Linha internacional de Barca d'Alva-La Fregeneda a La Fuente de San Esteban: diferenças entre revisões

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Desde o seu encerramento, em 1985, que têm sido desde então feitas várias tentativas, tanto do lado português como do lado espanhol, para a reabertura desta linha.<ref name="comboios"/> Em agosto de [[2009]], foi anunciado pela [[Secretaria de Estado dos Transportes|Secretária de Estado dos Transportes]], [[Ana Paula Vitorino]], a intenção de reabrir o tráfego internacional, esperando-se nessa altura que em breve arrancassem os trabalhos para a recuperação do troço entre o [[Estação ferroviária do Pocinho|Pocinho]] e [[Barca d’Alva]].<ref name="reabertura">{{citar web|titulo=Autarcas defendem que o comboio deve continuar até Salamanca|autor=FRAGOSO, Ana|data=26 de Agosto de 2009|jornal=Público|url=https://www.publico.pt/2009/08/26/local/noticia/autarcas-defendem-que-o-comboio-deve-continuar-ate-salamanca-1397888|acessodata=11 de Julho de 2020}}</ref> A 10 de Setembro de 2009, na estação de Caminhos de Ferro do Pocinho, foi assinado, por responsáveis da [[Refer|Rede Ferroviária Nacional]], [[Comboios de Portugal]], [[Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos]], [[Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte]] e [[Estrutura de Missão do Douro]], um protocolo de intenções para Reabilitação do troço da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva e para Exploração Turística da Linha do Douro entre a Régua e Barca d'Alva,<ref>Eduardo PINTO: “[http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Guarda&Concelho=Vila%20Nova%20de%20Foz%20Coa&Option=Interior&content_id=1358536 Comboios vão mesmo voltar a Barca de Alva]” ''Jornal de Notícias'' '''2009.09.11'''</ref> tendo sido homologado pela Secretária de Estado.
 
Em Março de 2011, um grupo de voluntários portugueses e espanhóis da associação ''Todavía'' iniciou um programa para a limpeza da antiga plataforma de via nos lanços entre o Pocinho e FuentesLa Fuente de San Esteban.<ref name=SICN2011/> Na altura, o representante espanhol da associação, José Herrero, afirmou que os governos e instituições de ambos os países tinham falhado em encontrar uma solução para a linha internacional, levando à formação de um grupo cívico transfronteiriço, no sentido de valorizar o património ferroviário.<ref name=SICN2011/> Neste sentido, propunham a instalação de um sistema de veículos ligeiros circulando sobre carris em todo o percurso encerrado, que poderiam ser movidos a pedais, energia solar ou outros métodos, para os quais não seriam necessárias grandes obras nas infraestruturas das linhas.<ref name=SICN2011/> Isto iria permitir aos visitantes conhecer tanto o património ferroviário como a paisagem natural do Douro transfronteiriço, e ao mesmo tempo contribuir de forma sustentável para o desenvolvimento da região.<ref name=SICN2011>{{citar web|titulo=Linha do Douro: Associação transfronteiriça iniciou a limpeza da linha que ligava o Porto a Salamanca (C/VÍDEO)|jornal=SIC Notícias|data=12 de Março de 2011|url=https://sicnoticias.pt/Lusa/2011-03-12-linha-do-douro-associacao-transfronteirica-iniciou-a-limpeza-da-linha-que-ligava-o-porto-a-salamanca-cvdeo-.|acessodata=18 de Julho de 2020}}</ref>
 
Em 2016, a empresa [[Infraestruturas de Portugal]] produziu um estudo sobre as potencialidades da Linha do Douro como eixo internacional, tendo-se realçado que a reabertura das duas linhas iria ter um efeito significativo nas plataformas logísticas de várias cidades espanholas, como Salamanca, [[Madrid]], [[Valladolid]], [[Leão (Espanha)|León]], [[Burgos]], e [[Oviedo]].<ref name=DVivo2020/> Este estudo concluiu que a ligação internacional entre o Porto e Salamanca pela Linha do Douro seria mais curta, menos dispendiosa e mais rentável do que a alternativa pela Linha da Beira Alta, além que teria um impacto muito superior no desenvolvimento das regiões pela qual passaria.<ref name=SRTV2019/> Com efeito, iria encurtar consideravelmente a distância pelo caminho de ferro entre Portugal e a comunidade autónoma de [[Castela e Leão]], de 328 para 210 km, e evitaria a passagem pela [[Linha do Norte]], que tinha a sua capacidade quase esgotada.<ref name=DVivo2020>{{citar web|titulo=Ferro de Moncorvo leva mercadorias à Linha do Douro|autor=NUNES, Ferreira Diogo|jornal=Dinheiro Vivo|data=6 de Julho de 2020|url=https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ferro-de-moncorvo-leva-mercadorias-a-linha-do-douro/|acessodata=17 de Julho de 2020}}</ref> Apesar dos resultados deste estudo, o governo continuou a apostar principalmente na Linha da Beira Alta como ligação entre estas duas cidades, tendo em Dezembro de 2018 anunciado um investimento de 650 milhões de Euros para uma [[Linha de Aveiro a Mangualde|nova ligação]] entre [[estação de Aveiro|Aveiro]] e [[estação de Mangualde|Mangualde]], como parte do programa de investimentos para 2030.<ref name=SRTV2019/> Esta nova linha iria reduzir o congestionamento da Linha do Norte no lanço entre o Porto e Aveiro, que era um dos maiores argumentos dos defensores da reabertura da ligação internacional por Barca de Alva.<ref name=SRTV2019/> Também foi alvo de críticas por ser mais um exemplo do investimento do governo na zona litoral, enquanto que a reabertura da linha além do Pocinho iria contribuir para o desenvolvimento de uma região interior do país.<ref name=SRTV2019/> Nesta altura, já o governo tinha em duas ocasiões feito candidaturas a fundos comunitários para a ligação por Porto a Salamanca por Aveiro e Mangualde, tendo ambas sido recusadas, por não terem sido consideradas economicamente viáveis.<ref name=SRTV2019/>