O Casarão: diferenças entre revisões

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{{Quote box|width=30%|align=left|quote="Eu peguei três momentos da história do Brasil e os misturei. Eu contrapunha os três períodos históricos sem qualquer aviso prévio. O telespectador nunca sabia quando a novela passaria de uma época para outra. […] O personagem abria a porta do casarão em 1926 e saía do outro lado em 1976. O casarão centralizava toda a história, daí o título".|source=— Lauro César Muniz sobre ''O Casarão'' ao livro ''A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo''.<ref name="teledramaturgia"/>
}}
Para escrever ''O Casarão'', [[Lauro César Muniz]] teve como ponto de partida o teleteatro ''A Estátua'', produzido pela [[TV Excelsior]] em 1961, que por sua vez originou a peça teatral ''A Morte do Imortal'', encenada em 1966, ambos trabalhos do mesmo autor. A trama também foi responsável por concluir uma trilogia de folhetins do autor sobre a história de [[São Paulo]], iniciada com ''[[Os Deuses Estão Mortos]]'', na [[RecordTV]] em 1971, e que teve continuidade com ''[[Escalada (telenovela)|Escalada]]'', na [[Rede Globo]] em 1975.<ref name="teledramaturgia"/><ref name="memoriaglobo2">{{citar web|url=https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/novelas/o-casarao/bastidores/ |título=O Casarão: Bastidores |autor= |data= |acessodata=8 de março de 2020 |publicado=[[Memória Globo]]. [[Globo.com]] |trabalho= }}</ref> ''O Casarão'' revolucionou o estilo das telenovelas e narrava três histórias interligadas pelo mesmo local simultaneamente sem linearidade, apresentando as três fases da trama em cada capítulo sem uso do processo de ''[[Analepse|flashback]]'', uma vez que, na ocasião, a emissora estava passando por um período de inovações em suas produções de teledramaturgia — iniciada com ''[[O Rebu]]'', em 1974, na qual toda a trama se passava em um único dia. Em entrevista para o ''[[Jornal do Brasil]]'', o diretor da novela, [[Daniel Filho]], explicou: "[...] é a primeira vez que mudaremos de tempo sem ser pela memória do personagem. No mesmo capítulo, apresentaremos as três fases, tendo como base a atual e as outras duas, para explicitar acontecimentos".<ref name="teledramaturgia"/><ref name="noticiasdatv">{{citar web|url=https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/novelas/em-1976-publico-nao-entendeu-e-globo-teve-de-reprisar-primeiro-capitulo-de-novela-31343 |título=Em 1976, público não entendeu, e Globo teve de reprisar primeiro capítulo de novela |autor=de Castro, Thell |data=1 de dezembro de 2019 |acessodata=8 de março de 2020 |publicado=Notícias da TV. [[Universo Online]] |trabalho= }}</ref> Em entrevista para o ''[[Jornal do Brasil]]'', o diretor da novela, [[Daniel Filho]], explicou: "[...] é a primeira vez que mudaremos de tempo sem ser pela memória do personagem. No mesmo capítulo, apresentaremos as três fases, tendo como base a atual e as outras duas, para explicitar acontecimentos".<ref name="teledramaturgia"/><ref name="noticiasdatv"/>
 
A trama envolvendo o triângulo amoroso formado por Lina, Estevão e Jarbas, papéis de [[Renata Sorrah]], [[Armando Bógus]] e [[Paulo José]], teve problemas com a [[Censura no Brasil#Censura durante a ditadura militar|Censura Federal]], que chegou a proibir até que Renata Sorrah contracenasse com Paulo José por não permitir que a novela abordasse o tema do adultério feminino, uma vez que Lina rompia um casamento fracassado com Estevão para ficar com Jarbas, após conhecê-lo durante uma viagem. A [[Divisão de Censura de Diversões Públicas]] (DCDP) recomendou que a personagem pedisse o divórcio, pois não poderia se apaixonar por outro homem ainda estando casada.<ref name="teledramaturgia"/><ref name="memoriaglobo2"/> Além disso, Lauro César Muniz revelou ainda à revista ''[[Amiga (revista)|Amiga]]'', em novembro de 1976, que "Não foi permitido mostrar que Lina usava anticoncepcionais; […] foram enfraquecidos os personagens de [[Marcelo Picchi]] (Aldo, candidato a vereador de Tangará), [[Nilson Condé]] (o padre Milton) e [[Bete Mendes]] (a jornalista Vânia): os comícios do candidato Aldo não puderam ser levados ao ar e foi reduzida a participação do padre e da jornalista na campanha política.