Mário Machado: diferenças entre revisões
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{{Info/Biografia/Wikidata}}
'''Mário Rui Valente Machado''',<ref name=":18">{{citar periódico|ultimo=Almeida|primeiro=Fábio Chang de|data=2012|titulo=A “Nova” Extrema-Direita: o caráter grupuscular das organizações neofascistas em Portugal e na Argentina|url=https://locus.ufjf.emnuvens.com.br/locus/article/viewFile/1995/1440|jornal=Locus - Revista de História|publicado=Universidade Federal de Juiz de Fora|volume=18|numero=1|acessodata=}}</ref> geralmente conhecido como '''Mário Machado''' ([[1976|1977]]<ref name=":12">{{citar periódico|ultimo=Simões|primeiro=Sónia|data=2014-05-20|titulo=A história de amor entre um skinhead e uma menina de Cascais|url=https://observador.pt/especiais/a-historia-de-amor-entre-um-skinhead-e-uma-menina-de-cascais/|jornal=Observador|acessodata=}}</ref>) é um [[Ativismo|
Em 2005 assumiu a liderança do [[Subcultura|movimento]] [[bonehead]] em Portugal,<ref name=":17" /> sendo ainda em 2015 o nome principal dessa subcultura no país.<ref name=":10">{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2015-03-12|titulo=Mário Machado e os 1143|url=https://www.record.pt/especial/detalhe/mario-machado-e-os-1143-936083|jornal=Record|acessodata=}}</ref> Mário Machado era considerado o mais influente activista de [[extrema-direita]] em Portugal.<ref>{{citar periódico|ultimo=Mourão da Costa|primeiro=José|data=Outubro de 2011|titulo=O Partido Nacional Renovador: a nova extrema-direita na democracia portuguesa|url=http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732011000400008|jornal=Análise Social|local=Lisboa|numero=201|acessodata=}}</ref><ref name=":19">{{citar livro|url=https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/114413|título=A direita radical no Portugual democrático : os rumos após a revolução dos cravos (1974-2012)|ultimo=Almeida|primeiro=Fábio Chang de|editora=Universidade Federal do Rio Grande do Sul|ano=2014|local=|páginas=|acessodata=}}</ref> A notoriedade nacional de Mário Machado enquanto líder nacionalista, bonehead e de extrema-direita, tem sido auxiliada pela cobertura da imprensa portuguesa, em grande parte [[Sensacionalismo|sensacionalista]].<ref name=":16">{{citar periódico|ultimo=Almeida|primeiro=Fábio Chang de|data=2015|titulo=A direita radical em Portugal: da Revolução dos Cravos à era da internet|url=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/20463|jornal=Estudos Ibero-Americanos|volume=41|numero=1|acessodata=}}</ref>
Mário Machado possui uma longa ficha criminal, que inclui [[Racismo|discriminação racial]], ofensas corporais, posse de armas ilegais, difamação, sequestro
== Activismo nacionalista ==
=== Grupo 1143, Movimento de Acção Nacional e Ordem Lusa ===
Mário Machado tomou contacto com a [[extrema-direita]] aos 13 anos, no [[Estádio José Alvalade (1956)|Estádio José Alvalade]], quando assistia a jogos do [[Sporting Clube de Portugal]],
Na década de 1980, militou nas associações nacionalistas [[Movimento de Acção Nacional]] e [[Ordem Lusa]].<ref name=":17">{{Citar periódico|ultimo=Zúquete|primeiro=José|ultimo2=Marchi|primeiro2=Riccardo|data=2016-06-01|titulo=The Other Side of Protest Music: the Extreme Right and Skinhead Culture in Democratic Portugal (1974-2015)|url=http://jomec.cardiffuniversitypress.org/articles/abstract/10.18573/j.2016.10042/|jornal=JOMEC Journal|lingua=en|paginas=48–69|doi=10.18573/j.2016.10042|issn=2049-2340}}</ref>
=== Irmandade Ariana ===
Entre 1995 e 2001, nos presídios de Lisboa e [[Prisão de Caxias|Caxias]], Mário Machado, em conjunto com outros [[Skinhead|skinheads]], muitos dos quais cumprindo pena pela violência racial que levou à morte de Alcindo Monteiro, criou o capítulo português da organização internacional de [[Supremacia branca|supermacia branca]] e [[crime organizado]] [[Irmandade Ariana]]. Segundo Mário Machado, a organização operava num sistema de células, sem uma liderança central, com o
À medida que os skinheads condenados em 1997 iam sendo libertados, a Irmandade Ariana foi tomando consistência e conquistando as ruas. Com recurso à violência, os outros grupos rivais, como a [[Ordem Lusa]], foram sendo reduzidos e até suprimidos, dando à Irmandade Ariana a hegemonia na cena skinhead portuguesa.<ref name=":19" />
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=== Frente Nacional, Portugal Hammerskins e Partido Nacional Renovador ===
{{Artigo principal|Frente Nacional|Partido Nacional Renovador}}
Em 2001, um grupo de [[Bonehead|boneheads]] [[Neonazismo|neonazis]] portugueses ligados à [[Irmandade Ariana]], liderados por Mário Machado, iniciou um movimento com o
Os anos 2004 e 2005 são considerados um ponto de viragem para o [[Subcultura|movimento]] [[bonehead]] português, com Mário Machado a assumir a liderança do movimento em Portugal. Mário decidiu reintroduzir a estratégia do final da década de 1980, tentando colar o movimento skinhead a um partido da [[extrema-direita]], o [[Partido Nacional Renovador]] (PNR), através do seu envolvimento no partido como [[militante]]. Para atingir este
Ao mesmo tempo, Mário Machado procurou manter a hegemonia dentro do movimento skinhead, primeiro com o lançamento da banda Hammerskin [[Ódio (banda)|Ódio]], em 2003, e depois com a integração da Irmandade Ariana na Hammerskin Nation, conseguida em 2005.<ref name=":17" /><ref name=":19" /> A 29 de
Em 2004, em conjunto com o seu camarada Vasco Leitão, membro dirigente do PNR, Mário Machado criou o site [[Fórum Nacional (Portugal)|Fórum Nacional]], que viria a transformar-se
Também em 2004, Mário criou a [[Frente Nacional]], um movimento [[Nacionalismo|nacionalista]] com vista à intervenção política, com o
Após um período inicial de tensão e conflito com o grupo rival [[Blood & Honour Portugal]], Mário conseguiu obter a hegemonia do movimento skinhead em Portugal, deixando o campo aberto para a cooptação dos militantes skinheads pela base militante do PNR, através de
O ponto alto da colaboração entre skinheads e o PNR foi atingido na manifestação de 18
No mesmo ano, Mário Machado foi distinguido pelo PNR como "militante
Num contexto de tensões crescentes entre os diversos grupos nacionalistas que orbitavam em torno do PNR, o
Em
Em
Em meados de 2014, Mário Machado anunciou o fim dos PHS, afirmando que o movimento já só era um caso de polícia, expressando a vontade de “expulsar” aqueles que chamou de “criminosos travestidos de nacionalistas”, reduzindo a organização a apenas dez membros.<ref name=":11">{{citar periódico|ultimo=Caria|primeiro=José|data=2016-11-27|titulo=O regresso dos skins|url=http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2016-11-27-O-regresso-dos-skins|jornal=Visão|acessodata=}}</ref>
=== Nova Ordem Social ===
No início de 2014, Mário Machado, então detido na [[prisão de Alcoentre]], afirmou o desejo de se distanciar do [[Partido Nacional Renovador]], que havia apoiado enquanto líder do movimento de extrema-direita [[Frente Nacional]], devido ao facto de partido ter abandonado a linha [[Nacionalismo|nacionalista]] em prol de uma ideologia de direita patriótica, ao mesmo tempo que anunciou o fim dos Hammerskins Portugal. Mário manifestou a vontade de criar um novo [[partido político]], que denominou [[Nova Ordem Social]] (NOS). O primeiro encontro do novo movimento aconteceu a 26 de
Em 2015, a página de [[Facebook]] do movimento descrevia-o como uma estrutura “nacionalista e patriótica”: “''Encontramo-nos a meio caminho entre a extrema-direita e a [[extrema-esquerda]], por detrás do [[Presidente da República Portuguesa|Presidente]] e de costas para a [[Assembleia da República]]''”.<ref name=":7">{{citar periódico|ultimo=Cipriano|primeiro=Rita|data=2015-07-22|titulo=Mário Machado já não vai sair em liberdade condicional|url=https://observador.pt/2015/07/22/mario-machado-ja-nao-vai-sair-liberdade-condicional/|jornal=Observador|acessodata=}}</ref>
Em
==== Você na TV! ====
A 3 de
Segundo a Nova Ordem Social, a organização
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=== Discriminação racial ===
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