Imperador Romano-Germânico: diferenças entre revisões

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O título englobava o governo do [[Reino da Germânia]] e o [[Reino Itálico]].<ref>Peter Hamish Wilson, ''The Holy Roman Empire, 1495–1806'', MacMillan Press 1999, London, page 2</ref><ref>Erik von Kuehnelt-Leddihn: The Menace of the Herd or Procrustes at Large – Page: 164</ref><ref>Robert Edwin Herzstein, Robert Edwin Herzstein: The Holy Roman Empire in the Middle Ages: universal state or German catastrophe?</ref> Em teoria, o Imperador Romano-Germânico era ''[[primus inter pares]]'' ("primeiro entre iguais") entre todos os outros monarcas católico-romanos; na prática, o imperador era tão forte quanto o seu exército e as alianças políticas o faziam.
 
Varias casas reais europeias, em diferentes momentos da história, tornaram-se os detentores hereditários do título, em especial os membros da [[Casa de Habsburgo]], também conhecida como Casa d'Áustria. Após a [[Reforma Protestante]], muitos dos estados vassalos do império e a maioria dos súbtitossúditos germânicos eram protestantes, enquanto o imperador continoucontinuou católico.
 
O Sacro Império Romano-Germânico foi dissolvido em 1806 pelo imperador [[Francisco I da Áustria|Francisco II]] (que era desde 1804 também [[Imperador da Áustria]]), como resultado das [[Guerras Napoleônicas|Guerras Napoleónicas]].
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== Sucessão do Imperador Romano-Germânico ==
[[Ficheiro:Dinasty_Habsburg_(HRR)_family_tree_by_shakko_(DE).jpg|direita|miniaturadaimagem|Imperadores da dinastia de Habsburgo e suas famílias]]
As sucessões na realeza eram controladas por uma variedade de factores complicados. As eleições no [[Reino da Germânia]] atribuiamatribuíam à sua realeza uma sucessão apenas parcialmente hereditária, ao contrário da sucessão em [[Reino de Portugal|Portugal]], ainda que a soberania se mantivesse frequentemente dentro da mesma dinastia até à inexistência de sucessores varões. Alguns estudiosos sugerem que o objectivo das eleições era na prática para resolver conflitos apenas quando a sucessão dinástica não era clara. No entanto este processo significava que o principal candidato teria que fazer concessões, pelas quais os eleitores eram mantidos de lado, o que era conhecido como ''Wahlkapitulationen'' (capitulação electiva).
 
O [[Príncipe-eleitor|Colégio Eleitoral]] foi estabelecido com sete príncipes (três arcebispos e quatro príncipes seculares) pelpela [[Bula Dourada de 1356]]. Este sistema permaneceu até 1648, quando a resolução da [[Guerra dos Trinta Anos]] obrigou à adição de um novo eleitor para manter o equilíbrio entre as facções [[Protestantismo|protestantes]] e [[Catolicismo|católicos]] no império. Um outro eleitor foi adicionado em 1690, sendo o colégio reorganizado em 1803, apenas três anos antes da dissolução do Império.
 
Após 1438, o título imperial manteve-se na casa de [[Casa de Habsburgo|Habsburgo]] e de [[Casa de Habsburgo-Lorena|Habsburgo-Lorena]], com a breve exceção de [[Carlos VII do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VII]], da casa de [[Casa de Wittelsbach|Wittelsbach]]. [[Maximiliano I do Sacro Império Romano-Germânico|Maximiliano I]] (Imperador entre 1508-1519) e todos os seus sucessores deixaram de viajar a Roma para serem coroados imperadores pelo papa. Maximiliano intitulou-se assim Imperador Romano Eleito (''Erwählter Römischer Kaiser'') em 1508, com aprovação papal. Este título foi usado por todos os seus sucessores não coroados, com a excepção de [[Carlos I de Espanha|Carlos V]], seu sucessor imediato, que foi coroado pelo papa.