Augusto Pestana: diferenças entre revisões

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m Acréscimo de informação sobre convite de Borges de Medeiros para a prefeitura de Porto Alegre (1920)
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Depois de um período complementar em Ijuí e outro em Porto Alegre como diretor dos Telégrafos, Pestana foi nomeado diretor-presidente da [[Estrada de Ferro Oeste de Minas]] pelo presidente [[Hermes da Fonseca]] em setembro de [[1913]]. Retornou ao [[Rio Grande do Sul]] em dezembro do ano seguinte para ingressar na vida político-partidária. Elegeu-se [[deputado federal]] pelo [[Partido Republicano Rio-Grandense|Partido Republicano Rio-Grandense (PRR)]] em 30 de janeiro de [[1915]] e 30 de janeiro de [[1918]].<ref>SPALDING, Walter. ''Op.cit.''</ref>
 
Na [[Câmara dos Deputados]], foi membro das Comissões de Educação e de Finanças e relator do orçamento de viação e obras públicas, destacando-se como defensor da ampliação e modernização da infraestrutura brasileira. Em [[1918]], chegou a ser cotado para assumir o [[Ministério de Viação e Obras Públicas]], convite que não se concretizaria pela morte do presidente eleito [[Rodrigues Alves]].<ref>"O Estado de S.Paulo", São Paulo, edição de 8 de junho de 1918.</ref> Crítico do modelo de concessões a grupos privados estrangeiros então vigente no País, Pestana moveu campanha contra a ''Compagnie Auxiliaire de Chemins de Fer au Brésil'', empresa sediada em [[Bruxelas]], [[Bélgica]], e controlada pelo megaempresário [[Estados Unidos|norte-americano]] [[Percival Farquhar]], que explorava as ferrovias gaúchas desde [[1905]]. Prejudicado pela falta de investimentos de Farquhar e pela má gestão da ''Auxiliaire'', o transporte ferroviário no [[Rio Grande do Sul]] encontrava-se à beira do colapso ao final da década de [[1910]]. Em articulação envolvendo o presidente [[Epitácio Pessoa]], o governador [[Borges de Medeiros]] e os demais membros da bancada gaúcha no Congresso, Pestana conseguiu que a União aprovasse em 18 de junho de [[1920]] a estatização da ''Auxiliaire'' e a criação da [[Viação Férrea do Rio Grande do Sul|Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS)]], sob controle do governo gaúcho.<ref>LOVE, Joseph L. "O Regionalismo Gaúcho e as Origens da Revolução de 1930". São Paulo, Perspectiva, 1975.</ref> Em agosto de 1920, Pestana foi convidado por [[Borges de Medeiros]] a assumir a prefeitura de [[Porto Alegre]] em substituição a [[José Montaury]], mas preferiu seguir à frente do processo de implantação da nova companhia ferroviária.<ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/830267/4812 Revista A.B.C., Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1920.]</ref>
 
Diretor-presidente da VFRGS de [[1920]] a [[1926]] (com uma breve interrupção em [[1924]] para representar a empresa no Rio de Janeiro) e secretário estadual de Viação e Obras Públicas entre [[1926]] e [[1928]], Pestana recuperou as linhas ferroviárias gaúchas e adquiriu novas [[trem|composições]], incluindo locomotivas alemãs [[2-8-2]] preparadas para o uso de [[carvão]] nacional como combustível.<ref>SPALDING, Walter. ''Op.cit.''</ref><ref>SILVA TELLES, Pedro Carlos da. "História da Engenharia Ferroviária no Brasil". Rio de Janeiro, Notícia e Cia., 2011.</ref> Preocupado com a dependência do transporte ferroviário brasileiro por [[carvão mineral]] importado, estimulou a realização de estudos técnicos para demonstrar o potencial de utilização do carvão nacional. Em [[1922]], determinou a aquisição do primeiro motor a [[gasogênio]] no Brasil, movido exclusivamente com combustível produzido no [[Rio Grande do Sul]].<ref>SILVA TELLES, Pedro Carlos da. ''Op.cit.''</ref>