Abordagem aos couraçados Lima Barros e Cabral: diferenças entre revisões

|baixas1 = 8 mortos <br /> 21 feridos <ref>[[Hernâni Donato|DONATO, Hernâni]]. '''Dicionário das batalhas brasileiras''', IBRASA, [[1996]], p. 539-540</ref>

|baixas2 = 400 homens <br /> 14 canoas <ref>DONATO, Hernâni. '''Dicionário das batalhas brasileiras''', IBRASA, 1996, p. 539-540</ref>

'''A [[abordagem]] aos [[couraçado]]s [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']] e [[Encouraçado Cabral|''Cabral'']]''' foi uma ação naval ocorrida na madrugada de [[02 de março]] de [[1868]], durante a [[Guerra do Paraguai]], quando [[canoa]]s paraguaias, jungidas duas a duas, disfarçadas com ramagens e guarnecidas por 50 soldados cada, [[abordagem|abordaram]] os couraçados [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']] e [[Encouraçado Cabral|''Cabral'']].

Em [[02 de março]] de [[1868]], a [[Armada Imperial Brasileira|Esquadra Imperial]], que já efetuara a [[Passagem de Humaitá]], estava fundeada no [[Rio Paraguai]], diante do reduto [[Taji]], nas proximidades de [[Fortaleza de Humaitá|Humaitá]]. Formavam sua vanguarda os couraçados [[Encouraçado Cabral|''Cabral'']] e [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']]; à [[popa]] destes, o [[Monitor Encouraçado Silvado|''Silvado'']] e o ''[[Corveta Encouraçada Herval|Herval]]''; abaixo, na boca do [[Rio do Ouro]], como repetidor de sinais, o ''[[Corveta Encouraçada Mariz e Barros|Mariz e Barros]]''; no [[Porto Elisário]], o [[Corveta Encouraçada Brasil|''Brasil'']], tendo a bordo o almirante-chefe, e o [[Colombo (encouraçado)|''Colombo'']] .<ref>DONATO, Hernâni. '''Dicionário das batalhas brasileiras''', IBRASA, 1996, p. 539-540</ref>.

Aproveitando a densa [[escuridão]] da [[noite]] e os camalotes e balseiros que desciam pela [[correnteza]], uma esquadrilha de [[canoa]]s cobertas por [[galho]]s e [[folha]]gens e amarradas duas a duas, tripuladas por 1.500 paraguaios armados com [[facão|facões]], [[machadinha]]s e [[espada]]s de abordagem, foram dar [[abordagem]] ao [[Encouraçado Cabral|''Cabral'']] e ao [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']]. Os paraguaios foram descobertos quando um [[escaler]] de ronda abordou um dos falsos camalotes e deu o alarme, obrigando os guaranís a alterar o plano de ataque. Confusas, apenas conseguiram encostar-se 14 (quatorze) canoas no [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']] e 8 (oito) no [[Encouraçado Cabral|''Cabral'']], despejando nos seus [[Convés|conveses]] gente que se apoderou do toldo dos navios de guerra .<ref>DONATO, Hernâni. '''Dicionário das batalhas brasileiras''', IBRASA, 1996, p. 539-540</ref>. Travou-se [[luta corpo a corpo]]; depois as tripulações e soldados das guarnições se encerraram nas [[casamata]]s, resistindo a tiro .<ref>''[[Gustavo Barroso|BARROSO, Gustavo]]. O Rei dos Práticos: Os práticos da Esquadra Imperial — Seu heróico papel na campanha do Paraguai — Bernardino Gustavino, patrono da praticagem nacional, in [[O Cruzeiro (revista)|O Cruzeiro]]'', [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[25 de março|25/03]]/[[1950|50]]</ref>.

O combate prosseguiu até o [[amanhecer]], quando os couraçados [[Corveta Encouraçada Brasil|''Brasil'']], ''[[Corveta Encouraçada Herval|Herval]]'', ''[[Corveta Encouraçada Mariz e Barros|Mariz e Barros]]'' e [[Monitor Encouraçado Silvado|''Silvado'']] aproximaram-se e metralharam os paraguaios, que desistiram do ataque, perdendo 400 homens e 14 canoas. <ref>DONATO, Hernâni. '''Dicionário das batalhas brasileiras''', IBRASA, 1996, p. 539-540</ref>. Do lado brasileiro, tiveram oito mortos, entre os quais o [[Capitão de Mar e Guerra]] [[Joaquim Rodrigues da Costa]] e o 1º Tenente [[João de Gomensoro Wandenkolk]]. Entre os feridos, o comandante do [[Monitor Encouraçado Lima Barros|''Lima Barros'']], [[Capitão de Fragata]] [[Garcindo de Sá]], os [[Capitão-tenente|Capitães Tenentes]] [[Fortunato Foster Vidal|Foster Vidal]] e [[Alves Nogueira]], os [[Primeiro Tenente|Primeiros Tenentes]] [[Otaviano Vital de Oliveira]], [[Souza Pinto]] e [[Castro Rocha]], o [[Segundo Tenente]] [[Rodrigo de Lamare]] e o [[Guarda-Marinha]] [[Barros Gandra]] .<ref>''BARROSO, Gustavo. O Rei dos Práticos: Os práticos da Esquadra Imperial — Seu heróico papel na campanha do Paraguai — Bernardino Gustavino, patrono da praticagem nacional, in [[O Cruzeiro (revista)|O Cruzeiro]]'', Rio de Janeiro, 25/03/50</ref>.

File:BERNARDINO, rei dos práticos. Episódio da Guerra do Paraguay, passado a bordo do encouraçado — Lima Barros — na occasião da abordagem do dia 2 de Março.jpg|[[Bernardino Gustavino]], patrono da [[praticagem]] brasileira, atingido a bordo do [[Monitor Encouraçado Lima Barros|encouraçado ''Lima Barros'']] no episódio da abordagem de [[2 de março]] de [[1868]].

*{{citar periódico |primeiro=Gustavo |ultimo=Barroso |titulourl=[http://memoria.bn.br/DocReader/003581/69397|titulo= O Rei dos Práticos: Os práticos da Esquadra Imperial — Seu heróico papel na campanha do Paraguai — Bernardino Gustavino, patrono da praticagem nacional] |jornal=[[O Cruzeiro (revista)|O Cruzeiro]] |ano=1950 |volume=3 |número=25 |páginas=24, 25 e 32 |issn= |ref=harv}}