Paquistão e as armas de destruição em massa: diferenças entre revisões
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{{Armas de destruição em massa}}
'''[[Paquistão]]''' começou a se concentrar no desenvolvimento de armas nucleares em janeiro de 1972, sob a liderança do primeiro-ministro [[Zulfikar Ali Bhutto]], que delegou o programa ao presidente da [[Comissão de Energia Atômica do Paquistão|PAEC]] [[Munir Ahmad Khan]]. Em 1976, [[Abdul Qadir Khan]] também se juntou ao programa de armas nucleares, e, com [[Zahid Ali Akbar Khan]], chefiou o [[Projeto-706|''Projeto Kahuta'']], enquanto o resto do programa que estava sendo executada pela PAEC e incluindo mais de 20 laboratórios e projetos foi chefiada pelo engenheiro nuclear, Munir Ahmad Khan.<ref>{{citar web|url=http://owlstree.blogspot.com/2006/06/pakistani-nuclear-program-2-5.html |título=Owl's Tree: Pakistani Nuclear Program 2–5 |publicado=Owlstree.blogspot.com |data=10 de junho de 2006 |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> Este programa iria chegar aos frutos do governo do presidente general [[Muhammad Zia-ul-Haq]], o então chefe do Estado-Maior. Desenvolvimento de armas nucleares do Paquistão foi em resposta a vizinha, [[Índia e as armas de destruição em massa|Índia e seu desenvolvimento de armas nucleares]]. Bhutto convocou uma reunião de altos cientistas e engenheiros acadêmicos em 20 de janeiro de 1972, em [[Multan]], que veio a ser conhecido como "''reunião Multan''". Bhutto foi o principal arquiteto do programa e foi aqui que Bhutto orquestrou o programa de armas nucleares e reuniu cientistas acadêmicos do Paquistão para construir a bomba atômica para a sobrevivência nacional.<ref name="International Institute for Strategic Studies">{{citar web|url=http://www.iiss.org/whats-new/iiss-in-the-press/press-coverage-2007/may-2007/bhutto-was-father-of-pakistani-bomb/?locale=en|título=Bhutto was father of Pakistan's nuclear weapons programme |acessodata=18 de janeiro de 2014|datali=janeiro de 2014}}</ref> Na reunião Multan, Bhutto também nomeou Munir Ahmad Khan como presidente da [[Comissão de Energia Atômica do Paquistão]] (PAEC), que, até então, havia trabalhado como diretor da [[energia nuclear]] e divisão de reator da [[Agência Internacional de Energia Atômica]] (AIEA), em [[Viena]], [[Áustria]]. Em dezembro de 1972, [[Abdus Salam]] levou a criação do Grupo Teórico de Física (TPG), como ele chamou de cientistas que trabalham no [[Centro Internacional de Física Teórica|ICTP]] que informam ao Munir Ahmad Khan. Isto marcou o início da busca da capacidade de dissuasão nuclear do Paquistão. Após o [[teste nuclear]] surpresa da [[Índia]], de codinome ''[[Smiling Buddha]]'' em 1974, o primeiro teste nuclear confirmado por uma nação fora dos cinco membros permanentes do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]], o objetivo de desenvolver armas nucleares recebeu um impulso considerável.<ref name="Pakistan Military Consortium">{{citar periódico |último
Finalmente, em 28 de maio de 1998, poucas semanas depois do segundo teste nuclear da Índia (''[[Operação Shakti]]''), o Paquistão detonou cinco dispositivos nucleares em [[Ras Koh Hills]], no [[distrito Chagai]], [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]]. Esta operação foi nomeada ''[[Chagai-I]]'' pelo Paquistão, o túnel de ferro-aço subterrânea tendo sido construído pelo administrador da lei marcial o general [[Rahimuddin Khan]] durante a [[década de 80]]. O último teste do Paquistão foi realizado na areia do [[deserto de Kharan]] sob o codinome ''[[Chagai-II]]'', também no Baluchistão, no dia 30 de maio de 1998. Produção de [[material físsil]] do Paquistão ocorre em [[Nilore]], [[Kahuta]] e [[Jauharabad|Khushab/Jauharabad]], onde o [[plutônio]] para armas é feito pelos cientistas. Paquistão tornou-se assim o sétimo país do mundo a desenvolver e testar com sucesso armas nucleares.<ref name="Federation of American Scientists">{{citar web|url=http://www.fas.org/nuke/guide/pakistan/nuke/index.html|título=Pakistan Nuclear Weapons|acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> Há também relatos de que a tecnologia de armas nucleares e o [[urânio enriquecido]] para armas foi transferido para o Paquistão pela [[China]].<ref>{{citar web|url=http://articles.washingtonpost.com/2009-11-13/world/36899222_1_proliferation-nuclear-weapons-abdul-qadeer-khan |título=Pakistani nuclear scientist's accounts tell of Chinese proliferation |obra=The Washington Post |data=13 de novembro de 2009 |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref>
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{{VT|Projeto-706}}
=== Política de desenvolvimento nuclear e não de armas ===
As relações desconfortáveis com a [[Índia]], [[Afeganistão]], a antiga [[União Soviética]], e a [[Política energética do Paquistão|escassez de energia]] explica sua política nuclear para se tornar uma potência nuclear como parte da sua estratégia de defesa.<ref name="Dawn Newspapers, 1995"/> Em 8 de dezembro de 1953, a mídia do Paquistão saudou as iniciativas do [[átomos para a Paz]] dos Estados Unidos, seguido pela criação da [[Comissão de Energia Atômica do Paquistão]], em 1956.<ref name="New York: Croom Helm, 1987),">{{citar web|último =Kapur|primeiro =Ashok|título=Origins and Early history of Pakistan's cover nuclear development |url=http://www.nti.org/media/pdfs/pakistan_nuclear.pdf?_=1316466791|obra=Atom for Peace: Eisenhowever's UN Speech|publicado=New York: Croom Helm, 1987),|acessodata=18 de janeiro de 2014|coautor=U.N. Media release|local=New York, United States|data=8 de dezembro de 1953 |month=XII}}</ref> Em 1953, o ministro das relações exteriores [[Muhammad Zafarullah Khan|''Sir'' Zafarullah Khan]] declarou publicamente que "o Paquistão não tem uma política para as bombas atômicas".<ref name="NTI Pakistan Overview (1950s activities)"/> Após o anúncio, em 11 de agosto de 1955, os Estados Unidos e o Paquistão chegaram a um acordo sobre o uso pacífico e industrial da energia nuclear, que também inclui um valor para a piscina do reator de [[US$]] 350
Depois da [[Guerra Indo-Paquistanesa de 1965|guerra indo-paquistanesa de 1965]], o ministro das relações exteriores (mais tarde o primeiro-ministro) [[Zulfikar Ali Bhutto]] começou de forma agressiva a defender a opção de "programas de armas nucleares", mas essas tentativas foram rejeitadas pelo ministro das finanças, [[Muhammad Shoaib]] e o presidente [[Ishrat Hussain Usmani|I.H. Usmani]].<ref name="NTI Pakistan Overview (1950s activities)"/> Cientistas paquistaneses e engenheiros "que trabalham na [[AIEA]] tomou conhecimento do avanço do programa nuclear indiano no sentido de formar as bombas. Portanto, Em outubro de 1965, Munir Khan, diretor da Energia Nuclear e Divisão do Reator da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), reuniu-se com Bhutto em caráter de urgência, em Viena, revelando os fatos sobre o programa nuclear indiano e uma [[Centro de Pesquisa Atômica Bhabha|instalação de produção de armas]] em [[Trombay]]. Nesta reunião Munir Khan concluiu: "a Índia (nuclear) seria mais prejudicial e ameaça a segurança do Paquistão, e para a sua sobrevivência, o Paquistão precisava de uma dissuasão nuclear...".
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O próximo marco sob Dr. Abdus Salam foi a criação do PINSTECH - [[Instituto Paquistanês de Ciência e Tecnologia Nuclear]], em [[Nilore]] perto de [[Islamabad]]. A principal instalação era um reator de pesquisa 5MW, encomendado em 1965 e que consiste na [[Reator de Pesquisa Atômica do Paquistão#Reator PARR-I|PARR-I]], que foi atualizado para 10 MWe pela Divisão de Engenharia Nuclear sob Munir Ahmad Khan em 1990.<ref name="Argonne National Laboratory">{{citar web|último =Pervez,|primeiro =S.|coautor= M. Latif, I.H. Bokhari and S.Bakhtyar|título=Performance of PARR-I reactor with LEU fuel|obra=Nuclear Engineering Division of Pakistan Institute of Nuclear Science and Technology (PINSTECH) and Reduced Enrichment for Research and Test Reactors, Nuclear Engineering Division at Argonne National Laboratory (U.S. Department of Energy)|publicado=Argonne National Laboratory|ano=2004| url =http://www.rertr.anl.gov/RERTR26/Abstracts/42-Pervez.html|acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> Um segundo Reator Pesquisa Atômica, conhecido como [[Reator de Pesquisa Atômica do Paquistão#Reator PARR-II|PARR-II]], era um de piscina, de água leve, 27-30 kWe, reator de treinamento que foi fundamental em 1989 sob Munir Ahmad Khan.<ref name="Pakistan Institute of Nuclear Science and Technology"/> O reator PARR-II foi construído e fornecido pelo PAEC sob salvaguardas da AIEA e a própria AIEA tinha financiado este mega projeto.<ref name="Pakistan Institute of Nuclear Science and Technology">{{citar web|último =PAEC and IAEA|título=Research Reactor Details – PARR-2|obra=Nuclear Engineering Division of Pakistan Institute of Nuclear Science and Technology|publicado=Pakistan Institute of Nuclear Science and Technology|data=3 de dezembro de 2008| url =http://www-naweb.iaea.org/napc/physics/research_reactors/database/rr%20data%20base/datasets/report/Pakistan,%20Islamic%20Republic%20of%20%20Research%20Reactor%20Details%20-%20PARR-2.htm|acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> O reator PARR-I, nos termos do acordo assinado pela PAEC e a [[Argonne National Laboratory|ANL]], fornecido pelo governo dos Estados Unidos em 1965, e os cientistas da PAEC e a ANL tinham levado a construção.<ref name="Argonne National Laboratory"/> O [[Canadá]] construiu a primeira [[Central nuclear|usina de energia nuclear]] do Paquistão com o objetivo civil. O Governo Militar de Ayub Khan feito por conselheiros então da ciência ao Governo de Abdus Salam como o chefe da delegação da AIEA. Abdus Salam começaram a fazer campanha para usinas de energia nuclear comerciais, e incansavelmente defendeu a energia nuclear no Paquistão.<ref>[[Michael Duff (physicist)|Duff, Michael]] (2007). Salam + 50: proceedings of the conference, §''Abdus Salam and Pakistan''. London, United Kingdom: Imperial College Press. pp. 42.</ref> Em 1965, os esforços de Salam finalmente valeram a pena, e uma [[Atomic Energy of Canada Limited|empresa canadense]] assinou um acordo para fornecer o [[Candu|reator CANDU]] de 137MWe em [[Paradise Point (Paquistão)|Paradise Point, Karachi]]. A construção começou em 1966 como a PAEC seu empreiteiro geral e a GE Canadá forneceu materiais nucleares e assistência financeira. O diretor do projeto foi o [[Parvez Butt]], um engenheiro nuclear, e sua construção foi concluída em 1972. Conhecido como ''[[Central Nuclear de Carachi|KANUPP-I]]'', foi inaugurado por Zulfikar Ali Bhutto, como Presidente, e iniciou suas operações em novembro de 1972. Atualmente, o governo paquistanês está planejando construir outra usina nuclear comercial de 400MWe. Sendo chamado de ''[[Central Nuclear de Carachi|KANUPP-II]]'', e a PAEC concluído os seus estudos de viabilidade em 2009. No entanto, a obra foi colocada em espera desde 2009.
O PAEC, em 1970, começou a trabalhar em uma usina em escala piloto em Dera Ghazi Khan para a concentração de minérios de urânio. A usina tem uma capacidade de 4
=== Desenvolvimento das armas nucleares ===
{{Artigo principal|Projeto-706|Guerra Indo-Paquistanesa de 1971|Guerra de Independência de Bangladesh}}
A [[Guerra Indo-Paquistanesa de 1971]] levou a perda de cerca de 150
Em 1969, após uma longa negociação, a [[United Kingdom Atomic Energy Authority]] (UKAEA) assinou um acordo formal para fornecer ao Paquistão uma usina de reprocessamento de combustível nuclear capaz de extrair 360g de plutônio para armas anualmente.<ref name="New York: Croom Helm, 1987),"/> A PAEC selecionou uma equipe de cinco cientistas seniores, incluindo o Dr. [[geofísico]] [[Ahsan Mubarak]],<ref name="New York: Croom Helm, 1987),"/> foram enviados para [[Sellafield]] para receber treinamento técnico.<ref name="New York: Croom Helm, 1987),"/> Mais tarde, a equipe sob Ahsan Mubarak aconselhou o governo a não adquirir toda a usina de reprocessamento, mas as peças-chave importantes para construir as armas, enquanto a usina seria construída pelo próprio governo.<ref name="New York: Croom Helm, 1987),"/>
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=== Modernização e ampliação ===
O Paquistão está aumentando a sua capacidade de produzir plutônio em sua usina nuclear Khushab, uma ciência baseada em ''[[think tank]]'' relatou Washington.<ref>{{citar web|url=http://www.bu.edu/globalbeat/nucwatch/nucwatch071798.html |título=Global Beat: Mark Hibbs' Nuclear Watch: July 17, 1998 |publicado=Bu.edu |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> O sexto teste nuclear (codinome: ''[[Chagai-II]]'') em 30 de maio de 1998, em Kharan foi um teste bem sucedido tranquilo de um sofisticado, compacto, uma "poderosa bomba de plutônio", projetada para ser transportada por aeronaves, embarcações e mísseis. Os paquistaneses se acredita ter suas armas nucleares de plutônio baseado à [[trítio]]. Apenas algumas gramas de trítio pode resultar num aumento do rendimento explosivo em 300% a 400%".<ref name="1913intel.com">{{citar web |url=http://www.1913intel.com/2008/12/27/the-dangers-of-india-pakistan-war/ |título=The dangers of India – Pakistan war |publicado=1913 Intel |acessodata=18 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110707062143/http://www.1913intel.com/2008/12/27/the-dangers-of-india-pakistan-war/ |arquivodata=7 de julho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> Citando novas imagens de satélite da instalação, o [[Instituto de Ciência e Segurança Internacional]] (ISIS), disse que as imagens sugerem que a construção do segundo reator Khushab é "provável concluir e que as vigas do telhado estão sendo colocadas em cima do terceiro salão do reator Khushab".<ref>{{citar web|url=http://newindianexpress.com/world/article62117.ece |título='Pakistan building third nuclear reactor at Khushab' | David Albright |obra=The New Indian Express |data=25 de abril de 2009 |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> Um terceiro e um quarto<ref>{{citar web|url=http://isis-online.org/isis-reports/detail/pakistan-appears-to-be-building-a-fourth-military-reactor-at-the-khushab-nu/12 |título=ISIS Online Jan 15 2011 |publicado=Isis-online.org |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref>
Num parecer publicado no ''[[The Hindu]]'', o ex-ministro das relações exteriores indiano [[Shyam Saran]] escreveu que a expansão da capacidade nuclear do Paquistão "já não era impulsionada unicamente por seus medos frequentemente referidos da Índia", mas pela "[[paranoia]] sobre os ataques dos Estados Unidos sobre seus ativos estratégicos.<ref name="Daily News, India">{{citar jornal|último =Daily News|título=Pakistan 'expanding nuclear arsenal to deter US attack' |url=http://india.nydailynews.com/newsarticle/b749661854b09cc8d1ff03a5afdbe27c/pakistan-expanding-nuclear-arsenal-to-deter-us-attack |acessodata=18 de janeiro de 2014|jornal=Daily News, India|data=7 de dezembro de 2012}}</ref><ref name="The Hindu"/> Observando as mudanças recentes na doutrina nuclear do Paquistão, Saran disse que "os [[Forças Armadas do Paquistão|militares do Paquistão]] e a elite civil está convencida de que os Estados Unidos também se tornaram um adversário perigoso, que visa [[Movimento
=== Propostas de controle de armas bilaterais e medidas de confiança ===
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== Infra-estrutura ==
=== Infra-estrutura de urânio ===
A infra-estrutura de urânio do [[Paquistão]] é baseado no uso de [[centrífuga a gás|centrífugas a gás]] para produzir [[Urânio enriquecido|urânio altamente enriquecido (HEU)]] no [[Laboratório Khan (Paquistão)|Laboratório de Pesquisa Khan]] (KRL) em [[Kahuta]].<ref name="fas">{{citar web|url=http://www.fas.org/nuke/guide/pakistan/nuke/index.html |título=Pakistan Nuclear Weapons |publicado=Fas.org |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> Respondendo ao teste nuclear da [[Índia]] em 1974, Munir Khan lançou o programa de urânio, codinome ''[[Projeto-706]]'', sob a égide da PAEC. A divisão de urânio da PAEC realizou uma pesquisa sobre vários métodos de enriquecimento, incluindo a [[difusão gasosa]], [[bocal propulsor]] e técnicas de [[Separação molecular isotópica por laser|enriquecimento a laser]], bem como centrífugas.<ref name="MA Chaudhry">{{citar web|último =Chaudhry|primeiro =MA|título=Separating Myth from Reality |url=http://owlstree.blogspot.com/2006/06/pakistani-nuclear-program-2-5.html|obra=M.A. Chaudhry; originally published in Defense Journal on May 2006|publicado=MA Chaudhry|acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> [[Abdul Qadir Khan]] juntou-se oficialmente a este programa em 1976, trazendo com ele projetos de centrífugas que ele dominou na [[URENCO]], a empresa neerlandesa, onde ele havia trabalhado como cientista sênior. Mais tarde, o governo separou o programa a partir da PAEC e mudou-se o programa para os [[Laboratório Khan (Paquistão)|Laboratórios de Pesquisa de Engenharia]] (ERL), com Abdul Qadir Khan como cientista sênior. Para adquirir o equipamento e o material necessário para este programa, Khan desenvolveu uma rede de aquisição ilegal, que foi usado mais tarde para fornecer tecnologia de enriquecimento para a [[Líbia]], [[Coreia do Norte]] e [[Irã]].<ref>{{citar web|último =Albright|primeiro =David|título=Holding Khan Accountable, An ISIS Statement Accompanying Release of Libya: A Major Sale at Last|url=http://isis-online.org/isis-reports/detail/holding-khan-accountable-an-isis-statement-accompanying-release-of-libya-a-/|publicado=ISIS|acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> O programa de urânio provou ser uma abordagem difícil, desafiador e mais duradouro.<ref name="Stanford University Press">{{citar livro
=== Infra-estrutura de plutônio ===
Ao contrário do urânio, o programa de plutônio paralelo é nativo, desenvolvido localmente e culminando sob a direção científica do presidente Munir Ahmad Khan da PAEC.<ref name="Pakistan Military Consortium"/> Desde 1972, os esforços anteriores foram direcionados para plutônio e a infra-estrutura necessária foi construída por Bhutto já nos anos 70.<ref name="Pakistan Military Consortium"/> Ao contrário da percepção popular, o Paquistão não vai renunciar ou abandonar o programa de plutônio e seguir a rota de urânio.<ref name="Pakistan Military Consortium"/> Apesar de muitos contratempos e embargos internacionais, a PAEC continuou sua pesquisa sobre plutônio e criou um programa separado de isótopos electromagnéticos de separação juntamente com o programa de enriquecimento, sob o Dr. [[Ghulam Dastagir Alam|G.D. Alam]], um [[Física teórica|físico teórico]].<ref name="Pakistan Military Consortium"/>
No final da [[década de 70]], a PAEC começou a ter as capacidades de produção de plutônio. Consequentemente o Paquistão construiu o Reator (40-50 MW) do [[Complexo Nuclear de Khushab|Complexo de Khushab]] em [[Jauharabad]], e em abril de 1998, o Paquistão anunciou que o reator nuclear estava operacional. O projeto do reator Khushab foi iniciado em 1986 por Munir Khan, que informou ao mundo que o reator era totalmente nativo, ou seja, foi projetado e construído por cientistas e engenheiros paquistaneses. Várias indústrias paquistanesas contribuíram em 82% na construção do reator. O diretor do projeto foi o [[Sultan Bashiruddin Mahmood]]. De acordo com declarações públicas feitas pelos oficiais do governo dos Estados Unidos, este reator de [[água pesada]] pode produzir até 8 a 10 kg de plutônio por ano, com aumento na produção pelo desenvolvimento de instalações mais recentes,<ref name="NB00.25-5">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.world-nuclear.org/nb/nb00/nb0025.htm |título=Uranium Institute News Briefing 00.25 14–22 June 2000 |data= |acessodata=18 de janeiro de 2014 |publicado=Uranium Institute |ano=
A separação eletromagnética de plutônio ocorre no [[Reator de Pesquisa Atômica do Paquistão|''novo laboratório'']], uma usina de reprocessamento, que foi concluída em 1981 pela PAEC e fica ao lado do [[Instituto Paquistanês de Ciência e Tecnologia Nuclear]] (PINSTECH), perto de [[Islamabad]], que não está sujeita a inspeções e salvaguardas da [[AIEA]].
No final de 2006, o Instituto de Ciência e Segurança Internacional divulgou relatórios de inteligência e de imagens que mostram a construção de um novo reator de plutônio em Khushab. O reator é considerado grande o suficiente para produzir plutônio suficiente para fabricar e criar "40 a 50 armas nucleares por ano".<ref>{{citar web|último =Jillani |primeiro =Shahzeb |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/south_asia/5251936.stm |título=World | Pakistan nuclear report disputed |publicado=BBC News |data=7 de agosto de 2006 |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/07/23/AR2006072300737.html |título=Pakistan Expanding Nuclear Program – |obra=The Washington Post |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/south_asia/5209894.stm |título=World | Pakistan 'building new reactor' |publicado=BBC News |data=24 de julho de 2006 |acessodata=18 de janeiro de 2014}}</ref> O ''New York Times'' publicou a história com a percepção de que este seria o terceiro reator de plutônio do Paquistão,<ref>
=== Estoque ===
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É necessário o domínio completo de química de flúor e a produção de ácido fluorídrico altamente tóxico e corrosivo e outros compostos de flúor. O UF<sub>6</sub> é bombeado para as centrífugas de enriquecimento de urânio. O processo é então repetido em sentido inverso até que o UF<sub>4</sub> é produzido, o que leva à produção de metal de urânio, a forma em que o U-235 é utilizado numa bomba.
Estima-se que existam cerca de 10
Primeiros testes nucleares do Paquistão foram feitos em maio de 1998, quando 6 ogivas foram testadas sob o codinome [[Chagai-I]] e [[Chagai-II]]. É relatado que os rendimentos destes testes foram de 12 kt, 30 a 36 kt e o quatro teste foi de baixo rendimento (abaixo de 1 kt). A partir destes testes o Paquistão pode ser calculado para ter desenvolvido ogivas operacionais de 20 kt a 25 e 150 kt na forma de baixo peso e design compacto que podem ter 300-500 kt<ref name="defense-update.com">{{citar web |url=http://defense-update.com/analysis/analysis_pakistan_240409.html |título=Pakistan's Nukes – Al-Qaeda's Next Strategic Surprise? – Defense Update News Analysis |publicado=Defense-update.com |acessodata=18 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101205120735/http://www.defense-update.com/analysis/analysis_pakistan_240409.html |arquivodata=2010-12-05 |urlmorta=yes }}</ref> em ogivas de grande porte. As armas de baixo rendimento são provavelmente as bombas nucleares realizadas em caças-bombardeiros, como o [[Dassault Mirage III]] e é equipado para curto alcance de mísseis balísticos do Paquistão, enquanto as ogivas de maior rendimento são provavelmente montados na série [[Shaheen (míssil)|Shaheen]] e a série [[Ghauri (míssil)|Ghauri]] de mísseis balísticos.<ref name="defense-update.com"/>
Linha 168:
=== Pessoal ===
Em 2010, o Ministério das Relações Exteriores russo oficial Yuriy Korolev declarou que há entre 120
=== Assistência estrangeira ===
Linha 187:
=== Doutrina ===
{{VT|Doutrina nuclear do Paquistão}}
Paquistão se recusa a adotar uma doutrina de "[[não primeiro uso]]", indicando que iria atacar a Índia com armas nucleares, mesmo que a Índia não usar tais armas primeiro. A postura nuclear assimétrica do Paquistão tem influência significativa sobre a capacidade de decisão da Índia de retaliar, como mostra a crise de [[Impasse indo-paquistanês de 2001-2002|2001]] e [[Impasse indo-paquistanês de 2008|2008]], quando entidades não estatais realizaram ataques mortais em solo indiano, apenas para ser atendidas com uma resposta relativamente moderada da Índia. O porta-voz militar afirmou que "a ameaça de primeiro uso nuclear do Paquistão dissuadido contra a Índia poderia considerar seriamente ataques militares convencionais".<ref name="Narang Policy Brief">{{citar jornal|último =Narang |primeiro =Vipin |título=Pakistan's Nuclear Posture: Implications for South Asian Stability |url=http://belfercenter.ksg.harvard.edu/files/Pakistans_Nuclear_Posture_policy_brief.pdf|acessodata=18 de janeiro de 2014 |jornal=Harvard Kennedy School, Belfer Center for Science and International Affairs Policy Brief|data=janeiro de 2010}}</ref> A Índia é vizinha do Paquistão primária geográfica e estratégica concorrente principal, ajudando capacidade de guerra convencional rígido do Paquistão e o desenvolvimento de armas nucleares: Os dois países compartilham de uma fronteira de 2
=== Teoria da dissuasão ===
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Um estudo de 2010 pelo [[Serviço de Pesquisa do Congresso]] intitulado "Armas nucleares do Paquistão: Proliferação e Segurança" observou que, embora o Paquistão tenha tomado várias medidas para melhorar a segurança nuclear nos últimos anos a instabilidade no Paquistão tem chamado a extensão e durabilidade destas reformas em questão.<ref>[http://www.fas.org/sgp/crs/nuke/RL34248.pdf "Pakistan’s Nuclear Weapons: Proliferation and Security Issues"], [[Serviço de Pesquisa do Congresso]], 23 de fevereiro de 2010.</ref>
Em abril de 2011, o vice-diretor geral da [[AIEA]] Denis Flory declarou que o programa nuclear do Paquistão é seguro.<ref>[http://www.tehrantimes.com/index_View.asp?code=239445 IAEA declares Pakistan nuclear program safe]</ref><ref>[http://www.dawn.com/2011/04/25/iaea-declares-pakistan-nuclear-program-safe.html IAEA declared Pakistan's Nuke programme safe and secure], ''Tehran Times''</ref> De acordo com a AIEA, o Paquistão está contribuindo com mais de US$ 1
Em resposta a um artigo de novembro de 2011, do ''[[The Atlantic Monthly]]'' escrito por Jeffrey Goldberg ressaltando preocupações sobre a segurança do programa de armas nucleares do Paquistão, o Governo paquistanês anunciou que iria treinar um adicional de 8
O Paquistão consistentemente afirma que reforçou a segurança ao longo dos vários anos.<ref name="Dawn Archives, 2010">{{citar jornal|último =Khan |primeiro =Iftikhar A.|título=World must accept Pakistan as nuclear power: Gen Majid |url=http://archives.dawn.com/archives/32834 |acessodata=18 de janeiro de 2014|jornal=Dawn Archives, 2010}}</ref> Em 2010, o presidente general do Estado Maior [[Tariq Majid]] exaltou a delegação do mundo na [[Universidade Nacional de Defesa (Paquistão)|Universidade Nacional de Defesa]], que, "o mundo deve aceitar o Paquistão como uma potência nuclear".<ref name="Dawn Archives, 2010"/> Embora descartou todas as preocupações sobre a segurança do arsenal nuclear do país, o general Majid mantém-se ao fato: "Estamos assumindo a nossa responsabilidade com a maior vigilância e confiança. Temos de colocar em prática um regime muito robusto, que inclui "mecanismos de múltiplas camadas" e processos para garantir a os ativos estratégicos, e forneceram o máximo de transparência em nossas práticas. Estamos tranquilizando a [[Conselho de Segurança das Nações Unidas|comunidade internacional]] sobre estas questão repetidas vezes em nossa trajetória, desde o tempo do nosso programa da bomba atômica foi aberta e imaculada".<ref name="Dawn Archives, 2010"/>
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== Sistemas de entrega ==
=== Sistemas terrestres ===
A partir de 2011, o Paquistão possui uma grande variedade de [[Míssil balístico de médio alcance|mísseis balísticos de médio alcance]] com capacidade nuclear com um alcance de até 2
O Paquistão acredita-se estar desenvolvendo [[Arma nuclear de uso tático|armas nucleares táticas]] para uso no campo de batalha, com alcance de até 60 km, como o [[Nasr (míssil)|míssil Nasr]]. De acordo com Jeffrey Lewis, diretor do Programa de Não Proliferação do Leste da Ásia do Instituto Monterey de Estudos Internacionais, citando uma reportagem do Paquistão,<ref>{{citar jornal|último =Abbassi |primeiro =Ansar |título=Pakistan has developed smartest nuclear tactical devices|url=http://www.thenews.com.pk/NewsDetail.aspx?ID=27634&title=Pak-develops-smartest-nuclear-devices|acessodata=18 de janeiro de 2014|jornal=The News|data=30 de novembro de 2011}}</ref> Paquistão está desenvolvendo seu próprio equivalente ao lançador [[Davy Crockett (arma nuclear)|Davy Crockett]] com ogiva miniaturizada que pode ser semelhante ao [[W54]].<ref>{{citar web|último=Lewis|primeiro=Jeffrey|título=Pakistan's Nuclear Artillery?|url=http://lewis.armscontrolwonk.com/archive/4866/pakistans-nuclear-artillery|publicado=Arms Control Wonk|acessodata=18 de janeiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120129052359/http://lewis.armscontrolwonk.com/archive/4866/pakistans-nuclear-artillery|arquivodata=2012-01-29|urlmorta=yes}}</ref>
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