Moçambique: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes.
ajustes.
Linha 156:
=== Composição étnica ===
[[Imagem:Mozambique009.jpg|thumb|Crianças moçambicanas da etnia [[Macuas|macua]]]]
Os [[macuas]] são o grupo dominante na parte norte do país, os [[Língua sena|sena]] e [[Shona (povo)|shonas]] (principalmente [[ndaus]]) são proeminentes no vale do [[Rio Zambeze|Zambeze]] e os [[tsongas]] são predominantes no sul de Moçambique. Outros grupos incluem os [[macondes]], [[WaYao]]s, [[suaílis]], [[tongas]], [[chopes]] e [[nguni]]s (incluindo [[zulus]]). Povos [[bantos]] compreendem 97,8% da população, enquanto o restante, incluindo africanos [[brancos]] (em grande parte de ascendência [[Portugueses|portuguesa]]), euro-africanos (mestiços de povos bantos e portugueses) e [[indianos]].<ref name=CIA /> Cerca de 45 mil pessoas de ascendência indiana residem em Moçambique.<ref>{{harvnb|Singhvi|2000|p=94}}</ref>
 
Durante o [[África Oriental Portuguesa|governo colonial português]], uma grande minoria de pessoas de ascendência portuguesa vivia permanentemente em quase todas as regiões do país<ref>{{citar web | url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/7035.htm | título= Mozambique (01/09) | publicado=www.state.gov }}, ''U.S. Department of State''</ref> e moçambicanos com sangue português, no momento da independência do país, eram cerca de 360 mil pessoas. Muitos deles deixaram a região após a independência moçambicana em 1975. Há várias estimativas para o tamanho da comunidade [[Chineses|chinesa]] em Moçambique, sete mil a doze mil pessoas.<ref>{{citar periódico|último=Jian|primeiro=Hong|ano=2007|título-translit=zh:莫桑比克华侨的历史与现状|título-trad=The History and Status Quo of Overseas Chinese in Mozambique|periódico=West Asia and Africa|publicado=[[Chinese Academy of Social Sciences]]|url=http://scholar.ilib.cn/A-xyfz200705010.html|acessodata=01-11-2013|número=5|issn=1002-7122|ref=harv|língua=zh|titulo=Cópia arquivada|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110617044234/http://scholar.ilib.cn/A-xyfz200705010.html|arquivodata=2011-06-17|urlmorta=yes}}</ref><ref name="ISN">{{citar jornal|título=China, Mozambique: old friends, new business|data=13 de agosto de 2007|periodical=International Relations and Security Network Update|acessodata=01-11-2013|url=http://www.isn.ethz.ch/isn/Current-Affairs/Security-Watch/Detail/?id=53470&lng=en|último =Horta|primeiro =Loro|ref=harv|pontofinal=<!--None-->}}</ref>
Linha 193:
Por força de sua Constituição, Moçambique é um estado laico, sendo expressamente proibido no texto constitucional quaisquer discriminações ou acepções baseadas na religião, garantindo-se, também, a liberdade religiosa a todos os cidadãos. A legislação moçambicana exige que todas as organizações religiosas sejam registradas junto ao Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, embora não sejam aplicadas sanções aos grupos religiosos pela ausência deste registro. Locais de culto também são protegidos por força legal e, de igual modo, também é assegurada a objeção ao serviço militar por razões religiosas.<ref name="Liberdade religiosa">{{citar web | autor = | url = https://mz.usembassy.gov/wp-content/uploads/sites/182/MO%C3%87AMBIQUE-2018-RELAT%C3%93RIO-DE-LIBERDADE-RELIGIOSA-INTERNACIONAL.pdf |titulo = Relatório de Liberdade Religiosa Internacional em Moçambique |data = 2018 |acessodata = 12 de fevereiro de 2021 |publicado = Relatório de Liberdade Religiosa | formato = PDF }}</ref>
 
O censo de 2017 revelou que os [[Cristianismo|cristãos]] formam 56,1% da população (maioria Católica, com cerca de 27,2%) e os [[Islão|muçulmanos]] compunham 18,9% da população de Moçambique, enquanto 4,8% das pessoas afirmaram praticar outras crenças religiosas, principalmente o [[animismo]]. Cerca de 13,9% dos moçambicanos [[Irreligião|não tinham crenças religiosas]] e outros 2,5% não especificaram pertencer a algum grupo religioso.<ref name="CIA 2">{{citar web | autor = The World Factbook | url =https://www.cia.gov/the-world-factbook/countries/mozambique/#people-and-society |titulo = Moçambique |data = |acessodata = 12 de fevereiro de 2021 |publicado = CIA }}</ref> Há uma aderência significativa de parte da população à crenças religiosas tribais sincréticas, sendo este um segmento não incluído nas estimativas oficiais governamentais.
 
A [[Igreja Católica Romana]] estabeleceu doze [[diocese]]s no país (Beira, Chimoio, Gurué, Inhambane, Lichinga, Maputo, Nacala, Nampula, Pemba, Quelimane, Tete e Xai-Xai; [[arquidiocese]]s são Beira, Maputo e Nampula). Estatísticas para o número de católicos variam entre 5,8% da população na diocese de Chimoio, para 32,50% na diocese de Quelimane.<ref>Anuário Católico de Moçambique, 2007</ref>