Hélder Câmara: diferenças entre revisões

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Acréscimo do nome do bispo que ordenou padre.
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== Formação e presbiterado ==
Ingressou no Seminário Diocesano de Fortaleza em 1923, o [[Seminário da Prainha]], então sob direção dos padres [[Congregação da Missão|lazaristas]]. Nesta instituição, cursou o ginásio e concluiu os estudos de [[filosofia]] e [[teologia]].<ref name="Avila">[http://books.google.com.br/books?id=03Ogsy5smVwC&pg=PA62&lpg=PA62&dq=pacto+das+catacumbas&source=bl&ots=259209fLRA&sig=_IExvsZvZPZvH3pJJYohkmyQkUY&hl=pt-BR&ei=SuifSf30JN-BtwfNwMGODQ&sa=X&oi=book_result&resnum=8&ct=result#PPA51,M1 Ávila, F.B., 2000. ''Dom Hélder Câmara''.] Em: '''Profetas e Profecias numa visão interdisciplinar e contemporânea'''. [[São Paulo (estado)|São Paulo]]: [[Edições Loyola]]. {{ISBN|9788515026012}}</ref> No seminário, Hélder e seus colegas receberam uma formação pela qual eram abominados o [[iluminismo]], a [[Revolução Francesa]], o [[tenentismo]] e o [[Partido Comunista Brasileiro]]. O [[comunismo]] era abominado como o "mal dos males" e a defesa do [[capitalismo]] era vista como meta, juntamente da defesa da Pátria contra o "perigo vermelho". Chegando ao final do curso de Teologia, Hélder passou por uma forte crise vocacional. Acreditava que podia também contribuir mais com a Igreja sendo um leigo à altura de [[Jackson de Figueiredo]] e [[Alceu Amoroso Lima]]. Depois de meses de oração, de conselhos da mãe e de conversas com o reitor Pe. Tobias, convenceu-se de que não deveria frustrar seu sonho de juventude.<ref name=":0">{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=owFRDwAAQBAJ&pg=PT36&dq=h%C3%A9lder+c%C3%A2mara+integralismo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiyo9firqfaAhUJH5AKHcTBDHYQ6AEIKDAA#v=onepage&q=h%C3%A9lder%20c%C3%A2mara%20integralismo&f=false|título=O caminho espiritual de Dom Helder Câmara|ultimo=RAMPON|primeiro=Ivanir Antonio|editora=Paulinas|ano=2015|local=|páginas=|acessodata=07/04/2018}}</ref> Foi [[ordenação presbiteral|ordenado padre]] no dia [[15 de agosto]] de [[1931]], empelas mãos de [[Manuel da Silva Gomes|Dom Manuel da Silva Gomes]], [[arcebispo]] de [[Arquidiocese de Fortaleza|Fortaleza]], aos 22 anos de idade, com autorização especial da [[Santa Sé]], por não possuir a idade mínima exigida.<ref name="infoescola">{{citar web|url=http://www.infoescola.com/biografias/dom-helder-camara/|titulo=Dom Helder Camara|acessodata=12 de fevereiro de 2012|publicado=InfoEscola|autor = Santana, Ana Lucia|data =|língua =}}</ref> Logo depois de rezar sua Primeira Missa, Hélder recebeu a missão de coordenar os Círculos Operários Cristãos e iniciar a [[Juventude Operária Católica]].
 
Em outubro do mesmo ano, foi fundada por [[Severino Sombra]] a [[Legião Cearense do Trabalho]], que arregimentou parte notável da elite cearense e contou com 15 mil inscritos. A Legião acreditava que era preciso combater o individualismo e recuperar o corporativismo medieval. A Legião se declarava anticapitalista, antiburguesa e anticomunista. No mesmo período, Hélder organizou a JOC segundo a orientação ideológica da Legião, reunindo, em poucos meses, dois mil rapazes pobres, oferecendo atividades de alfabetização e recreação.<ref name=":0" /> Em 1933, fundou a Sindicalização Operária Feminina Católica, que congregava as lavadeiras, passadeiras e empregadas domésticas,<ref name="infoescola" /> realizando, além da sindicalização de mulheres, aulas de escrita, leitura e cálculo, bem como de educação artística, religiosa e de nacionalismo.<ref name=":0" />
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Afastado do Integralismo, Hélder Câmara teria se voltado ao [[humanismo integral]] de [[Jacques Maritain]].<ref name=":0" /> Em depoimento de dezembro de 1983, porém, já ao final de sua vida, ele defende os valores integralistas, de cuja pregação afirma nunca ter se arrependido. Diz ainda: "Eu nunca rompi com o integralismo". Assinala que não duvidava também da sinceridade dos integralistas, mas apenas se preocupava com o encaminhamento de seus membros a um [[totalitarismo]].<ref name=":1" /> Plínio Salgado responderia em 1966 a uma afirmação de D. Hélder sobre o integralismo, defendendo seu movimento. Na carta, ele louva os "nobres idealismos" do prelado para com os pobres e afirma que a doutrina integralista não é fascista, mas "[[Espiritualismo filosófico|espiritualista]], [[Cristianismo|cristã]], [[Nacionalismo|nacionalista]] sem [[Jacobinismo|jacobinismos]], preocupada com a justiça social e reformas indispensáveis para atingi-la". Sobre o capitalismo, ele defende também que "foi o integralismo que levantou, pela primeira vez, a bandeira contra o capitalismo de Wall Street" no Brasil. Por isso diz Plínio que "o prelado de agora é o mesmo padre de ontem". Sobre os integralistas encaminhando ao totalitarismo, ele os atribui a uma corrente direitista divergente, que se aproximava dos partidos totalitários europeus.<ref>{{citar periódico|ultimo=SALGADO|primeiro=Plínio|data=1966|outros=Disponível no Acervo Casa de Plínio Salgado|titulo=Diários Associados|url=|jornal=Equívocos de Dom Helder|local=Rio de Janeiro|acessodata=}}</ref>
 
No Rio de Janeiro, Hélder teve como diretor espiritual o Padre [[Leonel Franca]], criador da primeira universidade católica do Brasil - a [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]].<ref name="Avila" /> Em 1939, por autorização de Getúlio Vargas, Hélder assumiu o cargo de chefe da Seção do instituto de Pesquisas Educacionais, da Secretaria Geral de Educação e Cultura. No período pós-guerra, fundou a Comissão Católica Nacional de Imigração, para apoio à imigração de refugiados.<ref name="Avila" />
 
== Episcopado ==