Linha internacional de Barca d'Alva-La Fregeneda a La Fuente de San Esteban: diferenças entre revisões

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Apesar das grandes esperanças dos empresários e capitalistas do Porto, a linha começou a dar prejuízo desde o início, com défices anuais de centenas de contos de réis.<ref>{{citar web |titulo= minutos 14:10 a 14:18 de Caminho de Ferro Impossível «História da Linha Ferroviária de Douro entre o Porto e Salamanca» |url= https://www.youtube.com/watch?v=-rACfAECePs}}</ref> Grande parte deste prejuízo foi devido em grande parte ao percurso muito complicado da linha, que encareceu consideravelmente os custos de exploração.<ref name=ViaLibre181/> Em Março de 1888, o governo foi informado que os custos com a linha eram muito elevados, consumindo todos os lucros do sindicato, e que já não tinham condições para pagar o capital aos accionistas, ameaçando de ruína os sete maiores bancos da cidade.<ref name=Martins1996:41-42/> As consequências financeiras da linha foram muito fortes, não só na cidade no Porto mas um pouco para todo o país, já que consumiu uma grande parte do erário público.<ref name=Gazeta1465/> A linha foi também um falhanço no sentido de tornar o Porto num centro de exportação das mercadorias do interior espanhol, já que pouca ou nenhuma carga vinda de Salamanca chegou a ser embarcada na cidade.<ref name=Gazeta1465/> Com efeito, a linha pode ser considerada como uma das várias tentativas falhadas de construir caminhos de ferro para Espanha, no sentido de desviar a produção do país vizinho para os portos portugueses.<ref name=Gazeta1465>{{Citar jornal|autor=[[José da Guerra Maio|MAIO, José da Guerra]]|titulo=Caminhos de Ferro no Ultramar, servindo o «interland» estrangeiro| pagina=19-20|numero=1465|data=1 de Janeiro de 1949|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=Ano 60|via=Hemeroteca Municipal de Lisboa|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1465/N1465_master/GazetaCFN1465.pdf|acessadoem=29 de Julho de 2020}}</ref>
 
Assim, o governo criou a Companhia das Docas do Porto e dos Caminhos de Ferro Peninsulares, que integrou o antigo activo e passivo do Sindicato Portuense, incluindo a linha para Salamanca.<ref name=Martins1996:41-42/> Uma lei de 22 de Julho desse ano concedeu uma garantia de juro de 5% às linhas de Vilar Formoso e de Barca de Alva a Salamanca.<ref>{{citar jornal|autor=NONO, Carlos|titulo=Efemérides ferroviárias|pagina=362-363|numero=1453|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| data=1 de Julho de 1948|volume=Ano 60|via=Hemeroteca Digital de Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1948/N1453/N1453_master/GazetaCFN1453.pdf |acessadoem=29 de Julho de 2020}}</ref> A nova companhia foi constituída através da escritura de 29 de Novembro de 1889,<ref name=Gazeta1475/> ficando com a exploração desta linha e do futuro Porto de Leixões, mas mesmo com estas medidas não foram suficientes, pois em 1891 o Estado português ficou responsável por esta linha.<ref>{{citar web |titulo= minutos 16:00 a 16:33 de Caminho de Ferro Impossível «História da Linha Ferroviária de Douro entre o Porto e Salamanca» |url= https://www.youtube.com/watch?v=-rACfAECePs}}</ref> Posteriormente a empresa ficoumudou integradade emnome [[Caminhospara de Ferro''Companhia do Estado]],Caminho depoisde [[CompanhiaFerro dosde CaminhosSalamanca deà FerroFronteira Portugueses]]Portuguesa'', mas continuaram os problemas, acabando por ser integrada em firmas espanholas, primeiro na ''[[:es:Compañía Nacional de los Ferrocarriles del Oeste|Compañía Nacional de los Ferrocarriles del Oeste]]'', e depois na ''[[Red Nacional de los Ferrocarriles Españoles]]''.<ref name=Gazeta1475>{{Citar jornal|autor= AGUILAR, Busquets de|pagina=383-393|titulo=A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|numero=1475|volume=Ano 62|data=1 de Junho de 1949|via=Hemeroteca Municipal de Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1475/N1475_master/GazetaCFN1475.pdf|acessodata=2 de Agosto de 2020}}</ref>
 
Em 2 de Outubro de 1899, um descarrilamento sobre a ponte de ''Las Almas'' danificou aquela infra-estrutura, tendo as obras de reparação sido concluídas em 25 de Março de 1900.<ref name=ViaLibre245/> Durante aquele período, os comboios circulavam com grandes limitações de velocidade, a tal ponto que paravam antes de entrar na ponte, de forma a permitir aos passageiros descer e acompanhar o comboio a pé.<ref name=ViaLibre245/>