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Na [[história]] da '''[[Revolução Francesa]],''' [[Montanha (Revolução Francesa)|'''A''' '''Montanha''']] (em [[Língua francesa|francês]]: ''La Montagne'') foi um grupo político de tendências revolucionárias cujos integrantes em sua maioria pertenciam a média e baixa burguesia na [[Convenção (Revolução Francesa)|'''Convenção Nacional''']] – denominação dada ao [[regime político]] que vigorou na [[França]] entre 20 de setembro de 1792 e 26 de outubro de 1795. Por ocuparem os bancos superiores na [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembléia Legislativa,]] seus integrantes eram chamados de '''Montanheses''' (em [[Língua francesa|francês]]: ''les Montagnards''). A partir de 1791, o grupo passou a ser formalmente conhecido como os [[Clube dos Jacobinos|Jacobinos]]. Por ser um grupo muito diversificado, seus líderes foram numerosos, sendo que os mais conhecidos foram [[Louis Antoine Léon de Saint-Just]], [[Georges Jacques Danton]] e [[Maximilien de Robespierre|Maximilien de Robespierre.]]
Durante a [[Revolução Francesa|Revolução]], os deputados da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembleia Legislativa]] de [[1791]] que ocupavam os bancos mais elevados da Assembleia – "''a Montanha''" tomaram o nome de ''montanheses'', enquanto os deputados dos bancos mais baixos – "''[[Planície (Revolução Francesa)|a Planície]]''", receberam o nome de ''marais''. Apoiados pelo grupo [[Sans-culottes|Sans-culottes –]] representantes da massa popular – a Montanha defendia os [[Republicanismo|ideais republicanos]] e combatia os [[Girondino|Girondinos]], de ideais [[Monarquia|monarquistas,]] cujos membros em sua maioria pertenciam a alta [[burguesia]] os quais foram derrubados do poder em [[Jornadas de 31 de Maio e 2 de Junho de 1793|2 de Junho de 1793]].
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== Principais representantes ==
[[Ficheiro:Robespierre.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|190x190px|Retrato de '''''Maximilien de Robespierre''''' (1758-1794).[[Ficheiro:Anonymous - Portrait de Louis-Antoine de Saint-Just (1767-1794), homme politique. - P859 - Musée Carnavalet.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|183x183px|Retrato de '''''Louis-Antoine de Saint-Just (1767-1794).''''' [[Ficheiro:Anonyme - Portrait de Georges Danton (1759-1794), orateur et homme politique - P712 - musée Carnavalet.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|190x190px|Retrato de '''''Georges Danton''''' (1759-1794). ]]]]]]
Por ser um movimento amplo e diversificado, a Montanha não contava com uma liderança unificada. Entretanto, alguns nomes se destacaram por seus feitos políticos. É o caso de [[Maximilien de Robespierre|Maximilien François Marie Isidore de Robespierre]], nascido em 6 de Maio de 1758, em [[Arras (França)|Arras]]. [[Maximilien de Robespierre|Robespierre]] foi um destacado jovem advogado, representante do distrito de Arras na [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembleia Nacional]] e se tornou um dos principais apoiadores do governo revolucionário. [[Maximilien de Robespierre|Robespierre]] sabia das implicações dessa nova forma de governo e deixava claro que a defesa da [[Revolução Francesa|Revolução]] significava um estado de guerra contra seus opositores. Os seus apoiadores chamavam-lhe de "O Incorruptível", e durante a [[Convenção Nacional]], ele encarnou a tendência mais radical da [[Revolução Francesa|Revolução]] Outro nome que teve forte relevância foi o de [[Louis Antoine Léon de Saint-Just|Louis-Antoine de Saint-Just,]] um aspirante a literato, que foi eleito para a convenção em 05 de Setembro de 1792, e votou pela execução do rei. Em 30 de maio de 1793 foi eleito membro do [[Comitê de Salvação Pública]], por sua intransigência durante o período de Terror, foi apelidado "arcanjo do Terror" e "arcanjo da Revolução". Um terceiro nome de força foi o de [[Georges Jacques Danton]] nasceu em uma família da pequena burguesia, no dia 26 de outubro de 1759, em uma cidade chamada [[Arcis-sur-Aube]], e a partir do estouro da Revolução em 1789, este jovem advogado transformou-se em líder das massas populares de Paris. Em 1793 propôs a criação de um sistema de Comitês que exerceriam o poder executivo, ante a situação de emergência criada pelas ameaças interiores e exteriores contra o regime revolucionário. Ele mesmo chegou a presidir o mais importante, o [[Comitê de Salvação Pública]]; entretanto, três meses mais tarde, foi expulso e substituído pelo político francês [[Maximilien de Robespierre]], dando início a um período de [[ditadura]] revolucionária, por parte do partido político dos montanheses▼
Por ser um movimento amplo e diversificado, a Montanha não contava com uma liderança unificada. Entretanto, alguns nomes se destacaram por seus feitos políticos. É o caso de [[Maximilien de Robespierre|Maximilien François Marie Isidore de Robespierre]], nascido em 6 de Maio de 1758, em [[Arras (França)|Arras]]. [[Maximilien de Robespierre|Robespierre]] foi um destacado jovem advogado, representante do distrito de Arras na [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembleia Nacional]] e se tornou um dos principais apoiadores do governo revolucionário. [[Maximilien de Robespierre|Robespierre]] sabia das implicações dessa nova forma de governo e deixava claro que a defesa da [[Revolução Francesa|Revolução]] significava um estado de guerra contra seus opositores. Os seus apoiadores chamavam-lhe de "O Incorruptível", e durante a [[Convenção Nacional]], ele encarnou a tendência mais radical da [[Revolução Francesa|Revolução]].
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O Governo Revolucionário▼
[[Ficheiro:Viva a montanha! Revolução Francesa. .jpg|miniaturadaimagem|395x395px|Béricourt, E. '''''Viva a montanha; viva a única e indivisível República.''''']]
▲== O Governo Revolucionário ==
Os grupos políticos participantes da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembleia Nacional]] estavam divididos entre Direita, Centro e Esquerda: [[Girondino|Os girondinos]], em sua maior parte composta pela classe da alta [[burguesia]] e [[aristocracia]], que defendiam o fim da revolução, se localizavam do lado direito na [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa)|Assembleia Nacional]]. A [[Planície (Revolução Francesa)|Planície]] ou Pântano, localizava-se no centro das sessões e se caracterizou por posições políticas baseadas no favorecimento aos seus integrantes. E, na esquerda, localizava-se a [[Montanha (Revolução Francesa)|Montanha]], grupo revolucionário, anti-monarquista e defensor do povo. Essas designações se tornaram uma ferramenta de definição de posicionamento político até os dias atuais.
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A relação entre os [[Jacobinismo|Jacobinos]], [[Montanha (Revolução Francesa)|Montanheses]] e [[Sans-culottes|Sans-Culottes]] passou a se dar de forma mais conjunta a partir da expulsão dos [[Girondino|Girondinos]] da [[Convenção (Revolução Francesa)|Convenção]], os quais dirigiam a organização revolucionária no início de Junho de 1793. Sob pressão dos Sans-culottes e da Guarda Nacional, os montanheses expulsaram os deputados girondinos e a partir desse momento, a direção da organização revolucionária ficou sob responsabilidade dos [[Montanha (Revolução Francesa)|Montanheses]], [[Jacobinismo|Jacobinos]] e [[Sans-culottes|Sans-Culotte]]<nowiki/>s. A organização do governo revolucionário por esses grupos se deu para “disciplinar o ímpeto popular e conservar a aliança burguesa”, pois as massas populares fizeram pressão para serem aprovadas as grandes medidas de salvação pública e naquele momento era necessário que se mantivesse uma unidade revolucionária.
A partir do ano II deste governo revolucionário aparecem duas séries de problemas: O primeiro de ordem política era “como conciliar o comportamento próprio aos [[Sans-culottes|Sans-Culottes]] com as exigências da ditadura revolucionária e as necessidades da defesa nacional?”. E o segundo de ordem social, que consistia em “como conciliar as aspirações e reivindicações econômicas dos [[Sans-culottes|Sans-Culottes]] com as exigências da [[burguesia]] que permanece o elemento dirigente da Revolução?”.
Após essa vitória, as liberdades de ação do movimento popular foram sufocadas pela autoridade governamental, que ficava cada vez mais centralizada. A prioridade do [[Comitê de Salvação Pública]] passou a ser as exigências da Defesa Nacional. No outono de 1793 era perceptível a vontade do Comitê de Salvação Pública de se distanciar das massas populares, principalmente com a suspensão da descristianização, ataques às organizações populares e abrandamento do terror. Assim, a relação entre esses grupos evidenciava uma crise política que viria a trazer consequências para a organização popular, para o governo revolucionário e para a Revolução.
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