Governo Castelo Branco: diferenças entre revisões

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==Panorama econômico==
 
==== Crise econômica no início dos anos 1960 ====
A partir de 1962, o país enfrentou baixas taxas de crescimento, chegando apenas 0,6% de crescimento em 1963.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1590/198055271935 |titulo=SUBDESENVOLVIMENTO E ESTAGNAÇÃO NA AMÉRICA LATINA, DE CELSO FURTADO |data=2015-12 |acessodata=2021-02-09 |jornal=Revista de Economia Contemporânea |número=3 |ultimo=Coutinho |primeiro=Mauricio C. |paginas=448–474 |doi=10.1590/198055271935 |issn=1415-9848}}</ref> De um lado, houve uma queda dos investimentos públicos e privados; de outro lado, a elevação do déficit público, causando a aceleração da inflação, que em 1961 era de 51,6% e passa a 80% em 1962, chegando a 93% em 1963.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.1973.132095 |titulo=Resenha de: Da substituição de importações ao capitalismo financeiro |data=1973-12-10 |acessodata=2021-02-09 |jornal=Revista de História |número=96 |ultimo=Capelato |primeiro=Maria Helena R. |paginas=594 |doi=10.11606/issn.2316-9141.rh.1973.132095 |issn=2316-9141}}</ref> Tudo isso leva a uma crise no balanço de pagamentos.<ref>{{Citar periódico |url=http://tede2.pucsp.br/tede/handle/handle/9342 |titulo=A crise econômica brasileira dos anos 1960: uma reconstrução do debate |data=2008-05-16 |acessodata=2021-02-09 |ultimo=Bugelli |primeiro=Alexandre Hamilton}}</ref>
 
====Plano de Ação Econômica do Governo (1964-1967)====
{{Artigo principal|Programa de Ação Econômica do Governo}}
O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), consequência da visão do ministro do Planejamento, [[Roberto Campos]], tinha como foco promover as [[Reforma tributária|reformas tributária]], financeira e trabalhista e a diminuição dos desequilíbrios regionais. Para estruturar o [[Sistema financeiro do Brasil|Sistema Financeiro]] [[Sistema financeiro do Brasil|Nacional]] e corrigir a inflação, Castelo Branco estabeleceu medidas não populares que propiciariam relativo sucesso econômico:
O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), consequência da visão dos ministros do Planejamento, [[Roberto Campos]], e da Fazenda, [[Otávio Gouveia de Bulhões|Octávio Gouveia Bulhões]], tinha como foco promover as [[Reforma tributária|reformas tributária]], financeira e trabalhista e a diminuição dos desequilíbrios regionais. Sendo o objetivo básico combater a inflação, o que promoveu uma severa contenção do crédito e instituiu uma nova fórmula salarial, provocando uma acentuada deterioração do poder de compra dos salários. Objetivos do PAEG:<ref>{{Citar web |ultimo=Brasil |primeiro=CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/programa-de-acao-economica-do-governo-paeg |titulo=PROGRAMA DE ACAO ECONOMICA DO GOVERNO (PAEG) |acessodata=2021-02-09 |website=CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil |lingua=pt-br}}</ref>
 
* Acelerar o crescimento econômico
* Conter a inflação
* Reduzir a concentração de renda (regional, setorial e pessoal)
* Aumentar o volume de emprego
* Corrigir o desequilíbrio externo.
 
O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), consequência da visão do ministro do Planejamento, [[Roberto Campos]], tinha como foco promover as [[Reforma tributária|reformas tributária]], financeira e trabalhista e a diminuição dos desequilíbrios regionais. Para estruturar o [[Sistema financeiro do Brasil|Sistema Financeiro]] [[Sistema financeiro do Brasil|Nacional]] e corrigir a inflação, Castelo Branco estabeleceu medidas não populares que propiciariam relativo sucesso econômico:
* Modificação na estrutura tributária (os impostos indiretos foram elevados e os diretos reduzidos, protegendo setores estratégicos pela [[concentração de renda]]);
* [[Política monetária]] restritiva (baixa emissão de moeda, principalmente);