Língua dinamarquesa: diferenças entre revisões

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Juntamente com as outras línguas germânicas setentrionais, o dinamarquês é um descendente do [[nórdico antigo]], a língua comum dos povos germânicos que viviam na Escandinávia durante a Era Viking. O dinamarquês, juntamente com o [[Língua sueca|sueco]], deriva do grupo de dialetos nórdicos orientais, enquanto o idioma norueguês médio, antes da influência do dinamarquês e do [[Língua norueguesa|norueguês Bokmål]], é classificados como nórdico ocidental, juntamente com o [[Língua feroesa|feroês]] e o [[Língua islandesa|islandês]]. Uma classificação mais recente baseada na inteligibilidade mútua separa os dinamarqueses, noruegueses e suecos modernos como "escandinavos do continente", enquanto os islandeses e faroenses são classificados como "escandinavos insulares".
 
Até o século 16, o dinamarquês era um continuum de dialetos falados de [[Schleswig-Holstein|Schlesvig]], ana Alemanha, até à [[ScaniaEscânia]], na Suécia, sem variedade padrão ou convenções de ortografia. Com a [[Reforma Protestante]] e a introdução da impressão, foi desenvolvida uma linguagem padrão baseada no dialeto educado de [[Copenhague]], que se espalhou através do uso no sistema de ensino e administração, embora o alemão e o latim continuassem a ser as línguas escritas mais importantes até o século XVII. Após a perda de território para a Alemanha e a Suécia, um movimento nacionalista adotou a linguagem como um símbolo da identidade dinamarquesa, e a língua experimentou um forte aumento no uso e popularidade, com grandes obras da literatura produzidas nos séculos XVIII e XIX. Hoje, os dialetos dinamarqueses tradicionais praticamente desapareceram, embora existam variantes regionais da linguagem padrão. As principais diferenças na linguagem são entre gerações, sendo a linguagem dos jovens particularmente inovadora.
 
O dinamarquês possui um inventário vocálico muito grande, compreendendo 27 [[vogal|vogais]] [[Fonema|fonemicamente]] distintas,<ref>Haberland, Hartmut (1994). "10. Danish". In König, Ekkehard; van der Auwera, Johan. The Germanic Languages. Routledge Language Family Descriptions. Routledge. pp. 313–349. ISBN 978-0-415-28079-2. </ref> e sua [[prosódia]] é caracterizada pelo fenômeno distintivo ''stød'', uma espécie de tipo de fonação laríngea. Devido às muitas diferenças de pronúncia que separam o dinamarquês de seus idiomas vizinhos, particularmente as vogais, prosódia difícil e consoantes "fracamente" pronunciadas, às vezes é considerada uma linguagem difícil de aprender e entender, e algumas evidências mostram que crianças pequenas são mais lentas para adquirir as distinções fonológicas do dinamarquês.<ref>Bleses, D.; Vach, W.; Slott, M.; Wehberg, S.; Thomsen, P.; Madsen, T. O.; Basbøll, H. (2008). "Early vocabulary development in Danish and other languages: A CDI-based comparison". Journal of Child Language. 35 (3): 619–650. doi:10.1017/s0305000908008714. PMID 18588717.</ref> A gramática é moderadamente inflectida com conjugações fortes (irregulares) e fracas (regulares) e inflexões. Substantivos e pronomes demonstrativos distinguem gênero comum e neutro. Como o inglês, o dinamarquês só tem remanescentes de um antigo sistema de casos, particularmente nos pronomes. Ao contrário do [[língua inglesa|inglês]], o dinamarquês perdeu toda a marcação de pessoa nos verbos. Sua [[sintaxe]] é a ordem das palavras V2, com o verbo finito sempre ocupando o segundo espaço na frase.