista
|nome = Jacques-Yves Cousteau
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|legenda = Jacques-Yves Cousteau, em 1972
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'''Jacques-Yves Cousteau''' ([[Saint
Cousteau foi um dos inventores, juntamente com [[Émile Gagnan]], do ''[[
Cousteau conquistou a [[Palma de Ouro]] de 1956, com o filme ''O mundo silencioso'', rodado no
Em 1965, Cousteau criou uma casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de profundidade. Em 1990, o músico francês [[Jean Michel Jarre]] lançou um álbum em homenagem a seu 80º aniversário, com o título ''[[Waiting
== Juventude ==
Cousteau nasceu em 11 de Junho de 1910 em [[Saint-André-de-Cubzac]], filho de Daniel e Élisabeth Cousteau e irmão de Pierre-Antoine. Cousteau completou os estudos no prestigiado ''Collége Stanislas'' em Paris. Em 1930, ingressou na escola naval e graduou-se como [[oficial (militar)|oficial]] de [[artilharia]]. Após um acidente de carro que acabou com a sua carreira na [[aviação naval]], Cousteau voltou seu interesse para o [[mar]].
Em [[Toulon]], onde serviu no ''Condorcet'', Cousteau executou sua primeira [[experiência científica]] debaixo d'água, graças a seu amigo Philippe Tailliez que, em 1936, enviou-lhe alguns óculos de proteção subaquáticos Fernez, predecessores da moderna [[máscara de mergulho]]. Cousteau também fez parte do serviço de informações da [[Marinha Francesa]], e foi enviado em missões para [[
Em 12 de julho de 1937 casou com Simone Melchior, com quem teve dois filhos, Jean-Michel (nascido em 1938) e Philippe (nascido em 1940). Seus filhos fizeram parte de aventuras a bordo do ''Calypso.'' Teve ainda uma filha Diane Cousteau (nascida em 1981) e um filho Pierre-Yves Cousteau (nascido em 1982), ambos nascidos no segundo casamento de Cousteau. Um ano depois da morte de sua esposa Simone por câncer, casou-se com Francine Triplet.
== Início dos anos 1940: Inovação do mergulho moderno ==
Os anos da [[Segunda Guerra Mundial]] foram decisivos para a história do mergulho. Depois do Armistício de 1940, a família de Simone e de Jacques refugiaram-se em [[Megève]], onde se tornaram amigos da família Ichac que também moraram lá. Jacques-Yves Cousteau e [[Marcel Ichac]] compartilhavam o mesmo desejo de mostrar ao público geral lugares desconhecidos e inacessíveis - no caso de Cousteau, o mundo submarino e, no caso de Ichac, as montanhas altas. Os dois vizinhos fizeram o primeiro ''[[ex aequo]]''
Em 1943, fez um filme ''Épaves'' (''Naufrágios''); para essa ocasião, usou dois dos primeiros protótipos do ''[[Aqualung]]''. O protótipo foi feito em [[Boulogne-Billancourt]] pela Companhia Air Liquid seguindo as instruções de Gagnan e de Cousteau. Quando faziam ''Épaves'', Cousteau não conseguiu achar rolos de filme em branco necessários, porém havia comprado centenas de rolos de câmera da mesma largura, planejados para câmeras infantis, e uniu todas formando assim um rolo de filme longo.
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Mantendo vínculos com falantes de língua inglesa (passou parte de sua infância nos Estados Unidos e casualmente falava inglês) e com soldados franceses na [[África do Norte]] (sob comando do [[Almirante]] Lemonnier), Cousteau ajudou a Marinha Francesa para juntar-se novamente aos [[Aliados]], montando uma operação de comando contra o Serviço de Espionagem Italiano na França e recebendo várias condecorações por seus atos. Naquela época manteve distância de seu irmão Pierre-Antoine Cousteau, um escritor [[Anti-semitismo|anti-semita]] o qual escreveu o jornal colaboracionista ''Je suis partout'' (''Eu estou em todo lugar'') e recebeu sentença de morte em 1946. Entretanto, este foi depois modificado para uma sentença de vida da qual foi liberto em 1954.
Durante os anos 1940, Cousteau é creditado pelo ''design'' do "improvável" ''Aqualung'' que deu origem à tecnologia do circuito aberto de [[mergulho autônomo]] usado atualmente, isto é, [[Equipamento de mergulho|regulador de demanda e cilindro de ar comprimido]]. De acordo com o seu primeiro livro ''Mundo do silêncio: uma história de descobertas e aventuras submarinas'' (1953), Cousteau começou com [[Óculos de segurança|óculos de proteção]] Fernez em 1936, e em 1939 usou o aparelho autônomo de respiração subaquático, inventado em 1926 pelo Comandante Yves le Prieur. Cousteau não estava satisfeito com o período de tempo que passava debaixo d'água com o aparelho de Le Prieur, então resolveu improvisar, adicionando um regulador de demanda, inventado em 1942 por Émile Gagnan. Em 1943, Cousteau experimentou o primeiro protótipo do ''Aqualung'' que finalmente fez estender o tempo de exploração submarina possível.
== Final dos anos de 1940: GERS e ''Élie Monnier'' ==
Em 1946, Cousteau e Talliez mostraram o filme ''Épaves'' ao Almirante Lemonnier, e o almirante responsabilizou-se por montar o ''Groupement de Recherches Sous-Marines'' (GRS ou, em [[Língua portuguesa|português]], Grupo de Pesquisas Submarinas) da Marinha Francesa em Toulon. Um pouco depois este se tornou ''Groupemente d'Études et de Recherches Sous-Marines'' (GERS, ou, em português, Grupo de Estudos e Pesquisas Submarinas), em seguida, Commandement des Interventions Sous la Mer (COMISMER, ou, em português, [[Comandos|Comando]] de Intervenções Subaquáticas) e, finalmente, o CEPHISMER. Em 1947, o [[suboficial
Em 1948, envolvido em missões de desativação de [[Mina
Cousteau e o ''Élie Monnier'' participaram no resgate da esfera de mergulho de navio do professor Jacques Piccard, o FRNS-2, durante a expedição de 1949 para [[
== Anos de 1950 a 1970 ==
Em 1949, Cousteau deixou a [[Marinha Nacional Francesa|Marinha da França]]. No ano seguinte, fundou a campanha [[Oceanografia|Oceanográfica]] Francesa, e arrendou o navio chamado ''Calypso'' de Thomas Loel Guinness por, simbolicamente, um [[Franco francês|franco]] por ano. Cousteau reformou o ''Calypso'' como um laboratório móvel para [[Pesquisa científica|pesquisas]] de campo e como sua principal embarcação para mergulho e filmagem. Também cumpriu [[Escavação
Com a publicação do seu primeiro livro em 1953, ''O Mundo do Silêncio'', previu a existência da habilidade de [[ecolocalização]] dos [[golfinho]]s. Informou que seu navio de pesquisas, o ''Élie Monier'', estava se dirigindo para o [[Estreito de Gibraltar]], noticiando que um grupo de [[phocoenidae]] os estava seguindo. Cousteau mudou o curso para poucos graus a menos que o curso ideal para o centro do estreito, e os golfinhos os seguiram por poucos minutos, separando-se em sentido ao meio do canal de novo. Aquilo foi uma evidência de que os golfinhos sabiam qual o curso ideal estabelecido, até mesmo se os humanos não soubessem. Cousteau concluiu que os [[cetáceos]] possuíam algo semelhante a um [[sonar]].
Cousteau ganhou a ''[[
{{Referências}}
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