Baioneta: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:The_British_Army_in_Britain,_1941_H10633.jpg|miniaturadaimagem| Soldado de infantaria britânico em 1941 com um longo sabre-baioneta da Primeira Guerra Mundial afixada em seu fuzil.]]
Uma '''baioneta''' (do francês ''baïonnette'' ) é uma [[Faca|arma em]] forma de [[faca]], [[Adaga|punhal]], [[Espada|sabre]] ou [[Espiga baioneta|pontiaguda]] projetada para caber na ponta da [[Cano (armas de fogo)|boca do cano]] de um [[fuzil]], [[mosquete]] ou [[arma de fogo]] semelhante, permitindo que seja usada como uma [[lança]].<ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> Do século XVII até a [[Primeira Guerra Mundial]], foi considerada a principal arma para ataques de infantaria. Hoje, é considerada uma [[arma auxiliar]] ou de último recurso.
[[Ficheiro:子母鳥銃.png|miniaturadaimagem| Representação de um mosquete chinês do século XVII com uma baioneta conectada. O manual de instruções e as especificações da arma são mostrados acima.]]
O próprio termo ''baioneta'' remonta à segunda metade do século XVI, mas não está claro se as baionetas da época eram facas que podiam ser encaixadas nas pontas das armas de fogo ou simplesmente um tipo de faca. Por exemplo, o ''Dictionarie'' de Cotgrave de 1611, descreve a baioneta como "uma espécie de pequena adaga de bolso achatada, equipada com facas; ou uma grande faca para pendurar no cinto". Da mesma forma, [[Pierre Borel]] escreveu em 1655 que uma espécie de faca longa chamada ''bayonette'' foi feita em [[Baiona (França)|Bayonne,]] mas não dá nenhuma descrição adicional.<ref>H. Blackmore, ''Hunting Weapons'', p. 50</ref>
 
=== Baionetas de plugue ===
[[Ficheiro:Plug_Bayonet_1650.JPG|miniaturadaimagem| Baioneta de plugue do século XVII.]]
A primeira instância registrada de uma baioneta propriamente dita é encontrada no tratado militar chinês Binglu [{{Ill|Binglu|zh|兵录}}] publicado em 1606. Estava na forma de uma arma "filho-e-mãe" [{{Ill|Son-and-mother gun|zh|子母鳥銃}}]], um mosquete de [[retrocarga]] que foi suprido com uma baioneta de plugue com cerca de {{Cvt|57,6|cm}}, dando-lhe um comprimento total de {{Cvt|1,92|m}} com a baioneta conectada. Foi rotulado como uma "lâmina de arma" (chinês tradicional:{{Lang|zh-Hant-TW|銃刀}}; chinês simplificado:{{Lang|zh|铳刀}}) sendo descrita como uma "espada curta que pode ser inserida no cano e presa girando-a ligeiramente" para ser usada "quando a batalha tiver esgotado a pólvora e as balas, bem como lutando contra os bandidos, quando as forças estão aproximando-se em combate corpo-a-corpo ou encontrando uma emboscada" e se alguém "não puder carregar a arma dentro do tempo que leva para cobrir dois ''bu'' (3,2 metros) de terreno, eles devem conectar a baioneta e segurá-la como uma lança".<ref name="needham volume 5 part 7 456">Needham, Volume 5, Part 7, 456.</ref><ref name="Binglu 《兵錄》, Scroll 12">Binglu 《兵錄》, Scroll 12.</ref>
 
As primeiras baionetas eram do tipo de "plugue", onde a baioneta era encaixada diretamente no cano do mosquete.<ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=jK_kCwAAQBAJ&q=%22Plug+bayonets%22&pg=PT22 |título=Fix Bayonets! |ultimo=Norris |primeiro=John |data=2016-01-03 |publicação=Pen and Sword |língua=en |isbn=978-1-4738-8378-9}}</ref><ref name="COLD">''[https://www.bbc.co.uk/dna/h2g2/A847532 Cold Steel - The History of the Bayonet]'', BBC News, 18 November 2002, retrieved 29 July 2011</ref><ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=ZCmUeb52l3MC&q=%22Plug+bayonets%22&pg=PA164 |título=Military History: The Definitive Visual Guide to the Objects of Warfare |data=2012-10-01 |publicação=DK Publishing |editor-sobrenome=Jones |língua=en |isbn=978-1-4654-1158-7}}</ref> Isso permitiu que a infantaria leve fosse convertida em infantaria pesada e segurar cargas de cavalaria. A baioneta tinha um cabo redondo que deslizava diretamente dentro do cano do mosquete. Isso naturalmente evitava que a arma fosse disparada (o que gerou o termo "calar baioneta"). A primeira menção conhecida do uso de baionetas nas guerras européias foi feita nas memórias de Jacques de Chastenet, Visconde de Puységur.<ref name="worldbayonets.com1">{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Historical%20Timeline/Bayonet_Timeline_1647.html |titulo=Bayonet History Timeline - 1647 First Military Use of the Bayonet |acessodata=2018-09-20 |publicado=Worldbayonets.com}}</ref> Ele descreveu os franceses usando baionetas de plugue rudimentares de {{Cvt|1|ft}} durante a [[Guerra dos Trinta Anos|Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)]]. No entanto, não foi até 1671 que o general [[Jean Martinet]] padronizou e forneceu baionetas de plugue para o regimento francês de [[Fuzileiro|fuzileirosfuzileiro]]s então criado. Elas foram fornecidas para parte de um regimento de [[Dragão (militar)|dragões]] inglês criado em 1672, e para os ''Royal Fusiliers'' (Fuzileiros Reais) quando criados em 1685.
 
=== Baionetas de soquete ===
[[Ficheiro:Musee-historique-lausanne-img_0095.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Soquete de baioneta]]
[[Ficheiro:Bayonette-p1000740.jpg|miniaturadaimagem| Baioneta pontiaguda de soquete do início do século XIX.]]
O maior problema com as baionetas de plugue era que, quando instaladas, tornavam impossível disparar o mosquete, exigindo que os soldados esperassem até o último momento possível antes de um [[mêlée]] para calar a baioneta. A derrota das forças leais a [[Guilherme III de Inglaterra|Guilherme de Orange]] pelos ''Highlanders'' [[Jacobitismo|jacobitas]] na [[Batalha de Killiecrankie]] em 1689 foi devida (entre outras coisas) ao uso da baioneta de plugue.<ref name="COLD">''[https://www.bbc.co.uk/dna/h2g2/A847532 Cold Steel - The History of the Bayonet]'', BBC News, 18 November 2002, retrieved 29 July 2011</ref> Os ''Highlanders'' se aproximaram a 50 metros, dispararam um único voleio, largaram seus mosquetes e, usando machados e espadas, rapidamente sobrepujaram os legalistas antes que tivessem tempo de conectar as baionetas. Pouco tempo depois, acredita-se que o líder derrotado, [[Hugh Mackay (geral)|Hugh Mackay]], tenha introduzido uma baioneta de soquete de sua própria invenção. Em breve, as baionetas de "soquete" incorporariam os suportes de soquete e uma lâmina deslocada para o lado que se ajustava ao cano do mosquete, o que permitia que o mosquete fosse disparado e recarregado enquanto a baioneta estava conectada.
 
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=== Sabres-baionetas ===
O século XIX introduziu o conceito de [[Espada baioneta|sabre-baioneta]], uma arma de lâmina longa com uma lâmina de um ou dois gumes que também poderia ser usada como uma [[Classificação de espadas|espada curta]] . Seu objetivo inicial era garantir que os fuzileiros pudessem formar um [[quadrado de infantaria]] adequadamente para se defender dos ataques da cavalaria quando em fileiras com mosqueteiros, cujas armas eram mais longas. Um dos primeiros exemplos de um fuzis usando sabres-baionetas foi o Fuzil de Infantaria Britânico de 1800–1840, mais tarde conhecido como "[[Rifle Baker|Fuzil Baker]]". O punho geralmente tinha [[Quillons|cruzetas]] modificadas para acomodar o [[Cano (armas de fogo)|cano]] da arma e um mecanismo de [[Empunhadura|punho]] que permitia que a baioneta fosse presa a um [[Alça de baioneta|retém da baioneta]] . Um sabre-baioneta pode ser usado em combate como um [[arma secundária]] . Quando anexado ao mosquete ou fuzil, ela efetivamente transformava quase qualquer [[arma longa]] em uma lança ou [[alabarda]], adequada não apenas para golpes de estocada, mas também para golpes cortantes.
[[Ficheiro:Chassepot-diag.jpg|miniaturadaimagem| Fuzil de ferrolho Chassepot e sabre-baioneta.]]
Enquanto o Exército Britânico acabou descartando o sabre-baioneta, com a baioneta de soquete sobrevivendo à introdução do mosquete raiado no serviço britânico em 1854. O novo mosquete estriado copiava o sistema de anéis de trancamento francês.<ref name="COLD">''[https://www.bbc.co.uk/dna/h2g2/A847532 Cold Steel - The History of the Bayonet]'', BBC News, 18 November 2002, retrieved 29 July 2011</ref> A nova baioneta provou seu valor na [[Batalha de Alma]] e na [[Batalha de Inkerman]] durante a [[Guerra da Criméia]], onde o Exército Imperial Russo aprendeu a temê-la.
[[Ficheiro:Chassepot_bayonet_assembly.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Sistema de montagem da baioneta do [[Fuzil Chassepot|Chassepot]]]]
A partir de 1869, alguns países europeus começaram a desenvolver novas [[fuzis]] de [[Ação de ferrolho|ferrolho]] de [[retrocarga]] (como o [[Fuzil Chassepot|Chassepot]] ) e sabres-baionetas adequados para a produção em massa e para uso por tropas da polícia, pioneiros, e engenheiros.<ref name="OWE">Owen, John Ivor Headon, ''Brassey's Infantry Weapons of the World: Infantry Weapons and Combat Aids in Current Use by the Regular and Reserve Forces of All Nations'', Bonanza Press, {{ISBN|0-517-24234-6}}, {{ISBN|978-0-517-24234-6}} (1975), p. 265</ref> A decisão de redesenhar a baioneta como uma espada curta foi vista por alguns como um reconhecimento do declínio da importância da baioneta fixa como uma arma em face dos novos avanços na tecnologia de armas de fogo.<ref name="PUN">Punch, "The Soldier's Side-Companion", ''Punch's Almanack For 1869'', Vol. 57 (7 August 1869), London: Punch Publications Ltd. (1869), p. 54</ref> Como disse um jornal britânico, "o comitê, ao recomendar este novo sabre-baioneta, parece ter tido em vista o fato de que doravante as baionetas serão usadas com menos frequência do que em tempos anteriores como arma de ataque e defesa; eles desejaram, portanto, substituir um instrumento de utilidade mais geral."
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=== Baionetas multiuso ===
[[Ficheiro:Bayonet,_sawback_(AM_1983.150-5).jpg|miniaturadaimagem| Baioneta com dorso de serra Snider Padrão Britânico 1875 (com bainha) para carabina de artilharia]]
Um desses projetos multiuso era a baioneta "de serra", que incorporava dentes de serra no dorso da lâmina. A baioneta de serra foi projetada para uso como uma ferramenta de utilidade geral, bem como uma arma; os dentes foram concebidos para facilitarem o corte de madeira para vários trabalhos defensivos, como postes de arame farpado, bem como para o abate de gado.<ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> <ref name="PUN">Punch, "The Soldier's Side-Companion", ''Punch's Almanack For 1869'', Vol. 57 (7 August 1869), London: Punch Publications Ltd. (1869), p. 54</ref> <ref name="KNI">Knight, Edward H., ''Knight's American Mechanical Dictionary'' (Vol. 1), New York: J. B. Ford & Co. (1874), p. 252</ref> <ref name="RHO">Rhodes, Bill, ''An Introduction to Military Ethics: A Reference Handbook'', ABC CLIO LLC, {{ISBN|0-313-35046-9}}, {{ISBN|978-0-313-35046-7}} (2009), pp. 13-14</ref> Foi inicialmente adotada pelos estados alemães em 1865; até meados da Primeira Guerra Mundial, aproximadamente 5% de cada estilo de baioneta era complementado com uma versão de serra, por exemplo na Bélgica em 1868, na Grã-Bretanha em 1869 e na Suíça em 1878 (a Suíça introduziu seu último modelo em 1914). <ref>Foulkes, Charles J., and Hopkinson, Edward C., ''Sword, Lance & Bayonet: A Record of the Arms of the British Army & Navy'' (2nd ed.), Edgware, Middlesex: Arms & Armour Press (1967) p. 113</ref> As baionetas serradas originais eram tipicamente do tipo sabres pesados, fornecidas aos engenheiros, com até certo ponto o aspecto da baioneta sendo secundário ao aspecto da "ferramenta". Posteriormente, as serras alemãs provaram-se mais um indicador de posto do que uma serra funcional. A serra provou ser relativamente ineficaz como ferramenta de corte e logo se tornou obsoleta devido a melhorias na logística e transporte militares; a maioria das nações abandonou o recurso de serra em 1900. O exército alemão interrompeu o uso da baioneta de serra em 1917 após protestos de que a lâmina serrilhada causava ferimentos desnecessariamente graves quando usada como baioneta fixa.
[[Ficheiro:U.S._BAYONET_MODEL_1873_TROWEL.jpg|miniaturadaimagem| Espátula da Baioneta Americana Modelo 1873.]]
A ''espátula'' ou baioneta de ''pá'' era outro projeto multiuso, destinado ao uso tanto como arma ofensiva quanto como [[Ferramenta de entrincheiramento|ferramenta de sapa]] para escavar trincheiras. <ref name="RIP">Ripley, George, and Dana, Charles A., ''The American Cyclopaedia: A Popular Dictionary of General Knowledge'' (Vol. II), New York: D. Appleton & Co. (1873), p. 409</ref> <ref name="BOA">Board of Officers Assembled at St. Louis, Missouri, Schofield, J.M. (Maj. Gen.) President, ''Bayonets: Resume of the Proceedings of the Board, June 10, 1870'', Ordnance Memoranda, Issue 11, United States Army Ordnance Dept., Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office (1870), p. 16</ref> A partir de 1870, o Exército dos EUA emitiu baionetas de espátula para regimentos de infantaria com base em um projeto do Tenente-Coronel [[Edmund Rice (geral)|Edmund Rice]], um oficial do Exército dos EUA e veterano da Guerra Civil, que foram fabricados pelo Arsenal de Springfield. <ref name="BEL">Belknap, William W., ''Trowel-Bayonet, Letter from the Secretary of War In Answer to a Resolution of the House of April 4, 1872'', The Executive Documents of the House of Representatives, 42nd Congress, 2nd Session (1871–1872), Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office (1872), pp. 1–20</ref> Além de sua utilidade como baioneta fixa e instrumento de escavação, a baioneta com espátula Rice podia ser usada para rebocar de cabanas de madeira e chaminés de pedra para os acampamentos de inverno; afiada em uma das pontas, poderia cortar estacas e pinos de barraca. Dez mil foram finalmente emitidas, e o projeto entrou em ação durante a [[Guerra Nez Perce|campanha de 1877 contra os Nez Perce]] . <ref name="MCC">McChristian, Douglas C., ''Uniforms, Arms, and Equipment: Weapons and Accouterments'', University of Oklahoma Press, {{ISBN|0-8061-3790-8}}, {{ISBN|978-0-8061-3790-2}} (2007), pp. 128–142</ref> Rice recebeu licença em 1877 para demonstrar sua baioneta a vários países da Europa. Um oficial de infantaria recomendou a exclusão de todos os outros projetos, observando que "as ferramentas de entrincheiramento de um exército raramente chegam à frente de batalha até que a exigência do seu uso tenha passado." A baioneta com espátula de Rice foi declarada obsoleta pelo Exército dos EUA em dezembro de 1881.
 
=== A controvérsia do "alcance" ===
[[Ficheiro:Bundesarchiv_Bild_136-B1356,_Kasernenhof_-_Fechten.jpg|miniaturadaimagem| Soldados alemães em exercício de baioneta em 1914.]]
[[Ficheiro:On_Board_the_Battleship_HMS_Rodney._October_1940,_Training_on_Board_the_Battleship._A1210.jpg|miniaturadaimagem| Seis marinheiros com fuzis Lee-Enfield, na posição "Em Guarda" durante o exercício de fuzil e baioneta à bordo do navio de guerra {{HMS|Rodney|29|6}} . Outubro de 1940.]]
[[Ficheiro:Border_Security_of_the_50th_parallel_of_north.JPG|miniaturadaimagem| De 1899 a 1945, os japoneses usaram a muito longa baioneta com lâmina de espada Tipo 30 de 15,75 polegadas (25,4cm) no já muito longo fuzil Arisaka.]]
Antes da Primeira Guerra Mundial, a doutrina da baioneta baseava-se amplamente no conceito de "alcance"; isto é, a habilidade teórica de um soldado, por meio do uso de um fuzil extremamente longo e baioneta fixa, para apunhalar um soldado inimigo sem ter que se aproximar ao alcance da lâmina do seu oponente. <ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> <ref name="HUT">Hutton, Alfred, ''Fixed Bayonets: A Complete System of Fence for the British Magazine Rifle'', London: William Clowes & Sons (1890), pp. v, 125, 131–132</ref> <ref name="BAR">Barrett, Ashley W., "Lessons to be Learned by Regimental Officers from the Russo-Japanese War", "Journal of the Military Service Institution of the United States", Volume 45, (March–April 1909), pp. 300–301.</ref> Um comprimento combinado de fuzil e baioneta mais longo do que o fuzil do soldado de infantaria inimigo e a baioneta acoplada, como o pique do soldado de antigamente, foi pensado para conferir uma vantagem tática no campo de batalha. <ref name="HOP">Hopkins, Albert A., ''Scientific American War Book: the Mechanism and Technique of Warfare'', New York: Munn & Co. (1915) p. 141</ref> <ref name="PRA">''Praktische Bajonett-Fechtschule: auf Grund der Bajonettir-Vorschrift für die Infanterie'', Berlin: E. S. Mittler und Sohn (1889)</ref>
 
Em 1886, o exército francês introduziu um sabre-baioneta quadrangular e pontiagudo de {{Cvt|52|cm|in|-long}} para a baioneta do [[Rifle Lebel modelo 1886|fuzil Lebel Modelo 1886]], o ''Épée-Baïonnette Modèle 1886'', resultando em um fuzil e baioneta com um comprimento total de {{Cvt|6|ft|m}} . A Alemanha respondeu introduzindo um sabre-baioneta para o fuzil [[Gewehr 98|Mauser Modelo 1898]], que tinha um cano de 29 polegadas. A baioneta, a ''Seitengewehr 98'', tinha 50cm de&nbsp;lâmina (19,7 polegadas). <ref name="HOP">Hopkins, Albert A., ''Scientific American War Book: the Mechanism and Technique of Warfare'', New York: Munn & Co. (1915) p. 141</ref> Com o comprimento total de {{Cvt|5|ft|9|in|m}}, a combinação fuzil/baioneta do exército alemão perdia apenas para o Lebel francês em "alcance" geral.
 
Depois de 1900, a Suíça, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos adotaram fuzis com canos menores do que aqueles de um mosquete raiado, porém maiores do que aqueles de uma carabina. <ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> <ref name="SET">Seton-Karr, Henry (Sir), "Rifle", ''Encyclopædia Britannica'' (11th ed.), New York: The Encyclopædia Britannica Co., Vol. 23 (''Ref–Sai'')(1911), p. 328</ref> Estes eram destinados ao uso geral da infantaria e cavalaria. O "alcance" dos novos fuzis curtos com baioneta acoplada foi reduzido. A Grã-Bretanha introduziu o fuzil [[Lee–Enfield|Lee-Enfield]] encurtado, o [[Lee–Enfield|SMLE]], em 1904. O fuzil alemão Mauser M1898 e sabre-baioneta anexada era 20cm (oito polegadas) mais comprido do que o SMLE e sua baioneta P1903, que usava uma baioneta de 12 polegadas (30cm) de lâmina. <ref name="PEG">Pegler, Martin and Chappell, Mike, ''Tommy 1914–18'' (Vol. 16), New York: Osprey Publishing Ltd., {{ISBN|1-85532-541-1}}, {{ISBN|978-1-85532-541-8}} (1996), p. 16</ref> Enquanto o P1903 britânico e seu predecessor semelhante, o P1888, eram satisfatórios em serviço, logo surgiram críticas quanto ao alcance reduzido. <ref name="HOP">Hopkins, Albert A., ''Scientific American War Book: the Mechanism and Technique of Warfare'', New York: Munn & Co. (1915) p. 141</ref> <ref name="TIL">Tilson, John Q. (Hon.), ''Weapons of Aerial Warfare: Speech By Hon. John Q. Tilson, Delivered June 1, 1917'', United States House of Representatives, Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office (1918), p. 84</ref> Um escritor militar da época advertiu: "O soldado alemão tem 20 centímetros a mais na discussão sobre o soldado britânico quando se trata de cruzar baionetas, e os 20 centímetros extras facilmente viram a batalha em favor dos mais longos, se ambos os homens forem de igual habilidade. "
 
Em 1905, o Exército Alemão adotou uma baioneta encurtada de {{Cvt|37|cm|in|-long}}, o ''Seitengewehr 98/06'' para tropas de engenheiros e pioneiros e, em 1908, um fuzil curto também, o ''Karabiner Model 1898AZ'', que foi produzido em quantidades limitadas para a cavalaria, artilharia e outras tropas especializadas. <ref>James, Gary, "[http://archives.gunsandammo.com/content/germanys-karabiner-98az?page=1 Germany's Karabiner 98AZ] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130607012053/http://archives.gunsandammo.com/content/germanys-karabiner-98az?page=1|date=7/6/2013}}", ''Guns & Ammo'' (June 2010), retrieved 17 November 2011</ref> No entanto, o fuzil Mauser 98 de cano longo permaneceu em serviço como a arma principal da infantaria. <ref>Ezell, Edward C., ''Small Arms of the World: A Basic Manual of Small Arms'', Volume 11, p. 502</ref> Além disso, as autoridades militares alemãs continuaram a promover a ideia de alcançar o oponente no campo de batalha por meio de uma combinação de fuzil/baioneta mais longos, um conceito destacado em suas doutrinas de treinamento de baioneta de infantaria. <ref name="PRA">''Praktische Bajonett-Fechtschule: auf Grund der Bajonettir-Vorschrift für die Infanterie'', Berlin: E. S. Mittler und Sohn (1889)</ref> Isso incluía o ''ponto de arremesso'' ou ''ataque estendido de impulso e estocada''. <ref name="CRO">Crossman, Edward C., "The Rifle of the Hun", ''Popular Mechanics'', Vol. 30, No. 2 (1918), pp. 183–185.</ref> Usando essa tática, o soldado alemão se colocava meio-agachado, com o fuzil e a baioneta calada perto do corpo. Nesta posição, o soldado a seguir impulsionava seu fuzil para a frente, depois largava a mão de apoio enquanto dava um passo à frente com o pé direito, estendendo simultaneamente o braço direito em toda a extensão com o fuzil estendido seguro apenas pela mão direita. Com uma "zona de matança" máxima de cerca de onze pés (3,35m), o ataque de baioneta com ''ponta de'' ''arremesso'' dava um aumento impressionante no "alcance" e foi mais tarde adotado por outras forças militares, incluindo o Exército dos EUA. <ref>Stacey, Cromwell (Capt.), "Training in Bayonet Fighting: Throw Point", ''U.S. Infantry Journal'', Vol. 10, No. 6 (1914) pp. 870–871.</ref>
 
Em resposta às críticas sobre o alcance reduzido do fuzil e baioneta SMLE, as autoridades britânicas introduziram a baioneta P1907 em 1908, que tinha uma lâmina alongada de cerca de 17 polegadas (43cm) para compensar o comprimento total reduzido do fuzil SMLE. <ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> <ref name="BAR">Barrett, Ashley W., "Lessons to be Learned by Regimental Officers from the Russo-Japanese War", "Journal of the Military Service Institution of the United States", Volume 45, (March–April 1909), pp. 300–301.</ref> <ref name="SET">Seton-Karr, Henry (Sir), "Rifle", ''Encyclopædia Britannica'' (11th ed.), New York: The Encyclopædia Britannica Co., Vol. 23 (''Ref–Sai'')(1911), p. 328</ref> <ref>''Notes On Naval Progress, Section II: Small Arms'', General Information Series Volume 20, United States Office of Naval Intelligence, Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office (July 1901), p. 198</ref> <ref name="REG">Regan, Paula (ed.), ''Weapon: A Visual History of Arms and Armor'', London: Penguin Ltd. {{ISBN|0-7566-4219-1}}, {{ISBN|978-0-7566-4219-8}} (2006), p. 284.</ref> A baioneta de 1907 era essencialmente uma cópia da baioneta japonesa Tipo 30, pois a Grã-Bretanha comprou vários fuzis japoneses Tipo 30 para a Marinha Real nos anos anteriores. <ref>{{Citar web |url=https://royalarmouries.org/stories/our-collection/the-evolution-of-the-1907-pattern-bayonet/ |titulo=1907 pattern bayonet |acessodata=2019-02-02 |publicado=Royal Armouries}}</ref> As autoridades norte-americanas, por sua vez, adotaram uma baioneta longa (lâmina de 16 pol., 40cm) para o fuzil curto [[M1903 Springfield]], a [[baioneta M1905]]; mais tarde, um [[Baioneta M1917|longo sabre-baioneta]] também foi fornecida para o fuzil [[M1917 Enfield]]. <ref name="TIL">Tilson, John Q. (Hon.), ''Weapons of Aerial Warfare: Speech By Hon. John Q. Tilson, Delivered June 1, 1917'', United States House of Representatives, Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office (1918), p. 84</ref>
 
=== Reversão de opinião ===
[[Ficheiro:World-War-II-US-Military-Bayonets.jpg|miniaturadaimagem| Baionetas militares americanas; de cima para baixo, elas são a M1905, a M1, a Baioneta Pontiaguda Bowie M1905E1 (uma versão reduzida da M1905) e a Baioneta M4 para a Carabina M1.]]
A experiência da [[Primeira Guerra Mundial]] inverteu a opinião sobre o valor dos fuzis e baionetas longos nas operações típicas de combate de infantaria. <ref name="PEG">Pegler, Martin and Chappell, Mike, ''Tommy 1914–18'' (Vol. 16), New York: Osprey Publishing Ltd., {{ISBN|1-85532-541-1}}, {{ISBN|978-1-85532-541-8}} (1996), p. 16</ref> <ref name="REG">Regan, Paula (ed.), ''Weapon: A Visual History of Arms and Armor'', London: Penguin Ltd. {{ISBN|0-7566-4219-1}}, {{ISBN|978-0-7566-4219-8}} (2006), p. 284.</ref> <ref name="KNY">Knyvett, R. Hugh (Capt.), ''Over There with the Australians'', originally published 1918, reprinted by The Echo Library, {{ISBN|978-1-4068-6694-0}} (2011), pp. 152–153.</ref> Seja nos espaços confinados da guerra de trincheiras, incursões noturnas e patrulhamento, ou atacando através de terreno aberto, os soldados de ambos os lados logo reconheceram as limitações inerentes de um fuzil e baioneta longos e desajeitados quando usados como arma de combate aproximado. <ref name="MCB">McBride, Herbert W., ''A Rifleman Went to War'', Plantersville, SC: Small Arms Technical Publishing Co. (1935), pp. 179–185, 197, 241–243, 335</ref> Depois que os soldados aliados foram treinados para esperar o ''ponto de arremesso'' ou ''o ataque estendido de impulso e estocada'', o método perdeu a maior parte do seu valor tático no campo de batalha da Primeira Guerra Mundial. <ref name="CRO">Crossman, Edward C., "The Rifle of the Hun", ''Popular Mechanics'', Vol. 30, No. 2 (1918), pp. 183–185.</ref> Ele exigia um braço e pulso fortes, era muito lento para se recuperar caso o impulso inicial errasse o alvo e era facilmente defendido por um soldado que foi treinado para esperar por isso, expondo assim o soldado alemão a um golpe de retorno o qual ele não poderia bloquear ou aparar facilmente. <ref>Moss, James Alfred, ''Manual of Military Training'', Menasha, WI: George Banta Publishing Co. (1914), p. 161: "The adversary may attempt a greater extension in the thrust and lunge by quitting the grasp of his piece with the left hand and advancing the right as far as possible. When this is done, a sharp parry may cause him to lose control of his rifle, leaving him exposed to a counter-attack, which should follow promptly."</ref> <ref>United States Marine Corps, ''U.S. Marine Combat Conditioning'', United States Marine Corps Schools (Sep 1944), reprinted Skyhorse Publishing Inc., {{ISBN|1-60239-962-X}}, {{ISBN|9781602399624}} (2011), p. 7: "The...'throw point' as it is sometimes called can be used to thrust from a distance an '''unarmed''' enemy who is running backwards away from you. This would probably be the only time you would actually thrust a man with a...'throw point'...because unless your enemy is off his guard and unless you have a very strong arm, there is too much chance of dropping the rifle or of his knocking it from your hands."</ref> Em vez de baionetas mais longas, as forças de infantaria de ambos os lados começaram a fazer experiências com outras armas como armas auxiliares de curto alcance, incluindo [[Faca de trincheira|facas de trincheira]], [[Pistola|pistolaspistola]]s, [[Granada de mão|granadas de mão]] e [[Ferramenta de entrincheiramento|ferramentas de sapa]] . <ref>Beith, Ian H., "Modern Battle Tactics: Address Delivered April 9, 1917", ''National Service'' (June 1917), pp. 325, 328</ref>
 
Os soldados logo começaram a empregar a baioneta como uma faca e também como acessório para o fuzil, e as baionetas eram freqüentemente encurtadas oficialmente ou não-oficialmente para torná-las mais versáteis e fáceis de usar como ferramentas, ou para manobrar em ambientes fechados. <ref name="BRA">Brayley, Martin, ''Bayonets: An Illustrated History'', Iola, WI: Krause Publications, {{ISBN|0-87349-870-4}}, {{ISBN|978-0-87349-870-8}} (2004), pp. 9-10, 83-85</ref> <ref name="REG">Regan, Paula (ed.), ''Weapon: A Visual History of Arms and Armor'', London: Penguin Ltd. {{ISBN|0-7566-4219-1}}, {{ISBN|978-0-7566-4219-8}} (2006), p. 284.</ref> <ref name="MCB">McBride, Herbert W., ''A Rifleman Went to War'', Plantersville, SC: Small Arms Technical Publishing Co. (1935), pp. 179–185, 197, 241–243, 335</ref> <ref name="KNY">Knyvett, R. Hugh (Capt.), ''Over There with the Australians'', originally published 1918, reprinted by The Echo Library, {{ISBN|978-1-4068-6694-0}} (2011), pp. 152–153.</ref> Durante a Segunda Guerra Mundial, as baionetas foram encurtadas ainda mais como armas do tamanho de facas para dar-lhes utilidade adicional como facas de combate ou [[Estilete (ferramenta)|estiletes]]. A grande maioria das baionetas modernas introduzidas desde a Segunda Guerra Mundial são do tipo [[Faca baioneta|baioneta de faca]].
 
== Carga de baioneta ==
O desenvolvimento da baioneta em meados do século XVII fez com que a [[Carga (militar)|carga de baioneta]] se tornasse a principal tática da infantaria durante o século XIX e até o século XX. Já no século XIX, os estudiosos militares já notavam que a maioria das cargas de baioneta não resultava em combate corpo-a-corpo. Em vez disso, um lado geralmente fugia antes que a batalha real de baionetas ocorresse. O ato de calar baionetas tem sido considerado principalmente relacionado ao moral, a emissão de um sinal claro para amigos e inimigos de uma disposição para matar de perto. <ref>{{Citar livro |título=Firing Line |ultimo=Holmes |primeiro=Richard |publicação=Penguin |ano=1987 |localização=Harmondsworth |páginas=377–9 |isbn=978-0-14-008574-7 }}</ref>
 
=== Guerras Napoleônicas ===
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=== Guerra Civil Americana ===
[[Ficheiro:Currier-Ives_Third_Petersburg.jpg|miniaturadaimagem| Uma carga de baioneta durante a Guerra Civil Americana.]]
Durante a [[Guerra de Secessão|Guerra Civil Americana]] (1861-1865), a baioneta foi considerada responsável por menos de 1% das baixas no campo de batalha,<ref>O'Connell, Robert L., "Arme Blanche", ''Military History Quarterly'', Vol. 5, nº 1.</ref> uma marca registrada da [[Guerra Moderna|guerra moderna]]. O uso de cargas de baioneta para forçar o inimigo a recuar foi muito bem-sucedido em numerosos combates de pequenas unidades a curto alcance na Guerra Civil Americana, já que a maioria das tropas recuava quando atacada enquanto recarregava (o que pode levar até um minuto com pólvora solta, mesmo para tropas treinadas). Embora tais cargas infligissem poucas baixas, muitas vezes decidiam confrontos curtos, e posse tática de importantes recursos defensivos terrestres. Além disso, o treinamento de baioneta poderia ser usado para reunir homens temporariamente desconcertados pelo fogo inimigo.<ref>The Bloody Crucible of Courage: Fighting Methods and Combat Experience of the Civil War</ref>
 
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A imagem popular de um combate na Primeira Guerra Mundial é a de uma onda de soldados com baionetas caladas, "subindo o parapeito" e avançando pela [[terra de ninguém]] sob uma saraivada de fogo inimigo. Embora esse fosse o método padrão de luta no início da guerra, raramente era bem-sucedido. As baixas britânicas no primeiro dia da [[Batalha do Somme]] foram as piores da história do exército britânico, com {{Nowrap|57,470 British}} baixas, 19.240 das quais mortos.
 
Durante a Primeira Guerra Mundial, a terra de ninguém costumava ter centenas de metros de largura. <ref name="Hamilton">{{Citation|first1primeiro1 =John|lastúltimo =Hamilton|titletítulo=Trench Fighting of World War I|publisherpublicado=ABDO|yearano=2003|pagepágina=8|isbn=978-1-57765-916-7}}</ref> A área foi geralmente devastada pela guerra e crivada de crateras de artilharia e morteiros, e às vezes contaminada por [[Arma química|armas químicas]] . Fortemente defendida por metralhadoras, morteiros, artilharia e fuzileiros de ambos os lados, era freqüentemente coberta com [[arame farpado]] e [[Mina terrestre|minas terrestres]], e coberta de cadáveres apodrecidos daqueles que não conseguiram atravessar o mar de balas, explosões e chamas . Um ataque de baioneta através de terra de ninguém freqüentemente resultava na aniquilação total de batalhões inteiros.
[[Ficheiro:No-man's-land-flanders-field.jpg|centro|miniaturadaimagem| Um trecho de terra de ninguém nos [[Flanders Fields|Campos do Flanders]], [[França]], 1919]]
 
=== Cargas Banzai ===
O advento da guerra moderna no século XX tornou as cargas de baioneta assuntos duvidosos. Durante o [[Cerco de Port Arthur]] (1904–05), os japoneses usaram ataques suicidas com ondas humanas contra a artilharia e metralhadoras russas, <ref name="Miller2014">{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=uN1XAwAAQBAJ&pg=PA41 |título=American Political and Cultural Perspectives on Japan: From Perry to Obama |ultimo=John H. Miller |data=2/4/2014 |publicação=Lexington Books |páginas=41ff |isbn=978-0-7391-8913-9}}</ref> sofrendo baixas maciças. <ref name="Edgerton1997">{{Citar livro |url=https://archive.org/details/warriorsofrising00edge |título=Warriors of the Rising Sun: A History of the Japanese Military |ultimo=Robert B. Edgerton |publicação=Norton |ano=1997 |páginas=167ff |isbn=978-0-393-04085-2}}</ref> Uma descrição do resultado foi que uma "massa espessa e contínua de cadáveres cobriu a terra fria como um [tapete]". <ref name="O'ConnellBatchelor2002">{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=eoEagVTujdcC&pg=PA243 |título=Soul of the Sword: An Illustrated History of Weaponry and Warfare from Prehistory to the Present |ultimo=Robert L. O'Connell |ultimo2=John H. Batchelor |publicação=Simon and Schuster |ano=2002 |páginas=243ff |isbn=978-0-684-84407-7}}
</ref>
[[Ficheiro:AttuBanzai.jpg|miniaturadaimagem| Tropas japonesas mortas jazem onde caíram na Ilha de Attu após uma carga banzai final contra as forças americanas em 29 de maio de 1943 durante a [[Batalha de Attu]] .]]
No entanto, durante a [[Segunda Guerra Sino-Japonesa]], os japoneses foram capazes de usar eficazmente cargas de baioneta contra tropas chinesas mal organizadas e mal armadas. As "cargas Banzai" tornaram-se uma tática militar aceita, onde as forças japonesas foram capazes de [[desbaratar]] rotineiramente forças chinesas maiores. <ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=6rvlCAAAQBAJ&q=Banzai+charge++chinese&pg=PA117 |título=The Routledge History of Genocide |ultimo=Carmichael |primeiro=Cathie |ultimo2=Maguire |primeiro2=Richard C. |data=2015-05-01 |isbn=9781317514848}}</ref>
 
Nos primeiros estágios da [[Guerra do Pacífico|Guerra]] do [[Guerra do Pacífico|Pacífico]], uma súbita carga banzai poderia sobrepujar pequenos grupos de soldados inimigos despreparados para tal ataque. Mas, no final da guerra, contra forças aliadas bem organizadas e fortemente armadas, uma carga banzai infligiria poucos danos, enquanto seus participantes sofreriam perdas terríveis. Na melhor das hipóteses, elas foram conduzidas como último recurso por pequenos grupos de soldados sobreviventes quando a batalha principal já estava perdida. Na pior das hipóteses, elas desperdiçariam recursos valiosos em homens e armas, o que aceleraria a derrota.
 
Alguns comandantes japoneses, como o general [[Tadamichi Kuribayashi]], reconheceram a futilidade e o desperdício de tais ataques e proibiram expressamente seus homens de executá-los. De fato, os americanos ficaram surpresos com o fato dos japoneses não empregarem cargas banzai na [[Batalha de Iwo Jima]] . <ref>{{Citar livro |título=The Battle for Iwo Jima |ultimo=Derrick |primeiro=Wright |publicação=Sutton Publishing |ano=2006 }}</ref> <ref>According to military historian Shigetoki Hosoki, "This writer was stunned to find the following comments in the 'Iwo Jima Report', a collection of [[:en:Memoir|memoirs]] by Iwo Jima survivors. 'The men we saw weighed no more than thirty [[:en:Kilogram|kilos]] and did not look human. Nonetheless, these emaciated soldiers who looked like they came from [[:en:Mars|Mars]] faced the enemy with a force that could not be believed. I sensed a high [[:en:morale|morale]].' Even under such circumstances, the underground shelters that the Japanese built proved advantageous for a while. Enemy mortar and bombing could not reach them ten meters underground. It was then that the Americans began to dig holes and poured yellow [[:en:phosphorus|phosphorus]] gas into the ground. Their infantry was also burning its way through passages, slowly but surely, at the rate of ten meters per hour. A telegram has been preserved which says, 'This is like killing [[:en:Cockroach|cockroaches]].' American troops made daily advances to the north. On the evening of 16 March, they reported that they had completely occupied the island of Iwo Jima." ''Picture Letters from the Commander-in-Chief'', page 237.</ref>
 
=== Ataque de onda humana ===
O termo "[[ataque de onda humana]]" foi freqüentemente mal utilizado para descrever o '''ataque curto''' chinês <ref name="appleman363">{{Harvnb|Appleman|1990|p=363}}.</ref> - uma combinação de [[Infiltração (militar)|infiltração]] e [[táticas de choque]] empregadas pelo PLA durante a Guerra da Coréia. <ref name="roe435">{{Harvnb|Roe|2000|p=435}}.</ref> Um ataque curto típico chinês era realizado durante a noite através do envio de uma série de pequenas [[Esquadra|esquadrasesquadra]]s de cinco homens para atacar o ponto mais fraco das defesas do inimigo. A equipe de assalto chinesa rastejaria sem ser detectada dentro do alcance das granadas, então lançaria ataques surpresa com baionetas caladas contra os defensores a fim de romper as defesas contando com o máximo de choque e confusão.
 
Se o choque inicial não rompesse as defesas, esquadras de tiro adicionais pressionariam por trás delas e atacariam no mesmo ponto até que um rompimento fosse criado. <ref name="roe435">{{Harvnb|Roe|2000|p=435}}.</ref> Assim que a penetração fosse alcançada, o grosso das forças chinesas se moveria para a retaguarda inimiga e atacaria por trás. <ref name="alexander331">{{Harvnb|Alexander|1986|p=311}}.</ref> Devido aos sistemas de comunicação primitivos e controles políticos rígidos dentro do exército chinês, ataques curtos eram freqüentemente repetidos até que as defesas fossem penetradas ou os atacantes fossem completamente aniquilados.
 
Este padrão de ataque persistente deixou uma forte impressão nas forças da ONU que lutaram na Coréia, dando origem à descrição de "onda humana". <ref name="appleman353">{{Harvnb|Appleman|1989|p=353}}.</ref> O termo "onda humana" foi mais tarde usado por jornalistas e autoridades militares para transmitir a imagem dos soldados americanos sendo atacados por um número esmagador de chineses em uma frente ampla, o que é impreciso quando comparado com a prática chinesa normal de enviar sucessivas séries de pequenas equipes contra um ponto fraco na linha. <ref name="appleman362">{{Harvnb|Appleman|1990|p=362}}.</ref> Na verdade, era raro que os chineses usassem formações de infantaria densamente concentradas para absorver o poder de fogo inimigo. <ref name="marshall5">{{Harvnb|Marshall|1988|p=5}}.</ref>
 
=== Últimos vivas ===
[[Ficheiro:Millett;s_Charge.jpg|miniaturadaimagem| Um diorama em tamanho real no Museu de Infantaria do Exército dos EUA, [[Fort Benning]], Geórgia, retratando a carga de Millett na Colina 180 durante a Guerra da Coréia, que resultou em seu recebimento da Medalha de Honra.]]
Durante a Guerra da Coréia, o [[Batalhão francês na Guerra da Coréia|Batalhão Francês]] e a [[Brigada Turca]] não foram contrários ao uso de baionetas contra o inimigo. <ref name="grey1988">{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=NkW8AAAAIAAJ&pg=PA29 |título=The Commonwealth Armies and the Korean War: An Alliance Study |ultimo=Grey, Jeffrey |publicação=Manchester University Press |ano=1988 |isbn=978-0-7190-2611-9}}</ref>
 
O oficial do Exército dos Estados Unidos, [[Lewis L. Millett]], liderou soldados [[27º Regimento de Infantaria (Estados Unidos)|do 27º Regimento de Infantaria do Exército dos EUA na destruição de]] uma posição de metralhadora com baionetas. O historiador [[S.L.A. Marshall|SLA Marshall]] descreveu o ataque como "a carga de baioneta mais completa das tropas americanas desde [[Batalha de Cold Harbor|Cold Harbor]] ". Dos cerca de 50 inimigos mortos, cerca de 20 foram encontrados mortos por baionetas, e o local posteriormente tornou-se conhecido como ''Bayonet Hill'' (Colina da Baioneta). Esta foi a última carga de baioneta do Exército dos EUA. Por sua liderança durante o ataque, Millett foi condecorado com a [[Medalha de Honra]] . A medalha foi formalmente apresentada a ele pelo presidente [[Harry S. Truman]] em julho de 1951. Ele também recebeu a segunda condecoração mais alta do Exército, a [[Cruz de Serviço Distinto (Estados Unidos)|Cruz de Serviço Distinto]], por liderar outra carga de baioneta no mesmo mês.
 
Em 1982, o Exército Britânico executou cargas de baioneta durante a [[Guerra das Malvinas]], notadamente o [[3º Batalhão, Regimento de Pára-quedas|3º Batalhão, do Regimento de Pára-quedas]] durante a [[Batalha do Monte Longdon]] e o [[Guardas Escocesas|2º Batalhão, os Guardas Escoceses]] durante o assalto final do [[Batalha do Monte Caído|Monte Tumbledown]] .
 
Em 1995, durante o [[cerco de Sarajevo]], soldados de infantaria franceses do [[3º Regimento de Infantaria da Marinha|3º Regimento de Infantaria de Fuzileiros Navais]] realizaram uma carga de baioneta contra as forças sérvias na [[Ponte da Batalha de Vrbanja|Batalha da Ponte de Vrbanja]] . <ref>{{Citar web |url=http://www.granules-pellets.latretoire.org/video/PAPox1A3F6U/French-peacekeepers-assault-on-the-Vrbanja-bridge-Bosnian-war.html |titulo=- granulés & pellets |acessodata=24/8/2015}}</ref> As ações lideradas pelo regimento permitiram que os [[Forças de manutenção da paz das Nações Unidas|capacetes azuis das Nações Unidas]] saíssem de uma posição passiva devido a um engajamento pela primeira vez em resposta a hostilidades. Duas fatalidades resultaram deste evento com outros dezessete feridos.
 
Durante a [[Guerra do Iraque|Segunda Guerra do Golfo]] e na guerra no [[Afeganistão]], as unidades do Exército britânico executaram cargas de baioneta. <ref name="Telegraph 2004 06 13">{{Citar jornal |ultimo=Sean Rayment |url=https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/iraq/1464411/British-battalion-attacked-every-day-for-six-weeks.html |titulo=British battalion 'attacked every day for six weeks' |data=12/6/2004 |acessodata=11/12/2008 |website=[[The Daily Telegraph]] |publicado=Telegraph Media Group Limited |local=London}}</ref> Em 2004, no Iraque, na [[Batalha de Danny Boy]], os [[Argyll e Sutherland Highlanders]] carregaram à baioneta posições de morteiros contendo mais de 100 membros do [[Exército Mahdi]] . O combate corpo a corpo que se seguiu resultou em uma estimativa de mais de 40 insurgentes mortos e 35 corpos recolhidos (muitos flutuaram rio abaixo) e nove prisioneiros. O sargento Brian Wood, do [[Regimento Real da Princesa de Gales]], foi condecorado com a [[Cruz Militar]] por sua participação na batalha. <ref>{{Citar jornal |ultimo=Wyatt |primeiro=Caroline |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/8016685.stm |titulo=UK combat operations end in Iraq |data=28/4/2009 |website=BBC News}}</ref>
 
Em 2009, o tenente James Adamson do [[Regimento Real da Escócia]] foi condecorado com a Cruz Militar por uma carga de baioneta durante uma missão no Afeganistão: depois de matar um combatente [[talibã]], Adamson ficou sem munição quando outro inimigo apareceu. Ele imediatamente carregou sobre o segundo combatente talibã e o baionetou. <ref>{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/uk/8252974.stm |titulo=Military cross for bayonet charge |data=13/9/2009 |acessodata=2010-04-26 |website=BBC News}}</ref> Em setembro de 2012, o cabo Lance Sean Jones do Regimento da Princesa de Gales foi condecorado com a Cruz Militar por seu papel em uma carga de baioneta que ocorreu em outubro de 2011. <ref>{{Citar jornal |url=https://www.bbc.co.uk/news/uk-england-shropshire-19755107 |titulo=Shropshire soldier Lance Cpl Jones awarded Military Cross |data=28/9/2012 |acessodata=2012-09-28 |website=BBC News}}</ref>
 
== Baionetas contemporâneas ==
Hoje, a baioneta raramente é usada em combate um a um. <ref name="sadefensejournal.com">{{Citar periódico |url=http://sadefensejournal.com/wp/?p=531 |journalperiódico=Small Arms Defense Journal |titulo=Are We Forever Stuck with the Bayonet? |primeiro=George |ultimo=Kontis}}</ref> <ref>{{Citar livro |título=Knives of War: An International Guide to Military Knives from World War I to the Present |ultimo=Hughes |primeiro=Gordon |ultimo2=Jenkins |primeiro2=Barry |ultimo3=Buerlein |primeiro3=Robert A. |publicação=Paladin Press |ano=2006 |páginas=101–110}}</ref> <ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com/books?id=wfBslF4gUVwC&q=unarmed+combat |título=The Elite Forces Handbook of Unarmed Combat |ultimo=Shillingford |primeiro=Ron |publicação=St Martin's Press |ano=2001 |páginas=175–179 |isbn=9780312264369}}</ref> Apesar de suas limitações, muitos [[Fuzil de assalto|fuzis de assalto]] modernos (incluindo desenhos [[bullpup]] ) mantêm uma alça de baioneta e a baioneta ainda é fornecida por muitos exércitos. A baioneta ainda é usada para controlar prisioneiros ou como arma de último recurso. Além disso, algumas autoridades concluíram que a baioneta serve como um auxílio de treinamento útil para construir o [[moral]] e aumentar a agressividade desejada nas tropas. <ref name="FM 3-25.150">[http://www.globalsecurity.org/military/library/policy/army/fm/3-25-150/index.html U.S. Army Field Manual 3-25.150], 2002-12-18.</ref> <ref>{{Citar web |ultimo=Major William Beaudoin, CD |url=http://www.army.forces.gc.ca/caj/documents/vol_02/iss_1/CAJ_vol2.1_07_e.pdf |titulo=The Psychology of the Bayonet |acessodata=2012-10-23 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130523124550/http://www.army.forces.gc.ca/caj/documents/vol_02/iss_1/CAJ_vol2.1_07_e.pdf |arquivodata=23/5/2013}}</ref>
 
As baionetas de hoje geralmente funcionam como facas utilitárias multiuso, abridores de garrafas ou facas de arremesso. <ref name="Glock Field Knives">{{Citar web |url=https://botach.com/ |titulo=Botach.com &#124; Law Enforcement, Military & Public Safety Gear &#124; FREE Shipping |website=botach.com |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120422033251/http://www.botachtactical.com/glockknives.html |arquivodata=22/4/2012}}</ref> <ref name="knifethrowing.info">{{Citar web |ultimo=Christian Thiel |url=http://www.knifethrowing.info/glock_throwing_knife.html |titulo=Review FM81 throwing knife (Glock) |acessodata=24/8/2015}}</ref> O fornecimento de uma baioneta/faca multifuncional moderna também é mais econômico do que o fornecimento de baionetas especializadas separadas, facas de campanha e de facas de combate.
 
=== URSS ===
O [[AK-47]] original tem uma baioneta adequada porém nada notável. No entanto, a [[AKM|baioneta AKM Tipo I]] (introduzida em 1959) foi um projeto revolucionário. <ref name="worldbayonets.com">http://worldbayonets.com/Misc__Pages/ak_bayonets/ak_bayonets.html | Kalashnikov Bayonets Ralph E. Cobb, 2010</ref> Tem uma lâmina tipo Bowie (ponta cortante) com dentes de serra ao longo do dorso e pode ser usada como faca de sobrevivência multiuso e cortador de arame quando combinada com sua bainha de aço. <ref>[https://www.youtube.com/watch?v=lR0weLGUG6o how to use the wire cutter on an akm /ak 47 bayonet]. YouTube (16 July 2009). Retrieved on 2011-09-27.</ref> Este projeto foi copiado por outras nações e formou a base da [[baioneta M9]] americana. A baioneta [[AK-74|6Kh5]] do [[AK-74]] (introduzida em 1983) representa um refinamento adicional da baioneta do AKM. "Ela introduziu uma seção transversal de lâmina radical, que tem uma superfície plana fresada em um lado próximo ao fio e uma superfície plana correspondente fresada no lado oposto próximo ao falso fio." A lâmina tem uma nova ponta de lança e um cabo de plástico aprimorado moldado de uma só peça, tornando-a uma faca de combate mais eficaz. Também possui dentes de serra no falso fio e o orifício usual para uso como cortador de fio. Cada uma das versões de cortador de arame das baionetas AK tem um cabo isolado eletricamente e uma parte isolada eletricamente da bainha, para que possa ser usada para cortar arame eletrificado.
 
=== Estados Unidos ===
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=== República Popular da China ===
O fuzil de assalto AK-47 foi copiado pela China como o [[Rifle de assalto tipo 56|fuzil de assalto Tipo 56]] e inclui uma baioneta pontiaguda dobrável integral, semelhante à do fuzil SKS. <ref name="Century 2000. page 230-231">{{Citar livro |título=Military Small Arms of the 20th Century |ultimo=Hogg |primeiro=Ian V. |ultimo2=Weeks |primeiro2=John S. |publicação=Krause Publications |ano=2000 |páginas=230–231 |editionedição=7th}}</ref> Alguns fuzis Tipo 56 também podem usar a baioneta AKM Tipo II. <ref>{{Citar web |url=http://www.ak47bayonets.com/AK47_Bayonet_Chinese.php |titulo=Chinese AK Bayonets |acessodata=2012-10-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120426090259/http://www.ak47bayonets.com/AK47_Bayonet_Chinese.php |arquivodata=26/4/2012}}</ref> O mais recente fuzil chinês, o [[QBZ-95]], tem a baioneta de faca multiuso semelhante à M9 americano.
 
=== Bélgica ===
O [[FN FAL]] possui dois tipos de baioneta. A primeira é uma baioneta de ponta de lança tradicional. A segunda é a baioneta de soquete Tipo C introduzida na década de 1960. Possui uma alça oca que se encaixa sobre a boca do cano e com ranhuras que se alinham com aquelas dos quebra-chamas do FAL de 22mm de especificação da OTAN. Sua lâmina em forma de lança é deslocada para o lado do cabo para permitir que a bala passe ao lado da lâmina.
 
=== Reino Unido ===
A atual baioneta de soquete L3A1 britânica é baseada na baioneta de soquete Tipo C do [[FN FAL]] com uma lâmina de ponta de grampo. <ref>{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Bayonet_Identification_Guide/fal_page/fal_bayonets.html |titulo=FN-FAL Bayonets |website=worldbayonets.com}}</ref> Ela tem uma alça oca que se encaixa sobre o cano [[SA80|do fuzil SA80/L85]] e ranhuras que se alinham com aquelas do quebra-chamas. A lâmina é deslocada para o lado do cabo para permitir que a bala passe ao lado da lâmina. Também podendo ser usada como faca multiuso e cortador de arame quando combinada com sua bainha. <ref name="sadefensejournal.com">{{Citar periódico |url=http://sadefensejournal.com/wp/?p=531 |journalperiódico=Small Arms Defense Journal |titulo=Are We Forever Stuck with the Bayonet? |primeiro=George |ultimo=Kontis}}</ref> A bainha também tem uma pedra de amolar e lâmina de serra dobrável.
 
=== Alemanha ===
O [[Heckler & Koch G3|fuzil H&K G3]] usa dois tipos de baionetas, ambas montadas acima do cano do G3. <ref name="jeffreyhayes.com">{{Citar web |url=http://www.jeffreyhayes.com/books/ebook/G3.pdf |titulo=Bayonet for Heckler & Koch rifles by R.D.C. Evans. October 2009 |acessodata=2012-10-17 |website=Bayonet Studies Series |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121021021531/http://www.jeffreyhayes.com/books/ebook/G3.pdf |arquivodata=21/10/2012}}</ref> A primeira é a baioneta G3 padrão que possui uma lâmina semelhante à M7 americana. A segunda é uma baioneta de faca multiuso tipo EICKHORN KCB-70, apresentando uma ponta de grampo com dorso de serra, uma bainha de cortador de arame e um punho quadrado distinto. Para o [[Heckler & Koch G36|H&K G36,]] houve pouco uso de baionetas de lâmina [[AKM]] Tipo II modificadas de estoques do antigo ''Nationale Volksarmee'' (Exército Nacional Popular) da Alemanha Oriental. O anel da boca do cano original foi cortado e um novo anel de grande diâmetro soldado no lugar. A alça do cinto de couro original foi substituída por uma rede complexa e alça de cinto de plástico projetada para se ajustar ao equipamento de sustentação de carga da Alemanha Ocidental. <ref>{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Bayonet_Identification_Guide/Germany__Post_WW_II_/germany_post_wwii_2.html |titulo=Bayonets of Post-War Germany |website=worldbayonets.com}}</ref>
 
=== Áustria ===
O [[Steyr AUG]] usa dois tipos de baioneta. A primeira e mais comum é uma baioneta multifuncional do tipo Eickhorn KCB-70 com uma configuração do tipo baioneta M16. A segunda é a [[Faca glock|Glock ''Feldmesser 78'' (Faca de Campanha 78) e a ''Feldmesser 81'' (Faca de Sobrevivência 81)]], que também pode ser usada como uma baioneta, encaixando um soquete no pomo (coberto por uma tampa de plástico) em um adaptador de baioneta que pode ser instalado no fuzil AUG. <ref>{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Bayonet_Identification_Guide/Austria/Austria_2.html |titulo=Bayonets of Austria |website=worldbayonets.com}}</ref> <ref>{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Bayonet_Identification_Guide/Austria/feldmesser78_aug.pdf |titulo=World Bayonets. Austria. Image of Glock Knife mounted on Stryr AUG}}</ref> <ref>[http://www.armasadictos.com/aa/armas-blancas/bayoneta/6-glock-78-cuchillo-de-campo-o-bayoneta Glock 78 field knife or bayonet]. Created on 23 July 2012. Written by Ramon A. Castella.</ref> Essas baionetas são dignas de nota, visto que deviam ser usadas principalmente como facas de campanha ou de sobrevivência e o uso como baioneta era uma consideração secundária. Elas também podem ser usadas como facas de arremesso e têm um [[abridor de garrafas]] embutido na [[Crossguard|cruzeta]]. <ref name="Glock Field Knives">{{Citar web |url=https://botach.com/ |titulo=Botach.com &#124; Law Enforcement, Military & Public Safety Gear &#124; FREE Shipping |website=botach.com |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120422033251/http://www.botachtactical.com/glockknives.html |arquivodata=22/4/2012}}</ref> <ref name="knifethrowing.info">{{Citar web |ultimo=Christian Thiel |url=http://www.knifethrowing.info/glock_throwing_knife.html |titulo=Review FM81 throwing knife (Glock) |acessodata=24/8/2015}}</ref>
 
=== França ===
Os franceses usam uma baioneta de ponta de lança mais tradicional com a baioneta [[FAMAS]] atual, que é quase idêntica à da baioneta [[Rifle MAS-49|M1949/56]] . <ref>{{Citar web |url=http://worldbayonets.com/Bayonet_Identification_Guide/France/france_2.html |titulo=Bayonets of France |website=worldbayonets.com}}</ref> O novo fuzil francês [[Heckler & Koch HK416|H&K 416]]F usa a Eickhorn "SG 2000 WC-F", uma faca/baioneta de combate multiuso no [[Tantō|estilo "tantō"]] (semelhante à [[KM2000]] ) com um alicate de corte. <ref name="eickhorn-solingen.de">{{Citar web |url=https://www.eickhorn-solingen.de/SG-2000-WC-F/en |titulo=SG 2000 WC-F |website=www.eickhorn-solingen.de}}</ref> Pesa {{Cvt|320|g|lb|1}}, tem {{Cvt|30.0|cm|in|1}} de comprimento com uma lâmina serrilhado na metade de {{Cvt|17.3|cm|in|1}} para cortar cordas. O cabo e a bainha sintéticos possuem isolamento elétrico que protege até 10.000 volts. A bainha também possui um afiador de lâmina de diamante.
 
=== Galeria fotográfica ===
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Ficheiro:FFLegion.JPEG|Legionário francês com FAMAS e baioneta calada.
Ficheiro:Changing the Guard ceremony in Québec during the summer 09.jpg|O [[Royal 22nd Regiment|22º Regimento Real]] do [[Canada|Canadá]] calando suas baionetas.
Ficheiro:Marines Rehearse for Presidential Inauguration 130117-M-YO938-821.jpg|Fuzileiros navais do [[Quartel de Fuzileiros Navais de Washington DC]] calam suas baionetas durante os ensaios para a inauguração presidencial.
</gallery>
 
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== Emblemas e insígnias ==
O [[Rising Sun (emblema)|emblema ''"Rising Sun"'' (Sol Nascente)]] do [[Exército Australiano|Exército australiano]] apresenta um semicírculo de baionetas. A Insígnia de Combate de Infantaria do Exército Australiano (''Infantry Combat Badge'', ICB) tem a forma de uma baioneta do SLR do Exército Australiano montada verticalmente (fuzil FN FAL de 7,62mm) cercada por uma coroa de louros em formato oval. <ref>[[:en:Infantry combat badge|Infantry combat badge]]</ref> O [[Emblema de ação de combate|Distintivo de Ação de Combate]] do Exército dos EUA, concedido a militares que estiveram sob fogo desde 2001 e que não são elegíveis para o [[Distintivo de soldado de infantaria de combate|Distintivo de Combate de Infantaria]] (''Combat Infantryman Badge'', CIB)(devido ao fato de que apenas o pessoal de Infantaria pode receber o Distintivo de Combate de Infantaria), tem uma baioneta como seu adorno central.
 
A insígnia da manga do ombro da [[10th Mountain Division|10ª Divisão de Montanha]] do Exército dos EUA apresenta baionetas cruzadas. O distintivo do ombro da [[173ª Brigada Aérea de Combate|173ª Brigada de Combate Aerotransportada]] do Exército dos EUA apresenta uma baioneta enrolada em uma asa, simbolizando seu status aerotransportado. A brigada regularmente se desdobra em forças-tarefa sob o nome de "Baioneta". A insígnia da [[Escola de Infantaria]] do Exército Britânico é uma baioneta SA80 em frente a um escudo vermelho. É usado como um [[Flash de reconhecimento tático|distintivo de reconhecimento tático]] (''Tactical recognition flash'', TRF) por instrutores no [[Centro de treinamento de infantaria (exército britânico)|Centro de Treinamento de Infantaria]] Catterick, na [[Escola de batalha de infantaria|Escola de Batalha de Infantaria]] em [[Brecon]] e na Escola de Armas de Apoio em [[Warminster]] .
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* ''Hunting weapons'' (Armas de caça), Howard L Blackmore, 2000, Dover Publications
 
{{EB1911|wstitle=Bayonet}}
 
==Ligações externas==