Geografia quantitativa: diferenças entre revisões

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O quarto paradigma da geografia é o da '''Geografia Teórico-Quantitativa''' ou Nova Geografia. O momento histórico, que se formou e consolidou esta corrente foi muito marcada pela a situação sócio-econômicasocioeconômica que vivia o mundo no pós-[[Segunda Guerra Mundial|Segunda Guerra]]. Utilizada pela classe dominante o cenário de destruição fez com que os geógrafos buscassem novas formulações para superar a crise econômica capitalista. Esta corrente efetua uma crítica a geografia tradicional pela sua insuficiência da análise tradicional. “''Os números servem para o Estado interferir na realidade''”. Caracterizada pelo uso de métodos matemático-estatísticos, essa nova geografia desenvolveu-se principalmente nas décadas de 1960 e 70. Na essência buscava a substituição do trabalho de campo pelos experimentos laboratoriais, com muitas mensurações, dados estatísticos, gráficos e tabelas bastante sofisticadas. Foi uma corrente excludente, pouco democrática, já que boa parte desses dados era obtida por sensores e material sofisticado. A própria denominação Teorética, denominação dada a uma vertente dessa corrente, dava a ideia do rompimento com os trabalhos empíricos. A estatística era o principal caminho para se chegar à comprovação de hipóteses e esclarecimentos de fenômenos geográficos. É importante que se destaque a função da geografia marxista na quebra ideológica com as correntes ideológicas propostas desde o [[Determinismo de Ratzel]].
 
=== Principais Características ===
* Todo o conhecimento é apoiado na experiência
* Defende a existência de uma linguagem comum a todas as ciências
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== Contexto histórico ==
Usada como um forte instrumento do poder estatal uma vez que podia manipular dados através de resultados estatísticos, a Geografia Quantitativa predominou na [[Grã-Bretanha]] e EUA principalmente na década de 1960 e até meados da década de 1970.
 
A partir da década de 1960 a Geografia Quantitativa começou a sofrer críticas bastante duras muito pelo facto de não considerar as particularidades dos fenômenos, como disse Milton Santos , " A geografia quantitativa ou teorética nos traz uma fotografia , uma descrição, e meras descrições não podem ser confundidas com explicações onde estas serão apoiadas pelos métodos científicos" . Uma vez que o método matemático explica o que acontece a dado momento mas não explica os intervalos desse dado momento, não é levado em conta a história de formação destes lugares , a ação do homem dentro do meio e o materialismo histórico, por isso Milton Santos chama esta linha de pensamento de fotografia. A acrescentar a isso apresenta os dados considerando o "todo" como sendo homogéneo desconsiderando assim as particularidades inerentes à vida humana.
 
Com as críticas a aumentarem de tom o paradigma da Geografia Quantitativa acaba por ser substituído pela Geografia Radical ou Geografia Critica como é conhecido no Brasil. .
 
== Citações de principais autores ==