Plano Cohen: diferenças entre revisões

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O capitão Olímpio Mourão Filho, ao ser acusado pelo general Góis Monteiro e, depois, pelo general [[Aguinaldo Caiado de Castro|Caiado de Castro]], afirmou que preparara o plano como uma simulação para ser usada pelos integralistas.{{Sfn|Castro|1972|p=5}} Segundo ele, ao saber que seu documento seria usado para legitimar um golpe de Estado, ele teria procurado o general Góis Monteiro, que o teria ofendido e lhe mandado calar-se.{{Sfn|Castro|1972|p=5}} Durante um procedimento em que buscava defender-se na Justiça Militar, ele submeteu um documento explicativo em que acusou violentamente o general Góis Monteiro de levar a público um documento sabidamente falso.{{Sfn|Castro|1972|p=5}}
 
Depois, em uma entrevista ao ''[[Jornal do Brasil]]'', ele afirmou categoricamente que "o chamado Plano Cohen, que não é plano nem Cohen, foi uma farsa montada por inescrupulosos para servir a objetivo bem determinado: o golpe de 37" e que "[o general Góis Monteiro] sabia, muito bem, ser esse documento apócrifo, mas, mesmo assim, dele se aproveitou para chegar onde queria, na maior contrafação de nossa história política nestes últimos anos, quase toda urdida na base de documentos falsos".{{Sfn|Castro|1972|p=6}} Segundo ele, "o histerismo anticomunista de 1937 arrastou a nação à ditadura".{{Sfn|Castro|1972|p=6}} Ironicamente, Mourão, que mais tarde se tornaria general e presidente do [[Superior Tribunal Militar]], também se notabilizaria por comandar as tropas que marcharam de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, deflagrando o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|Golpe de Estado de 1964]].{{Sfn|Castro|1972|p=5}}{{Sfn|Noblat|2020}} Questionado sobre seu silêncio em 1937, ao ver seu plano usado para justificar um golpe de Estado, ele alegou que a hierarquia militar o impedira de denunciar o crime de seu superior.{{Sfn|Angelo|2013}}
 
== Legado ==