Evolução da bandeira de Portugal: diferenças entre revisões

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Contudo, em certas representações (de origem desconhecida) surge a bandeira adoptada por D. Sebastião rodeada por 16 ramos de oliveira (com dez pés visíveis e os seis restantes ocultos), dando particular realce ao escudo português. Assim, se a conservação das armas e bandeira nacional parece demonstrar o respeito dos monarcas filipinos pelos costumes e independência de Portugal, tal como acordado nas [[Cortes de Tomar]], a presença dos elementos vegetais podem representar, consoante as teorias:
 
* alusão ao apelido Silva do [[Diogo da Silva e Mendonça|Marquês de Alenquer]], Vice-Rei de Portugal, com o objectivo de melhor distinguir, ao longe, a bandeira portuguesa da castelhana (também branca com as armas ao centro);<ref name="Ferreira1896">{{citar Q|Q106029216}}</ref>
* a alegria demonstrada pelo novo rei em obter o domínio de Portugal (ou, pelo contrário, a alegria das classes dirigentes portuguesas, encantadas com uma união que previam benéfica, sobretudo a nível económico);
* a relativa paz com que se fizera a junção da coroa de Portugal aos domínios dos Habsburgos (mau grado a [[batalha de Alcântara]]), ou o desejo do novo rei de que a paz voltasse a reinar célere em Portugal;
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Ficheiro:Flag of Cross of Burgundy.svg‎|[[Imagem:FIAV historical.png]] 2:3 [[Imagem:FIAV 001001.svg|20px]] Bandeira militar dos Habsburgos, utilizada pelas embarcações de guerra portuguesas em esquadras conjuntas.
Ficheiro:Estandarte Real de Felipe II.svg|[[Imagem:FIAV historical.png]] 3:2 [[Imagem:FIAV 010010.svg|20px]] Bandeira armorial dos Habsburgos: as armas de Portugal em ponto de honra, no abismo do chefe.
Ficheiro:Flag Portugal (1616).svg|[[Imagem:FIAV reconstructed.png]] 2:3 [[Imagem:FIAV 111111.svg|20px]]? (putativa bandeira de 15801616)<ref name="Ferreira1896" />
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== [[1816]] a [[1826]] ==
[[File:Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and Algarves.svg|miniatura|[[Imagem:250px|{{FIAV |historical.png]]}} 2:3 [[Imagem:{{FIAV |110000.svg|20px]]}}?<br />Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, introduzida em 1816 e usada em Portugal até 1826]]
 
Por decreto do príncipe regente D. João, assinado em [[16 de Dezembro]] de [[1815]], o então [[Estado do Brasil]] foi elevado à condição de Reino dentro da Monarquia Portuguesa. O conjunto da Monarquia Portuguesa passou então a ter a designação oficial de [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]].
 
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A referida carta de lei definia que as novas armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves passassem também a ser ostentada nas bandeiras. A bandeira de arvorar continuou a ter o campo branco, mas agora com as novas armas ao centro. As bandeiras e estandartes das unidades militares aparentemente também teriam mantido o mesmo campo, mas ostentando as novas armas do Reino Unido.
 
Segundo algumas teorias modernas, o próprio Reino do Brasil teria direito a uma bandeira própria, que era semelhante à do Reino Unido, excepto pela ausência do escudo de armas português. Sendo válida essa teoria, o Reino de Portugal e dos Algarves, seria analogamente representado por uma bandeira só com o escudo português e sem a esfera armilar. Na verdade, é pouco provável que estas bandeiras tenham existido, sendo o mais provável apenas o uso da bandeira comum ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
 
As armas nacionais, que consistiam no escudo português envolvido pelo colar da [[Ordem de Cristo]] e por dois grifos passou inclusivamente a ter três grifos, simbolizando o novo reino do Brasil integrado na Coroa Portuguesa.
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A alteração das cores nacionais para azul e branco também não teve impacto na bandeira, que continuou a ser branca com as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves ao centro. Aparentemente, as únicas bandeiras que passaram ter um campo nas cores azul e branca foram as estabelecidas para as unidades da nova [[Guarda Nacional (Portugal)|Guarda Nacional]].
 
O Brasil declarou a sua independência em 1822, as últimas tropas portuguesas saíram daquele território em 1823 e finalmente o Governo Português reconheceu a independência em 1825, dissolvendo-se formalmente o Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves. Ao Rei D. João VI foi no entanto concedido o título honorário de Imperador do Brasil, sendo que as armas do antigo Reino Unido só deixaram de ser usadas em Portugal quando da morte daquele em 1826. Nessa altura, voltou-se ao uso das antigas armas sem a esfera armilar.
 
Entretanto, na sequência da [[Vilafrancada]] e da consequente restauração do regime absolutista, pela Carta de Lei de 18 de junho de 1823 é restabelecida a legislação antiga sobre laço nacional, voltando o mesmo a ser das cores azul e vermelha. Esta alteração também não tem impacto nas bandeiras.
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File:Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and Algarves.svg||[[Imagem:FIAV historical.png]] 2:3 [[Imagem:FIAV 110000.svg|20px]]?<br />Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, introduzida em 1816 e usada em Portugal até 1826
Ficheiro:Flag Portugal (1707).svg|[[Imagem:FIAV historical.png]] 2:3 [[Imagem:FIAV 110000.svg|20px]]?<br />Hipotética bandeira do Reino de Portugal e dos Algarves, dentro do Reino Unido
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== [[1826]] a [[1830]]–[[1834]] ==
[[Ficheiro:Flag Portugal (1707).svg|[[Imagem:miniatura|250px|{{FIAV |historical.png]]}} 2:3 [[Imagem:FIAV 110000.svg|20px]]?<br />Hipotética bandeiraBandeira do Reino de Portugal e dos Algarves, dentro do Reino Unido(1826-1830).]]
Após a morte de D. João VI, em março de [[1826]], voltou-se à antiga expressão da bandeira, apenas com o escudo português coroado, já não assentando sobre a esfera armilar. Com efeito, não fazia sentido manter nas armas nacionais um símbolo que representava um país agora independente.
 
[[Ficheiro:Portuguese Naval Jack 1828.svg|miniatura|180px|Jaque{{carece fontes}}]]
 
ApósCom o reconhecimento da independência do Brasil em 1825, dissolvendo-se formalmente o Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves, e após a morte de D. João VI, em março de [[1826]], voltou-se à antiga expressão da bandeira, apenas com o escudo português coroado, já não assentando sobre a esfera armilar. Com efeito, não fazia sentido manter nas armas nacionais um símbolo que representava um país agora independente.
 
No reinado de [[Miguel I de Portugal|D. Miguel I]], os navios de guerra portugueses teriam passado a hastear, à proa, um jaque branco com uma orla vermelha e as armas reais ao centro. Até então, a bandeira de popa dos navios de guerra era idêntica à bandeira de popa.
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Em virtude do seu uso pelas diferentes fações antagonistas, a bandeira e as cores azul e branca por um lado e a bandeira branca e as cores azul e vermelha por outro, são também consideradas cores políticas, representando o liberalismo e o miguelismo, respetivamente.
<ref>{{citar web |url=http://www.balagan.org.uk/war/iberia/1833/chronology1826.htm |publicado=Balagan.org.uk |título=Chronology: 1826–34 (Portugal's) Liberal Wars |língua=inglês |obra=Luso-Spanish Military History and Wargaming |ultimo=Thomas |primeiro=Steven |data= |acessodata=5 de março de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070406230032/http://www.balagan.org.uk/war/iberia/1833/chronology1826.htm |arquivodata=2007-04-06 |urlmorta=yes }}</ref>
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Ficheiro:Flag Portugal (1707).svg|[[Imagem:FIAV historical.png]] 2:3 [[Imagem:FIAV 111111.svg|20px]]? (1826)
Ficheiro:Portuguese Naval Jack 1828.svg|Jaque
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== [[1830]] a [[1910]] ==
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* {{citar livro|último=Prado |primeiro=Eduardo |título=[[s:A bandeira nacional (Eduardo Prado)|A bandeira nacional]]|local=São Paulo |editora=Escola typographica salesiana |ano=1903 |ref=harv}}
* {{citar livro|último=Portugal|título=Diario das Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza |url=https://debates.parlamento.pt/catalogo/mc/c1821/01/01/01/157/1821-08-21/1973|numero=157|secao=Sessão do dia 21 de Agosto de 1821|local=Lisboa|editora=Imprensa Nacional|ano=1821|ref=harv}}
* {{citar livro|ultimo=Melo |primeiro=Olimpio de|titulo=A Bandeira Nacional : sua evolução histórica desde a fundação da monarquia portuguesa até a actualidade |url=https://am.uc.pt/item/86070 |local=Lisboa |editora= Imprensa Nacional|ano=1924|páginas=85}}
 
{{Referências}}