Cais do Sodre te Salamansa: diferenças entre revisões
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Nestes contos surgem referências aos temas principais da consciência nacional cabo-verdiana e às consequências que resultam da emigração dos cabo-verdianos para países estrangeiros, destacando-se, por exemplo, as questões de identidade, adaptação, solidão, racismo e sexismo.<ref name=bishop />"Em ''Cais-do-Sodré té Salamansa'', [[Amarílis]] apresenta uma visão nostálgica da terra natal e simultaneamente uma tomada de consciência cabo-verdiana."<ref name=bishop />
O primeiro conto, intitulado "Cais-do-Sodré", é uma narrativa cuja personagem principal, uma cabo-verdiana de nome Andresa, se encontra
O título completo desta coleção de contos,''Cais-do-Sodré té Salamansa'', é simbólico porque mostra a trajetória do emigrante [[Cabo Verde|cabo-verdiano]] que percorre a distância entre o mundo estrangeiro de [[Lisboa]] ([[Cais do Sodré]]) e o retorno nostálgico à terra natal ([[Salamansa]]).<ref name=mendoca /> Também demonstra o conflito interno do cabo-verdiano de ‘querer-partir-e-ter-de-ficar’ ou o ‘querer-ficar-e-ter-de partir."<ref name=mendoca /> Segundo Fernando Mendonça, ao longo dos sete contos do livro, [[Orlanda Amarílis]] estabelece um círculo, um tipo de conexão ou fio "onde se movimentam as personagens do arquipélago, personagens extraordinariamente bem representadas (ou evocadas?), tal como os lugares que servem como cenário e que emergem da realidade."<ref name=mendoca /> Devido aos problemas geográficos (mares hostis) e econômicos (as secas, a fome, a pobreza), muitos habitantes de [[Cabo Verde]] desejavam ou precisavam, por necessidade, emigrar para países estrangeiros. Surge então "a importância da emigração como tema literário" para demonstrar a realidade cabo-verdiana.<ref name=bishop />
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