Egon Schiele: diferenças entre revisões

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Este impacto fez com que se mudassem de novo, desta vez para [[Neulengbach]]. Como estavam perto de [[Viena]] (cerca de 35&nbsp;km), o seu estúdio tornou-se num ponto de encontro de crianças delinquentes. Também aqui o seu estilo de vida não era de agrado das outras pessoas. Schiele chegou mesmo a ser preso por ter seduzido uma jovem de treze anos,<ref>{{citar livro|autor=Johnson, Ken|título= "The Wider, Not Wilder, Egon Schiele"|editora=The New York Times|ano=|páginas=|id=}}</ref> abaixo da idade legal de catorze anos em que a pessoa podia se relacionar sexualmente. Quando os polícias o foram prender, levaram, também, mais de cem trabalhos que consideraram pornográficos. Schiele foi preso por 21 dias, não por ter seduzido a menor, mas sim por ter, alegadamente, exposto trabalhos pornográficos num local acessível a menores. No tribunal, o juiz queimou um das obras consideradas pornográficas com a chama de uma vela. Os 21 dias em que ele estivera preso contaram na sentença, e ele ficou preso por apenas mais três dias. Durante o tempo em que ficou preso, Egon fez uma série de doze obras mostrando as dificuldades da vida na prisão.
 
Com o tempo, as obras de Egon foram se tornando mais complexas e temáticas, eventualmente abordando temas como morte e renascimento. Em 1913, a galeria Hans Goltz, em Munique, apresentou a primeira exibição individual de Egon. No ano seguinte, outra exposição individual sua aconteceu em Paris. Nesse mesmo ano, Egon conheceu as irmãs Edith e Adéle Harms, que viviam com seus pais do outro lado da rua do estúdio de Egon. O estúdio de Egon ficava no número 10 da rua Haupt, no distrito de Hietzing, em Viena. A família Harms era protestante e de classe média, e o pai das irmãs era chaveiro. Em 1915, Egon decidiu se casar com a mais socialmente aceitável Edith, mas, aparentemente, esperava continuar mantendo uma relação com Wally. Entretanto, quando ele explicou a situação a Wally, ela o abandonou e nunca mais o viu. Esse abandono levou Egon a pintar o quadro "A morte e a mulher". Apesar de alguma oposição da família Harms, Egon e Edith se casaram em 17 de junho de 1915, a mesma data em que haviam se casado os pais de Egon.
Com o tempo, as obras de Egon foram se tornando mais complexas e temáticas, eventualmente abordando temas como morte e renascimento.
 
Em [[1915]], Egon deixou Wally e ficou noivo de Edith Harms, vindo a casar-se no dia 15 de junho desse ano.
[[Ficheiro:Egon Schiele 012.jpg|thumb|180px|''A morte e a mulher'', 1915]]
Egon adiou por quase um ano seu alistamento militar para a Primeira Guerra Mundial. Porém, três dias após seu casamento, ele recebeu a ordem de se apresentar ao exército. Inicialmente, Egon foi deslocado para Praga. Edith veio com ele e ficou num hotel na cidade. Eles receberam permissão do superior de Egon para se encontrar ocasionalmente.
 
Durante a guerra, as pinturas de Egon se tornaram maiores e mais detalhadas. O serviço militar, porém, lhe dava pouco tempo para pintar, e muito de sua produção consistia em desenhos lineares de cenários e oficiais militares. Nessa época, Egon também começou a experimentar com os temas da maternidade e da família.
 
Em [[1918]], Schiele foi convidado a participar da 49.ª [[Secessão de Viena]]. Teve 50 trabalhos aceites na exibição, que foram postos na sala principal. Fez, também, o pôster para a exibição, o qual era inspirado na [[A Última Ceia (Leonardo da Vinci)|Última Ceia]], com o seu retrato no lugar de Cristo. Este acontecimento foi um tremendo sucesso, tendo resultado na subida do valor económico dos trabalhos deste artista. Durante o último ano da sua vida, Egon Schiele fez várias outras exposições igualmente com sucesso.